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Israel rebate acusações de genocídio e diz que fim da guerra o deixaria indefeso

A África do Sul solicitou aos juízes na quinta (11) que impusessem medidas cautelares para interromper “imediatamente” os ataques em Gaza.

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No segundo dia de audiências na Corte Internacional de Justiça (CIJ), Israel rebateu nesta sexta-feira (12) as acusações de que comete genocídio em sua campanha militar na Faixa de Gaza, descrevendo-as como “grosseiramente distorcidas”, e afirmou que o fim das ofensivas deixaria o território israelense indefeso.

A África do Sul, que apresentou o processo ao tribunal internacional em dezembro, solicitou aos juízes na quinta (11) que impusessem medidas cautelares para interromper “imediatamente” os ataques em Gaza.

Pretória argumentou que as ofensivas aéreas e terrestres de Israel -que destruíram grande parte do território palestino e mataram mais de 23 mil pessoas, segundo autoridades de saúde de Gaza- têm “motivação genocida”, em acusação que já havia sido rechaçada por Tel Aviv.

As interpretações do conflito pela África do Sul são “grosseiramente distorcidas”, rebateu nesta sexta o consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tal Becker, ao tribunal. “O conjunto de argumentos se baseia em uma descrição da realidade deliberadamente montada, descontextualizada e manipuladora”, afirmou. “Se houve atos de genocídio, eles foram perpetrados contra Israel.”

Tel Aviv iniciou sua guerra em Gaza depois que um mega-ataque feito pelo Hamas em 7 de outubro matou cerca de 1.200 pessoas, principalmente civis, em território israelense. Os terroristas ainda sequestraram mais de 200 pessoas, algumas das quais continuam em cativeiros na Faixa de Gaza. Na audiência, a delegação israelense exibiu vídeos e fotografias dos atos de barbárie perpetrados pelos terroristas.

“O terrível sofrimento dos civis, tanto israelenses quanto palestinos, é, antes de tudo, o resultado da estratégia do Hamas”, disse Becker, acrescentando que Israel tem o direito de se defender. Tel Aviv acusa o grupo terrorista de usar a população em Gaza como escudo, o que a facção nega.

Apoiadores da causa palestina protestaram em frente ao tribunal, mais conhecido como Corte de Haia, na Holanda, enquanto assistiam à audiência em uma telão. Os manifestantes vaiaram Becker e gritaram “mentiroso” várias vezes ao longo de sua fala.

As sentenças da CIJ são definitivas e, portanto, sem apelação. Uma decisão sobre medidas cautelares a serem implementadas em Gaza deve ser proferida ainda neste mês. Mas o tribunal, por ora, não deve se pronunciar sobre as acusações de genocídio -um julgamento sobre o tema pode se arrastar por anos.

A denúncia do país africano foi apresentada ao tribunal no último dia 29. O documento acusa o Estado judeu de descumprir a Convenção Internacional contra o Genocídio, que define o termo como a “motivação para destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Nesses casos, a “motivação” costuma ser o elemento mais difícil para os tribunais internacionais provarem.

“O principal componente do genocídio, a motivação de destruir um povo no todo ou em parte, está totalmente ausente”, afirmou Becker. “Israel está em uma guerra de defesa contra o Hamas, não contra o povo palestino, para garantir que eles [terroristas] não tenham sucesso.”

Os advogados israelenses sublinharam que o país faz “todo o possível” para aliviar o sofrimento humanitário em Gaza, incluindo esforços para retirar palestinos das áreas de risco. A população, entretanto, afirma que não há lugar seguro em Gaza.

Os mais de três meses de bombardeios israelenses devastaram grande parte da Faixa de Gaza, matando quase 24 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde local, e expulsando quase toda a população de 2,3 milhões de palestinos de suas casas. Um “bloqueio total” imposto por Tel Aviv restringiu o fornecimento de alimentos, combustível e medicamentos à Faixa, criando o que as Nações Unidas descrevem como uma catástrofe humanitária.

Israel disse na véspera que a África do Sul estava agindo como um “braço jurídico” do Hamas. O premiê Binyamin Netanyahu chamou o processo de “hipócrita” e disse que Pretória “representa monstros”.

