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Até o final deste ao, as três maiores universidades públicas de Pernambuco – UFPE, UFRPE e UPE – deverão continuar sem aulas teóricas presenciais nos cursos de graduação por causa da pandemia de Covid-19.
Na UPE, única estadual das três, a decisão já foi tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) em reunião realizada no final de julho. Na duas federais não foi batido o martelo ainda, mas o reitor da Rural, Marcelo Carneiro Leão, e o vice-reitor da UFPE, Moacyr Araújo, acreditam que somente em 2022 terão todos os alunos presencialmente nas unidades de ensino.
UPE e UFPE já liberaram algumas atividades práticas, principalmente nos cursos da área de saúde, com restrições para cumprir os protocolos sanitários. Na UFRPE nenhuma aula prática está acontecendo ainda.
O ano letivo de 2021 na UPE começará em 11 de outubro. O primeiro semestre vai até 15 de janeiro. O segundo semestre será de 21 de fevereiro e a 11 de junho. Conforme o calendário divulgado pelo Cepe, o ano letivo de 2022 terá início apenas em julho.
A UPE soma cerca de 14 mil estudantes nas graduações e tem campus em 10 cidades de Pernambuco. “Não teremos aulas teóricas presenciais este ano. Permaneceremos com ensino remoto”, explica o pró-reitor de ensino, Ernani Martins.
“Até dezembro deste ano vamos aumentar o número de disciplinas práticas com presença de alunos, assim como nos estágios, de acordo com a realidade de cada curso”, informa o pró-reitor.
A resolução nº 061/2021, aprovada em julho, diz que caberá a cada unidade de ensino definir, para o semestre 2021.1, o formato da oferta dos componentes curriculares, de acordo com as diretrizes dos cursos, seus projetos pedagógicos e os protocolos de retomada das atividades acadêmicas.
Possibilita também a substituição de atividades presenciais relacionadas à avaliação – como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Estágio Supervisionado obrigatório, atividades práticas e aulas de laboratório – por atividades não presenciais, através da mediação de Tecnologias Digitais de informação e Comunicação.
UFPE
Na UFPE, o Conselho de Administração terá reunião, na manhã desta quarta-feira (18), para avaliar as atividades da universidade no contexto da pandemia. No dia seguinte, quinta-feira (19), o grupo de trabalho que acompanha o enfrentamento da pandemia na UFPE também terá encontro virtual para tratar do mesmo assunto.
“Tudo indica que vamos autorizar aulas práticas para todos os cursos a partir do próximo semestre letivo, previsto para começar em setembro. Atualmente nem todas as atividades presenciais práticas estão liberadas. Priorizamos os cursos de saúde e nas disciplinas ofertadas no final das graduações. Vamos propor na reunião desta quarta, do Conselho de Administração, permitir para todos, por etapas”, informa Moacyr Araújo. Ele lembra que os colegiados dos cursos é que decidem a necessidade de haver aula presencial ou não.
A UFPE tem cerca de 29 mil alunos nas graduações. “Nossa ideia é não voltar com aulas teóricas presenciais este ano, pois precisamos garantir uma segurança mínima para a comunidade acadêmica. Estamos discutindo. Com o avanço da vacinação para adultos com 18 anos ou mais acredito que isso será possível em 2022”, comenta o vice-reitor, que preside o grupo de trabalho que trata da covid-19 na universidade.
Moacyr informa que será feito um levantamento interno para saber quem foi vacinado contra o coronavírus nos três segmentos: alunos, docentes e técnicos.
UFRPE
A Rural começa o ano letivo de 2020, interrompido ano passado por causa da pandemia, no próximo dia 30 de agosto. “Esse semestre, que acabará em dezembro, será 100% remoto. A ideia majoritária é só ter aulas presenciais ano que vem”, diz o reitor Marcelo Carneiro Leão.
Para este ano, ele informa que “uma comissão vai analisar, junto com as coordenações dos cursos, a flexibilização das aulas práticas, hoje totalmente suspensas”, observa o reitor. A UFRPE tem cerca de 17 mil alunos e unidades no Recife, Cabo de Santo Agostinho, Belo Jardim e Serra Talhada. O ano letivo de 2021 está previsto para iniciar em fevereiro de 2022.
“Provavelmente em fevereiro, com a população mais vacinada, teremos aulas teóricas presenciais. Mas atividades remotas ainda continuarão, ou seja, o ensino híbrido”, afirma Marcelo.