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Guerra da Ucrânia completa dois meses com ameaças renovadas

Neste sábado (23), a Rússia retomou o ataque ao último bastião da resistência ucraniana em Mariupol, um complexo siderúrgico onde se escondem milhares de combatentes e civis.

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A Guerra da Ucrânia completa dois meses neste domingo (24) sem uma perspectiva de fim e com ameaças renovadas nos campos militar, nuclear e geopolítico.

Nos últimos dias, a Rússia presidida por Vladimir Putin intensificou sua ofensiva no Donbass, região no leste ucraniano dominada em parte por separatistas pró-Moscou, e em seu principal alvo no sul do país até agora, Mariupol, voltando a atacar o último ponto de resistência na cidade portuária estratégica para o Kremlin.

Os movimentos se alinham com os objetivos que a Rússia admitiu ter para sua “operação militar especial”, eufemismo usado por Moscou para se referir à guerra: conquistar todo o Donbass, conectá-lo com a península já anexada da Crimeia e capturar inteiramente o sul da Ucrânia, até a fronteira com Moldova.

A declaração sobre essas metas foi dada na sexta-feira (22) pelo general Rustam Minnekaiev, vice-comandante do Distrito Militar Central, a agências estatais. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, recusou-se a comentar o tema, e a Ucrânia reagiu, afirmando que a afirmação desmente as alegações de que não há ambições territoriais em jogo.

O presidente Volodimir Zelenski repetiu sua tese de que Putin pretende invadir outros países: “Nós somos os primeiros da fila. E quem virá a seguir?”, disse, em mais um de seus tradicionais discursos noturnos, na sexta-feira.

Se confirmada pelo Kremlin, a nova estratégia da ofensiva russa também poderia, na prática, extrapolar o território da Ucrânia ao chegar à Transdnístria, enclave separatista em Moldova cuja maior parte da população é formada por russos étnicos.

A chancelaria do pequeno país convocou o embaixador de Moscou para expressar preocupação com as falas do general. “A declaração é infundada. Moldova é um Estado neutro, e esse princípio deve ser respeitado por todos os atores internacionais, inclusive a Federação Russa”, disse o órgão em comunicado. Moldova pleiteia, assim como Kiev, a adesão na União Europeia.

ATAQUE A USINA DE MARIUPOL
Neste sábado (23), a Rússia retomou o ataque ao último bastião da resistência ucraniana em Mariupol, um complexo siderúrgico onde se escondem milhares de combatentes e civis. Dois dias antes, Putin havia declarado vitória na captura da cidade e disse que suas tropas não precisariam tomar a usina de Azovstal.

Mas, segundo o assessor da Presidência da Ucrânia Oleksi Arestovitch, as forças de Moscou voltaram a lançar bombardeios e a tentar invadir o complexo siderúrgico para “estrangular a resistência final dos defensores de Mariupol”.

Arestovitch disse que as tropas ucranianas ainda estão resistindo, “apesar da situação muito difícil”, e tentando contra-atacar. Putin e outras autoridades russas, por sua vez, têm dito que aqueles que se renderem pacificamente serão poupados por Moscou.
Mais de 1.000 civis estão escondidos na usina, segundo autoridades ucranianas. A Rússia, por sua vez, diz que Azovstal abriga pelo menos 2.000 militares inimigos.

Em meio a esse cenário, a Ucrânia afirmou que faria uma nova tentativa para a retirada de civis, enquanto os pedidos de trégua por ocasião da Páscoa ortodoxa não parecem ter dado resultado.

Sitiada e bombardeada por semanas, Mariupol, onde viviam 400 mil pessoas antes da guerra, virou uma cidade em ruínas. A Maxar Technologies, uma empresa norte-americana de satélite, divulgou nos últimos dias imagens aéreas de valas comuns recém-cavadas nos arredores do município, em cidades como Manhuch e Vinohradne.
Kiev diz que dezenas de milhares de civis morreram e que ainda há 100 mil moradores lá. As Nações Unidas e a Cruz Vermelha afirmam que o número de civis está na casa dos milhares, mas sem uma estimativa específica. Zelenski chegou a falar em mais de 200 mil.

Outro ponto-chave no sul do país, a cidade de Odessa voltou a ser bombardeada após vários dias sem ser alvo de um grande ataque. Dois mísseis atingiram uma instalação militar e dois edifícios residenciais, afirmaram as Forças Armadas ucranianas.

O governo afirmou que ao menos cinco pessoas morreram em decorrência do ataque e 18 ficaram feridas. “É provável que o balanço seja maior”, disse o chefe do gabinete da Presidência, Andri Iermak. Segundo ele, entre os mortos há um bebê de três meses.

“O único objetivo dos ataques com mísseis russos em Odessa é o terror”, escreveu o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba, no Twitter. A Rússia segue negando ter civis como alvo.

Segundo a inteligência militar do Reino Unido, as forças russas não avançaram muito de sexta para sábado, mas informações divulgadas pelos dois lados no conflito indicam um aumento dos ataques sobre a região do Donbass.

