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Saúde

Testes clínicos mostram que primeira vacina contra a chikungunya pode estar próxima

Este estudo de fase 3 foi realizado em 43 centros de testes de vacinas profissionais nos Estados Unidos.

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Testes clínicos indicam que pode estar próximo o desenvolvimento de uma vacina eficaz e segura contra a chikungunya, doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (vetor também da dengue) e Aedes albopictus (transmissor da febre amarela).

Artigo publicado pela revista científica Lancet com o resultado de um ensaio clínico de fase três da vacina identificada pela sigla VLA1553, desenvolvida pela empresa farmacêutica franco-austríaca Valneva, relata que o imunizante foi capaz de induzir a criação de anticorpos contra o vírus chikungunya. Existem outros ensaios dessa mesma fase ainda em curso – um deles com adolescentes no Brasil.

Este estudo de fase 3 foi realizado em 43 centros de testes de vacinas profissionais nos Estados Unidos. Os participantes eram voluntários saudáveis com 18 anos de idade ou mais. Segundo o artigo, de 17 de setembro de 2020 a 10 de abril de 2021, 6.100 pessoas se dispuseram a participar do teste e foram examinadas; 1.972 pessoas foram excluídas e 4.128 foram aprovados. Desses, 3.093 tomaram a vacina e 1.035 receberam placebo. Desistiram do teste antes do fim da pesquisa 358 pessoas vacinadas e 133 que receberam placebo.

O teste avaliou 362 participantes (266 que tomaram a vacina e 96 que receberam placebo). Após uma única dose, a VLA1553 induziu a criação de anticorpos contra o vírus chikungunya em 263 (98,9%) dos 266 vacinados, 28 dias após a imunização, independente da idade.

A vacina foi considerada segura, com um perfil de eventos adversos semelhante ao de outras vacinas licenciadas e igualmente bem tolerada em adultos jovens e idosos. Eventos adversos graves foram relatados em 46 (1,5%) dos participantes expostos ao VLA1553 e oito (0,8%) dos participantes que receberam placebo. Apenas dois eventos adversos graves foram considerados relacionados ao tratamento com VLA1553: uma mialgia leve e uma síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético. Os dois participantes se recuperaram totalmente.

“Ela poderia representar a primeira vacina contra o chikungunya para quem vive em regiões endêmicas, bem como para viajantes”, afirmou Martina Schneider, chefe de estratégia clínica da Valneva e principal autora do estudo.

O teste realizado no Brasil, com 750 voluntários adolescentes de 12 a 17 anos e duração de 15 meses, deve ser concluído em breve. Segundo a empresa, autoridades americanas podem aprovar a vacina a partir de agosto.

A doença

Identificada pela primeira vez na Tanzânia em 1952, a chikungunya chegou ao Brasil em 2013, mas se alastrou bastante. Desde então, mais de 250 mil pessoas contraíram a doença no País.

Seus principais sintomas são febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer também dores de cabeça e nos músculos, além do surgimento de manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. O início dos sintomas pode demorar de dois a dez dias após a infecção (o chamado período de incubação).

A principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente tornozelos e pulsos. Ao contrário do que acontece com a dengue, não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.

Foto  iStock

Por Estadão Conteúdo

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Saúde

Verão Chegando? Proteja sua pele dos danos do Sol e luz artificial

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Com a chegada do verão, os dias ensolarados e as atividades ao ar livre são um convite para aproveitar o melhor da estação. No entanto, a radiação solar intensa nesta época do ano exige cuidados redobrados com a pele.

A Dra. Camila Dezanetti e a Dra. Viviane Scarpa, dermatologistas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ressaltam que o uso diário de protetor solar é indispensável para evitar danos causados pelos raios UV, que aceleram o envelhecimento e aumentam o risco de câncer de pele. “Mesmo em dias nublados ou em ambientes fechados, o filtro solar é essencial. Ele protege contra os raios UVA, UVB e até contra a luz emitida por dispositivos eletrônicos”, comenta a Dra. Camila.

Como Escolher o Protetor Solar Ideal

Há uma grande variedade de protetores no mercado, cada um com características específicas. Segundo a Dra. Viviane, os filtros solares físicos formam uma barreira que reflete a radiação, ideais para peles sensíveis. Já os filtros químicos são absorvidos pela pele e transformam a radiação em calor, oferecendo uma proteção mais cosmética. A escolha do protetor solar ideal deve levar em conta o tipo de pele e as preferências de cada pessoa.

Aplicação Correta e Reaplicação: Dicas para a Proteção Completa

Para garantir a máxima proteção, o ideal é aplicar o protetor 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol. “Para o corpo todo, use cerca de duas colheres de sopa do produto e não se esqueça de áreas como o pescoço, orelhas e dorso das mãos”, explica a Dra. Camila. Reaplicar a cada duas horas é essencial, especialmente após nadar ou transpirar excessivamente.

