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Hamas acusa Israel de invadir hospital em Gaza, e OMS pede por preservação das instalações

A agência de assuntos humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês), afirma que o hospital “continua cercado por tropas e tanques israelenses”.

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O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, regida pelo Hamas desde 2007, acusou o Exército de Tel Aviv nesta terça-feira (12) de atacar um hospital no norte do empobrecido território palestino, sob bombardeio desde os ataques do grupo terrorista no sul de Israel, há pouco mais de dois meses.

“As forças de ocupação israelenses estão atacando o hospital Kamal Adwan depois de cercar e bombardear o local durante vários dias”, afirmou o porta-voz da pasta, Ashraf al-Qudra. Os soldados, segundo ele, “estão reagrupando os homens, incluindo os profissionais de saúde, no pátio do hospital. Tememos que prendam ou matem os profissionais da saúde”.

A agência de assuntos humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês), afirma que o hospital “continua cercado por tropas e tanques israelenses”. “Há relatos de combates com grupos armados nas suas imediações por três dias consecutivos”, disse a entidade. Atualmente, o centro de saúde atende 65 pessoas, incluindo 12 crianças na UTI e seis recém-nascidos em incubadoras.
Além dos pacientes, o local abriga ainda quase 3.000 palestinos que se deslocaram por causa da guerra e aguardam uma operação de resgate sob “escassez extrema de água, comida e energia elétrica”, completou a OCHA, citando relatos vindos do local.

É de praxe que civis procurem hospitais para se abrigarem durante um conflito armado, uma vez que esses espaços, em tese, estão protegidos pelas regras do direito internacional que regem situações de guerra.

Os atuais combates que se desenrolam na Faixa de Gaza, porém, não têm poupado profissionais de saúde e hospitais. As tropas israelenses já entraram em outros centros médicos de Gaza nas últimas semanas, como o hospital Al-Shifa, o maior do território.

O próprio hospital tomado nesta terça por Tel Aviv já estava em risco, segundo relatos -na segunda, o prédio foi atingido após combates na área, segundo a Ocha. A informação que se tem até agora é que duas mães teriam sido mortas e várias pessoas teriam ficado feridas.

O Kamal Adwan é um dos últimos hospitais com alguma possibilidade de operação no norte de Gaza após o cerco ao território diminuir drasticamente a chegada de água, combustível e alimentos aos palestinos e depois de consecutivos ultimatos do Estado judeu para esvaziar toda a área, incluindo os centros de saúde que atendiam recém-nascidos e pessoas com necessidade de diálise.

Israel diz ter evidências de que o Hamas utiliza a população civil e os hospitais como escudos para túneis, o que o grupo terrorista nega. Casos em que um dos lados da guerra faz uso da proteção dada a hospitais para cometer um “ato prejudicial ao inimigo” suspendem a salvaguarda a esses espaços, embora eventuais ofensivas ainda tenham que fazer distinção entre civis e combatentes.

Procurado pela agência de notícias AFP, o Exército israelense não respondeu até o momento.

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, disse nesta terça no X, antigo Twitter, que um comboio de resgate liderado pela entidade ao hospital Al-Ahli foi parado duas vezes em postos de controle no sábado, causando um atraso que levou à morte de um dos 19 pacientes gravemente feridos que eram transportados.

Além disso, um membro da equipe do Crescente Vermelho Palestino, a Cruz Vermelha local, foi retirado do comboio, agredido e assediado antes retornar horas depois a pé, sem roupas e descalço, com as mãos ainda amarradas atrás das costas.

“Estamos profundamente preocupados com as verificações prolongadas e a detenção de trabalhadores da saúde que colocam em risco a vida de pacientes já frágeis”, afirmou Tedros.

Também nesta terça, o representante da OMS para a Palestina, Richard Peeperkorn, disse que só 11 hospitais de Gaza permanecem parcialmente funcionais -menos de um terço do total.

“Em apenas 66 dias, o sistema de saúde passou de 36 hospitais funcionais para 11 hospitais parcialmente funcionais -um no norte e 10 no sul”, afirmou, em uma entrevista coletiva. “Não podemos nos dar ao luxo de perder qualquer instalação de saúde ou hospital”, continuou. “Esperamos, imploramos para que isso não aconteça.”

O sul, onde parte dos 1,9 milhão de deslocados de uma população de 2,3 milhões havia se refugiado, não convivia com bombardeios tão intensos até a semana passada, quando Tel Aviv expandiu suas operações após deixar um cenário de terra arrasada no norte.

Nesta terça, após tanques e aviões de guerra israelenses bombardearem a região, a ONU disse que a distribuição de ajuda aos moradores foi interrompida devido à intensidade dos combates. Em Khan Yunis, principal cidade do sul, palestinos disseram que os ataques estão concentrados no centro. Um deles disse que parte dos tanques operava na rua onde fica a casa de Yahya al-Sinwar, líder do Hamas em Gaza.

Tawfik Abu Breika, um palestino idoso, disse que seu prédio residencial na mesma cidade foi atingido sem aviso prévio por um ataque aéreo.

“A consciência do mundo está morta. Não há humanidade ou qualquer tipo de moral”, disse Breika à agência de notícias Reuters enquanto seus vizinhos vasculhavam os escombros do prédio. “Este é o terceiro mês que estamos enfrentando morte e destruição. Isso é limpeza étnica, destruição completa da Faixa de Gaza para deslocar toda a população.”

