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Rússia eleva pressão militar para retomar negociação com a Ucrânia

A reunião virtual entre os grupos que discutem os termos para o fim do conflito ocorre nesta terça (15), após uma “pausa técnica” anunciada pelos ucranianos na segunda.

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Após um impasse que já dura quase uma semana acerca das negociações para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, a Rússia aumentou sua pressão militar com ataques a Kiev e reforçando sua posição em torno de cidades cercadas antes de mais uma rodada de negociações.

Elas estão, nas palavras de um assessor do presidente Volodimir Zelenski, Oleski Arestovitch, “numa encruzilhada”. “Ou nos acertamos nas conversas atuais, ou os russos farão uma segunda tentativa [de tomada de Kiev e submissão do país] e aí teremos conversas novamente”, afirmou.

A reunião virtual entre os grupos que discutem os termos para o fim do conflito ocorre nesta terça (15), após uma “pausa técnica” anunciada pelos ucranianos na segunda. Antes das conversas desta semana, houve três rodadas presenciais ocorridas na Belarus e um anticlimático encontro dos chanceleres dos países na Turquia na quinta (10).

Ainda com a iniciativa militar apesar dos problemas de sua invasão, os russos mantêm a fleugma. “O trabalho é difícil e, na situação, o fato de eles continuarem é provavelmente positivo. Nós não queremos fazer previsões, nós esperamos resultados”, disse o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov.

Na madrugada e manhã desta terça, a violência continuou. Kiev sofreu ataques em áreas residenciais e decidiu por um toque de recolher a partir desta noite, por 36 horas, em antecipação ao eventual fracasso das conversas e início de uma nova ofensiva russa.

As forças de Putin cercam a cidade pelo nordeste e o noroeste, mas não a fecharam completamente –são necessários mais soldados e equipamento para tanto. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, que acompanha a guerra civil na ditadura árabe apoiada por Moscou, 40 mil voluntários já se inscreveram para lutar na Ucrânia.

Os ataques ocorreram horas antes da chegada dos premiês da Polônia, República Tcheca e Eslovênia, uma demonstração inédita até aqui de apoio a Zelenski por países do Leste Europeu especialmente refratários aos russos.

A demora nas negociações é previsível. O Kremlin quer a desmilitarização do vizinho, sua renúncia à adesão à Otan (aliança militar ocidental) e à União Europeia e o reconhecimento das áreas que perdeu para a Rússia (Crimeia) e para separatistas (Donbass) em 2014. Kiev sugere topar algo intermediário, mas exige a retirada imediata de forças russas, o que tiraria a pressão exercida por Putin.

Enquanto isso, a guerra toma um curso mais perigoso desde o domingo (13), quando a Rússia atacou uma base de treinamento e ligação entre forças ucranianas e da Otan. Na segunda, o presidente americano, Joe Biden, voltou a dizer que não quer um confronto com Moscou, pois ele seria “a Terceira Guerra Mundial” entre potências nucleares.

Há problemas adicionais para Zelenski. No sul do país, onde a ofensiva russa atingiu mais ganhos, há relatos de que Moscou quer promover um plebiscito na região de Kherson, buscando transformá-la em mais uma “república popular”, a exemplo das duas do Donbass (leste do país).

Com isso, o roteiro de reconhecimento por Putin estaria dado, incluindo mais um item no carrinho de perdas de Kiev. Para a Rússia, que aplica um cerco brutal ao porto de Mariupol, tudo o que separa a criação de uma ponte terrestre entre a região russa de Rostov à Crimeia anexada, o desenho parece lógico.

Resta, claro, combinar com os moradores, o que não será aferido numa votação feita sob mira de armas –em 2014, a anexação da Crimeia passou por tal plebiscito e foi pacífica, ainda que ilegal segundo as Nações Unidas, pois a região tinha maioria esmagadora de russos e pertencia ao Moscou até 1954.

Os protestos diários em Kherson, com habitantes demonstrando coragem ante os militares da Guarda Nacional, a tropa pretoriana do Kremlin, provam que será um trabalho complicado. É mais um nó para os russos, que enfrentam problemas táticos e a resistência não antevista dos militares ucranianos.

Já no Donbass, cujas forças buscam expandir sua fronteira até aquela historicamente associada à região, o dia por ora está mais calmo. Na segunda, um míssil balístico lançado pelo sistema OTR-21 Totchka atingiu o centro de Donetsk, capital da autoproclamada república do mesmo nome, matando mais de 20 pessoas.

