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Ministro de Israel nega existência de povo palestino e é acusado de racismo

“Há história ou cultura palestinas? Não, não há”, disse Bezalel Smotrich.

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Em meio a um contexto de violência crescente em Israel, o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, um ultranacionalista, elevou a tensão ao negar a existência do povo palestino durante discurso que proferiu em um evento na França neste domingo (19).

O vídeo de Smotrich, do Sionismo Religioso, partido que integra a coalizão mais à direita a assumir o governo na história do país, foi compartilhado nas redes sociais. “Há história ou cultura palestinas? Não, não há”, diz ele em um trecho. “Não há povo palestino.”

As declarações, por óbvio, levaram ao repúdio quase que imediato. O premiê da Autoridade Palestina, Mohamad Shtayyeh, disse nesta segunda (20) que as falas são prova do que chama de uma ideologia “extremista, racista e sionista que governa Israel atualmente”.

Mas o povo palestino “não está abalado pelas declarações falsas sobre a história”, seguiu o primeiro-ministro, segundo relatos de jornais locais. “Fomos nós que demos à Palestina seu nome e sua terra. Esta terra é nossa, e Israel é apenas um Estado estabelecido por colonialistas.”

Já um comunicado da chancelaria da Autoridade Palestina afirma que, ao negar a existência do povo palestino, Smotrich alimenta o extremismo judeu e o terrorismo contra palestinos. “Isso faz com que a espiral de violência continue”, diz o texto.

As falas de Bezalel Smotrich, grande incentivador da ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, ocorrem em um momento de ebulição em Israel. Em parte devido aos protestos massivos contra a reforma judicial que o governo do premiê Binyamin Netanyahu quer emplacar, em parte devido à escalada de violência na Cisjordânia.

Levantamentos de agências de notícias mostram que, no último ano, ao menos 250 palestinos foram mortos em confrontos com forças de segurança de Israel, entre combatentes e civis, enquanto mais de 40 israelenses e estrangeiros morreram em ataques palestinos.

O ministro das Finanças falava em Paris, durante um evento ligado ao Likud, partido israelense, e foi aplaudido pelos presentes ao proferir as falas sobre o povo palestino. Perto dele, estava um mapa do território de Israel que incluía a Cisjordânia, ocupada desde 1967.

Essa não é a primeira vez que Smotrich profere falas desse viés. No início do mês, por exemplo, ele disse que a cidade de Huwara, na Cisjordânia, deveria “ser apagada” após dois judeus serem mortos por um atirador palestino nos arredores da região. Após ser criticado, ele disse que “se expressou mal” -mas não se desculpou.

Há ainda outros episódios similares. Segundo breve linha do tempo retomada pelo jornal Times of Israel, o ministro de Bibi, como o premiê também é conhecido, já disse ser um “homofóbico orgulhoso”.

Em 2021, afirmou que David Ben-Gurion, fundador do Estado de Israel e seu premiê inaugural, deveria ter “expulsado todos os árabes do país ao fundá-lo”. No mesmo ano, afirmou que grupos árabes minoritários eram cidadãos israelenses, mas somente “por enquanto”.

Smotrich nasceu nas Colinas de Golã, território anexado por Israel após a Guerra dos Seis Dias, e cresceu em Beit El, colônia judaica na Cisjordânia, em uma família ultraortodoxa. Em 2005, aos 25 anos, foi detido ao protestar contra a retirada israelense da Faixa de Gaza promovida pelo então premiê Ariel Sharon.

Uma de suas plataformas é a adoção do Velho Testamento como fonte para o sistema jurídico -o que ajuda a entender a razão para que Smotrich seja um dos mais ferrenhos defensores da atual reforma judicial em discussão, que manifestantes e especialistas afirmam que vai minar o Estado de Direito em Israel caso de vez aprovada.

Para conseguir um espaço consistente no governo, eleito há poucos meses, o partido de Smotrich, o Sionismo Religioso, aliou-se ao Otzmá Yehudit (Força Judaica), de Itamar Ben-Gvir, outro radical e atual ministro da Segurança Nacional de Israel.

As declarações deste domingo ocorreram ainda horas após delegações de Israel e da Autoridade Palestina se encontrarem em Sharm el-Sheikh, no Egito, para uma cúpula regional com o objetivo de diminuir as tensões dias antes do início do Ramadã, o mês sagrado muçulmano.

A reunião contou também com representantes dos EUA, da Jordânia e do Egito e ocorreu semanas após encontro semelhante das delegações na Jordânia. Os representantes acordaram que vão se encontrar mais uma vez em abril.

