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Premiê da Holanda pede desculpas por legado de escravidão do país

“Hoje eu peço desculpas. Durante séculos, o Estado holandês e seus representantes permitiram e estimularam a escravidão e lucraram com isso”, disse Mark Rutte

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O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, pediu desculpas nesta segunda-feira (19) em nome do Estado holandês por seu papel histórico na escravidão e reconheceu que o tráfico negreiro praticado pelo país foi um crime contra a humanidade.

“Hoje eu peço desculpas. Durante séculos, o Estado holandês e seus representantes permitiram e estimularam a escravidão e lucraram com isso”, disse Rutte em um discurso transmitido pela televisão, a partir dos Arquivos Nacionais, em Haia.

“É verdade que ninguém vivo hoje carrega qualquer culpa pessoal pela escravidão. No entanto, o Estado holandês carrega a responsabilidade pelo imenso sofrimento que foi feito para aqueles que foram escravizados e seus descendentes.”

Rutte também pronunciou as desculpas em inglês, papiamento e surinamês, línguas faladas nas ilhas do Caribe e no Suriname.

O pedido de desculpas é uma resposta ao relatório “Correntes do Passado” -elaborado por um painel consultivo formado depois do assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, em 2020- e ocorre em meio a uma reconsideração mais ampla do passado colonial do país, incluindo esforços para devolver obras de arte saqueadas.

A data escolhida pelo governo para se desculpar, que vazou para a imprensa holandesa em novembro, provocou uma polêmica feroz no país e no exterior. As organizações de memória contra a escravidão queriam as desculpas em 1º de julho de 2023, data em que é lembrado o fim da escravidão em uma celebração anual chamada “Keti Koti” (quebrar as correntes) no Suriname.

“São necessários dois para dançar um tango -desculpas devem ser recebidas”, disse Roy Kaikusi Groenberg, da Fundação de Honra e Recuperação, uma organização afro-surinamesa holandesa.

Ele disse, contudo, que parecia errado que ativistas descendentes de escravos lutassem por anos para mudar a discussão nacional sobre o tema mas não tivessem sido suficientemente consultados. “A maneira como o governo está lidando com isso está parecendo um arroto neocolonial”, afirmou.

Ao mesmo tempo em que Rutte discursava em Haia, vários de seus ministros estavam presentes nas ex-colônias de Bonaire, São Martinho, Aruba, Curaçao, Saba, Santo Eustáquio e Suriname, para discutir o tema com os habitantes locais.

A primeira-ministra de Aruba, Evelyn Wever-Croes, disse nesta segunda que o pedido de desculpas foi bem-vindo e é um “ponto de virada na história do Reino”.

Os membros do painel afirmaram que a participação holandesa na escravidão representou crimes contra a humanidade e, no ano passado, recomendaram um pedido de desculpas e reparações.

Mas o premiê descartou as reparações em uma entrevista coletiva na semana passada, embora o governo holandês esteja estabelecendo um fundo educacional de € 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) para promover a conscientização sobre crimes e abusos cometidos no período.

“O que faltou completamente neste discurso foi responsabilidade e prestação de contas”, disse Armand Zunder, presidente da Comissão Nacional de Reparações do Suriname, embora tenha dito que o pedido de desculpas foi um “passo à frente”.

“Se você reconhece que crimes contra a humanidade foram cometidos, o próximo passo é dizer que sou responsável por isso, somos responsáveis por isso. Na verdade, estou falando de reparações.”

No início deste mês, o rei da Holanda determinou a abertura de uma investigação independente sobre o papel da monarquia durante o período colonial.

Os holandeses desempenharam um papel importante no comércio global de pessoas escravizadas durante os séculos 17 a 19. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, formada por mercadores do país, operou navios que traficaram ao todo cerca de 600 mil pessoas, segundo dados do Estado holandês.

As pessoas escravizadas foram forçadas a trabalhar sob condições duras e desumanas em plantações nas colônias holandesas ultramarinas no Caribe e na América do Sul. No Brasil, os holandeses entraram em confronto com forças de Portugal e instalaram uma colônia no Nordeste, com sede no Recife, de 1630 a 1654.

A escravidão foi abolida no Suriname e em outros territórios controlados pela Holanda em 1º de julho de 1863, mas não terminou antes de 1873, depois de um período de transição de 10 anos.

Muitos holandeses se orgulham da história naval do país e de suas proezas como nação comercial. No entanto, as crianças aprendem pouco sobre o papel no comércio de escravos desempenhado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, principais fontes de riqueza nacional.

