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Educação

Pré-vestibular gratuito da UFPE abre inscrições

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As inscrições para o programa de pré-vestibular gratuito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abrem a partir da próxima segunda-feira (22). O Vestibular Cidadão é voltado para jovens que concluíram ou ainda cursam o 3º ano do ensino médio em escolas da rede pública de ensino, bem como para quem cursou o 3º ano no sistema privado com bolsa integral.

O processo de inscrição pode ser realizado até o dia 4 de março de segunda a sexta, das 9h às 17h, na Faculdade de Direito do Recife, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. O jovem deve apresentar a declaração de que cursa o ensino médio em escola pública, ou ficha 19 caso já tenha concluído. Além disso, é preciso levar um documento de identificação com foto e declaração comprobatória de que possuiu bolsa integral, em caso de o candidato ser ex-bolsista de escola particular. Os documentos precisam ser originais.

Para participar do processo seletivo, é preciso pagar uma taxa obrigatória de R$ 10. A prova será realizada no dia 13 de março e as aulas estão previstas para começar no dia 21 de março. Outras informações informações no site oficial.

Fonte: JC Online

Educação

Como as Olimpíadas de Conhecimento potencializam o desempenho no Enem 2024

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A participação de estudantes em olimpíadas de conhecimento, sejam de Matemática, Química, História, Língua Portuguesa, Astronomia ou Robótica, pode contribuir de forma positiva para aqueles que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesta edição, que registrou mais de 5 milhões de candidatos inscritos, as provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.

Uma pesquisa conduzida pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), organização que se dedica a estudos em educação, divulgada em maio deste ano, mostrou que os alunos de escolas com altas taxas de participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), por exemplo, têm obtido melhores resultados no Enem.

“Alguns pontos importantes que impactam positivamente no Enem são o desenvolvimento de habilidades cognitivas, pois as olimpíadas estimulam o raciocínio lógico, além da resolução de problemas e do estímulo ao pensamento crítico. Essas competições também trabalham a motivação e a confiança, porque acabam incentivando os estudantes a se dedicarem mais aos estudos”, afirmou o professor de Matemática e coordenador do Ensino Médio do Colégio Saber Viver, Ricardo Berardo.

Lidar com a pressão, o trabalho em equipe e a gestão do tempo são algumas das habilidades que servem não apenas para o Enem, mas para qualquer fase da vida desses estudantes. Para o professor de História da Escola de Aplicação do Recife, vinculada à Universidade de Pernambuco (UPE), Dayvison Freitas, as olimpíadas servem como mais um instrumento pedagógico no qual os alunos assumem, de certa forma, um protagonismo ao longo do processo.

“No caso das olimpíadas de História, especificamente, eles entram em contato com registros que chamamos de ‘fontes históricas’, então eles percebem como funciona o processo de produção historiográfica e quais são os métodos que usamos para analisar as fontes. E nisso, eles acabam desenvolvendo competências durante a realização das olimpíadas, então, além de trabalhar conhecimentos de história, a atuação deles na competição também está focada na compreensão dentro da sociedade”, afirmou o docente em entrevista à coluna Enem e Educação.

“Por exemplo, nas redações, temos relatos de alunos que já participaram de edições anteriores da olimpíada de História, principalmente, onde isso acaba refletindo em uma maior habilidade ao trabalhar certos temas dentro da redação do Enem. Os alunos pegam os textos de apoio e, ao fazerem a interpretação desses textos, conseguem perceber elementos estruturais para fazer a análise e desenvolvimento do tema”, destacou Freitas.

ROTINA DE ESTUDOS

As provas do Enem exigem uma visão mais ampla e interdisciplinar dos conteúdos, diferente do que é exigido nessas competições de conhecimento. No entanto, a participação dos estudantes acaba estimulando-os a conectar os conteúdos de diferentes áreas.