Mais ao sul, em Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito, autoridades de saúde locais disseram que 22 pessoas, incluindo crianças, foram mortas em um ataque aéreo israelense a casas durante a noite. Trabalhadores de emergência civil estavam procurando mais vítimas sob os escombros.

“À noite não conseguimos dormir por causa dos bombardeios e de manhã percorremos as ruas em busca de comida para as crianças”, disse Abu Khalil, 40 anos, pai de seis filhos. “Não consegui encontrar pão e os preços de arroz, sal ou feijão dobraram várias vezes. Isso é fome”, disse ele. “Israel nos mata duas vezes, uma com bombas e outra com fome.”

O Hamas afirma que mais 18.412 em Gaza morreram e quase 50 mil ficaram feridos desde o início da guerra. O número não inclui os desaparecidos, que podem estar esperando por resgate sob os escombros.

Foto Getty
Por Folhapress

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EUA pede retirada de Israel do Corredor de Filadélfia em Gaza

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O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que retire as tropas do exército do Corredor de Filadélfia, que fica na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. A medida, segundo publicado pelo site Axios, faz parte de uma fase inicial de um acordo de cessar-fogo para que as negociações possam continuar entre o Hamas e Tel Aviv. 
Netanyahu aceitou parcialmente o apelo de Biden e concordou em desistir de ter uma posição das tropas israelenses ao longo dessa zona da fronteira. 
De acordo também com o jornal do Catar Al-Araby Al Jadeed, a delegação israelense que está no Cairo para negociar um acordo de trégua em Gaza apresentou uma nova proposta para o Corredor de Filadélfia, que prevê uma missão da ONU permanentemente posicionada em vários pontos fixos ao longo da fronteira entre Gaza e Egito para monitorar a região. Além disso, propuseram ainda uma missão da União Europeia (UE) no corredor de passagem que liga Rafah à fronteira do Egito, em conjunto com a Autoridade Palestina.
O Al-Araby Al Jadeed diz que o acordo estabelece também a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel (IDF) naquela fronteira.
Já o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, declarou hoje que o Hamas deve participar de uma nova rodada de conversações, uma vez que a última contou com a participação somente de representantes de Israel e dos países mediadores, Estados Unidos, Egito e Catar.
“Eles estão no Cairo. Precisamos que o Hamas participe e precisamos acertar os pormenores. E é nisso que estamos concentrados aqui nos próximos dias. As negociações têm sido construtivas e contam com algum progresso”, avançou Kirby.
A ocupação militar pelas IDF do Corredor da Filadélfia, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, foi um dos impasses junto ao Hamas na última proposta apresentada e que foi recusada pelo grupo.
Foto: ROBYN BECK / AFP
Por: Isabel Alvarez

           

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Bill Clinton convida Lula para evento sobre mudanças climáticas em NY

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton para um evento evento organizado pela Fundação Clinton sobre mudança do clima, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de setembro, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

O convite ocorreu durante ligação telefônica entre os líderes, na tarde desta quinta-feira (22). A conversa durou cerca de 35 minutos, informou o Palácio no Planalto.

Na ligação, Lula estava acompanhado do assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, e pela secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha. O presidente reiterou a Clinton o compromisso do governo com a transição energética e com a proteção das florestas, afirmando que pretende apresentar resultados ambiciosos para as COP 29, em Baku, no Azerbaijão, no fim deste ano, e a COP 30, em Belém, no ano que vem. A COP é a Conferência Anual das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Foto Shutterstock

Por Agência Brasil

           

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Base da Otan na Alemanha eleva nível de alerta para “ameaça potencial”

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A base aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na cidade alemã de Geilenkirchen elevou seu alerta de segurança “com base em informações de inteligência indicando uma potencial ameaça”, afirmou o órgão nesta quinta-feira.

“Todos os funcionários essenciais que não estão em missão foram mandados para casa por precaução”, informou a base em comunicado publicado na plataforma de redes sociais X, sem mais detalhes.

“A segurança de nosso pessoal é nossa principal prioridade. As operações continuam conforme planejado.”

Um porta-voz da base em Geilenkirchen afirmou que o nível de ameaça foi elevado para Charlie, o segundo mais alto entre os quatro existentes, definido como: “um incidente ocorrido ou informações de inteligência recebidas, indicando que alguma forma de ação terrorista contra organizações ou pessoal da Otan é altamente provável”.

Colônia

Foi a segunda vez que a base, que abriga a frota de aeronaves de vigilância AWACS, elevou seu nível de segurança, após a ocorrência de um incidente na semana passada, quando uma base militar em Colônia foi temporariamente fechada, com autoridades investigando uma possível sabotagem no fornecimento de água.

No mesmo dia, a base em Geilenkirchen reportou uma tentativa de invasão, causando uma varredura completa de suas instalações.

Sobre a suposta sabotagem em Colônia, o setor militar alemão informou posteriormente que segundo os resultados, a água não havia sido contaminada.

No passado, a Otan alertou sobre possíveis atividades hostis da Rússia, inclusive com atos de sabotagem e ataques cibernéticos. Os russos também acusam frequentemente a organização de ameaçar a sua segurança.

Fonte: Agência Brasil

           

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