A Copa do Mundo Feminina não terminou da forma com que a Seleção Brasileira almejava. Buscando a estrela inédita, a equipe comandada por Pia Sundhage foi eliminada ainda na primeira fase, após o empate em 0 a 0 com o Jamaica no Estádio Melbourne Rectangular. O desempenho vexatório entra para a história: é apenas a terceira vez que o Brasil cai na etapa inicial da competição. Isso só havia acontecido nas duas primeiras edições, em 1991 e 1995.
Em busca da vitória, a técnica Pia Sundhage promoveu duas alterações no time titular. As experientes Marta e Kathellen ganharam as vagas de Geyse e Lauren, respectivamente, entre as 11.
O nervosismo brasileiro era nítido na etapa inicial, com muitos erros nos passes e decisões equivocadas nas chegadas ao ataque. Mesmo com a posse de bola, a Seleção demorou a levar perigo à goleira Becky Spencer.
A melhor oportunidade veio aos 19. Após tentativa de Marta, a bola sobrou para que Tamires finalizasse rasteiro, mas parasse na goleira jamaicana. Quatro minutos depois, a lateral-esquerda cruzou para que Ary Borges subisse mais alto do que a defesa adversária, mas mandasse sobre o travessão.
As jamaicanas apenas controlavam o jogo, sem se alçar ao ataque. Com a classificação momentânea, apostavam nos contra-ataques para tentar confirmar a vaga inédita às oitavas.
Antes de o primeiro tempo se encerrar, o Brasil ainda teve duas oportunidades de sair na frente. Aos 38, Tamires foi alçada por Ary Borges e finalizou de primeira, exigindo grande defesa em dois tempos de Becky Spencer. Cinco minutos depois, foi Marta quem cabeceou, mas mandou nas mãos da goleira adversária, sem grandes perigos.
Na etapa complementar, para aumentar o poder ofensivo da Seleção, a técnica Pia Sundhage promoveu a entrada de Bia Zaneratto no lugar de Ary Borges. Com a atacante brasileira em campo, as bolas aéreas passaram a ser um dos recursos para buscar o gol.
Assim como nos 45 minutos iniciais, o Brasil tinha a posse de bola, mas não conseguia levar perigo à defesa da Jamaica. Os erros de passes e nas tomadas de decisões predominavam, mantendo o empate sem gols.
De forma tardia, Pia Sundhage promoveu mais três trocas, apenas aos 35 minutos do segundo tempo. Andressa Alves, Duda Sampaio e Geyse foram para o jogo nos lugares de Antonia, Luana e Marta.
No minuto seguinte, a melhor chance da Jamaica. Khadija Shaw venceu as defensoras do Brasil na corrida e, entrando na grande área, arriscou com o pé direito. Mas, para a sorte da Seleção, mandou por cima da meta.
Aos 45, ainda deu tempo de Andressa Alves cobrar falta na meia-direita, e mandar nas mãos da goleira Becky Spencer. No último minuto, um bate e rebate na área ainda levantou o torcedor brasileiro. Mas foi só. A Seleção encerra sua nona participação em Copas de forma vexatória, com apenas uma vitória em três jogos.
Fonte: Gazeta Zero Hora
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