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Saúde

Novo tratamento para obesidade simula efeitos da bariátrica sem cirurgia

A droga levou à redução de cerca de 80% do apetite em ratos testados em laboratório e diminuiu, em média, 12% do peso em 16 dias de tratamento.

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Um novo tratamento para obesidade promete perda de peso sem a necessidade de fazer uma cirurgia bariátrica e sem os efeitos colaterais associados a outras drogas para emagrecimento, como enjoos e náuseas.

Além disso, a droga levou à redução de cerca de 80% do apetite em ratos testados em laboratório e diminuiu, em média, 12% do peso em 16 dias de tratamento. Com isso, a descoberta pode ser um potencial tratamento para obesidade e redução do peso sem as restrições de outros procedimentos atualmente disponíveis.

O experimento com a molécula, batizada de GEP44, foi feito em ratos obesos em laboratório e ainda precisa ser realizado e aprovado em humanos. Os resultados da pesquisa foram apresentados no encontro da Sociedade de Química Americana (ACS, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (29).

A droga injetável mimetiza os efeitos de uma cirurgia bariátrica por atuar de forma semelhante ao GLP-1 (peptídeo do tipo glucagon 1) e o PYY (peptídeo YY). O primeiro atua reduzindo o nível de glicose no sangue ao liberar insulina na corrente sanguínea, enquanto o segundo trabalha na sensação de saciedade. Combinados, eles reduzem o apetite, por isso são moléculas-alvo para a formulação de drogas para perda de peso.

Porém, os efeitos colaterais destas substâncias podem ser mais severos, pois incluem náuseas, enjoos e vômitos. Por isso, têm uma alta taxa de desistência do tratamento.

Já a molécula GEP44 simula os efeitos da cirurgia bariátrica sem a necessidade de um procedimento invasivo, afirma o pesquisador principal do estudo e professor da Universidade de Syracuse, Robert Doyle.

“Redução da quantidade de ingestão de calorias é um mecanismo que leva à perda de peso mas não só, então nós fomos atrás do mecanismo metabólico que leva a essa redução, sem ter efeitos deletérios no organismo. O que vimos foi que as mudanças produzidas por esse composto mimetizam o efeito de uma bariátrica quando há uma espécie de ‘reprogramação’ do sistema endócrino associado à perda de peso”, afirma.

Além disso, a droga não apresentou nenhum efeito colateral. “Tivemos uma incidência baixa de náusea nos ratos em experimentos mesmo com uma dose dez vezes maior da liraglutida [substância aprovada pela Anvisa para o tratamento da obesidade]”, indica o autor.

Doyle pontua que como ratos não têm a capacidade de vomitar, o tratamento foi testado também em outro modelo animal (conhecidos como shrews, em inglês), que são pequenos mamíferos insetívoros semelhantes a ratos, e que podem apresentar vômitos como sintomas.

Nestes, a droga também não provocou efeitos colaterais. Após 28 dias, os cientistas viram uma perda significativa de peso nos animais. Segundo o pesquisador, a expectativa é de iniciar os testes em humanos dentro de um período de 18 meses. A produção, escala e custos do medicamento serão comparáveis aos de outras drogas com princípios ativos semelhantes, como a liraglutida e semaglutida (presente nos medicamentos Saxenda, Wegovy e Ozempic).

Para o endocrinologista Fábio Moura, diretor da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a nova molécula parece promissora por atuar na classe que os médicos chamam de agonistas triplos, isto é, que agem em três receptores diferentes do GLP-1 e dos peptídeos PYY no cérebro.

“Isto significa que vai ter uma possível ampliação de eficácia sem ampliação de efeitos colaterais, mas ainda é muito cedo afirmar porque esse estudo está ainda na fase pré-clínica [quando é testado em animais em laboratório]”, afirma o especialista.

De acordo com Doyle, outro potencial benefício da droga é que ela atua em receptores no cérebro para opioides como fentanil, que são altamente viciantes. “Esse foi um efeito completamente inesperado mas que pode ter efeito a longo prazo no comportamento de vício, uma vez que ele aumenta a janela de tempo que leva à procura da droga”, diz o autor do estudo.

