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Ministro da Agricultura fala em ‘pacificar o agro’ e abrir portas para a produção sustentável

Fávaro assume o ministério que foi ocupado pelo amigo e colega de partido Marcos Montes (PSD-MG), que foi número dois da ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS).

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 O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) tomou posse nesta segunda-feira (2) como ministro da Agricultura e Pecuária do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a missão de “pacificar o agronegócio”, combater a fome e “abrir as portas” para o crescimento da produção sustentável.

“Imaginem quantos brasileiros não estão tendo uma boa tarde. Quantos brasileiros não puderam almoçar hoje. E esse é o grande desafio que nós temos que enfrentar neste governo. É o primeiro desafio. Para a agricultura, a produção de alimentos tem papel fundamental”, disse.

“Muitos têm dito: ‘como será o conflito do ministro Carlos Fávaro com a ministra Marina Silva [do Meio Ambiente]? Com Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário?’ E eu posso adiantar a vocês: todos se surpreenderão, porque estamos todos do mesmo lado. Queremos e vamos ter a produção agrícola mais sustentável do mundo.”

A cerimônia de posse de Fávaro foi acompanhada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, pelo novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), e pelos senadores Jayme Campos (União-MT) e Wellington Fagundes (PL-MT) -do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Fávaro assume o ministério que foi ocupado pelo amigo e colega de partido Marcos Montes (PSD-MG), que foi número dois da ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS). Apesar da proximidade, Marcos Montes não participou da cerimônia nesta segunda-feira, assim como todos os ministros de Bolsonaro até aqui.

O ex-ministro foi representado pelo ex-secretário-executivo da pasta, Márcio Eli Almeida. Em um gesto simbólico de transmissão do cargo, Eli colocou no terno de Fávaro o pin do Ministério da Agricultura e Pecuária. Ele pediu união do setor e afirmou que Fávaro “é a pessoa certa, no lugar certo”.

“Cada tempo tem o seu desafio e não cabe aqui falar dos desafios da gestão que se encerrou. Cabe aqui falar que é o tempo de todos somarmos esforços pelos propósitos do ministro Carlos Fávaro, para o sucesso da sua gestão. O seu sucesso é o sucesso da agropecuária brasileira”, disse Eli Almeida.

“O agro brasileiro tem desafios gigantescos. Temos que olhar para frente. O agro tem que estar unido em torno do ministro Carlos Fávaro, da sua gestão. Por tudo o que ouvimos, é a pessoa certa, no lugar certo, no momento certo, para conduzir os destinos do agro brasileiro.”

Em meio à radicalização de parte do setor -que inclusive está sendo investigada pelo financiamento de atos antidemocráticos e bloqueio de estradas-, o novo ministro disse que uma de suas maiores missões será “pacificar o agronegócio”.

“A eleição acabou, e nós temos um novo presidente. Eu convoco a Frente Parlamentar da Agropecuária, o Ipa (Instituto Pensar Agro) para que tragam lideranças não para apoiar o governo, mas que estejam alinhadas, que queiram construir pontes”, disse.

“Uma das minhas maiores missões é pacificar isso. Pacificar o agronegócio com lideranças que queiram o bem da nossa agropecuária, que queiram o bem do nosso produtor rural. Que queiram combater a fome.”

Sem citar Bolsonaro, Gilmar Mendes também destacou as ameaças à democracia e disse que o lugar daqueles que perdem é na oposição. “A eleição se encerra. Cabe a quem ganhou governar. Portanto, [quem perdeu deve] lamber as feridas, eventualmente chorar e se preparar para as próximas eleições.”

O ministro do STF disse ainda que os desafios do país são “enormes” e pediu empenho ao desenvolvimento social, como o combate à fome. Gilmar Mendes lembrou das pessoas que estão em filas atrás de ossos e disse que, em um país “com tantos bois”, “isso é extremamente constrangedor”.

Em entrevista à Folha de S.Paulo após o resultado das eleições, Marcos Montes afirmou que o ministério sob o governo de Lula tinha “tudo para dar certo” se recebesse a mesma atenção dada por Bolsonaro, e que aplaudia os nomes que estavam colocados -entre eles o de Fávaro.

O ex-ministro da Agricultura de Dilma Rousseff (PT), Neri Geller (PP-MT), outro aliado de Lula junto ao setor agropecuário durante as eleições, pode assumir a Secretaria Executiva do ministério -o segundo cargo mais alto da pasta- ou a Secretaria de Política Agrícola. O advogado Irajá Lacerda (PSD-MT) também está cotado para a Secretaria Executiva.

