Especialista faz um alerta sobre a necessidade do exame em cada trimestre da gestação.
Quantas vezes, ao voltar de um exame ultrassonográfico, a gestante ouve perguntas como: “é menino ou menina? ” ou “você está de quantos meses?”. Essas perguntas são muito comuns e pertinentes, mas nem todos sabem que esse método diagnóstico tão popularizado tem muitas outras utilidades e é uma ferramenta valiosa no acompanhamento pré-natal.
De acordo com o obstetra de São Paulo, Dr. Gustavo de Paula Pereira, no início do primeiro trimestre da gestação, o exame tem como principal auxílio a datação da gestação, isto é, dizer quantas semanas tem a gravidez. ”Além disso, o ultrassom também mostra se é uma gestação tópica, ou seja, se o bebê está se desenvolvendo dentro do útero e, finalmente, nos diz a quantidade de fetos presentes”, complementa o obstetra.
O especialista ainda faz um alerta para outro exame igualmente importante durante o primeiro, segundo e terceiro trimestre de gestação: o ultrassom morfológico. No primeiro trimestre, entre 11 e 14 semanas, é feito o exame pela primeira e por meio dele o médico faz a primeira avaliação da anatomia do feto, associada à medida da translucência nucal e outros parâmetros ultrassonográficos e laboratoriais. Além disso, esse exame possibilita indicar a pesquisa específica de mais da metade das malformações fetais, orientando a conduta específica nesses casos. “É através desse exame também, que o obstetra consegue identificar as gestações de maior risco para prematuridade, pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal”, explica.
Já a confirmação do sexo fetal é feita, geralmente, apenas a partir de 16° semana, com quatro meses de gestação. E então, ao chegar na vigésima semana, a gestante deve fazer ultrassom morfológico novamente. “Nesse exame, o médico fará uma avaliação detalhada de toda a anatomia fetal e de outros sinais que, em conjunto com os dados do exame do 1° trimestre, dirão se a gestação tem maior risco para todas aquelas doenças que citei acima”, comenta.
Entre a 28° e 32° semana, muitos casais optam por realizar o Ultrassom 3D, que é o exame em que são feitas as imagens tridimensionais do bebê. E apesar de ser um exame muito procurado para registro da gestação, do ponto de vista clínico, ele ainda não acrescenta informações relevantes nas gestações normais.
Segundo o obstetra é importante destacar que no terceiro trimestre de gestação, não há um período exato ou frequência de exames a se fazer. “A partir desse momento, a indicação é individualizada e esses exames servem para avaliar se o bebê está ganhando peso adequadamente e se ele tem boa vitalidade, isto é, se ele está recebendo oxigênio e nutrientes adequadamente. Nessa fase, tem se tornado comum também solicitar o ultrassom”, completa.
Por fim, já na última etapa da gestação, é necessário realizar o ultrassom morfológico do terceiro trimestre, em que, além de avaliar os parâmetros de vitalidade e saúde fetal citados acima, o médico também procurará alguma eventual malformação que não foi diagnosticada nos dois primeiros exames morfológicos. “Sempre que os pais tiverem algum questionamento quanto aos resultados de um exame, é importante perguntar ao obstetra, ele é a fonte mais confiável para esclarecer todas as suas dúvidas”, finaliza o especialista.
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