Foto  Getty Images

Por Folhapress

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Mais de 26 baleias-piloto morrem encalhadas em praia na Austrália

Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

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Mais de 26 baleias-piloto morreram após encalharem em uma praia na Austrália Ocidental, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Serviço de Parques e Vida Selvagem do estado. Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

Equipes especializadas, incluindo funcionários, cientistas e veterinários, estão no local ou a caminho para auxiliar no resgate. O objetivo é tentar desviar algumas baleias para águas mais profundas, mas as autoridades australianas alertam que a eutanásia pode ser a solução mais humanitária para a maioria dos animais.

Encalhes em massa são incomuns na região:

-Em julho do ano passado, cerca de 100 baleias-piloto morreram ou foram abatidas após encalharem na praia de Cheynes.
– Em 2018, cerca de mil baleias encalharam nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia.
– Na Austrália, o pior incidente ocorreu em 2020, quando 470 baleias encalharam na Tasmânia, com apenas 100 sendo resgatadas.

As causas dos encalhes em massa de baleias ainda são motivo de investigação. As hipóteses incluem erros de navegação, desorientação por campos magnéticos ou acústicos, doenças, busca por alimentos e até mesmo a influência de tempestades.

A situação é acompanhada de perto pelas autoridades:

O Serviço de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental monitora a situação de perto e pede que a população evite se aproximar dos animais encalhados para não atrapalhar o trabalho das equipes de resgate.

Foto  SharkSafetyWA/ X (antigo Twitter)

Por Notícias ao Minuto

           

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Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

Os cristais estão avaliados em cerca de 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil).

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Escondido entre os glaciares da Antártida, o ardente Monte Erebus é o vulcão ativo mais ao sul da Terra, proporcionando um pouco de calor no meio de uma paisagem gelada.

A Antártida tem 138 vulcões, segundo um estudo de 2017 citado pela United Press International, mas apenas cerca de nove estão ativos neste momento.

No entanto, com uma elevação de 3.794 metros, o Monte Erebus é o mais conhecido e juntamente com outros dois vulcões formam a Ilha Ross. Diz-se que quando foi descoberto, em 1841, durante a viagem do Capitão James Clark Ross, estava em erupção.

O vulcão bombeia regularmente nuvens de gás e vapor e é conhecido por ejetar blocos de rocha parcialmente derretida, conhecidos como “bombas vulcânicas”. São as explosões de gás que pulverizam pequenos cristais de ouro – segundo os cientistas, estima-se que o vulcão jogue ‘fora’ cerca de 80 gramas de ouro por dia – o que equivale a cerca de 6.000 dólares (R$ 30 mil).

O ouro já foi encontrado a centenas de quilômetros do Monte Erebus, com investigadores encontrando vestígios do metal precioso no ar a quase 900 quilômetros do vulcão.

Foto MARK RALSTON/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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Representante da ONU diz que limpeza de Gaza pode levar 14 anos

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A grande quantidade de detritos, incluindo munição não detonada, deixada pela guerra devastadora de Israel na Faixa de Gaza, pode levar cerca de 14 anos para ser removida, disse o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26).

A campanha militar de Israel contra o grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deixou grande parte do estreito território costeiro de 2,3 milhões de pessoas em ruínas, com a maioria dos civis desabrigados, famintos e sob risco de doenças.

Pehr Lodhammar, autoridade sênior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS), disse, em uma reunião em Genebra, que a guerra deixou cerca de 37 milhões de toneladas de detritos no território amplamente urbanizado e densamente povoado.

Ele afirmou que, apesar de ser impossível determinar o número exato de artefatos não detonados encontrados em Gaza, foi projetado que poderia levar 14 anos, sob certas condições, para limpar os destroços, incluindo o entulho de edifícios destruídos.

“Sabemos que, normalmente, há uma taxa de falha de pelo menos 10% da munição de serviço terrestre que está sendo disparada e não funciona”, disse ele. “Estamos falando de 14 anos de trabalho com 100 caminhões.”

O Hamas desencadeou a guerra com uma incursão no sul de Israel, na qual os militantes mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses. Acredita-se que o Hamas ainda esteja mantendo 129 reféns dos 253 que fez em 7 de outubro.

Pelo menos 34.305 palestinos foram mortos e 77.293 ficaram feridos na ofensiva militar de Israel em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Fonte:Agência Brasil

 

 

           

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