Apesar da reputação holandesa de tolerância, o racismo é um problema significativo no país. Cidadãos de ascendência antilhana, turca e marroquina relatam altas taxas de discriminação em suas vidas cotidianas e estudos recentes mostraram que eles enfrentam desvantagens significativas no mercado de trabalho.

Por Folhapress

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Mais de 26 baleias-piloto morrem encalhadas em praia na Austrália

Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

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Mais de 26 baleias-piloto morreram após encalharem em uma praia na Austrália Ocidental, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Serviço de Parques e Vida Selvagem do estado. Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

Equipes especializadas, incluindo funcionários, cientistas e veterinários, estão no local ou a caminho para auxiliar no resgate. O objetivo é tentar desviar algumas baleias para águas mais profundas, mas as autoridades australianas alertam que a eutanásia pode ser a solução mais humanitária para a maioria dos animais.

Encalhes em massa são incomuns na região:

-Em julho do ano passado, cerca de 100 baleias-piloto morreram ou foram abatidas após encalharem na praia de Cheynes.
– Em 2018, cerca de mil baleias encalharam nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia.
– Na Austrália, o pior incidente ocorreu em 2020, quando 470 baleias encalharam na Tasmânia, com apenas 100 sendo resgatadas.

As causas dos encalhes em massa de baleias ainda são motivo de investigação. As hipóteses incluem erros de navegação, desorientação por campos magnéticos ou acústicos, doenças, busca por alimentos e até mesmo a influência de tempestades.

A situação é acompanhada de perto pelas autoridades:

O Serviço de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental monitora a situação de perto e pede que a população evite se aproximar dos animais encalhados para não atrapalhar o trabalho das equipes de resgate.

Foto  SharkSafetyWA/ X (antigo Twitter)

Por Notícias ao Minuto

           

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Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

Os cristais estão avaliados em cerca de 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil).

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Escondido entre os glaciares da Antártida, o ardente Monte Erebus é o vulcão ativo mais ao sul da Terra, proporcionando um pouco de calor no meio de uma paisagem gelada.

A Antártida tem 138 vulcões, segundo um estudo de 2017 citado pela United Press International, mas apenas cerca de nove estão ativos neste momento.

No entanto, com uma elevação de 3.794 metros, o Monte Erebus é o mais conhecido e juntamente com outros dois vulcões formam a Ilha Ross. Diz-se que quando foi descoberto, em 1841, durante a viagem do Capitão James Clark Ross, estava em erupção.

O vulcão bombeia regularmente nuvens de gás e vapor e é conhecido por ejetar blocos de rocha parcialmente derretida, conhecidos como “bombas vulcânicas”. São as explosões de gás que pulverizam pequenos cristais de ouro – segundo os cientistas, estima-se que o vulcão jogue ‘fora’ cerca de 80 gramas de ouro por dia – o que equivale a cerca de 6.000 dólares (R$ 30 mil).

O ouro já foi encontrado a centenas de quilômetros do Monte Erebus, com investigadores encontrando vestígios do metal precioso no ar a quase 900 quilômetros do vulcão.

Foto MARK RALSTON/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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Representante da ONU diz que limpeza de Gaza pode levar 14 anos

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A grande quantidade de detritos, incluindo munição não detonada, deixada pela guerra devastadora de Israel na Faixa de Gaza, pode levar cerca de 14 anos para ser removida, disse o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26).

A campanha militar de Israel contra o grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deixou grande parte do estreito território costeiro de 2,3 milhões de pessoas em ruínas, com a maioria dos civis desabrigados, famintos e sob risco de doenças.

Pehr Lodhammar, autoridade sênior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS), disse, em uma reunião em Genebra, que a guerra deixou cerca de 37 milhões de toneladas de detritos no território amplamente urbanizado e densamente povoado.

Ele afirmou que, apesar de ser impossível determinar o número exato de artefatos não detonados encontrados em Gaza, foi projetado que poderia levar 14 anos, sob certas condições, para limpar os destroços, incluindo o entulho de edifícios destruídos.

“Sabemos que, normalmente, há uma taxa de falha de pelo menos 10% da munição de serviço terrestre que está sendo disparada e não funciona”, disse ele. “Estamos falando de 14 anos de trabalho com 100 caminhões.”

O Hamas desencadeou a guerra com uma incursão no sul de Israel, na qual os militantes mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses. Acredita-se que o Hamas ainda esteja mantendo 129 reféns dos 253 que fez em 7 de outubro.

Pelo menos 34.305 palestinos foram mortos e 77.293 ficaram feridos na ofensiva militar de Israel em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Fonte:Agência Brasil

 

 

           

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