A Rússia disse que derrubou um caça e destruiu três helicópteros inimigos em um aeródromo de Kharkiv, cidade fortemente bombardeada há semanas a noroeste da região.

O prefeito de Kharkiv afirmou que as forças russas realizaram mais de 50 ataques com artilharia ou foguetes no último dia, matando duas pessoas e ferindo 19, e que intensos combates continuam em Izium, nos arredores.

Sergi Gaidai, governador de Lugansk, afirmou que a ofensiva russa se intensificou em toda a província e que as forças ucranianas estavam recuando em alguns pontos para preservar suas unidades.

MÍSSIL INTERCONTINENTAL
Enquanto isso, Putin voltou a sacar a carta nuclear após ter ameaçado o Ocidente, no início da invasão, com “consequências nunca vistas na história”. Na quarta-feira (20), Moscou anunciou o primeiro teste completo do novo míssil intercontinental para emprego de ogivas nucleares do país, o RS-28 Sarmat, considerado o mais poderoso armamento do tipo no mundo.

Neste sábado, o Kremlin afirmou que a superarma será posicionada na Sibéria até o outono –a estação vai de setembro a dezembro no Hemisfério Norte. A meta, declarada por Dmitri Rogozin, chefe da agência espacial Roscosmos, é ambiciosa, já que especialistas ocidentais dizem que mais testes serão necessários antes que o míssil possa ser implantado de fato, pronto para uso.

Conhecido na Otan, a aliança militar ocidental, como Satã-2, o Sarmat é capaz, segundo analistas, de levar mais de dez ogivas nucleares a alvos a milhares de quilômetros de distância, como os Estados Unidos e países da Europa.

Rogozin disse em entrevista à TV estatal russa que os mísseis seriam implantados em uma unidade na região de Krasnoiarsk, na Sibéria, cerca de 3.000 km a leste de Moscou, no mesmo ponto onde ficavam mísseis da era soviética, algo que economizaria “recursos e tempo colossais”.

Por Folhapress

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Israel vai invadir Rafah se Hamas não aceitar acordo em até 1 semana, diz jornal

O fim do prazo sem uma resposta significaria o início da invasão de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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Israel deu uma semana para o Hamas aceitar algum acordo sobre cessar-fogo em troca da libertação de reféns, segundo o jornal americano The Wall Street Journal, citando autoridades do Egito que mediam a negociação. O fim do prazo sem uma resposta significaria o início da invasão de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com jornal, sempre citando autoridades egípcias, o grupo terrorista ainda não respondeu à proposta mais recente de Tel Aviv, que sugere uma primeira trégua temporária de 40 dias em troca de 33 reféns, com a possibilidade de extensão do cessar-fogo.

De acordo com os egípcios, a ala política da facção que participa das conversas teria dito que ainda não recebeu uma resposta de Yahya Sinwar, líder militar de Gaza que se supõe estar escondido nos túneis do território palestino.

Tanto o governo de Israel como o Hamas se recusaram a comentar o prazo dado por Israel, segundo o WSJ.

Autoridades egípcias dizem ainda que o grupo terrorista mostrou preocupação com termos vagos da proposta mais recente e busca uma trégua de longo prazo com garantias dos Estados Unidos de que o cessar-fogo será respeitado por Tel Aviv. O diretor da CIA (agência de inteligência americana), William Burns, chegou ao Cairo nesta sexta para reuniões, segundo a agência Reuters.

O Hamas tem postergado desde o fim da semana passada, quando recebeu a proposta de Israel, a data para responder ao trato –também uma tentativa de ganhar tempo em meio aos diálogos e à condenação internacional da antecipada ofensiva em Rafah.

Nesta semana, após se encontrar com o primeiro ministro israelense, Binyamina Netanyahu, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que Israel não tem um plano eficaz para garantir a segurança de civis em Rafah e não deveria invadir a cidade. Sem um plano que Washington julgue eficiente, Israel não teria apoio do aliado, afirmou Blinken.

O local no sul da Faixa, na fronteira com o Egito, é o último grande centro urbano sem tropas israelenses em solo e abriga cerca de 1,5 milhão de palestinos, segundo a ONU, grande parte deles deslocados de outras cidades do território conforme a ação militar de Tel Aviv devastou outras áreas densamente povoadas, como a Cidade de Gaza e Khan Yunis.

O ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registrou 26 mortos e 51 feridos nas últimas 24 horas no território palestino.

A invasão iminente de Rafah, confirmada diversas vezes por Netanyahu e membros de seu governo, tem mobilizado agências das Nações Unidas para a criação de planos de emergência à possível ofensiva da cidade.

“Poderia ser um massacre de civis e um golpe inacreditável para a operação humanitária em toda a Faixa, pois ela é administrada principalmente a partir de Rafah”, afirmou Jens Laerke, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU (OCHA), em uma entrevista coletiva em Genebra.

