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Política

Grupos ciristas e da 3ª via falam em tirar Bolsonaro agora e Lula em 2026

Parte dos que defendem voto em Lula vê a vitória dele como importante para a viabilidade de outras candidaturas em 2026.

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“Voto crítico significa votar no ruim para não votar no extremamente nefasto” e “votar nulo é não compactuar com esse circo”. Mensagens em defesa de um voto crítico em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno ou favoráveis à anulação do voto são a tônica de grupos de conversa identificados como de apoio a Ciro Gomes (PDT), a Simone Tebet (MDB) ou à chamada terceira via de modo geral.

O antipetismo aparece com força nos diálogos –”Prefiro Bolsonaro a esse ladrão”, afirmou um deles–, mas aqueles que chegam a declarar voto em Jair Bolsonaro (PL) compõem um grupo menor.

Parte dos que defendem voto em Lula vê a vitória dele –e a derrota de Bolsonaro– como importante para a viabilidade de outras candidaturas em 2026.

“Tem que votar em Lula para tirar Bolsonaro e abrir a porta para outros candidatos”, “para a terceira via ser viável no futuro, Lula tem que vencer Bolsonaro agora”, “agora é deixar para resolver em 2026, sem Lula” são alguns dos exemplos.

É o que mostra o monitoramento de 23 grupos pelo Observador Folha/Quaest, a partir de 8.171 mensagens trocadas de 3 de outubro até o dia 10. Dos três grupos com maior volume de conversa, com 4.671 mensagens no período, enviadas por 331 integrantes, dois se identificam como ciristas e um se denomina oposição a Bolsonaro e a Lula.

De 113 usuários que chegaram a demonstrar apoio específico, com mensagens como “meu voto é Lula”, “vou votar em Bolsonaro” e “vou de nulo”, o percentual maior é de apoio ao petista (44%). Em segundo lugar aparecem os que defendem o voto nulo (40%) e, por fim, os que declaram voto em Bolsonaro (16%).

Críticas ao PT são comuns e não vêm só dos que dizem votar agora em Bolsonaro ou nulo. “Gente, votar nulo é ajudar Bolsonaro a ferrar ainda mais o Brasil. Não voto no Lula por alegria, mas contra Bolsonaro. Se o Lula ganhar, vou fazer oposição e passar quatro anos dizendo ‘Ciro avisou'”, diz um integrante.

A condução da pandemia por Bolsonaro também é lembrada: “Em respeito às mais de 600 mil mortes e aos mais de 33 milhões de pessoas passando fome neste governo. Vou meter o dedo no nariz e votar 13”.

Segundo a última pesquisa Datafolha, 31% dos eleitores de Tebet no primeiro turno pretendem votar em Lula, e 29%, em Bolsonaro. Outros 28% dizem que vão anular ou votar em branco, e 12% estão indecisos.

Entre os eleitores de Ciro, 42% vão para Bolsonaro, e 31%, para Lula. Uma fatia de 22% dará voto nulo ou em branco, e 5% não sabem. A pesquisa mostra a intenção de voto no momento em que foi feita.

No primeiro turno, Lula teve 48,39% dos votos, ante 43,23% de Bolsonaro. Tebet reuniu 4,16%, e Ciro, 3,04%.

Entre os integrantes dos grupos que dizem votar nulo prevalece o antipetismo. “O meu voto é nulo até segunda ordem. Jamais pensei numa desgraça dessa. Maior ódio de esse PT maldito ganhar”, escreveu um. Já outro, que se identificou como militante do PDT, diz oscilar entre nulo ou Lula. “Não quero nenhum, daí minha inquietude”, escreveu ele, que disse considerar Bolsonaro ainda pior que o petista.

Uma pessoa afirma ter sido expulsa de um grupo porque pretende votar nulo, outra pede que sua posição seja respeitada. Diferentes mensagens defendem que anular o voto é apoiar Bolsonaro. Há também os que dizem que essa posição ajudaria Lula, que teve mais votos e está na liderança nas pesquisas.