O processo em Haia vem repercutindo no exterior. Steffen Hebestreit, porta-voz do governo da Alemanha, manifestou apoio a Tel Aviv nesta sexta e disse que Berlim rejeita “firmemente” a acusação de genocídio contra Israel. “[A denúncia] não tem base”, escreveu ele na plataforma X.

Enquanto Israel apresentava sua defesa em Haia, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) voltou a dizer nesta sexta que as autoridades israelenses estavam “sistematicamente” negando o acesso à região norte de Gaza para a entrega de ajuda, o que havia prejudicado “significativamente” a operação humanitária no local.

“As operações no norte [de Gaza] têm se tornado cada vez mais complicadas”, disse Andrea De Domenico, chefe da Ocha. “Temos uma recusa sistemática do lado israelense para que possamos acessar o norte.”

As autoridades israelenses e o Cogat, o órgão do Ministério da Defesa de Israel que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinos, mão responderam imediatamente aos pedidos de comentários feitos pela agência de notícias Reuters.

Foto Getty Images

Por Folhapress

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Putin alerta sobre confronto global ao celebrar vitória na 2ª Guerra

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O presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de arriscar um conflito global e disse que ninguém teria permissão para ameaçar a maior potência nuclear do mundo. Ele falou nesta quinta-feira (9), durante cerimônia que marcou a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Enquanto as tropas russas avançam contra as forças ucranianas apoiadas pelo Ocidente, Putin acusou as elites ocidentais “arrogantes” de esquecerem a atuação decisiva da União Soviética na derrota da Alemanha nazista e contra o fomento de conflitos em todo o mundo.

“Sabemos a que leva a exorbitância dessas ambições. A Rússia fará de tudo para evitar um confronto global”, disse Putin na Praça Vermelha, depois que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, passou em revista as tropas alinhadas durante rara nevasca de maio.

“Mas, ao mesmo tempo, não permitiremos que ninguém nos ameace. Nossas forças estratégicas estão sempre em estado de prontidão para o combate.”

Putin, que enviou seu Exército para a Ucrânia em 2022, apresenta a guerra como parte de uma luta contra o Ocidente, que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, invadindo o que considera a esfera de influência de Moscou.

A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin está envolvido em uma apropriação de terras no estilo imperial. Eles prometeram derrotar a Rússia, que atualmente controla cerca de 18% da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e partes de quatro regiões no leste do país. A Rússia diz que as terras, que já fizeram parte do império russo, agora são novamente parte da Rússia.

Guerra

A União Soviética perdeu 27 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial, incluindo muitos milhões na Ucrânia, mas acabou empurrando as forças nazistas de volta para Berlim, onde Hitler cometeu suicídio e a bandeira vermelha da vitória soviética foi erguida sobre o Reichstag (Parlamento federal da Alemanha) em 1945.

“No Ocidente, eles gostariam de esquecer as lições da Segunda Guerra Mundial”, disse Putin, acrescentando que a Rússia honrou todos os aliados envolvidos na derrota da Alemanha nazista. Ele mencionou a luta do povo chinês contra o militarismo japonês.

“Mas lembramos que o destino da humanidade foi decidido nas grandes batalhas perto de Moscou e Leningrado, Rzhev, Stalingrado, Kursk e Kharkiv, perto de Minsk, Smolensk e Kiev, em batalhas pesadas e sangrentas de Murmansk ao Cáucaso e à Crimeia.”

A rendição incondicional da Alemanha nazista entrou em vigor às 23h01 do dia 8 de maio de 1945, marcado como o Dia da Vitória na Europa pela França, o Reino Unido e os Estados Unidos. Em Moscou, já era 9 de maio, que se tornou o Dia da Vitória da União Soviética, que os russos chamam de Grande Guerra Patriótica de 1941-45.

Fonte: Agência Brasil

           

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Cruzeiro chega a Nova York com baleia de 13 metros morta na proa

Animal media 13 metros, de acordo com as autoridades marítimas.

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Um navio de cruzeiro chegou ao porto de Nova Iorque, nos Estados Unidos, com uma baleia morta presa em sua proa, conforme relataram autoridades marítimas citadas pela agência de notícias Associated Press (AP).

