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Peru impõe toque de recolher em região onde protestos provocaram 18 mortes

O país está em convulsão social desde a destituição de Pedro Castillo da Presidência

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O governo do Peru decretou nesta terça-feira (10) um toque de recolher noturno na cidade de Puno, novo epicentro dos protestos contra a presidente Dina Boluarte. Grandes manifestações voltaram a ganhar corpo nos últimos dias, agravando a crise estrutural do país, em convulsão social desde a destituição de Pedro Castillo da Presidência, há pouco mais de um mês.

A medida foi anunciada horas após o dia mais letal desde o início dos protestos. Na segunda-feira (9), 18 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e policiais na região de Juliaca, a 60 km de Puno. A conta não inclui um bebê recém-nascido que também morreu depois de não ter podido chegar a um hospital devido a bloqueios nas rodovias.

A maior parte dos óbitos foi registrada em um embate na região do aeroporto de Juliaca, que os manifestantes tentavam tomar -14 pessoas teriam morrido no local, segundo a Defensoria do Peru. Numa tentativa de enfraquecer o governo Dina, apoiadores de Castillo têm bloqueado estradas e infraestruturas importantes para o país.

Outras três pessoas morreram em um shopping center. Segundo as autoridades, elas teriam atacado o estabelecimento. O corpo de um policial foi encontrado carbonizado em um veículo. Jorge Angulo, porta-voz do Ministério do Interior, afirmou que o agente foi “vítima de criminosos” ainda não identificados. A autópsia deverá esclarecer as circunstâncias da morte.

Em tentativa de frear os atos, o primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola, anunciou o toque de recolher em Puno, que deveria entrar em vigor ainda nesta terça, às 20h pelo horário local (22h de Brasília), e perdurar até as 4h. A medida, a princípio válida por três dias, pode ser prorrogada.

O premiê ainda apresentou ao Parlamento o pedido de voto de confiança de investidura, um requisito constitucional para que o gabinete se mantenha no cargo.

Ao menos 40 pessoas morreram desde o início das manifestações em dezembro, mas os casos de violência não têm coibido a organização de novos atos. Ao menos 53 trechos de rodovias foram bloqueados nesta terça, segundo as autoridades peruanas. Piquetes que impedem a circulação de veículos foram registrados nas regiões de Puno, Cusco, Apurímac, Arequipa, Madre de Dios e Amazonas.

Em Puno, onde os protestos se concentram, autoridades relataram novos ataques contra estabelecimentos comerciais e veículos da polícia.

Os protestos voltaram a ganhar adesão depois de uma trégua de duas semanas durante as festas de fim de ano. Os manifestantes exigem a renúncia da atual chefe do Executivo, a dissolução do Congresso, mudanças na Constituição e a libertação de Castillo -preso em dezembro depois de ser destituído após uma tentativa fracassada de golpe de Estado.

Antes vice de Castillo, Dina é chamada de traidora pelos manifestantes contrários ao seu governo. No mês passado ela declarou estado de emergência e assinou decreto para que as Forças Armadas se juntem à polícia na repressão dos atos.

A forte repressão contra os manifestantes, contudo, tem aumentado a pressão sobre a presidente. Nesta terça, o governo regional de Puno decretou três dias de luto devido às mortes nas últimas horas e pediu a renúncia da presidente. O arcebispo de Huancayo, Pedro Barreto, afirmou que a crise no Peru se assemelha a uma zona de guerra. “A verdade é que estamos nas mãos da barbárie”, disse à rádio RPP.

Outras lideranças e organizações pedem a investigação das mortes. Nesta quarta, o Peru deve receber uma missão da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), que pretende monitorar o cenário dos direitos humanos no país.

O premiê Otárola afirmou nesta terça que criminosos financiados por “dinheiro obscuro” foram responsáveis pelas mortes ocorridas nesta segunda. Ele acrescentou que ao menos 143 pessoas -68 manifestantes e 75 policiais ficaram feridos só na segunda-feira.

Em meio à crise, o Peru proibiu, nesta segunda, a entrada do ex-presidente boliviano Evo Morales em seu território. Ele é acusado pela gestão de Dina de interferir nos assuntos da política interna.

Presidente da Bolívia de 2006 a 2019, Evo tem expressado apoio aos manifestantes contrários ao governo Dina. O líder teve presença ativa na política peruana desde que Castillo assumiu a Presidência, em julho de 2021, até sua destituição, no início de dezembro.

Na semana passada, Dina pediu ao líder da Bolívia que parasse de interferir em assuntos peruanos. Já o ministro da Defesa, Jorge Chávez, afirmou que cinco bolivianos que estariam incentivando os protestos no país foram identificados.