Alguns sinalizam insatisfação com as críticas, inclusive com potencial de alteração do voto. “Se os petistas continuarem com essa palhaçada, o voto é nulo!”, afirma uma pessoa que critica quem diz que apoiadores de Ciro teriam votado em Bolsonaro no primeiro turno. Ela defende que bolsonaristas arrependidos de 2018 que votariam no pedetista podem ter feito voto útil contra Lula.

“Na sanha de querer voto a Lula, vão jogar os nulos no colo do Bolsonaro”, diz outro. Já uma pessoa que diz querer votar nulo ressalta que, em caso de insistência de petistas, poderá migrar para Bolsonaro.

Entre os que acenam ao atual presidente, há quem defenda que o apoio seria pragmático, como o de um integrante que escreveu: “As chances do Ciro seriam após Bolsonaro. Se o PT entrar, na primeira oportunidade queima o Ciro”. Um outro diz acreditar que seja melhor “estourar a corda”: “Prefiro Bolsonaro para estourar essa corda agora, impeachment do Bozo, sei lá, mas não pode ser mais do mesmo”.

Há também os que sinalizam apoio, mas ainda não estão totalmente decididos: “Pensando se voto nulo ou Bolsonaro”. Outra corrente argumenta que votar no presidente ou nulo não faz da pessoa bolsonarista.

Quarto colocado na disputa, Ciro acompanhou a decisão de seu partido e anunciou apoio a Lula no segundo turno sem nem sequer citar o nome do petista. Durante a campanha, o pedetista fez uma série de ataques ao ex-presidente, numa estratégia de buscar um eleitor de centro-direita. Tebet também apoiou o petista, mas de modo mais enfático, dizendo que reconhece nele o compromisso com a democracia.

Por Folhapress

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Política

Juíza manda também cancelar todas as redes sociais e apreender passaporte de Ricardo Antunes

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Além de decretar a prisão preventiva do jornalista Ricardo Antunes, a juíza Andrea Calado da Cruz , da 11ª Vara Criminal do Recife, determinou também a derrubada completa de todas as suas redes sociais e a apreensão do seu passaporte.

Advogados consultados pelo Blog consideram tais medidas como excessivas para delitos considerados de menor potencial ofensivo, como injúria e difamação, acusações a que responde o jornalista. Na sua sentença, a juíza Andrea Calado da Cruz cita jurisprudência do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para a prisão preventiva e a apreensão do passaporte, mas a jurisprudência citada se refere a casos de tráfico de drogas, entre outros crimes pesados.

Jornalista independente, Ricardo Antunes está sendo processado por haver publicado em seu blog reportagem do site G1PE denunciando aquisição irregular de um terreno na ilha de Fernando de Noronha por um promotor. O jornalista vai impetrar habeas-corpus no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) contra a decisão da juíza da 11ª Vara Criminal do Recife.

Por Ricardo Antunes

           

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Política

Lula visita indústrias e encontra empresários em MG e SP; Haddad acompanha presidente

Na agenda de Haddad, não há informações se ele segue com Lula para a capital paulista, depois da visita à fábrica da Embraer, em São José dos Campos, mas tradicionalmente o ministro passa os finais de semana na cidade de São Paulo.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, terá compromissos em fábricas em Minas Gerais e no Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 26, de acordo com sua agenda oficial. Ele não retornará a Brasília nesta sexta, e deverá passar o fim de semana na capital paulista.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanha o presidente em suas agendas nesta sexta-feira nos compromissos em Belo Horizonte e São José dos Campos (SP).

Na agenda de Haddad, não há informações se ele segue com Lula para a capital paulista, depois da visita à fábrica da Embraer, em São José dos Campos, mas tradicionalmente o ministro passa os finais de semana na cidade de São Paulo.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

Zanin atende a pedido de Lula e suspende desoneração da folha de empresas e prefeituras

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O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu a pedido do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suspendeu nesta quinta-feira (25) trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de empresas e prefeituras.

A ação foi apresentada ao Supremo nesta quarta (24). A petição foi é assinada pelo próprio presidente e pelo chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), ministro Jorge Messias.

O principal argumento é que a desoneração foi aprovada pelo Congresso “sem a adequada demonstração do impacto financeiro”. O governo diz que há violação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e da Constituição.