Proteção Contra o Fotoenvelhecimento

O fotoenvelhecimento é o envelhecimento precoce da pele causado pela exposição ao sol e a fontes artificiais de radiação. Rugas, manchas e flacidez são sinais comuns. A Dra. Viviane recomenda não apenas o uso de protetor solar, mas também de roupas de proteção, óculos de sol e chapéus, além de uma rotina de skincare que inclua antioxidantes e hidratação. Para quem busca prevenção e tratamento do fotoenvelhecimento, ela sugere opções como laser, peeling químico e botox, sempre com orientação médica.

“Com uma rotina de cuidados e o uso de filtro solar adequado, é possível aproveitar o verão com segurança, preservando a saúde e a beleza da pele a longo prazo”, finalizam as especialistas.

Foto  Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Rafael Damas

           

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Saúde

OMS lista causadores de doenças que devem ser prioridade no desenvolvimento de vacinas

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) listou 17 patógenos -entre vírus, bactérias e protozoários-causadores de doenças que devem ser prioridade para a pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas.

O estudo, financiado por uma doação da Fundação Bill e Melinda Gates, foi publicado nesta terça-feira (5), na revista eBioMedicine.

O trabalho é o primeiro esforço global para priorizar patógenos endêmicos com base em critérios como carga regional de doenças, risco de resistência antimicrobiana e impacto socioeconômico.

Em cinco das seis regiões da OMS, as mortes anuais em crianças menores de cinco anos e a contribuição para a resistência antimicrobiana foram os critérios mais ponderados.

Para o estudo, a OMS pediu a especialistas internacionais e regionais que identificassem os fatores mais importantes na decisão de quais vacinas introduzir e usar. A análise das preferências, combinada com dados regionais, resultou nos dez prioritários para cada região da OMS (África, Américas, Europa, Mediterrâneo Oriental, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático).

Entre as urgências estão o vírus HIV, a malária e a tuberculose. Juntos, os três causam quase 2,5 milhões de mortes por ano.

Segundo Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, muitas vezes as decisões globais sobre novas vacinas foram impulsionadas pelo retorno do investimento e não pelo número de vidas que poderiam ser salvas nas comunidades mais vulneráveis.

Para a médica, o estudo usa experiência e dados regionais para avaliar vacinas que não apenas reduziriam significativamente as doenças que afetam muito as comunidades hoje, mas também os custos médicos que as famílias e os sistemas de saúde enfrentam.

As vacinas para os patógenos listados abaixo estão em diferentes estágios de desenvolvimento.

Patógenos onde a pesquisa de vacinas é necessária

  • Streptococcus do grupo A – causador da escarlatina, problemas de pele e febre reumática, por exemplo
  • Vírus da hepatite C
  • HIV-1
  • Klebsiella pneumoniae – provoca pneumonia, infecções sanguíneas, do trato urinário e meningiteAgentes patogênicos em que as vacinas têm de ser mais desenvolvidas
  • Citomegalovírus – pertence à família do vírus da herpes. Capaz de causar infecção no corpo, encefalite e pneumonia
  • Vírus da gripe (vacina amplamente protetora)
  • Espécies de Leishmania – que causa leishmaniose
  • Salmonella não tifoide – responsável pela gastroenterite e outras doenças causadas por alimentos
  • Norovírus – transmitido por água e elimentos contaminados também causa doenças gastrointestinais e diarreias virais
  • Plasmodium falciparum – protozoário causador da malária
  • Espécies de Shigella – responsável pela shigelose (infecção aguda do intestino)
  • Staphylococcus aureus – pode provocar infecções de pele e algumas vezes pneumonia, endocardite e osteomielitePatógenos em que as vacinas estão se aproximando da aprovação regulatória, recomendação de política ou introdução
  • Vírus da dengue
  • Streptococcus do grupo B – pode causar infecção grave e sepse em recém-nascidos
  • E. coli patogênica extraintestinal – associada a infecções urinárias e diarreia
  • Mycobacterium tuberculosis – causa tuberculose
  • VSR (vírus sincicial respiratório) – principal causador da bronquiolite

A lista apoia o objetivo da Agenda de Imunização 2030 de garantir que todos possam se beneficiar de vacinas que os protejam de doenças graves.

Segundo a OMS, as conclusões do relatório sobre patógenos endêmicos fazem parte do trabalho para identificar e apoiar as prioridades e necessidades de pesquisa dos programas de imunização em países de baixa e média renda, para informar a agenda global de pesquisa e desenvolvimento de vacinas e avançar no desenvolvimento e aceitação de vacinas prioritárias, principalmente contra patógenos que causam o maior fardo de saúde pública e maior impacto socioeconômico.

Foto  Shutterstock

Por Folhapress

           

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Saúde

Doentes terminais precisam de cuidado, não morte assistida, diz diretor de ONG britânica

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“As pessoas buscam a morte assistida porque se sentem desamparadas”, defende Alistair Thompson, diretor da ONG Care Not Killing (cuidado, não morte, em inglês), organização britânica que faz oposição à descriminalização do suicídio assistido e da eutanásia.

