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Saúde

O mundo está à beira de um apocalipse dos antibióticos?

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pílulas, remédios, medicamentos (Foto: Freestocks/Joanna M. Foto)

pílulas, remédios, medicamentos (Foto: Freestocks/Joanna M. Foto)

Todo ano, pelo menos 700 mil pessoas morrem de infecções resistentes a medicamentos.

Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu a resistência aos antibióticos como uma das maiores ameaças globais do século 21.

Mas o que está sendo feito para tentar evitar o que poderia ser chamado de “apocalipse dos antibióticos”?

Primeiramente, há uma tentativa de reduzir o uso deste tipo de medicamento, uma vez que, quanto mais antibiótico tomamos, mais resistentes as bactérias ficam.

O psicólogo Jason Doctor, da Universidade do Sul da Califórnia, vem desenvolvendo experimentos para verificar se é possível fazer com que os médicos receitem menos medicamentos.

Ele convenceu mais de 200 médicos a assinar uma carta dirigida a seus pacientes, assumindo o compromisso de serem mais rigorosos na hora de prescrever antibióticos. As cartas foram transformadas em cartazes e coladas nas paredes de seus consultórios.

Os experimentos também adotaram um sistema de classificação. Os médicos recebiam um e-mail mensal com informações sobre quantos antibióticos estavam prescrevendo inadequadamente em comparação aos seus colegas.

Foram criados ainda alertas nos computadores dos médicos, levando-os a questionar se realmente precisavam prescrever os antibióticos, e mostrando como poderiam lidar com pacientes insistentes que exigiam a medicação.

Quando todas essas abordagens diferentes foram adotadas juntas, o número de prescrições de antibióticos foi reduzido drasticamente.

Algumas dessas mudanças estão sendo implementadas nos Estados Unidos e em outros países. Mas, mesmo que as pessoas façam uso de antibióticos apenas quando estão precisando de fato, isso não resolveria o problema. Os seres humanos são um grande mercado para antibióticos, mas há um ainda maior.

Em 1950, foi descoberto que os antibióticos fazem os animais crescerem mais rápido. Desde então, fazendeiros de todo o mundo têm injetado o medicamento em seus animais, mesmo após estudos científicos comprovarem que a resistência bacteriana poderia passar dos animais para os seres humanos.

Um país, no entanto, mostrou que é possível reverter esse cenário.

 Vacas leiteiras em fazenda em Granby, Quebec, no Canadá, em foto de julho; suplemento alimentar promete reduzir quantidade de gases produzidos por vacas  (Foto: Reuters/Christinne Muschi)

Vacas leiteiras em fazenda em Granby, Quebec, no Canadá, em foto de julho; suplemento alimentar promete reduzir quantidade de gases produzidos por vacas (Foto: Reuters/Christinne Muschi)

A Holanda tem mais animais por metro quadrado do que qualquer outro país do planeta e, durante anos, esses animais foram rotineiramente alimentados com antibióticos. A proibição de dar antibióticos como promotores do crescimento aos animais surtia pouco efeito, uma vez que os agricultores usavam a mesma quantidade e apenas os rotulavam de forma diferente.

Mas, após uma série de danos à saúde, o governo decidiu repreender os fazendeiros. Em 2009, os agricultores foram avisados que teriam que reduzir em 20% a quantidade de antibióticos que davam aos seus animais, num período de dois anos, e em 50%, num prazo de cinco anos.

O veterinário Dik Mevius, especialista em doenças infecciosas, ajudou os agricultores a elaborar um plano para atingir essas metas.

Eles criaram um banco de dados, revelando os agricultores que mais transgrediam a regra, e impediram os fazendeiros de comprarem antibióticos de diferentes veterinários. Se um veterinário ou agricultor prescrevesse ou usasse antibiótico desnecessariamente, era multado ou perdia a licença.

Então, os fazendeiros holandeses entraram no eixo e pararam de usar tantos antibióticos. Para muitos deles, isso significou mudar a maneira como criavam seus animais.

“Foi realmente uma revolução”, disse Mevius. “Nós reduzimos em 60% a quantidade de antibióticos usados em apenas alguns anos”, completou.

