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Saúde

HPV afeta 10 milhões de brasileiros e pode causar vários tipos de câncer

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Estamos no março lilás, um mês destinado à conscientização e ao combate ao câncer do colo do útero, uma doença associada ao HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano). No Brasil, aproximadamente 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo HPV, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), segundo o Ministério da Saúde. Existem diversos tipos de HPV, que são divididos em dois grupos: HPVs de baixo risco, que não possuem potencial para causar um câncer, e os HPVs de alto risco oncogênico, que podem levar ao desenvolvimento da doença.

Foram identificados mais de 140 subtipos de HPV, destacando-se cerca de 14 como de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82) e capazes de desencadear o câncer do colo do útero. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos desse câncer. Já os de baixo risco (6, 11, 40, 42, 43, 54, 61, 70, 72, 81, CP6 108) são encontrados nas verrugas genitais, principalmente os subtipos 6 e 11.

É comum associarmos o HPV ao câncer no colo do útero, mas pessoas sem útero também estão propensas a desenvolver a doença, pois o vírus pode causar cânceres de ânus e reto; orofaringe (garganta), boca e laringe; vulva, vagina e pênis, além das lesões pré-cancerígenas, que são alterações celulares que podem se transformar em câncer se não forem detectadas e tratadas precocemente.

Embora o câncer seja a consequência mais grave do HPV, o vírus também pode provocar lesões na pele das áreas genitais. “Algumas pessoas podem ter verrugas na região genital que são fáceis de ver, popularmente chamadas de ‘crista-de-galo’. Elas podem variar em tamanho, ser únicas ou múltiplas, e se localizar em áreas específicas ou dispersas pela vulva, saco escrotal e região perianal. Estas lesões estão frequentemente associadas aos tipos de HPV 6 e 11, que são HPVs de baixo risco e dos quais somos protegidos através da vacinação”, explica a médica ginecologista Dra. Flávia Menezes.

As lesões pré-cancerígenas, que acometem o colo do útero, não produzem sintomas e nem são visíveis a olho nu. Os sintomas, como sangramento e corrimento de cheiro ruim, somente estarão presentes nos casos de câncer de colo do útero mais avançados. “A identificação das lesões pré-cancerígenas é realizada por meio do exame de Papanicolau (Pap), testes para HPV e da colposcopia, sendo esta última fundamental para o diagnóstico de lesões que não são visíveis a olho nu. O exame de colposcopia é essencial para visualizar as lesões subclínicas e definir a conduta médica adequada”, destaca a médica.

Contágio e prevenção

O HPV é um vírus transmitido, preferencialmente, por meio do contato sexual, mas a transmissão pode ocorrer mesmo sem que tenha ocorrido penetração, por meio de uma mão contaminada, por exemplo. De acordo com a Dra. Flávia Menezes, o preservativo, apesar de ser um método contraceptivo altamente eficaz na redução do risco de contágio de muitas IST, não protege 100% contra o HPV, por conta da possibilidade de transmissão por áreas de pele não cobertas.
Desta forma, a vacinação é uma das formas mais importantes de prevenção, conforme explica a ginecologista. “As vacinas protegem contra vários tipos de HPV, incluindo os mais associados ao desenvolvimento do câncer e as verrugas genitais. A vacinação é recomendada, principalmente, antes do início da vida sexual, mas também pode beneficiar indivíduos que já são sexualmente ativos”.

A vacina protege contra a maioria dos cânceres causados pelo vírus e reduz a incidência dos condilomas acuminados (verrugas genitais). O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda a vacinação de rotina contra o HPV para meninas e meninos de nove a 14 anos, sendo recomendado receber a vacina antes de iniciar a vida sexual e exposição ao vírus. Caso não tenha sido vacinado na adolescência, a vacina continua sendo recomendada para todas as pessoas até os 26 anos, mesmo que já tenham sido expostas ao vírus anteriormente.

A médica ainda faz um alerta: “A prevenção contra uma infecção pelo HPV é muito difícil e nenhuma dessas medidas é 100% eficaz. Por esse motivo, temos que estar sempre preocupadas com as lesões que podem ser causadas por essa infecção”. Os exames e testes devem estar em dia e fazerem parte da rotina de todas as pessoas, pois por meio deles é possível detectar lesões antes de evoluírem para formas mais graves da doença, como o câncer.

Exames de biologia molecular são utilizados no diagnóstico 

Os exames de biologia molecular desempenham um papel importante no diagnóstico de lesões pré-cancerígenas, especialmente porque essas lesões são assintomáticas. A descoberta precoce dessas lesões permite tratamentos simples, evitando a necessidade de quimioterapia ou radioterapia. Por conta da existência de lesões que não apresentam sintomas, é importante realizar os exames de forma preventiva e rotineiramente.

A realização regular dos exames de Papanicolau, que rastreiam células alteradas pelo HPV, e dos testes para HPV, que identificam a presença do vírus no colo do útero, é fundamental. Quando o Papanicolau indica existir possíveis células alteradas pelo HPV ou o teste para HPV detecta HPVs de alto risco oncogênico, é avaliado a necessidade de encaminhamento para o exame de colposcopia, que identifica lesões benignas, pré-malignas e malignas. Estes exames, em conjunto, permitirão determinar a existência de uma lesão pré-cancerígena que requer um tratamento adequado.