O animal, que media 13 metros de comprimento, foi identificado como uma baleia-sei, uma espécie ameaçada de extinção. Ele ficou preso na proa do MSC Meraviglia ao chegar ao porto de Brooklyn no sábado, informou a porta-voz da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, Andrea Gomez.

“As autoridades competentes foram imediatamente notificadas e estão conduzindo exames na baleia”, afirmaram funcionários da empresa de cruzeiros MSC Cruises em um comunicado.

A empresa de transporte expressou profunda tristeza pela perda de qualquer vida marinha e garantiu que cumpre regulamentos para proteger baleias, inclusive alterando itinerários para evitar colisões com os animais.

A baleia passou por uma autópsia na terça-feira, e amostras foram coletadas para determinar se estava viva ou morta quando foi atingida pelo navio.
 
 Foto MSC Cruises

Por Notícias ao Minuto

           

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Israel diz ter reaberto passagem de ajuda, mas agência da ONU contesta

A agência da ONU para refugiados palestinos contestou a informação de Israel.

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Israel afirmou, nesta quarta-feira (8), que reabriu a passagem de Kerem Shalom, no sul da Faixa de Gaza, três dias depois de fechar o local por causa de um ataque do Hamas. A agência da ONU para refugiados palestinos, porém, contestou a informação.

“Caminhões procedentes do Egito estão chegando ao local com ajuda humanitária, incluindo alimentos, água, material para abrigo, medicamentos e equipamentos médicos fornecidos pela comunidade internacional”, afirmou o Exército israelense. Os suprimentos entrarão no território após uma inspeção, segundo a nota.

A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, afirmou à agência de notícias AFP que a passagem não estava aberta no meio da manhã. “Pedimos a reabertura”, afirmou ela. “Não houve fornecimentos humanitários nos últimos três dias, começamos a racionar combustível.”

A reabertura de Kerem Shalom é essencial para a população, segundo organizações humanitárias que atuam no território palestino. Com a tomada da passagem de Rafah, nesta terça-feira (7), os dois principais pontos para entrada de mantimentos em Gaza estavam fechados, e apenas um permanecia aberto -o de Erez, no norte, onde o fluxo é menor.

Na terça, Jens Laerke, porta-voz da Ocha, o escritório de ajuda humanitária da ONU, afirmou que a organização tem estoques muito baixos dentro de Gaza. “Interromper a entrada de combustível por um longo período de tempo seria uma maneira muito eficaz de enterrar a operação humanitária”, afirmou ele.

Tanto a passagem de Rafah quanto a de Karem Shalom ficam no sul do território palestino, onde Tel Aviv avança com suas tropas apesar dos alertas da comunidade internacional.

Israel bloqueou a passagem de Kerem Shalom no domingo (5), quando um ataque com foguetes reivindicado pelo braço armado do Hamas deixou quatro soldados israelenses mortos e vários feridos. Um dia depois, Tel Aviv orientou que cerca de 100 mil pessoas saíssem da parte leste de Rafah, em um prenúncio da invasão terrestre da cidade, lotada de deslocados internos.

A ordem de retirada causou preocupação na comunidade internacional. O secretário-geral da ONU, António Guterres, por exemplo, disse que um ataque a Rafah seria “um erro estratégico, uma calamidade política e um pesadelo humanitário”. Com uma população de 280 mil palestinos antes da guerra, a cidade abriga atualmente cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A iminente invasão pode ter feito os Estados Unidos, historicamente o principal aliado de Israel, tomarem uma medida concreta em relação a Tel Aviv. Um funcionário americano disse à agência Reuters que ao governo de Joe Biden interrompeu o envio de armas para Israel na semana passada em resposta ao esperado ataque a Rafah.

Sob condição de anonimato, o funcionário disse que Washington revisou a entrega de armas que poderiam ser usadas na cidade e, como resultado, pausou o envio de um total de 3.500 bombas. A Casa Branca e o Pentágono se recusaram a comentar.

Esta seria a primeira suspensão desse tipo desde que Biden ofereceu seu “apoio inabalável” a Israel após o ataque do Hamas, em 7 de outubro. Washington é o aliado mais próximo e principal fornecedor de armamento para os israelenses.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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