Peskov queixou-se do Ocidente, dizendo que ninguém criticou a Ucrânia pelo ataque. Kiev nega a autoria, dizendo que os russos atiraram contra seus aliados, uma acusação comum no Kremlin contra o que chama de “terroristas nacionalistas e neonazistas” infiltrados nas Forças Armadas do vizinho.

(Da FOLHAPRESS)

 

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Israel diz ter reaberto passagem de ajuda, mas agência da ONU contesta

A agência da ONU para refugiados palestinos contestou a informação de Israel.

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Israel afirmou, nesta quarta-feira (8), que reabriu a passagem de Kerem Shalom, no sul da Faixa de Gaza, três dias depois de fechar o local por causa de um ataque do Hamas. A agência da ONU para refugiados palestinos, porém, contestou a informação.

“Caminhões procedentes do Egito estão chegando ao local com ajuda humanitária, incluindo alimentos, água, material para abrigo, medicamentos e equipamentos médicos fornecidos pela comunidade internacional”, afirmou o Exército israelense. Os suprimentos entrarão no território após uma inspeção, segundo a nota.

A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, afirmou à agência de notícias AFP que a passagem não estava aberta no meio da manhã. “Pedimos a reabertura”, afirmou ela. “Não houve fornecimentos humanitários nos últimos três dias, começamos a racionar combustível.”

A reabertura de Kerem Shalom é essencial para a população, segundo organizações humanitárias que atuam no território palestino. Com a tomada da passagem de Rafah, nesta terça-feira (7), os dois principais pontos para entrada de mantimentos em Gaza estavam fechados, e apenas um permanecia aberto -o de Erez, no norte, onde o fluxo é menor.

Na terça, Jens Laerke, porta-voz da Ocha, o escritório de ajuda humanitária da ONU, afirmou que a organização tem estoques muito baixos dentro de Gaza. “Interromper a entrada de combustível por um longo período de tempo seria uma maneira muito eficaz de enterrar a operação humanitária”, afirmou ele.

Tanto a passagem de Rafah quanto a de Karem Shalom ficam no sul do território palestino, onde Tel Aviv avança com suas tropas apesar dos alertas da comunidade internacional.

Israel bloqueou a passagem de Kerem Shalom no domingo (5), quando um ataque com foguetes reivindicado pelo braço armado do Hamas deixou quatro soldados israelenses mortos e vários feridos. Um dia depois, Tel Aviv orientou que cerca de 100 mil pessoas saíssem da parte leste de Rafah, em um prenúncio da invasão terrestre da cidade, lotada de deslocados internos.

A ordem de retirada causou preocupação na comunidade internacional. O secretário-geral da ONU, António Guterres, por exemplo, disse que um ataque a Rafah seria “um erro estratégico, uma calamidade política e um pesadelo humanitário”. Com uma população de 280 mil palestinos antes da guerra, a cidade abriga atualmente cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A iminente invasão pode ter feito os Estados Unidos, historicamente o principal aliado de Israel, tomarem uma medida concreta em relação a Tel Aviv. Um funcionário americano disse à agência Reuters que ao governo de Joe Biden interrompeu o envio de armas para Israel na semana passada em resposta ao esperado ataque a Rafah.

Sob condição de anonimato, o funcionário disse que Washington revisou a entrega de armas que poderiam ser usadas na cidade e, como resultado, pausou o envio de um total de 3.500 bombas. A Casa Branca e o Pentágono se recusaram a comentar.

Esta seria a primeira suspensão desse tipo desde que Biden ofereceu seu “apoio inabalável” a Israel após o ataque do Hamas, em 7 de outubro. Washington é o aliado mais próximo e principal fornecedor de armamento para os israelenses.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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‘Menina lobo’ que cresceu em bosque na Suíça é encontrada na Espanha

Vítima estava na companhia do pai – pessoa que as autoridades suíças consideravam perigosa.

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Uma jovem que teria sido criada num bosque sem contato com a sociedade foi encontrada em Coín, uma localidade de Málaga, na Espanha.

Segundo o ’20 minutos’, as autoridades possuíam uma ordem de busca internacional para encontrar a jovem,  que teria sido sequestrada pelo pai e era desde então criada junto das suas irmãs num bosque.