Com os avanços tecnológicos, foi possível o desenvolvimento de testes de PCR para HPV de alto risco com genotipagem, uma ferramenta poderosa na detecção do DNA do HPV no colo do útero, tornando-os uma ferramenta importante na prevenção desse câncer.

Em março de 2024, o Ministério da Saúde incorporou ao SUS a tecnologia de testagem molecular para detectar o vírus do HPV e realizar o rastreamento do câncer do colo do útero. A Mobius, empresa que desenvolve e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica focada na biologia molecular, possui dois exames  que detectam e diagnosticam o vírus do HPV.

O Multi HPV Flow Chip identifica mais de 30 genótipos de baixo e alto risco. Já o Kit Master HPV Screening diagnostica 14 genótipos de alto risco por PCR em Tempo Real. Ambos utilizam metodologias de alta sensibilidade e especificidade, disponibilizando um resultado seguro e em poucas horas.

Caso haja alteração em algum dos testes, há a necessidade de realizar outros exames, como a colposcopia, que permite a visualização direta do colo do útero, vagina e vulva, podendo identificar lesões causadas pelo HPV. Biópsias podem ser realizadas durante o procedimento para um diagnóstico mais preciso.

Tratamento 

O tratamento e conduta médica variam de acordo com os sintomas e gravidade da doença. “A conduta médica para as verrugas genitais é o tratamento com medicamentos tópicos, crioterapia, cauterização ou cirurgia, dependendo do caso. Para lesões pré-cancerígenas (NIC 1, 2 e 3) o tratamento pode incluir apenas o acompanhamento para avaliar o possível desaparecimento espontâneo da lesão ou procedimentos para retirada da lesão e prevenção do câncer de colo do útero. Já o tratamento do câncer varia conforme o estágio e pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, ou uma combinação destes”, explica a ginecologista.

Fonte: RAFAEL DAMAS

 

           

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Saúde

Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima

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Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima:

Depilação com Lâmina: O atrito da lâmina pode irritar a pele e causar escurecimento.

Produtos Perfumados: O uso de sabonetes ou cremes perfumados na região íntima pode irritar a pele e levar ao escurecimento.

Roupas Apertadas: O atrito constante de roupas apertadas pode escurecer a pele sensível da área íntima.

Fricção Durante o Exercício: Atividades físicas que causam atrito constante, como ciclismo, podem levar ao escurecimento.

Falta de Hidratação: A falta de hidratação adequada da pele pode contribuir para o escurecimento da área íntima.

Evitar esses hábitos e manter uma boa higiene íntima pode ajudar a prevenir o escurecimento e manter a saúde da região.

Por Giannini Carvalho-Ginecologista

           

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Saúde

Wegovy, remédio injetável para obesidade, chega às farmácias brasileiras no 2º semestre

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

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O medicamento Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida e é indicado para tratar a obesidade e o sobrepeso, começará a ser vendido nas farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano, segundo comunicado divulgado na quinta-feira, 25, pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do produto.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

O remédio foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023, passou pelo processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no meio do ano passado e era aguardado para chegar ao mercado ainda em 2023. Em julho, porém, a farmacêutica afirmou que o remédio estaria disponível somente neste ano, sem detalhar em qual mês.

A Novo Nordisk não explicou o porquê da demora na disponibilização da droga, mas, em 2023, um representante da empresa afirmou que o produto seria lançado somente quando a farmacêutica pudesse garantir que os pacientes teriam acesso ao tratamento sem interrupções. Nos Estados Unidos, onde o Wegovy já é vendido, há desabastecimento do produto.

A farmacêutica não divulgou o preço que o Wegovy deverá chegar às farmácias, mas a CMED já definiu o seu preço máximo: nas doses mais altas, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2.383,43.

Mas os pacientes poderão encontrar preços menores nos pontos de vendas, além de contar com eventuais descontos oferecidos por programas de suporte ao paciente. Vale lembrar que o preço também varia de acordo com a apresentação do remédio, que será vendido em versões de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.

O medicamento, administrado por meio de aplicação injetável subcutânea, é geralmente prescrito para ser usado uma vez por semana.

O remédio é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão.

A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade.

Ela também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. Em estudos clínicos, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida levou a uma perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo de pacientes que não tomaram a medicação.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Saúde

Vírus sincicial respiratório supera covid-19 em óbitos de crianças pequenas

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O Brasil passa por aumento crescente no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (srag), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

É o que mostra o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (25).

O levantamento destaca que a covid-19, mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do País, ainda é a maior responsável pela mortalidade de srag nos idosos.

Nas crianças, no entanto, a covid-19 já é superada pelos números do VSR.

No agregado nacional, há sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas).

Os dados são referentes à semana epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, e têm como base os números inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.

A crescente circulação do VSR é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de srag nas crianças de até 2 anos de idade e ultrapassa os óbitos associados à covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de srag com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o coronavírus.

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas, com base nos registros atuais.

Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por srag.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e coronavírus (10,7%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e coronavírus (53,9%).

Pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes reforça a importância da vacinação, como também do uso de máscara para qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e para quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

Na presente atualização, 23 Estados apresentam crescimento de srag na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em relação aos casos de srag por covid-19, há a manutenção do sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e de estabilidade em patamares relativamente baixos nas demais regiões.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento de srag: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Gioania (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Fonte: JC

 

           

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