A maioria dos países está, no entanto, caminhando na direção oposta. Estima-se que China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul deverão dobrar seu uso de antibióticos até 2030, o que levará a resistência a se espalhar. É por isso que cientistas de todo o mundo estão vasculhando oceanos, florestas tropicais e desertos em busca de novas fontes de antibióticos.

Raja, um dragão de Komodo de 12 anos de idade, recebe uma bola recheada com seus alimentos favoritos no Zoológico de Londres, na Inglaterra. (Foto: Carl Court/AFP)

Raja, um dragão de Komodo de 12 anos de idade, recebe uma bola recheada com seus alimentos favoritos no Zoológico de Londres, na Inglaterra. (Foto: Carl Court/AFP)

Recentemente, pesquisadores foram ao Panamá e colheram amostras da pele de uma preguiça de três dedos. Outros cientistas têm procurado novos antibióticos na saliva de dragões de Komodo. Mas ainda é muito cedo para dizer se esses experimentos serão bem sucedidos.

Comunicação entre bactérias
Há também aqueles que não estão procurando novos antibióticos, mas estão lutando contra as bactérias. A microbiologista Kim Hardie, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, estuda a forma como as bactérias se comunicam. Sim, as bactérias se comunicam.

Quando uma única bactéria chega aos seus pulmões, ela se esconde do seu sistema imunológico e dos anticorpos que podem matá-la. Ela não revela suas armas – suas toxinas -, mas fica ali, esperando.

“Uma vez que a bactéria percebe que é um bom lugar para se multiplicar, então ela se comunica”, explica a cientista.

As bactérias isoladas se relacionam umas com as outras, até sentirem que estão em número suficiente. Em seguida, se armam e atacam o sistema imunológico.

“Se você tem um único soldado contra um castelo, não vai ameaçar o castelo”, afirma Hardie.

“Mas, se esperar que o resto do exército chegue e mostre suas armas ao mesmo tempo, os soldados podem vencer o castelo.”

E se você puder impedir que as bactérias se comuniquem, fazendo com que, embora você tenha bactérias nocivas em seus pulmões, elas não consigam se relacionar umas com as outras e assim lançar um ataque?

Hardie afirma que isso pode ser feito e conta alguns experimentos em laboratório tiveram bons resultados. A pesquisadora estima que um antibiótico baseado neste princípio poderia chegar ao mercado em cerca de dez anos.

Há muitos outros experimentos e projetos em andamento. O sucesso vai depender, em grande parte, de aprendermos mais sobre as bactérias.

Como ensina o livro “A arte da guerra”, de Sun Tzu, é preciso conhecer o inimigo para vencer a batalha. Como podemos evitar o apocalipse de antibióticos? Aprendendo a enganar as bactérias.

(Da BBC News, Jerusalem)

Saúde

Sete formas de reduzir a ansiedade em poucos minutos

São dicas simples que vão fazer com que consiga se acalmar. Podem ser realizadas em casa, no trabalho e (algumas) até no trânsito.

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Em poucos minutos, é possível passar de uma situação de ansiedade e estresse para um momento mais relaxado e tranquilo. Basta seguir algumas dicas de um médico, que compartilhou técnicas eficazes para acalmar-se.

Em entrevista ao site HealthShots, o médico Kedar Tilwe recomenda algumas práticas simples que fazem a diferença:

1. Respiração pelo diafragma

“Controla a respiração e ajuda a acalmar o corpo.”

2. Faça um passeio

“Uma caminhada curta ajuda a aliviar o estresse e a ansiedade.”

3. Diga o que sente

“Ao identificar suas emoções, você ativa o cérebro e ajuda a reduzir o estresse.”

4. Alongue-se

“Alongamentos simples podem liberar a tensão.”

5. Imagine o que gosta

“Envolva todos os seus sentidos na visualização dessa imagem mental.”

6. Ouça música

“A música pode mudar o seu humor.”

7. Faça o jogo 5-5-5

“Olhe ao seu redor e identifique cinco coisas. Sinta-as e perceba suas texturas. Por fim, identifique cinco sons.”

