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Política

João Campos resiste dar vice ao PT na reeleição, diz Folha de São Paulo

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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), tornou pública a posição de tratar somente nas convenções partidárias, em julho, da definição do nome que ocupará a sua vice na disputa pela reeleição.

Ele está pressionado pelo PT, que quer preencher a vaga na expectativa de assumir a prefeitura em caso de renúncia do prefeito para ser candidato a governador em 2026 ou de ter apoio dele para um eventual candidato petista no enfrentamento contra a governadora Raquel Lyra (PSDB).

O prefeito do Recife relatou a aliados que pretende usar estratégia semelhante à do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, de ter o controle do processo de escolha do vice e evitar cair em pressões petistas.

Paes também está pressionado pelo PT a ceder a vice no Rio de Janeiro. Possível candidato a governador em 2026, o prefeito da capital fluminense quer um aliado de primeira hora na linha de sucessão. O favorito para ocupar a vaga é o deputado federal Pedro Paulo (PSD).

O PT acredita que será mais fácil obter a vice no Recife do que no Rio e, para isso, quer contar com a articulação direta do presidente Lula. O chefe do Executivo federal teve encontros recentes com Campos, mas sem chegar a conclusões definitivas sobre o cenário no Recife.

Por outro lado, o PSB de Pernambuco aposta no insucesso do pleito do PT no Rio para justificar a não obrigatoriedade de ceder a vice ao PT. O entorno de Campos diz que não haverá como o PT justificar ter sido rifado no Rio e manter o apoio a Paes e não fazer o mesmo na capital pernambucana com um prefeito aliado.

Campos já confessou a pessoas próximas que defende o direito de Paes de definir o seu vice ouvindo os partidos aliados, o que foi interpretado como um sinal de restrição ao PT no Recife, que tem cenário semelhante.

No Recife, o PT abriu inscrições para a candidatura a vice-prefeito, mesmo sem ter a certeza de que ocupará a vaga. O episódio foi entendido como uma pressão sobre o prefeito, que não deu sinais de que acatará o calendário petista, que queria definir a situação até abril.

Em reação, Campos disse que apenas tratará do assunto em julho.

“É um prazo da própria legislação eleitoral. Quando se apresenta vice oficialmente é nas convenções. Nossa construção política é ouvindo todo mundo, construindo com os partidos aliados e a frente [política] que está em construção”, afirmou o prefeito.

O PT assimilou as mensagens como recados para frear o processo de escolha de vice, cujo posto não está assegurado. O diretório municipal aboliu a ideia de submeter os nomes a uma votação interna até abril. Agora, o partido entende, em Pernambuco, que as tratativas ficarão a cargo do presidente Lula e da cúpula do PT, cabendo à instância municipal, posteriormente, escolher um eventual nome.

Os petistas pernambucanos acreditam que, se Lula tiver irredutível com o pedido de vice, Campos não negará, mas há dúvidas entre os próprios integrantes do PT se o presidente estaria disposto a se mostrar intransigente no pleito junto ao prefeito.

No PT, dois nomes se inscreveram como pré-candidatos a vice-prefeito: o deputado federal Carlos Veras (PE) e Mozart Sales, um dos auxiliares do ministro Alexandre Padilha no Ministério das Relações Institucionais.

Padilha, inclusive, é um dos principais defensores de Mozart no PT. Por ser ministro, seu patrocínio é visto como forte nos bastidores do partido e da política local. Ambos são médicos e foram colegas no movimento estudantil universitário.

Mozart Sales também conta com apoio da senadora Teresa Leitão e da maioria do diretório do partido no Recife. Já o outro senador do PT de Pernambuco, Humberto Costa, defende o nome de Carlos Veras.

Para o PT, a fala de Campos sobre ouvir partidos aliados é tida como outra adversidade. Os petistas acreditam que siglas como MDB, Avante e Republicanos não sairiam em defesa de petistas.

Em paralelo, o prefeito continua em articulações para atrair outros partidos para a sua aliança. Há duas semanas, fechou o apoio do MDB, o que garantirá mais tempo de propaganda no rádio e na televisão durante a campanha.

O partido era especulado para aderir totalmente ao governo de Raquel Lyra e deixar a base de Campos, mas o prefeito conseguiu reverter o cenário ao garantir a filiação de vereadores para disputar a eleição pelo MDB, ajudando a ter chapa para montar bancada expressiva na Câmara Municipal.

Campos também está confiante em ter apoio da União Brasil, mesmo com o deputado federal Mendonça Filho, desafeto do PT, na presidência da legenda no Recife. Conta também com o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho como voz na União Brasil a seu favor e acredita que haverá um acordo no Recife, mesmo se Mendonça Filho tiver posição pessoal diferente.