Na decisão liminar -ou seja, provisória-, Zanin considerou que, sem indicação do impacto orçamentário, poderá ocorrer “um desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal constitucionalizado”.

A suspensão tem efeito imediato. Zanin, porém, submeteu a decisão aos colegas. Os demais ministros vão analisá-la em sessão virtual que se inicia na madrugada desta sexta-feira (26) e termina no dia 6 de maio.

A liminar levou a reações de congressistas e de setores produtivos. Para o presidente do Senado e também do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trata-se de um “terceiro turno”.

Ao fundamentar a decisão, o ministro que foi advogado de Lula nos casos da Lava Jato afirmou que, em 2000, “o país passou a buscar a responsabilidade fiscal com a valiosa participação do Congresso Nacional”, citando a lei que trata do tema.

Ele acrescentou que, no entanto, “as regras fiscais aprovadas naquela oportunidade passaram por um processo de flexibilização ao mesmo tempo que houve um aumento desordenado de despesas públicas nos últimos anos”.

Zanin menciona, então, a regra do teto de gastos, aprovada pelo Congresso em 2016, durante a gestão Michel Temer (MDB), que limitava o crescimento das despesas do governo federal.

“[A emenda à Constituição do teto foi] aprovada em prazo exíguo e num momento político conturbado do país, tudo para reforçar a intenção das Casas Legislativas de promover o efetivo controle das contas públicas.”

Segundo o ministro, “a diretriz da sustentabilidade orçamentária foi, portanto, eleita pelo legislador como um imperativo para a edição de outras normas, sobretudo aquelas que veiculam novas despesas ou renúncia de receita”.

Zanin afirmou ainda que cabe ao STF ter “um controle ainda mais rígido para que as leis editadas respeitem o novo regime fiscal”. Hoje, no país vigora o chamado arcabouço fiscal.

A desoneração da folha foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

A prorrogação do benefício até o fim de 2027 foi aprovada pelo Congresso no ano passado e o benefício foi estendido às prefeituras, mas o texto foi integralmente vetado por Lula. Em dezembro, o Legislativo decidiu derrubar o veto.

Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma MP ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha de pagamentos e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto.

A medida, anunciada em 28 de dezembro do ano passado, valeria a partir de 1º de abril.

O novo texto sofreu resistências do Congresso, e o governo precisou revogar o trecho da reoneração das empresas na tentativa de buscar um acordo político. Ao mesmo tempo, o Executivo enviou um projeto de lei tratando da redução gradual do benefício.

No início de abril, Pacheco desidratou ainda mais a MP e decidiu derrubar do texto o trecho que reonerava as prefeituras.

A decisão do governo de judicializar o tema vem depois da constatação de que não foi possível chegar a um acordo político com os congressistas. A iniciativa já provocou protestos.

TERCEIRO TURNO

Pacheco, em nota, disse que o governo “erra ao judicializar a política e impor suas próprias razões, num aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento”.

Ele disse que respeita a decisão de Zanin e que buscará apontar os argumentos do Congresso.

“Mas também cuidarei das providências políticas que façam ser respeitada a opção do parlamento pela manutenção de empregos e sobrevivência de pequenos e médios municípios”, afirmou Pacheco, que vai se reunir nesta sexta (26) com o setor jurídico do Senado e convocará uma reunião de líderes.

Relator da proposta no Senado, Ângelo Coronel (PSD-BA) disse que o governo “prega a paz e a harmonia e age com beligerância”.

“Esperamos que a maioria do STF derrube essa ADI [ação direta de inconstitucionalidade] proposta pelo governo federal que não acatou a decisão da maioria esmagadora da Casa das leis”, disse.

Já o deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo), afirmou que o movimento do Executivo em buscar o Judiciário “contribuirá para prolongar o tensionamento nas relações com o Legislativo”.

Em nota, a presidente da Feninfra (Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática), Vivien Melo Suruagy, disse a decisão “vai estimular a quebra de empresas e causar demissões”, afirmou Suruagy.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) lamentou a decisão. “Isso impactará na competitividade das cadeias produtivas, com possíveis efeitos negativos sobre a manutenção dos empregos e potenciais efeitos inflacionários”, afirmou a entidade.

Fonte:FOLHAPRESS

 

 

           

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