Essas técnicas são fáceis de implementar e podem ajudar significativamente a melhorar seu bem-estar emocional e físico.

           

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Saúde

3 coisas que todo mundo precisa saber sobre a vagina

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Aqui estão 3 coisas que todo mundo precisa saber sobre a vagina:

1️⃣ Autolimpeza: A vagina é autolimpante! Ela possui um sistema natural de limpeza que envolve a produção de secreções que ajudam a manter o equilíbrio do pH e a eliminar bactérias e células mortas. Evite duchas internas e produtos de higiene íntima perfumados que podem atrapalhar esse processo natural.

2️⃣ Flora Vaginal: A saúde vaginal depende de um delicado equilíbrio de microrganismos. Lactobacilos, por exemplo, são bactérias “boas” que ajudam a manter o ambiente ácido e protegem contra infecções. Alterações nesse equilíbrio podem levar a problemas como infecções fúngicas ou bacterianas.

3️⃣ Sinais de Alerta: Conheça seu corpo e esteja atenta a sinais de alerta, como alterações no corrimento (cor, odor, quantidade), coceira, dor ou desconforto. Esses sintomas podem indicar infecções ou outras condições que precisam de avaliação médica.

Por Giannini Carvalho-ginecologista

           

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Saúde

Ministério da Saúde confirma duas mortes por febre oropouche no Brasil

A investigação dos casos foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde da Bahia.

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O Ministério da Saúde confirmou duas mortes por febre oropouche na Bahia. Até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença.

A investigação dos casos foi feita pela Secretaria de Estado da Saúde da Bahia, que já havia registrado os óbitos, mas aguardava confirmação por parte do Ministério da Saúde.

Os casos foram registrados em duas mulheres de 22 e 24 anos, sem comorbidades, nas cidades de Camamu e Valença, respectivamente.

Uma morte ainda está em investigação no estado de Santa Catarina. Um óbito no Maranhão teve relação causal com a doença descartada.

Segundo a pasta, a detecção de casos foi ampliada para todo o país em 2023, após o Ministério da Saúde disponibilizar de forma inédita testes diagnósticos para toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).

Até então, os casos se concentravam na região Norte do Brasil. Neste ano, já foram registrados 7.236 casos de febre oropouche, em 20 estados brasileiros. A maior parte deles foi registrada no Amazonas e Rondônia.

Um artigo assinado por 20 especialistas em versão inicial para revisão, postado no dia 16 de julho, analisa as duas mortes na Bahia e reforça a necessidade de um sistema de vigilância ativo e eficiente para controlar a disseminação do vírus.

“Um aumento na ocorrência de casos dessa doença foi observado no estado da Bahia, onde a rápida disseminação do vírus é configurada como um surto nas macrorregiões sul e leste, de grande preocupação para a saúde pública”, diz a publicação.

TRANSMISSÃO VERTICAL

Estão ainda em investigação seis casos de transmissão vertical (de mãe para filho) da infecção da febre do oropouche. São três casos em Pernambuco, um na Bahia e dois no Acre. Dois casos evoluíram para óbito fetal, houve um aborto espontâneo e três casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia.

As análises estão sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se há relação entre a febre oropouche e casos de malformação ou abortamento.

No último dia 11, a pasta emitiu uma nota técnica a todos os estados e municípios recomendando a intensificação da vigilância em saúde após a confirmação de transmissão vertical do vírus oropouche pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), que identificou presença do genoma do vírus em um caso de morte fetal e de anticorpos em amostras de quatro recém-nascidos.

ENTENDA A DOENÇA

A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim.

O quadro clínico é semelhante ao da dengue e da chikungunya. Os sintomas são dor de cabeça, dor muscular e articular, febre, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Parte dos pacientes pode apresentar recorrência dos sintomas ou apenas febre, dor de cabeça e dor muscular após uma a duas semanas do início das manifestações iniciais. Os sintomas duram de dois a sete dias, em média. Na maioria dos pacientes, a evolução da febre do oropouche é benigna e sem sequelas.

O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica.

Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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