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Saúde

Pesquisam buscam identificar papel da ‘fome emocional’ na obesidade

Uma das linhas de estudo buscam entender o papel que as emoções desempenham em nossos hábitos alimentares e como esses mecanismos se interagem.

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Pesquisas têm buscado identificar regiões e redes cerebrais que moldam a escolha alimentar e o autocontrole, consideradas fundamentais para entender os mecanismos que levam à obesidade e desenvolver novas abordagens de tratamento.

Uma das linhas de estudo buscam entender o papel que as emoções desempenham em nossos hábitos alimentares e como esses mecanismos se interagem.

É o que se chama de alimentação emocional, ou fome emocional, que pode ser definida como a tendência de comer para aliviar o estresse em resposta a emoções negativas, muitas vezes ignorando os sinais internos de saciedade.

O tema foi discutido em um simpósio durante a Obesity Week, maior conferência mundial de obesidade que terminou nesta sexta (5) em San Diego (EUA).

Altas pontuações em escores de alimentação emocional estão associadas a obesidade, menor perda de peso em intervenções (inclusive a cirurgia bariátrica) e recuperação do peso após a perda.

As pontuações de alimentação emocional também estão relacionadas a alterações cerebrais em áreas de processamento de recompensa.

Uma nova pesquisa sugere que a alimentação emocional possa explicar parcialmente por que algumas pessoas não perdem peso corporal mesmo com as medicações mais modernas, como um novo tipo de tratamento contra diabetes tipo 2 e obesidade, os agonistas do receptor do GLP-1.

Os achados do novo estudo, que usou ressonância magnética em pessoas com obesidade e diabetes tipo 2, foram publicados recentemente no periódico Psychoneuroendocrinology.

Segundo Charlotte van Ruiten, médica e pesquisadora do centro de diabetes da Universidade de Amsterdã, na Holanda, estima-se que cerca de 60% das pessoas com obesidade também façam uma alimentação emocional, com maior prevalência entre mulheres.

Ela explica que indivíduos com pontuações de base mais altas foram menos sensíveis aos efeitos centrais do tratamento com um agonista do receptor do GLP-1. Em situações como essa, afirma a médica, deve ser rastreado o comportamento alimentar, incluindo a alimentação emocional.

Há diversas ferramentas disponíveis, como questionários que mensuram o risco, para diagnóstico, além de processos terapêuticos que enfatizem as habilidades de alimentação consciente. “O treinamento dessas capacidades demonstrou estar associado à melhora da desregulação emocional e à menor ocorrência de um comportamento impulsivo relacionado ao apetite”, diz a médica.

Alguns trabalhos já mapearam os circuitos de saciedade até a amígdala central do cérebro, que também controla o medo, a dor e outras emoções. Porém, a complexidade dos neurônios nessa parte do cérebro torna-se difícil identificar para onde o sinal vai depois disso.

Uma pesquisa recente, liderada pela Universidade do Arizona (EUA), mostrou que após a amígdala, o sinal se dirige aos neurônios localizados em uma região do cérebro chamada núcleo parasubtalâmico, ou PSTh, responsável pela sensação de saciedade.

Mesmo identificando o papel do PSTh, os pesquisadores do Arizona reforçam que esse núcleo é apenas uma peça em um quebra-cabeça maior.

Ou seja, dificilmente a sensação de saciedade é mediada por uma única região do cérebro. É mais provável que várias áreas do cérebro trabalhem juntas.

Outro trabalho com foco na região da amígdala investigou os níveis de atividade neural ligados ao consumo de alimentos gordurosos e açucarados.

Eles analisaram o efeito de um grupo específico de neurônios no consumo e gasto de energia, testando em células cerebrais “ligadas” e “desligadas” de camundongos geneticamente modificados.

Após uma restrição alimentar, a ideia foi observar a atividade neural em resposta à ingestão de ração regular ou uma dieta rica em gordura.

Depois da dieta gordurosa, os pesquisadores notaram níveis mais altos de atividade entre certos neurônios em uma parte da amígdala conhecida como núcleo intersticial do membro posterior da comissura anterior (Ipac).

“[É] difícil saber como isso se traduzirá em humanos, mas existem muitos outros estudos que ligam os mecanismos da amígdala a excessos e obesidade. Definitivamente, torna-se uma estrutura realmente interessante para se concentrar”, disse Alessandro Furlan, professor de neurociência do Karolinska Institutet, Suécia, um dos autores do estudo.

A obesidade é tida hoje como uma doença multifatorial e complexa. Inúmeros estudos já demonstraram que ela não é facilmente tratada com restrição calórica e rotina de exercícios.

Quando manejada dessa maneira, é comum o metabolismo do corpo contrabalançar e restaura o peso corporal anterior.
Por isso, há uma busca por diagnósticos e intervenções mais precoces, para evitar que a pessoa sofra os graves efeitos da obesidade, como doenças cardiovasculares, osteoartrite e câncer.