Por fim, o pesquisador afirma que não foi observado o que ele chama de “compensação”, efeito comum em pessoas que passam por cirurgia bariátrica ou fazem uso de medicamentos para controle de obesidade. Nesses casos, os pacientes recuperam o peso perdido ao parar o tratamento –o chamado “efeito sanfona” ou “rebote”.

“Até o momento, não vimos a compensação como efeito da droga, o que pode indicar um mecanismo de ação nos receptores cerebrais associados à saciedade e ao apetite. A próxima etapa irá focar em investigar os genes envolvidos diretamente com a ativação de neurônios que atuam na cadeia de receptores de saciedade no cérebro”, finaliza Doyle.

Foto  iStock

Por Folhapress

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Saúde

Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima

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Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima:

Depilação com Lâmina: O atrito da lâmina pode irritar a pele e causar escurecimento.

Produtos Perfumados: O uso de sabonetes ou cremes perfumados na região íntima pode irritar a pele e levar ao escurecimento.

Roupas Apertadas: O atrito constante de roupas apertadas pode escurecer a pele sensível da área íntima.

Fricção Durante o Exercício: Atividades físicas que causam atrito constante, como ciclismo, podem levar ao escurecimento.

Falta de Hidratação: A falta de hidratação adequada da pele pode contribuir para o escurecimento da área íntima.

Evitar esses hábitos e manter uma boa higiene íntima pode ajudar a prevenir o escurecimento e manter a saúde da região.

Por Giannini Carvalho-Ginecologista

           

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Saúde

Wegovy, remédio injetável para obesidade, chega às farmácias brasileiras no 2º semestre

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

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O medicamento Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida e é indicado para tratar a obesidade e o sobrepeso, começará a ser vendido nas farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano, segundo comunicado divulgado na quinta-feira, 25, pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do produto.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

O remédio foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023, passou pelo processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no meio do ano passado e era aguardado para chegar ao mercado ainda em 2023. Em julho, porém, a farmacêutica afirmou que o remédio estaria disponível somente neste ano, sem detalhar em qual mês.

A Novo Nordisk não explicou o porquê da demora na disponibilização da droga, mas, em 2023, um representante da empresa afirmou que o produto seria lançado somente quando a farmacêutica pudesse garantir que os pacientes teriam acesso ao tratamento sem interrupções. Nos Estados Unidos, onde o Wegovy já é vendido, há desabastecimento do produto.

A farmacêutica não divulgou o preço que o Wegovy deverá chegar às farmácias, mas a CMED já definiu o seu preço máximo: nas doses mais altas, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2.383,43.

Mas os pacientes poderão encontrar preços menores nos pontos de vendas, além de contar com eventuais descontos oferecidos por programas de suporte ao paciente. Vale lembrar que o preço também varia de acordo com a apresentação do remédio, que será vendido em versões de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.

O medicamento, administrado por meio de aplicação injetável subcutânea, é geralmente prescrito para ser usado uma vez por semana.

O remédio é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão.

A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade.

Ela também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. Em estudos clínicos, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida levou a uma perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo de pacientes que não tomaram a medicação.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Saúde

Vírus sincicial respiratório supera covid-19 em óbitos de crianças pequenas

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O Brasil passa por aumento crescente no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (srag), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

É o que mostra o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (25).

O levantamento destaca que a covid-19, mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do País, ainda é a maior responsável pela mortalidade de srag nos idosos.

Nas crianças, no entanto, a covid-19 já é superada pelos números do VSR.

No agregado nacional, há sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas).

Os dados são referentes à semana epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, e têm como base os números inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.

A crescente circulação do VSR é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de srag nas crianças de até 2 anos de idade e ultrapassa os óbitos associados à covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de srag com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o coronavírus.

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas, com base nos registros atuais.

Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por srag.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e coronavírus (10,7%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e coronavírus (53,9%).

Pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes reforça a importância da vacinação, como também do uso de máscara para qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e para quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

Na presente atualização, 23 Estados apresentam crescimento de srag na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em relação aos casos de srag por covid-19, há a manutenção do sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e de estabilidade em patamares relativamente baixos nas demais regiões.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento de srag: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Gioania (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Fonte: JC

 

           

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