A aluna da Escola de Aplicação do Recife, Maria Luiza, tem 15 anos e ainda não decidiu sobre qual curso pretende fazer, mas sabe que será na área de tecnologia. Neste ano, ela fará o Enem como treineira e acredita que terá certa facilidade devido às experiências vivenciadas nessas competições científicas.

Entre as nove olimpíadas das quais já participou, a jovem conquistou medalhas de prata e bronze na etapa nacional da Obmep, em 2021, e, no mesmo ano, conquistou a prata na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Maria Luiza também participou, em 2023, da Olimpíada de Matemática da Unicamp, ficando com o bronze nesta competição.

“As olimpíadas são uma oportunidade de ampliar os conhecimentos, e você acaba aprendendo a lidar com problemas maiores e mais difíceis. Isso gera uma certa facilidade quando você vai fazer, por exemplo, uma prova como o Enem, mesmo que as questões tratem de conceitos que não estão em um nível olímpico. E essa preparação ajuda muito porque você acaba se acostumando com o ambiente de prova, com o tempo e com as pressões”, afirmou a aluna.

Cauan Felipe, de 18 anos, está no 3º ano do ensino médio e quer cursar Ciência da Computação. Aluno da Escola de Aplicação do Recife, ele conquistou o bronze na Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), em 2023, e o bronze na Olimpíada Titãs em Matemática, no mesmo ano.

Com uma rotina de estudos intensa, iniciando os estudos pela manhã e terminando só à noite, Cauan também falou que as competições auxiliam na hora de entender a prioridade das questões a serem respondidas, trabalhando as estratégias.

“Na olimpíada de História, as questões focam no senso crítico e na problematização do que está sendo pedido. O Enem dá muito esse enfoque de usarmos a história para fazer analogias e conseguir problematizar coisas do presente. Já nas olimpíadas de Matemática, as questões são diferentes daquelas que caem no Enem, mas elas ajudam no raciocínio, porque sendo mais complexas que as do exame nacional, nós podemos usufruir desse exercício”, destacou o jovem.

Ele participou e ganhou prata na Olimpíada Pernambucana de Química (OPEQ), o que garantiu a participação na Olimpíada Brasileira de Química (OBQ)

Para Thiago Dias, aluno do Colégio Saber Viver, de 16 anos e com a intenção de cursar Medicina, é importante contar com o incentivo da escola nas competições. “São provas que nos ajudam não só para o Enem, mas também para o SSA (Sistema Seriado de Avaliação). Participar das olimpíadas é benéfico, pois você enfrenta uma prova em um ambiente diferente, com um nível mais alto e várias fases que precisamos superar. Isso contribui para a nossa preparação”, comentou Thiago, que está no 2º ano do ensino médio e fará o Enem este ano como treineiro.

Fonte: JC

           

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Educação

Campus Serra Talhada do IFSertãoPE retifica edital e reabre processo seletivo para contratação de Professor Substituto de Libras

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Uma retificação no Edital n° 74/2024, referente a processo seletivo para contratação de Professor Substituto de Libras, foi publicada pelo Campus Serra Talhada do IFSertãoPE nessa quinta-feira, 12. A instituição alterou alguns prazos do cronograma divulgado anteriormente, inclusive o número do edital.

Com as modificações, a unidade reabriu a seleção, possibilitando inscrições entre os dias 17 e 25 de setembro, mediante pagamento de taxa de R$ 60,00. A vaga para contratação imediata é destinada a quem possui graduação em Pedagogia com especialização em Libras. Interessados podem se inscrever neste site.

A seleção será realizada em duas etapas: Prova de Desempenho Didático na primeira fase e Prova de Títulos na segunda. As provas serão realizadas no dia 8 de outubro e o resultado final está previsto para o dia 12 de outubro. Do Blog Alvinho Patriota

 

           

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Educação

Relatório da OCDE destaca a falta de equidade de gênero no mercado de trabalho, apesar do sucesso acadêmico das mulheres

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Embora as meninas tenham um desempenho acadêmico superior ao dos meninos durante o ensino básico, essa vantagem não se traduz em oportunidades no mercado de trabalho. É o que apontam os dados do relatório Education at a Glance 2024, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira (10).