Hoje já se sabe que há pelo menos dois tipos de obesidade: a monogênica, determinada por uma mutação gênica específica, e a poligênica, relacionada a uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

A maioria desses genes está envolvida na regulação nervosa central do peso corporal (genes da via leptina-melanocortina).

De acordo com artigo publicado na revista The Lancet, é importante identificar crianças em risco de obesidade grave por meio da vigilância dos dados de crescimento individual e de testes genéticos.

A esperança é que o tratamento da obesidade seja mais personalizado, o que se chama hoje de medicina de precisão.

“O diagnóstico precoce e correto da obesidade precoce levará ao tratamento adequado, prevenirá o desenvolvimento das sequelas da obesidade, evitará o fracasso das abordagens de tratamento conservador e protegerá os pacientes e familiares do estigma”, escreveram os autores Anke Hinney, Antje Körner e Pamela Fisher-Posovszky.*A jornalista viajou a convite da Novo Nordisk

Por Folhapress

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Saúde

Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima

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Confira hábitos que causam escurecimento na área íntima:

Depilação com Lâmina: O atrito da lâmina pode irritar a pele e causar escurecimento.

Produtos Perfumados: O uso de sabonetes ou cremes perfumados na região íntima pode irritar a pele e levar ao escurecimento.

Roupas Apertadas: O atrito constante de roupas apertadas pode escurecer a pele sensível da área íntima.

Fricção Durante o Exercício: Atividades físicas que causam atrito constante, como ciclismo, podem levar ao escurecimento.

Falta de Hidratação: A falta de hidratação adequada da pele pode contribuir para o escurecimento da área íntima.

Evitar esses hábitos e manter uma boa higiene íntima pode ajudar a prevenir o escurecimento e manter a saúde da região.

Por Giannini Carvalho-Ginecologista

           

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Saúde

Wegovy, remédio injetável para obesidade, chega às farmácias brasileiras no 2º semestre

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

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O medicamento Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida e é indicado para tratar a obesidade e o sobrepeso, começará a ser vendido nas farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano, segundo comunicado divulgado na quinta-feira, 25, pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do produto.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, aprovado para o tratamento do diabetes mas que, por seu efeito emagrecedor, vem sendo prescrito por médicos também para obesidade de forma off label (quando é indicado para uma indicação diferente daquela para a qual o remédio foi aprovado).

O remédio foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023, passou pelo processo de precificação na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no meio do ano passado e era aguardado para chegar ao mercado ainda em 2023. Em julho, porém, a farmacêutica afirmou que o remédio estaria disponível somente neste ano, sem detalhar em qual mês.

A Novo Nordisk não explicou o porquê da demora na disponibilização da droga, mas, em 2023, um representante da empresa afirmou que o produto seria lançado somente quando a farmacêutica pudesse garantir que os pacientes teriam acesso ao tratamento sem interrupções. Nos Estados Unidos, onde o Wegovy já é vendido, há desabastecimento do produto.

A farmacêutica não divulgou o preço que o Wegovy deverá chegar às farmácias, mas a CMED já definiu o seu preço máximo: nas doses mais altas, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2.383,43.

Mas os pacientes poderão encontrar preços menores nos pontos de vendas, além de contar com eventuais descontos oferecidos por programas de suporte ao paciente. Vale lembrar que o preço também varia de acordo com a apresentação do remédio, que será vendido em versões de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.

O medicamento, administrado por meio de aplicação injetável subcutânea, é geralmente prescrito para ser usado uma vez por semana.

O remédio é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão.

A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade.

Ela também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. Em estudos clínicos, a dosagem semanal de 2,4 mg de semaglutida levou a uma perda média de peso de 15,2%, ante 2,6% no grupo de pacientes que não tomaram a medicação.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Saúde

Vírus sincicial respiratório supera covid-19 em óbitos de crianças pequenas

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O Brasil passa por aumento crescente no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (srag), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

É o que mostra o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (25).

O levantamento destaca que a covid-19, mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do País, ainda é a maior responsável pela mortalidade de srag nos idosos.

Nas crianças, no entanto, a covid-19 já é superada pelos números do VSR.

No agregado nacional, há sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas).

Os dados são referentes à semana epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, e têm como base os números inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.

A crescente circulação do VSR é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de srag nas crianças de até 2 anos de idade e ultrapassa os óbitos associados à covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de srag com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o coronavírus.

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas, com base nos registros atuais.

Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por srag.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e coronavírus (10,7%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e coronavírus (53,9%).

Pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes reforça a importância da vacinação, como também do uso de máscara para qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e para quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

Na presente atualização, 23 Estados apresentam crescimento de srag na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em relação aos casos de srag por covid-19, há a manutenção do sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e de estabilidade em patamares relativamente baixos nas demais regiões.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento de srag: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Gioania (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Fonte: JC

 

           

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