Bloqueadores de celulares, com tecnologia indiana, foram testados no Complexo Prisional do Curado em 2014. O governo estadual informou, na época, que 85 pares de antenas foram adquiridos para o interior dos três presídios do Complexo.
Mas os resultados nunca foram satisfatórios. Enquanto moradores do bairro do Tejipió reclamavam que estavam sendo prejudicados por causa da falta de sinal de celular, a gestão estadual identificou que ao menos parte dos presos continuava com a comunicação normalmente.
LÍDERES DE FACÇÕES FORAM ISOLADOS
Para tentar avançar no combate às organizações criminosas e reduzir as mortes violentas intencionais, o governo estadual também fez a transferência de líderes para unidades prisionais consideradas mais seguras. Na prática, esses presos foram isolados. A medida começou a ser colocada em prática em setembro do ano passado.
“A gente traçou alguns perfis de presos no Estado para que a gente deixasse eles sem comunicação. Hoje nós já conseguimos fazer o isolamento de 243 (desse total, 127 líderes de facções). Eu consegui colocar duas unidades prisionais dentro desse procedimento, com efetivo necessário, para fazer o trabalho. Como diz a história: tirar a chave da mão do preso. Estou com nessa unidade há três meses fazendo revista e não encontro celular”, afirmou o secretário Paulo Paes.
REVISTAS SERÃO AMPLIADAS NO ESTADO
O secretário estadual também demonstrou preocupação com a facilidade com que celulares são arremessados para os presídios de Pernambuco. Segundo ele, diretores foram orientados a realizarem mais revistas para apreensão dos aparelhos.
“Existe uma fragilidade na questão de arremesso muito grande no Presídio de Igarassu, como também tem no Complexo Prisional do Curado e em outras unidades prisionais do Estado. Chamei os diretores e disse que quero, até o final do ano, uma revista em cada unidade prisional toda semana. A gente vai ter mais de 1.300 revistas até o final do ano”, asseverou.
RETOMADA DE OBRAS DOS PRESÍDIOS
Paulo Paes reforçou que o governo estadual vai manter a promessa de criar 7.950 novas vagas para diminuir a histórica superlotação no sistema prisional de Pernambuco.
“Até o final deste ano, a gente vai ter 1.923 vagas geradas no Estado”, disse.
Segundo ele, isso será possível porque estão em andamento obras no presídio de Caruaru, que vai gerar 155 novas vagas, no Presídio Frei Damião de Bozzano (localizado no Complexo Prisional do Curado), que deve ampliar a capacidade em 954 vagas, e duas unidades em Araçoiaba (com 83% das obras finalizadas).
Fonte: JC
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