A vítima completa 18 anos em maio e foi descrita como ‘menina lobo’ pelas autoridades espanholas.

As autoridades a descobriram em março quando encontraram um veículo com um pneu furado. Ao aproximarem-se, detectaram um homem e na sua companhia uma jovem “cabisbaixa e suja”. Após identificação, perceberam que a menina era dada como desaparecida e poderia estar em perigo.

A adolescente deu entrada num centro de proteção de menores na província de Málaga enquanto se iniciavam os procedimentos para o seu repatriamento, que foram concluídos com êxito na sexta-feira, dia 3 de maio. Agora encontra-se sob a tutela do governo suíço. 

O ’20 minutos’ explica que o termo “menina lobo” é usado para descrever crianças que, por diversos motivos, tenham crescido à margem da sociedade durante um longo período de tempo.

Foto iStock

Por Notícias ao Minuto

           

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EUA suspendem envio de armas a Israel; batalhas aumentam em Rafah

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O Hamas disse que estava lutando contra tropas israelenses nos arredores da cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (8), depois que uma autoridade dos Estados Unidos afirmou que Washington havia interrompido um carregamento de bombas potentes que Israel poderia usar em um ataque em grande escala.

Os Estados Unidos, que estão tentando evitar uma invasão israelense a Rafah, disseram acreditar que uma proposta revisada de cessar-fogo do Hamas pode levar a um avanço nas negociações, que serão retomadas hoje no Cairo.

O governo israelense ameaçou um grande ataque a Rafah para derrotar milhares de combatentes do Hamas que, segundo Israel, estão escondidos lá, mas os países ocidentais e as Nações Unidas alertaram que um ataque em grande escala à cidade seria uma catástrofe humanitária.

O Hamas disse que seus combatentes estavam lutando contra as forças israelenses no leste de Rafah, onde centenas de milhares de palestinos buscaram refúgio do combate mais ao norte do enclave. Os moradores disseram que os combates ainda estavam nos arredores.

Armas

Uma autoridade sênior dos EUA declarou que o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, suspendeu um carregamento de armas para Israel na semana passada em uma aparente resposta à esperada ofensiva de Rafah. A Casa Branca e o Pentágono não quiseram comentar.

A autoridade, falando sob condição de anonimato, disse que Washington havia analisado cuidadosamente a entrega de armas que poderiam ser usadas em Rafah e, como resultado, suspendeu uma remessa composta por 1,8 mil bombas de 2 mil libras (lb) e 1,7 mil bombas de 500 lb.

Esse seria o primeiro adiamento do tipo, desde que o governo Biden ofereceu seu apoio “firme” a Israel após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Washington é o aliado mais próximo de Israel e o principal fornecedor de armas.

Uma autoridade sênior israelense se recusou a confirmar o relato, pedindo para não ser identificada: “Se tivermos que lutar com unhas e dentes, faremos o que tivermos que fazer”, disse a fonte. Um porta-voz militar afirmou que todas as divergências foram resolvidas em particular.

Ataque a Rafah

As forças israelenses tomaram a principal passagem de fronteira entre Gaza e o Egito em Rafah na terça-feira, cortando uma rota vital de ajuda.

Moradores e autoridades disseram que o prédio do conselho municipal de Rafah foi atingido por disparos de tanques israelenses na terça-feira e pegou fogo.

“As ruas da cidade ecoam com os gritos de vidas inocentes perdidas, famílias separadas e casas reduzidas a escombros. Estamos à beira de uma catástrofe humanitária de proporções sem precedentes”, disse o prefeito de Rafah, Ahmed Al-Sofi, em um apelo à comunidade internacional para que intervenha.

As Forças Armadas israelenses disseram nesta quarta-feira que descobriram a infraestrutura do Hamas em vários locais no leste de Rafah e que suas tropas estavam realizando ataques direcionados no lado de Gaza da passagem de Rafah e ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza.

Disseram aos civis para irem para uma “zona humanitária expandida” em al-Mawasi, a cerca de 20 km de distância.

Grupos armados do Hamas, da Jihad Islâmica e do Fatah disseram, em declarações separadas, que os tiroteios continuavam na região central da Faixa de Gaza, enquanto os residentes do norte de Gaza relataram pesados bombardeios de tanques israelenses contra as áreas orientais da Cidade de Gaza e distritos.

Reportagem adicional de Mohammad Salem

Fonte: Agência Brasil

 

           

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