Atacante francês é o artilheiro da Eurocopa com seis gols (Martin Meissner/AP Photo)
A França provou mais uma vez sua força quando joga diante dos seus torcedores. Nesta quinta-feira (7), na tradicional cidade de Marselha, os franceses venceram a Alemanha por 2 a 0 com gols de Griezmann e classificaram-se à final da Eurocopa. O rival na decisão será Portugal, no próximo domingo (10), no Stade de France.
Com a vaga na final, a França volta a disputar uma taça em casa. No seu primeiro título da Eurocopa, em 1984, havia jogado em seus domínios. Assim como aconteceu no seu único título mundial, em 1998. O único grande título que conquistou fora de casa foi a Euro-2000, na Bélgica.
Nesta quinta, a Alemanha conteve o ímpeto inicial dos franceses e foi melhor no primeiro tempo. Mas tomou gol de pênalti polêmico nos acréscimos da etapa inicial e não se recuperou no jogo. Na etapa inicial, teve a bola, mas foi estéril e viu Griezmann fazer a alegria da França.
Quem foi bem: Griezzman
(AP Photo/Martin Meissner)
Decisivo para a França no jogo. Griezmann converteu a cobrança de pênalti e espantou a sombra da falha na marca da cal na final da Liga dos Campeões pelo Atlético contra o Real Madrid. Com o segundo gol, chegou a seis tentos na Euro e passou Zidane na artilharia francesa na história da competição. Agora, com seis, ele está empatado com Henry.
Quem foi mal: Draxler
(REUTERS/Eric Gaillard)
Nulo no meio de campo da Alemanha. O meia do Wolfsburg teve boas partidas na Eurocopa, mas não conseguiu repetir o desempenho na semifinal contra a França. Draxler esteve apagado na distribuição do jogo alemão, sofreu na marcação dos contragolpes franceses e, atrasado, ainda fez falta dura em Sissoko que lhe rendeu cartão amarelo.
A França apoiou-se na força de sua torcida e partiu com tudo para cima da Alemanha nos minutos iniciais. E Griezmann logo forçou boa defesa de Neuer. Mas os alemães logo tomaram a posse de bola, frearam o ímpeto inicial francês e dominaram as ações no meio de campo. Criaram duas boas chances: primeiro com Müller, que passou perto em chute cruzado, e depois com Emre Can, que parou em defesaça de Lloris. O capitão Schweinsteiger também assustou em chute de longe.
A Alemanha se impôs de vez no jogo, relegando a França aos contra-ataques. Num deles, no final do primeiro tempo, Giroud saiu na cara de Neuer, mas Höwedes teve recuperação espetacular para salvar. Já nos acréscimos, o juiz Nicola Rizzoli viu mão de Schweinsteiger em dividida com Evra e deu pênalti em lance discutível. Griezzman descolou Neuer para abrir o placar para os donos da casa.
A Alemanha retornou dos vestiários com a mesma proposta de jogo, controlando o meio de campo e invertendo a bola de um lado a outro para achar espaço na defesa rival. Com o gol no fim da etapa inicial, a França voltou para o segundo tempo ainda mais cautelosa e mais organizada na marcação. E dificultou o jogo alemão, estéril com a posse de bola. Até a metade da etapa final, os alemães não acertaram a meta de Lloris.
Com o controle da partida no segundo tempo, a França chegou ao segundo gol após bela jogada de Pogba. Ele entortou o jovem Kirmich e cruzou. Neuer rebateu para entrada da área e encontrou os pés de Griezmann, que só empurrou para chegar ao sexto gol na Eurocopa. No fim, o goleiro Lloris ainda operou mais um milagre contra os alemães, que pagaram caro por não transformar posse de bola em gol.
A semifinal contra a Eurocopa mobilizou toda a França. O presidente do país, François Hollande, acompanhou o clássico in loco, da tribuna do estádio Velodrome , na tradicional cidade de Marselha.
O técnico Joachim Löw não pôde contar com peças importantes para montar a Alemanha. O zagueiro Mats Hummels, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e o meia Sami Khedira e o atacante Mario Gomez, machucados, desfalcaram os campeões mundiais. Höwedes substituiu o zagueiro do Borussia e Schweinsteiger entrou no lugar do volante da Juventus, empurrando Toni Kroos para linha de armação no meio de campo.
Sem o artilheiro Mario Gómez, Joachim Löw colocou Tomas Müller, que ainda não havia balançado as redes na Eurocopa, na posição de centroavante. O ídolo do Bayern de Munique não havia começado na posição até aqui na competição. Nas demais partidas, quando Gotze chegou a jogar como referência no ataque, Müller compôs a linha de meio-campo. Na referência do ataque, o número 13 deu trabalho, teve boas chances de gol, mas deixou a Euro-16 na seca.
(Do UOL SP)