Política
Lewandowski rasga a fantasia
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Ministro do STF age como militante partidário ao desafiar até colegas de tribunal a amplificar a voz de Lula na semana da eleição, mas o bom senso prevaleceu e o petista perdeu mais uma.
O ministro Ricardo Lewandowski precisa decidir qual o seu papel no Supremo Tribunal Federal (STF). Notadamente, ele tem se desviado da função que baliza o cargo para o qual foi nomeado: a da aplicação do Direito, usando como régua para medir suas decisões a letra fria da lei. Não é difícil perceber nele a característica de um juiz recursal, para quem recorrem principalmente aqueles que estão encalacrados com a Justiça. Porém, suas canetadas não primam pela imparcialidade. Têm beneficiado quase sempre um mesmo grupo: os políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores. No processo do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, o magistrado, que presidiu a sessão no Senado, agiu sem pejo ao permitir a separação entre a cassação e a perda dos direitos políticos da presidente cassada. A ajuda foi providencial para a petista ser hoje candidata ao Senado por Minas Gerais. Ainda naquele ano, não concedeu ao Ministério Público quebra do sigilo telefônico e a cooperação internacional para obter provas de uma suposta compra de um apartamento em Miami pelo deputado Marco Maia (PT-RS), que teria feito a aquisição do imóvel de forma ilícita. Agora, Lewandowski resolveu escancarar de vez a sua afeição à legenda que o presenteou com uma cadeira no Supremo ao agir para permitir a entrevista de um detento — no caso, não um presidiário qualquer, mas o ex-presidente Lula — em pleno processo eleitoral.
O gesto de Lewandowski provocou a primeira crise da gestão de Antonio Dias Toffoli, que tomou posse na presidência do STF em setembro. O ministro teve de quebrar a promessa feita de maior neutralidade para tentar harmonizar o clima azedo que tomou conta da Suprema Corte durante a gestão de Cármen Lúcia e agiu rapidamente para evitar que a decisão do colega pudesse levar ainda mais celeuma para o já conflagrado processo eleitoral. Toffoli, que foi advogado do PT antes de chegar ao Supremo, optou pelo bom senso e vetou de uma vez por todas a entrevista que Lula daria ao jornal “Folha de S. Paulo”. Colocou-se ao lado do vice-presidente, ministro Luiz Fux, que três dias antes também já havia agido no sentido de evitá-la. Conseguiu, assim, que se estendesse a discussão entre os dois ministros.
A decisão de Fux atendeu a uma representação do Partido Novo solicitando a cassação da liminar concedida por Lewandowski em favor da concessão da entrevista ao jornal paulista. A legenda salientou o fato de o PT ter apresentado Lula como candidato, o que, para a sigla, “desinforma os eleitores às vésperas do pleito”. Em seu despacho publicado no mesmo dia, Fux reiterou: “No caso em apreço, há elevado risco de que a divulgação de entrevista com o requerido Luiz Inácio Lula da Silva, que teve seu registro de candidatura indeferido, cause desinformação na véspera do sufrágio, considerando a proximidade do primeiro turno das eleições presidenciais”, argumentou Fux prudentemente.
Mas, como se diz na velha máxima, “quem tem amigo, tem tudo”, Lewandowski comprou a briga com seus pares. Três dias após o deferimento de Fux em favor do Novo, ele expediu uma nova medida determinando o “cumprimento imediato, sob pena de configuração de crime de desobediência, com o rápido acionamento do Ministério Público para as providência cabíveis, servindo a presente decisão como mandado”. Ele apontou vícios na decisão de Fux, afirmando que ela não possuía “forma ou figura jurídica admissível no direito vigente, cumprindo-se salientar que o seu conteúdo é absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal”.
No mesmo despacho feito na segunda-feira 1, Lewandowski chegou a por em xeque a legalidade da decisão de Fux, que impediu a entrevista na condição de presidente em exercício, já que Toffoli estava fora. O ministro afirmou que a tramitação do pedido de suspensão de liminar chegou ao STF por volta das 19h da sexta-feira 28 e foi decidido somente as 22h por Fux. E questionou o fato do colega também se encontrar fora de Brasília.
“Há risco de que entrevista com o requerido (Lula), que teve
candidatura indeferida, cause desinformação na véspera do sufrágio”
Luiz Fux, ministro do STF
O mal-estar no STF transbordou para outros segmentos jurídicos. O procurador da Operação Lava Jato, Carlos Fernando Lima, usou as redes sociais para reprovar a atitude monocrática de Lewandowski. “Isso torna o Judiciário desnecessário, pois um único ministro se impõe sobre toda a estrutura”, postou.