A União Brasil poderá ser determinante na tentativa do prefeito de obter o maior tempo de propaganda no rádio e na televisão. Cálculos internos dos partidos indicam que Campos já superou a coligação de Gilson Machado Neto (PL) e do candidato a ser lançado por Raquel Lyra, possivelmente o ex-deputado Daniel Coelho, que terá apoio de PSD, Podemos, PP, PDT e da federação PSD/Cidadania.

O entendimento do PSB é que, mesmo com alcance forte e 2,4 milhões de seguidores somente no Instagram, o rádio e a televisão são importantes para responder eventuais críticas da oposição ou tentativas de desconstruir a imagem do prefeito.

CENÁRIO ELEITORAL NO RECIFE

  • Partidos acertados com João Campos: PSB, MDB, Republicanos e Avante
  • Partidos que devem apoiar João Campos: federação PT/PV/PC do B
  • Partidos que vão apoiar candidato(s) de Raquel Lyra: PSDB/Cidadania, PSD, Podemos, PP, PDT
  • Partido da base de Raquel que vai lançar candidatura sem apoio da governadora: PL
  • Candidatura própria: federação PSOL/Rede
  • Indefinidos: União Brasil e Solidariedade.

Por Ricardo Antunes

           

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Política

Michele Collins vai assumir vaga na Câmara Federal

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Com a decisão da deputada Clarissa Tércio (PP) em se licenciar da Câmara Federal para se dedicar à eleição pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, a vereadora recifense Missionária Michele Collins (PP) vai assumir a vaga de deputada federal de forma interina. Michele foi candidata a deputada federal na eleição de 2022, ocasião em que conquistou 39.296 votos e ficou na primeira suplência do PP.

Por Ponto de Vista

           

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Política

Governador Antonio Denarium tem processo de impeachment aberto

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A Assembleia Legislativa de Roraima aceitou nesta terça-feira (2/7) um pedido de impeachment contra o governador Antonio Denarium, do PP, e aliado de Jair Bolsonaro. As denúncias foram apresentadas em 19 de junho por Rudson Leite e Fábio Almeida, lideranças políticas no estado.

O documento reforça as acusações já feitas contra Denarium na Justiça Eleitoral, levando à cassação de seu mandato.

Disse o presidente da Assembleia, Soldado Sampaio (Republicanos), durante a leitura da admissibilidade:

“Não há dúvida de que as acusações formuladas pelos denunciantes são gravíssimas. Há, portanto, justa causa para o recebimento dessas denúncias. E também há indícios de autoria, considerando a responsabilidade do governador apresentada nos autos”.

Agora, os representantes dos partidos com assento na Assembleia devem indicar deputados para compor a comissão especial que analisará o pedido. O prazo é de 72 horas.

Entre as principais acusações, estão abuso de poder político e econômico, desvio de recursos públicos, nepotismo, superfaturamento de contratos e gestão inadequada de programas sociais, bem como de recursos destinados à saúde e infraestrutura.

As ações atribuídas a Denarium, conforme os denunciantes, violam os princípios constitucionais de legalidade, moralidade e eficiência na administração pública. Eles relataram o uso político da distribuição de cestas básicas e cartões de crédito por meio de programas sociais, em número muito superior ao de anos anteriores ao período eleitoral de 2022, configurando abvso de poder político.

Foto Divulgação/Assembleia Legislativa de Roraima

Por Metropoles

           

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Política

Lula libera R$ 58 milhões por hora em emendas na mais cara eleição municipal

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Desde segunda-feira, 1º, o governo Lula está liberando R$ 58,3 milhões por hora para prefeituras escolhidas por deputados e senadores. Equivale a R$ 971,6 mil por minuto em gastos públicos direcionados a redutos eleitorais de interesse de parlamentares federais.

O ritmo de despesa diária, previsto até sexta-feira, é de R$ 1,4 bilhão com o financiamento de empreendimentos, principalmente, em cerca de dois mil municípios que possuem o maior contingente de eleitores.

Essa é apenas uma parte dos gastos nesta temporada eleitoral estabelecidos em acordos entre o governo e o Congresso. Deles está resultando a eleição municipal mais cara da história: somadas, as despesas devem chegar a R$ 54 bilhões — com o financiamento das emendas parlamentares a projetos para prefeituras, das campanhas eleitorais e da manutenção da burocracia dos partidos.

Não é pouco dinheiro. Para comparação, é mais do que os gastos totais na manutenção de postos de saúde anualmente realizados pelos governos federal, estaduais e municipais, segundo dados do Tesouro Nacional.

Não há, em tese, nenhuma ilegalidade — os acordos feitos por Lula com as bancadas parlamentares repetem o rito adotado no período Jair Bolsonaro e têm amparo na legislação orçamentária. Em 2022, o STF cobrou do Congresso informações detalhadas sobre autores, distribuição e destino final do dinheiro. Não houve resposta objetiva. O mistério bilionário continua.

Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados

Por Veja

           

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