O nome de Geller é apontado ainda para a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que ficará ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Já o ex-presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Silvio Crestana pode voltar ao comando da instituição.

“Com certeza, vossa excelência vai ficar na história por assumir em um momento de muita dificuldade, onde, acima de qualquer coisa, precisa ter capacidade de diálogo e compreensão de chamar o setor para dentro e falar ‘Olha, já fizemos no passado'”, afirmou Geller nesta segunda.

Com a recriação dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, o senador assume o Ministério da Agricultura e Pecuária com estrutura bem menor que a anterior.

Fávaro se aliou a Lula no início da campanha e foi um dos principais interlocutores do petista junto ao setor. Mesmo tendo sido apresentado como cota do PSD, de Gilberto Kassab, para a sigla aderir à base do futuro governo, Lula já tinha escolhido o senador pessoalmente.

No dia em que foi anunciado pelo presidente para o comando do ministério, Fávaro afirmou à Folha de S.Paulo que o saldo dos últimos quatro anos para o setor tinha sido negativo, apesar do apoio majoritário de ruralistas à reeleição de Bolsonaro.

Com mandato até 2027, Fávaro precisou convencer seus dois suplentes no Senado a integrarem a base de Lula para assumir o ministério. Margareth Busetti (PSD-MT) e José Esteves de Lacerda Filho (PSD-MT) trocaram o PP pelo PSD e vão se revezar no cargo.

“A eleição acabou e ela tem direito de ter escolhido o candidato dela, mas, agora, eu peguei uma missão para ajudar a agropecuária brasileira. Não é justo politicamente que minha suplente vá lá e vote contra. Ela pode ter as ideologias dela, mas tem que votar com o governo. E vai votar com o governo”, disse o ministro na entrevista publicada na semana passada.

Na cerimônia de posse desta segunda, também estavam o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM-MT), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB-MT), e o futuro procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Júnior.

Por Folhapress

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Focos de incêndio no Pantanal estão sob investigação da PF, diz Marina

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (1º) que a Polícia Federal (PF) investiga de 18 a 19 focos de incêndio no Pantanal, “para determinar a autoria”. Segundo a ministra, a ação humana é o que tem causado a maior devastação já registrada no bioma.

“O que nós estamos identificando é que 85% dos incêndios que temos hoje estão ocorrendo em propriedades privadas. A história de que pode ser raio, descarga de raio, não é [verdadeira]. É por ação humana”, destacou a ministra em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, após a terceira reunião da sala de situação criada pelo governo federal para enfrentar a crise ambiental no Pantanal.

Com base em informações enviadas por órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marina Silva disse que as autoridades policiais estão apurando as circunstâncias dos incêndios, que podem ser considerados criminosos. Ela classificou a situação vivida pelo Pantanal de desoladora.

“O que tem de concreto é que nós sabemos quais são os focos, de onde surgiu a propagação [do fogo]. Nós trabalhamos com tecnologia altamente avançada, que não permite que haja falha em relação aonde aconteceu esses focos”, observou.

“A gente não faz esse julgamento a priori, espera que a Justiça faça esse indiciamento, aí nós vamos verificar quem são os proprietários, quais são as fazendas, se foi um processo culposo ou doloso”, completou.

Seca severa

O Pantanal já vive uma estiagem severa, com escassez hídrica em toda a bacia. Historicamente, a escalada de incêndios acontece em agosto, mas dezenas de grandes focos foram registradas este mês. Até o momento, segundo balanço da ministra, mais de 3,8 mil focos de calor foram notificados no Pantanal. Mais de 700 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas.

Por causa disso, os esforços de combate aos incêndios foram antecipados este ano. E, de acordo com o Ibama, a falta de chuvas na região está atípica há pelo menos seis anos.

Corumbá (MS), 30/06/2024 - Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal como reforço na equipe do Prevfogo/Ibama e enfrentam vegetação densa em seu primeiro dia de combate na região. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal para ajudar a combater o fogo – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Maior área úmida contínua do planeta, o Pantanal registrou, no acumulado dos últimos 12 meses, 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados pelo sistema no mesmo período do ano passado. Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.

Ações em andamento

Instalada há duas semanas, a sala de situação foi criada para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país, especialmente no Pantanal e na Amazônia. O grupo interministerial é comandado pela Casa Civil da Presidência, com coordenação executiva do Ministério do Meio Ambiente e participação dos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Defesa e da Justiça e Segurança Pública.

Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) fizeram um sobrevoo sobre o Pantanal, na região de Corumbá (MS), um dos epicentros dos incêndios.

Para o combate às queimadas, já são mais de 250 agentes federais atuando, incluindo brigadistas e agentes da Força Nacional, que devem ficar por pelo menos 60 dias na região.

Na semana passada, o governo federal anunciou a liberação de R$ 100 milhões para ações do Ibama e do ICMBio no bioma. O governo do estado de Mato Grosso do Sul também reconheceu situação de emergência em municípios afetados pelas queimadas na região, o que facilita a liberação de recursos e flexibiliza contratações públicas para compra de equipamentos, mobilização de equipes e outras ações de enfrentamento à crise.

O governo federal montou duas bases, uma em Corumbá, e outra na altura do km 100 da Rodovia Transpantaneira, segundo Marina Silva, para abrigar equipes, concentrar as ações logísticas e realizar o monitoramento e acompanhamento dos focos de incêndio.

Fonte: Agência Brasil

           

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Campeão do Festival de Parintins será conhecido nesta segunda

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O campeão do 57º Festival de Parintins, dividido entre o vermelho do Boi Garantido e o azul do Caprichoso – será conhecido nesta segunda-feira (1º). As apresentações no Bumbódromo começaram na sexta-feira (28) à noite e se estenderam até esse domingo.

Visitantes que chegam pela primeira vez ao Festival de Parintins buscando se aprofundar nos detalhes do evento logo se deparam com um desafio: dominar o vocabulário gerado em torno do evento. A lista de palavras e termos, parte deles de origem indígena, envolve desde os nomes dos personagens até substantivos específicos para se referir a componentes e torcedores de cada um dos bois.

Considerado patrimônio cultural do país pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o evento está ligado à tradição cultural do Boi-Bumbá. A manifestação popular gira em torno de uma lenda sobre a ressurreição do boi.

Para contar essa história, é preciso representar alguns personagens. O Amo do Boi, que representa o dono da fazenda, é o cantor e compositor que faz versos exaltando sua torcida e desafiando o adversário. Já a sua filha, a Sinhazinha, também tem destaque na encenação e acompanha a evolução do boi.

Outra personagem de referência é a cunhã-poranga, a “moça bonita” da aldeia e guardiã de seu povo, que expressa força pela beleza. No Boi Garantido, esse papel é desempenhado por Isabelle Nogueira, que participou recentemente do Big Brother Brasil, reality show produzido pela Rede Globo, e contribuiu para aumentar o interesse sobre o Festival de Parintins. No Boi Caprichoso, o posto pertence à Marciele Albuquerque.

Parintins (AM), 29/06/2024 - Apresentação do Boi Caprichoso na segunda noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, no Bumbódromo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Parintins (AM) – Apresentação do Boi Caprichoso na segunda noite do 57º Festival Folclórico – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Há ainda a vaqueirada, composta pelos guardiões do boi. Já os tuxauas representam os chefes dos povos indígenas. Nas toadas, produzidas anualmente para embalar as apresentações, notam-se muitas dessas palavras e termos, como também outros são agregados. Aquelas canções que se tornam hits contribuem para estimular a ampliação do vocabulário do evento.

Em 2015, estudo produzido na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) investigou a presença de palavras indígenas nas toadas. De acordo com a pesquisadora Dulcilândia Belém da Silva, responsável pelo trabalho, esse é um dos elementos que contribuiu para a expansão do Festival de Parintins pela comunidade amazonense.

Ela lembra que a maior valorização dos adereços e dos componentes indígenas tiveram início em 1993, revolucionando a tradição do Boi-Bumbá e fazendo com que o festival ganhasse mais espaço na mídia. “No ano 2000, as toadas com tema indígena alcançaram sua consolidação no âmbito das toadas de boi e com regularidade e incidência expressivas, principalmente devido à implantação do edital para a seleção das toadas, que estabeleceu alguns critérios que balizaram a produção criativa”, observou.

A pesquisa contabilizou 1.014 toadas no período entre 1986 e 2013, das quais 466 têm como tema o componente indígena. Entre essas, encontraram-se 2.327 palavras indígenas. O estudo mostra ainda que, em 2015, estava ocorrendo o uso mais recorrente de palavras de troncos linguísticos além do tupi.