Para mediar o conflito de guerra de liminares entre Fux e Lewandowski, o presidente do STF viu-se obrigado a posicionar-se. Provocado pelo Ministério da Justiça, que não sabia como proceder no caso, Toffoli resolveu manter a liminar expedida por Fux, dando fim à possibilidade de entrevista. Pelo menos, até o caso ser pautado no plenário da Suprema Corte, conforme assegurou o próprio ministro. Essa é, porém, uma hipótese sem efeito. O tema não chegará ao plenário antes das eleições. Pelo menos neste primeiro turno não há mais risco de juízes, especialmente os de toga, agirem como militantes partidários. (Da Istoé)
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Política
Carla Zambelli tem mandato cassado pelo TRE-SP e se torna inelegível por 8 anos
A deputada federal Carla Zambelli (PL) teve o mandato cassado nesta quinta-feira (30) por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que também determinou sua inelegibilidade por oito anos.
Com 5 votos contra 2, a ação foi proposta pela deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL) e o TRE-SP reconheceu que Zambelli fez uso indevido das redes sociais e também praticou abuso de poder político nas eleições de 2022. Carla Zambelli ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em nota divulgada após decisão do TRE, Carla Zambelli propõe que o estado ‘anulou’ a decisão dos moradores de São Paulo. “O TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal”, afirmou.
“PERSEGUIÇÃO POLÍTICA”
Além disso, a parlamentar ainda afirma que os conservadores estão sofrendo “perseguição política” no Brasil.
“Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis. Fica claro que a perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o Sol do meio-dia. Continuarei a lutar todos os dias de minha vida ao lado de vocês, para que tenhamos a esperança de um Brasil próspero e digno para o povo brasileiro”, disse Carla Zambelli.
O CASO
Em dezembro teve início o julgamento do caso, com o voto do relator José Antonio Encinas Manfré pela cassação e inelegibilidade de Zambelli. Durante o voto, ele reafirmou que a parlamentar frequentemente publicava conteúdos que visavam desacreditar o sistema eleitoral e disseminar notícias falsas.
Um exemplo citado por José Antônio, foram as notícias inverídicas publicadas nas eleições de 2022, que falavam sobre uma suposta manipulação das urnas eletrônicas de Itapeva, no interior de São Paulo.
“Não é demasiado se reconhecer que as condutas da representada alcançaram repercussão e gravidade aptas a influenciar na vontade livre e consciente do eleitor e em prejuízo da isonomia da disputa eleitoral. Portanto, realidades justificadoras da cassação do diploma de deputada federal e da declaração de inelegibilidade, sanções a ela impostas por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”, argumentou.
Além de Manfré, os desembargadores Cotrim Guimarães, Silmar Fernandes e os juízes Rogério Cury e juiz Claudio Langroiva também votaram pela cassação do mandato. Já Maria Claudia Bedotti e Régis de Castilho votaram contra.
Para a juíza Maria Claudia Bedotti, que votou contra a cassação, os vídeos publicados e citados no processo não foram suficientes para comprometer a integridade das eleições e igualdade entre candidatos.
Fonte: JC
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Política
Jarbas Filho anuncia independência e saída do MDB de bloco governista na Alepe
Após a decisão do PP, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) vai deixar o atual formação do bloco governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Com a dissolução do bloco, que tinha como representante do MDB apenas o deputado estadual Jarbas Filho, o governo mantém no ‘blocão’ o PSDB, PRD, Solidariedade e União Brasil.
“Com o fim do antigo bloco formado pelo PP, MDB, PSDB, PRD, União Brasil e Solidariedade na Alepe, reafirmo minha posição de independência, transparência e compromisso que assumi com cada pernambucano que me confiou seu voto. Seguirei trabalhando de forma sensível e responsável em projetos e iniciativas do Governo do Estado que busquem o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco. Meu mandato continuará sendo exercido sempre em sintonia com as necessidades da população e focado na construção de um Estado mais inclusivo, justo e eficiente para todos”, disse em nota o deputado Jarbas Filho.
NOVO BLOCO
O Partido Progressistas (PP), por sua vez, encabeçará novo bloco governista na Alepe, após articulação com o governo Raquel Lyra (PSDB). A bancada do PP definiu o novo direcionamento em reunião na última terça-feira (28), segundo o deputado Kaio Maniçoba, líder do PP.
Fonte: JC
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Política
Raquel chega a 37 nomeados entre ex-prefeitos, ex-candidatos e ex-legisladores
A governadora Raquel Lyra (PSDB) nomeou mais políticos para a Secretaria Estadual da Casa Civil. Na nova lista, publicada na edição desta quinta-feira (30) do Diário Oficial de Pernambuco, constam outros quinze nomes, entre eles: sete ex-prefeitos, seis ex-vereadores, quatro do Recife, um ex-vice-prefeito e um ex-candidato a prefeito.
Além disso, a edição desta quinta traz a correção do nome da ex-prefeita de Itaíba Maria Regina Cunha, que foi publicado incorretamente na edição dessa quarta-feira (29).