A discrepância entre sucesso educacional e inserção profissional é analisada como um reflexo de que a educação brasileira, apesar dos avanços, não tem cumprido integralmente seu papel como um instrumento de equalização das injustiças sociais.

Para o pesquisador Gabriel Fortes, líder de pesquisa do Observatório de Equidade Educacional do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), “O relatório mostra que no Brasil, 28% das mulheres entre 25 e 34 anos possuem um diploma de ensino superior, enquanto entre os homens esse percentual é de apenas 20%. No entanto, quando o foco se volta para o mercado de trabalho, o cenário se inverte”, destacou Fortes, que também é professor e diretor do doutorado em Psicologia da Universidade Alberto Hurtado, no Chile.

“Segundo o relatório da OCDE, menos da metade das jovens mulheres com escolaridade inferior ao ensino médio (44%) consegue emprego, em contraste com 80% dos homens na mesma situação. Esse quadro é particularmente preocupante, pois expõe uma contradição fundamental: a educação, que deveria ser uma ferramenta de promoção da equidade, está falhando em seu papel de transformar resultados acadêmicos em oportunidades concretas para as mulheres”, enfatizou Gabriel Fortes.

A Persistência da Desigualdade

No Brasil, as mulheres jovens com qualificação superior ganham, em média, 75% do salário dos homens. Entre aquelas com nível de ensino médio ou qualificação técnica, as mulheres jovens ganham, em média, 84% do salário de seus pares do sexo masculino nos países da OCDE e 74% no Brasil.

“Essa disparidade revela que o sistema educacional brasileiro, apesar de conseguir bons resultados no ensino básico e médio, não está preparado para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e romper com as desigualdades de gênero. O resultado é um mercado onde a qualificação das mulheres não é recompensada na mesma medida que a dos homens, perpetuando um ciclo de exclusão e subvalorização”, afirmou o líder de pesquisa do Observatório de Equidade Educacional.

Ele defende que essa realidade traz à tona a necessidade de repensar a educação a partir de uma perspectiva mais equitativa, que vá além de avaliar a média populacional e considere indicadores específicos, como a empregabilidade feminina, o impacto da escolaridade na renda das mães e a inclusão das mães solo no mercado de trabalho.

Medidas Urgentes

Avançar em direção à equidade de gênero inclui a formulação de políticas públicas que garantam a valorização profissional das mulheres a partir de suas qualificações educacionais, a construção de estruturas que permitam que mulheres chefes de família possam deixar seus filhos em instituições de ensino de qualidade e a criação de indicadores que reflitam as especificidades de gênero no mercado de trabalho, como a empregabilidade de mães e a renda familiar sustentada por elas.

“O futuro da educação brasileira precisa ser pensado a partir de uma perspectiva que abarque não apenas o desempenho escolar, mas também as condições que permitirão que esse desempenho seja transformado em oportunidades reais de desenvolvimento pessoal e social. Caso contrário, corremos o risco de perpetuar um sistema que, ao invés de promover a equidade, apenas reproduz as desigualdades existentes”, alertou Gabriel Fortes.

Equidade Começa pela Educação

O desafio da equidade de gênero na educação brasileira não pode ser uma questão isolada de desempenho escolar. Trata-se de uma questão estrutural, que exige uma abordagem sistêmica e focada em medidas que garantam que o sucesso acadêmico das meninas seja acompanhado por oportunidades justas no mercado de trabalho.

“O fortalecimento da educação em tempo integral para mães, a criação de indicadores específicos e a implementação de políticas públicas que contemplem essas necessidades são passos fundamentais para transformar a educação em um verdadeiro motor de justiça social no Brasil”, explicou o pesquisador Gabriel Fortes.

Fonte: JC

           

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