Parintins (AM), 29/06/2024 - Apresentação do Boi Garantido na segunda noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, no Bumbódromo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Parintins (AM) – Apresentação do Boi Garantido na segunda noite do 57º Festival Folclórico – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Dulcilândia também lembrou que a cultura local já era receptiva ao vocabulário indígena. Antes mesmo do crescimento do festival, eram utilizados termos como curumim e cunhatã. Outras palavras, no entanto, como cunhã-poranga se popularizaram por meio das toadas.

Galeras e currais

Enquanto há um vocabulário comum para os personagens, há substantivos específicos usados para se referir às galeras de cada um, como são chamadas as torcidas. Os adeptos do Boi Garantido são os encarnados, em alusão à cor vermelha, ou perrechés, termo adotada como variante do adjetivo pejorativo ‘pé rachado’ disseminado pelos adversários no passado. Já os marujeiros manifestam sua paixão pelo Boi Caprichoso. Muitos se tornam torcedores por influência de suas famílias, o que faz do festival um evento que alimenta a tradição que se renova a cada geração.

Morador de Manaus, o perreché Raimundo Medeiros, que trabalha com transporte marítimo, encarou uma viagem de 16 horas de barco desde a capital amazonense até Parintins. Todos os anos, ele encara a mesma jornada para estar presente no festival. A embarcação em que ele estava, repleta de redes para descanso, reunia mais de 200 encarnados.

“Isso vem desde o ventre da minha mãe. A minha família toda é torcedora do Boi Garantido. A viagem é longa, mas não é cansativa, porque durante todo o tempo a gente vem brincando e se divertindo. Descansa na rede. E a gente sabe que vai chegar aqui para torcer para o Garantido. É muita emoção. Quando ele entra na arena, parece sempre que estamos vivendo aquele momento pela primeira vez”, conta.

Parintins (AM), 29/06/2024 - O designer gráfico Weucles Santos, do Movimento Garantido, dorme em rede no barco em que navegou até Parintis para torcer pelo Boi Garantido no 57º Festival Folclórico de Parintins. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Parintins (AM) – O designer gráfico Weucles Santos, do Movimento Garantido, dorme em rede no barco em que navegou até Parintis – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Do outro lado, a marujeira Stefany Rocha se mostra confiante no título. Estudante de publicidade, ela também saiu de Manaus. Chegou a Parintins para acompanhar o festival pela segunda vez. A paixão pelo Boi Caprichoso também foi herdada da mãe. “É uma emoção, uma felicidade. Só quem está aqui sabe o se que passa no coração e na cabeça na hora da apresentação. É muito gratificante, muito lindo ver a nossa cultura”.

As baterias também têm designações diferenciadas. No Garantido, é a batucada, e no Caprichoso, a marujada. Se em boa parte da cidade, o vermelho e o azul se misturam, há também áreas mais delimitadas onde o predomínio é claro. Isso ocorre no entorno dos currais, local onde funcionam os ensaios de cada boi. O do Boi Garantido fica na Baixa do São José e o do Boi Caprichoso está localizado no centro da cidade.

           

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Plano Real 30 anos: Inflação reduz poder de compra em 86,72%

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O Plano Real foi um marco na economia brasileira, implementado em 1994 para conter a hiperinflação. Com medidas como a URV e a âncora cambial, o plano foi gradual e bem-sucedido, trazendo estabilidade econômica ao país.

O Plano Real completa 30 anos com uma marca significativa: o poder de compra da moeda caiu 86,72% desde sua implementação. A inflação acumulada de 708% entre julho de 1994 e maio de 2024 significa que, para comprar o equivalente a R$ 1 de 1994, seriam necessários R$ 8,08 hoje.

O lançamento do real foi uma resposta à hiperinflação das décadas de 1980 e 1990, que superava 2.500% ao ano. Desde então, a inflação brasileira, mesmo em seus piores momentos, não ultrapassou 10% ao ano. O plano, iniciado no governo de Itamar Franco com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, estabilizou a economia e reduziu drasticamente a inflação, que chegou a quase 5.000% em 1993.

Apesar do sucesso no controle inflacionário, a desvalorização do real é evidente. Uma nota de R$ 100 de 1994, equivalente ao salário mínimo da época, hoje compra apenas R$ 13,28. A nota de R$ 50 valeria hoje R$ 404,01 e a de R$ 5, R$ 40,40. Além disso, as notas lançadas posteriormente, como a de R$ 2 em 2001 e a de R$ 20 em 2002, também sofreram perdas de poder de compra significativas, necessitando hoje de R$ 7,69 e R$ 74,56, respectivamente, para manter o valor original. *Com informações do G1 Economia e Uol Economia.

 

 

           

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