O ex-presidente Castillo está cumprindo 18 meses de prisão preventiva enquanto é investigado pelos crimes de rebelião e conspiração depois de tentar fechar o Congresso ilegalmente -ele nega as acusações.

Por Folhapress

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Mais de 26 baleias-piloto morrem encalhadas em praia na Austrália

Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

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Mais de 26 baleias-piloto morreram após encalharem em uma praia na Austrália Ocidental, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Serviço de Parques e Vida Selvagem do estado. Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

Equipes especializadas, incluindo funcionários, cientistas e veterinários, estão no local ou a caminho para auxiliar no resgate. O objetivo é tentar desviar algumas baleias para águas mais profundas, mas as autoridades australianas alertam que a eutanásia pode ser a solução mais humanitária para a maioria dos animais.

Encalhes em massa são incomuns na região:

-Em julho do ano passado, cerca de 100 baleias-piloto morreram ou foram abatidas após encalharem na praia de Cheynes.
– Em 2018, cerca de mil baleias encalharam nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia.
– Na Austrália, o pior incidente ocorreu em 2020, quando 470 baleias encalharam na Tasmânia, com apenas 100 sendo resgatadas.

As causas dos encalhes em massa de baleias ainda são motivo de investigação. As hipóteses incluem erros de navegação, desorientação por campos magnéticos ou acústicos, doenças, busca por alimentos e até mesmo a influência de tempestades.

A situação é acompanhada de perto pelas autoridades:

O Serviço de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental monitora a situação de perto e pede que a população evite se aproximar dos animais encalhados para não atrapalhar o trabalho das equipes de resgate.

Foto  SharkSafetyWA/ X (antigo Twitter)

Por Notícias ao Minuto

           

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Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

Os cristais estão avaliados em cerca de 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil).

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Escondido entre os glaciares da Antártida, o ardente Monte Erebus é o vulcão ativo mais ao sul da Terra, proporcionando um pouco de calor no meio de uma paisagem gelada.

A Antártida tem 138 vulcões, segundo um estudo de 2017 citado pela United Press International, mas apenas cerca de nove estão ativos neste momento.

No entanto, com uma elevação de 3.794 metros, o Monte Erebus é o mais conhecido e juntamente com outros dois vulcões formam a Ilha Ross. Diz-se que quando foi descoberto, em 1841, durante a viagem do Capitão James Clark Ross, estava em erupção.

O vulcão bombeia regularmente nuvens de gás e vapor e é conhecido por ejetar blocos de rocha parcialmente derretida, conhecidos como “bombas vulcânicas”. São as explosões de gás que pulverizam pequenos cristais de ouro – segundo os cientistas, estima-se que o vulcão jogue ‘fora’ cerca de 80 gramas de ouro por dia – o que equivale a cerca de 6.000 dólares (R$ 30 mil).

O ouro já foi encontrado a centenas de quilômetros do Monte Erebus, com investigadores encontrando vestígios do metal precioso no ar a quase 900 quilômetros do vulcão.

Foto MARK RALSTON/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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Representante da ONU diz que limpeza de Gaza pode levar 14 anos

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A grande quantidade de detritos, incluindo munição não detonada, deixada pela guerra devastadora de Israel na Faixa de Gaza, pode levar cerca de 14 anos para ser removida, disse o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26).

A campanha militar de Israel contra o grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deixou grande parte do estreito território costeiro de 2,3 milhões de pessoas em ruínas, com a maioria dos civis desabrigados, famintos e sob risco de doenças.

Pehr Lodhammar, autoridade sênior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS), disse, em uma reunião em Genebra, que a guerra deixou cerca de 37 milhões de toneladas de detritos no território amplamente urbanizado e densamente povoado.

Ele afirmou que, apesar de ser impossível determinar o número exato de artefatos não detonados encontrados em Gaza, foi projetado que poderia levar 14 anos, sob certas condições, para limpar os destroços, incluindo o entulho de edifícios destruídos.

“Sabemos que, normalmente, há uma taxa de falha de pelo menos 10% da munição de serviço terrestre que está sendo disparada e não funciona”, disse ele. “Estamos falando de 14 anos de trabalho com 100 caminhões.”

O Hamas desencadeou a guerra com uma incursão no sul de Israel, na qual os militantes mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses. Acredita-se que o Hamas ainda esteja mantendo 129 reféns dos 253 que fez em 7 de outubro.

Pelo menos 34.305 palestinos foram mortos e 77.293 ficaram feridos na ofensiva militar de Israel em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Fonte:Agência Brasil

 

 

           

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