A ONG é uma das representantes de um movimento de descontentes e temerosos com o avanço da legalização da morte assistida na Europa, e que enxergam problemas e possíveis desigualdades na possibilidade de escolher morrer.

“Permitir o suicídio assistido pode levar pessoas a escolherem a morte por terem medo de virar um fardo para familiares”, afirma Thompson. O grupo é composto por entidades religiosas, médicas e de ativistas pelos direitos das pessoas com deficiência.

No Brasil, o debate sobre morte assistida voltou à tona com a morte do escritor Antonio Cicero que, frente um diagnóstico de Alzheimer, decidiu pelo suicídio assistido na Suíça, onde a prática é legal.

Hoje, no Reino Unido, é proibido ajudar uma pessoa a cometer suicídio, e a eutanásia também é ilegal. Na Inglaterra, a punição pode chegar à prisão perpétua. Isso pode mudar ainda em 2024.

No dia 29 de novembro, o Parlamento britânico deve começar a discutir uma mudança na lei para ingleses e galeses. A Escócia também analisa um projeto separado.

A proposição deve pedir a legalização da eutanásia e do suicídio assistido para pacientes terminais, com expectativa de vida de seis meses.

A Care Not Killing, que surgiu em 2003 durante a análise de projeto similar que terminou derrotado, tem se mobilizado contra a nova proposta.

Thompson diz que o estabelecimento de um prognóstico de vida é incerto. “Há pessoas que recebem seis meses para viver e terminam vivendo longos anos”, afirma ele.

A organização argumenta que o estabelecimento de uma permissão para diagnósticos terminais também poderia ser enxergado apenas como um “primeiro passo”. “Podemos pegar, por exemplo, o caso da Holanda, onde os limites já foram ampliados e incluem atualmente até crianças”, afirma o diretor.

A lei holandesa permite o suicídio assistido para maiores de 12 anos, desde que sejam cumpridos alguns critérios como demonstração de “sofrimento insuportável”. Até os 16 anos, existe a necessidade de consentimento dos pais.

Thompson menciona também dados do estado de Oregon, nos Estados Unidos, onde o suicídio assistido é legal para pacientes terminais desde 1997. “Nós vemos uma tendência de aumento das mortes assistidas onde há legalização”, afirma.

Números divulgados pelo Death With Dignity Act (ato da morte com dignidade, em inglês) do estado americano mostram que, em 2023, 560 pessoas receberam prescrições de barbitúricos e 367 haviam ingerido os medicamentos -uma alta em relação a 2022, com 304 mortes. Desde que a lei entrou em vigor, Oregon contabiliza 2.847 suicídios assistidos.

Ainda segundo o relatório, 17 pessoas que receberam as prescrições em 2023 e decidiram não proceder com o suicídio assistido viveram além do prognóstico de seis meses originalmente estabelecido.

Organizações como a Care Not Killing afirmam que investimentos em melhoria de cuidados paliativos poderiam diminuir a demanda por casos de suicídio assistido. Ele defende, no caso do Reino Unido, que haja maior investimento.

Thompson menciona o caso de uma veterana do exército canadense e atleta paralímpica que acusa o governo de seu país de oferecê-la a possibilidade de morte assistida quando ela solicitou uma rampa para sua casa. O caso de Christine Gauthier, de 2022, ganhou repercussão internacional.

“Esse caso é aterrorizante”, diz. “Não é porque é mais difícil ou mais caro providenciar o cuidado que nós deveríamos estar dizendo às pessoas para escolherem a morte.”

Apesar da acusação, o departamento que lida com veteranos do exército afirmou não ter provas de que a morte assistida tenha sido oferecida a Gauthier. O caso está em investigação pelo governo canadense.

Defensores da descriminalização de morte assistida afirmam que a possibilidade de escolher a hora e o modo de morrer traz dignidade e conforto para doentes terminais e pessoas em sofrimento extremo e sem perspectiva de melhora.

No Reino Unido, a ONG Dignity in Dying também afirma que a proibição da prática no país não faz com que doentes terminais mudem de ideia, mas busquem o suicídio assistido no exterior.

A descriminalização também é bem vista na opinião pública. Em 2023, pesquisa Ipsos apontou que 65% dos britânicos é favorável à mudança da lei. Thompson também questiona pesquisas que mostram que a maioria da população britânica é favorável à mudança na lei. “Quando você olha as perguntas que são feitas, normalmente elas são enviesadas”, argumenta.

O debate da nova lei em Westminster deve gerar rachas na base do primeiro-ministro Keir Starmer, que enquanto foi chefe do Ministério Público decidiu não processar um médico preso por eutanásia em 2009, e já demonstrou simpatia pessoal pela mudança na lei.

O líder trabalhista, porém, prometeu que parlamentares poderão ter voto livre. Membros do próprio governo, como o secretário de Saúde, Wes Streeting, devem votar contra a proposta.

Thompson diz que a Care Not Killing está focada em atrair parlamentares para o voto contrário. “Estamos neste momento mobilizando eleitores para que atuem nos seus distritos pressionando os parlamentares.”

Foto  Shutterstock

Por Folhapress

           

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