As operações de ajuda humanitária em Rafah incluem clínicas médicas, armazéns abastecidos com suprimentos, pontos de distribuição de alimentos e 50 centros para crianças gravemente desnutridas, disse Laerke.

Ele acrescentou que a OCHA faria tudo o que fosse possível para garantir que as operações de ajuda continuassem, mesmo em caso de uma incursão, e estava estudando como fazer isso.

Um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na mesma entrevista que um plano de contingência para Rafah havia sido preparado e incluía um novo hospital de campanha. Ele ressaltou que isso não seria suficiente para evitar um aumento substancial no número de mortos, caso a ofensiva aconteça.

“Quero enfatizar que este plano de contingência é um paliativo”, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS para o território palestino. “Absolutamente não irá impedir a substancial mortalidade e morbidade adicionais esperadas para ocorrerem em uma operação militar.”

Outros preparativos incluem o pré-posicionamento de suprimentos médicos em hospitais mais ao norte no caso de os três hospitais de Rafah se tornarem disfuncionais, como aconteceu outras vezes nos sete meses de conflito devido a ataques e bombardeios israelenses.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Turquia suspende comércio com Israel até cessar-fogo permanente

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 A Turquia anunciou na sexta-feira que não retomará o comércio com Israel, no valor de 7 bilhões de dólares por ano, até que um cessar-fogo permanente e ajuda humanitária sejam garantidos em Gaza, o primeiro dos principais parceiros de Israel a interromper o comércio por causa do conflito.

A “atitude intransigente” de Israel e a piora da situação na região de Rafah, no sul de Gaza – onde Israel ameaçou lançar uma nova ofensiva – levaram a Turquia a suspender todas as exportações e importações, disse o ministro do Comércio, Omer Bolat.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou a medida do presidente turco, Tayyip Erdogan, anunciada na noite de quinta-feira, dizendo que ela viola os acordos comerciais internacionais e é “como um ditador se comporta”.

O grupo militante Hamas, que governa Gaza, elogiou a decisão como corajosa e favorável aos direitos palestinos.

“Decidimos interromper as exportações e importações de e para Israel até que um cessar-fogo permanente seja alcançado (em Gaza) e a ajuda humanitária seja permitida sem interrupção”, disse o ministro Bolat.

A Turquia está negociando “com nossos irmãos palestinos sobre acordos alternativos para garantir que eles não sejam afetados por essa decisão”, acrescentou ele ao anunciar os números do comércio de abril.

No mês passado, a Turquia restringiu as exportações de aço, fertilizantes e combustível de aviação, entre 54 categorias de produtos, devido ao que disse ser a recusa de Israel em permitir que Ancara participasse das operações de lançamento aéreo de ajuda para Gaza.

Todo o comércio remanescente, que totalizou 5,4 bilhões de dólares em exportações turcas e 1,6 bilhão de dólares em importações israelenses no ano passado, está agora interrompido.

As principais exportações turcas para Israel são aço, veículos, plásticos, dispositivos elétricos e maquinário, enquanto as importações são dominadas por combustíveis, com 634 milhões de dólares no ano passado, segundo dados do comércio turco.

 

 

           

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Criança salva pais durante tornado nos EUA: “Por favor, não morram”

Branson conseguiu sair da carrinha dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilómetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho.

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Uma criança de 9 anos conseguiu evitar o pior durante o tornado que assolou o estado norte-americano de Oklahoma e que vitimou pelo menos quatro pessoas, no fim de semana passado. De fato, os pais de Branson, que se encontram internados em uma UTI, têm o seu filho agradecendo por estarem vivos, depois de o carro da família ter batido contra árvores.

Wayne e Lindy Baker seguiam com o filho para Dickson, em busca de refúgio, quando foram atingidos pelo tornado.

O homem perdeu parte de um dedo e sofreu fraturas nas costas, no pescoço, no esterno, nas costelas e no braço, enquanto a mulher sofreu uma perfuração no pulmão e ficou com as costas, o pescoço, a mandíbula, as costelas e a mão direita quebradas.

Branson conseguiu sair do carro dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilômetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho. Ainda assim, o menino encontrou um vizinho e pediu-lhe auxílio.

“Só encontrou o caminho de volta devido aos raios que iluminavam a estrada. Correu o mais depressa que conseguiu; fez um quilômetro e meio em 10 minutos. É impressionante para uma criança. […] A última coisa que disse aos pais foi, ‘Mãe, pai, por favor, não morram. Voltarei’”, recordou o tio do menor, Johnny Baker, citado pela CBS News.

Tanto Wayne como Lindy são construtores independentes, pelo que não têm rendimentos enquanto estão internados.

Observando a situação, a equipa de basebol de Branson organizou um jogo e uma angariação de fundos, onde até ao momento, a família e amigos do casal conseguiu arrecadar 10 mil dólares (cerca de 50 mil reais).

Foto Reuters/Bryan Terry/The Oklahoman

Por Notícias ao Minuto

           

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