Confira lista dos ex-prefeitos nomeados:
- Antônio Cassiano da Silva (Condado);
- Bernardo de Moraes Ferraz (Itacuruba);
- Cláudio José Gomes de Amorim Júnior (São Benedito do Sul);
- Joamir Alves de Oliveira (Araçoiaba);
- Manuel Plácido Filho (Machados);
- Rolph Casale (Belém de Maria);
- Sebastião Leite da Silva (Pesqueira).
Ex-vereadores também entraram na lista, veja abaixo:
- Alcides Cardoso – ex-vereador do Recife pelo Partido Liberal (PL). Atuou como oposição ao prefeito do Recife, João Campos (PSB);
- Ronaldo Lopes – ex-vereador pelo Partido Progressista (PP). Conquistou cerca de 7 mil votos no último pleito municipal;
- Josué Varela de Oliveira (Doduel) – ex-vereador pelo PSD;
- Amaro Cipriano (Maguary) – ex-vereador pelo PP;
Além de ex-vereadores pelo Recife, Raquel contemplou nomes do interior de Pernambuco. A ex-vereadora de Petrolina Lucinha Mota, e Nelson Diniz Moura, de Caruaru.
Raquel Lyra também contemplou o ex-vice-prefeito de Salgueiro, Edilton Alves de Carvalho Nunes. Além dele, o ex-candidato a prefeito de Bonito, Edson Monteiro, também estará na Casa Civil.
Com essas novas designações, Lyra contempla 37 nomes políticos na Secretaria Estadual da Casa Civil.
Outros nomes
Raquel já tinha nomeado, nessa quarta-feira (29), outros políticos para compor o governo. Só na Região Metropolitana do Recife, foram nomeados o ex-prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), a ex-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (Republicanos), e a ex-prefeita de Ipojuca, Célia Sales (PTB).
Em nota, o governo informou os políticos nomeados “atuarão na articulação das demandas da população das 12 Microrregiões de Desenvolvimento do Estado junto à Secretaria da Casa Civil”.
Veja a lista completa dos 37 nomeados pela governadora
Região Metropolitana do Recife
- Célia Sales – Ex-prefeita de Ipojuca;
- Nadegi Queiroz – Ex-prefeita de Camaragibe;
- Professor Lupércio – Ex-prefeito de Olinda;
- Joamir Alves de Oliveira – Ex-prefeito de Araçoiaba.
Zona da Mata
- Judite Botafogo – Ex-prefeita de Lagoa do Carro;
- Xisto Freitas – Ex-prefeito de Aliança.
Mata Norte
- Antônio Cassiano da Silva; ex-prefeito de Condado.
Mata Sul
- Cláudio José Gomes de Amorim Júnior – Ex-prefeito de São Benedito do Sul;
- Rolph Casale – Ex-prefeito de Belém de Maria.
Agreste
- Giorge Bezerra – Ex-prefeito de Camocim de São Félix;
- Emerson Cordeiro – Ex-prefeito de Poção;
- Luiz Aroldo – Ex-prefeito de Águas Belas;
- Regina da Saúde – Ex-prefeita de Itaíba;
- Renato Lima de Sales – Ex-prefeito de Vertentes do Lério;
- Uilas Leal – Ex-prefeito de Alagoinha;
- José Maria – Ex-prefeito de Cupira;
- José Soares da Fonseca – Ex-prefeito de Salgadinho;
- Matheus Emídio de Barros Calado – Ex-prefeito de Terezinha;
- Severino Soares dos Santos – Ex-prefeito de Tupanatinga;
- Edson Monteiro – ex-candidato a prefeitura de Bonito;
- Manuel Plácido Filho – Ex-prefeito de Machados;
- Sebastião Leite da Silva – Ex-prefeito de Pesqueira.
Sertão
- Domingos Sávio da Costa Torres – Ex-prefeito de Tuparetama;
- José Torres – Ex-prefeito de Iguaracy;
- Haroldo Silva Tavares – Ex-prefeito de Verdejante;
- Manuca – Ex-prefeito de Custódia;
- Rafael Cavalcanti – Ex-prefeito de Afrânio;
- Raimundinho Saraiva – Ex-prefeito de Exu;
- Edilton Alves de Carvalho Nunes – Ex-vice-prefeito de Salgueiro;
- Raimundo Pimentel – Ex-prefeito de Araripina;
- Bernardo de Moraes Ferraz – Ex-prefeito de Itacuruba.
Vereadores
- Alcides Cardoso – ex-vereador do Recife pelo Partido Liberal (PL). Atuou como oposição ao prefeito do Recife, João Campos (PSB);
- Ronaldo Lopes – ex-vereador pelo Partido Progressista (PP). Conquistou cerca de 7 mil votos no último pleito municipal;
- Josué Varela de Oliveira (Doduel) – ex-vereador pelo PSD;
- Amaro Cipriano (Maguary) – ex-vereador pelo PP;
- Lucinha Mota – ex-vereadora de Petrolina e ex-secretária Justiça e Direitos Humanos do governo Raquel;
- Nelson Diniz Moura – ex-vereador de Caruaru.
- Fonte:JC
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