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Política

Veja quem são os oito empresários bolsonaristas alvo de operação da PF

As conversas de cunho golpista aconteceram em um grupo de WhatsApp e foram reveladas pelo site Metrópoles.

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A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça (23) mandados de busca contra empresários envolvidos em mensagens que defendem um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais.

As conversas de cunho golpista aconteceram em um grupo de WhatsApp e foram reveladas pelo site Metrópoles.

Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

LUCIANO HANG (HAVAN)

O empresário de 59 anos é dono da varejista Havan e proeminente defensor de Bolsonaro desde 2018. Naquele ano, chegou a publicar um vídeo dizendo que havia pesquisas de intenção de voto entre seus funcionários e que, caso o PT vencesse a eleição, a varejista poderia deixar de criar empregos.
Durante o mandato de Bolsonaro, Hang foi investigado pela CPI da Covid por suposto envolvimento no chamado gabinete paralelo, estrutura de aconselhamento do presidente para temas da pandemia fora da estrutura do Ministério da Saúde.

Durante seu depoimento à comissão, reconheceu que fez uma campanha junto a empresários de sua cidade, Brusque (SC), para comprar medicamentos do “kit Covid”, que não tinham comprovação científica e que foram doados a hospitais.

Em nota, Hang afirmou que a sua mensagem no grupo de WhatsApp foi a seguinte: “Mais quatro anos de Bolsonaro, mais oito de Tarcísio e aí não terá mais espaço para esses vagabundos”.

“Eu nunca falei de STF (Supremo Tribunal Federal) ou de golpe”, afirmou. “Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião.”

JOSÉ ISAAC PERES (MULTIPLAN)

Peres, 82, fundador e acionista da Multiplan, também está no grupo de WhatsApp. De acordo com o site da rede de shoppings, o empreendedor criou a sua primeira empresa, a incorporadora Veplan, aos 22 anos. A Multiplan seria criada em 1975, e seu capital, aberto em 2007.

Ele teria afirmado, segundo reportagem do Metrópoles, que as pesquisas de intenção de voto são manipuladas e que o TSE tem ministros petistas.

O empresário ainda colocou em dúvida a lisura das últimas eleições, repetindo um discurso de Bolsonaro que é refutado por especialistas.

A assessoria da empresa ainda não se manifestou.

IVAN WROBEL (CONSTRUTORA W3)

Wrobel é dono da construtora W3, uma empresa de pequeno porte focada em imóveis comerciais e residenciais de alto padrão no Rio de Janeiro. O empresário não tinha aparições na mídia até o grupo de WhatsApp ser revelado.

Ali, Wrobel teria começado a discussão que deu origem às mensagens golpistas quando questionou se o STF teria coragem de fraudar eleições após desfile militar na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.

O ato havia sido anunciado por Bolsonaro dias antes.

“Nós queremos, pela primeira vez, inovar no Rio de Janeiro. (…) Às 16 horas do dia 7 de Setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs, forças auxiliares, estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo”, disse durante convenção nacional do Republicanos.

A reportagem não conseguiu contatar a empresa ou o empresário.

JOSÉ KOURY (BARRA WORLD SHOPPING)

O empresário é dono do Barra World Shopping, que fica na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e se denomina “o primeiro shopping temático do mundo”.

No grupo de WhatsApp, ele teria dito preferir um golpe de Estado do que a volta do PT. O empresário teria afirmado ainda que outros países não deixariam de fazer negócios com o Brasil, como fazem em ditaduras pelo mundo.

Em nota enviada por sua assessoria, Koury disse não ser conspirador e nem a favor de golpes. “As mensagens obtidas em um grupo privado de amigos do WhatsApp foram deturpadas em seu sentido e contexto”, afirmou.

ANDRÉ TISSOT (GRUPO SIERRA)

Luiz André Tissot, 66, é presidente do grupo gaúcho Sierra Móveis, especializado em mobiliário de luxo. A sede da empresa fica em Gramado, na serra gaúcha, onde se concentraram as buscas da Polícia Federal nesta manhã (23). O empresário vem de uma família com tradição na manufatura de artigos de madeira na região.

De acordo com o jornal Zero Hora, em 2018, o grupo foi denunciado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) por tentativa de coação eleitoral, depois de ter enviado carta aos funcionários manifestando preocupação com o rumo da eleição presidencial, além de apontar motivos para o voto em Jair Bolsonaro.

A Justiça acatou a denúncia do MPT e determinou que o grupo enviasse um novo comunicado por escrito aos funcionários informando que eles tinham o direito de escolher livremente os seus candidatos. A mensagem também deveria informar sobre a ilegalidade “de se realizar campanha pró ou contra determinado candidato, coagindo, intimidando, admoestando ou influenciando o voto de seus empregados, com abuso de poder diretivo”.

A Sierra nasceu em 1990, como uma importadora de móveis de alto luxo assinados por designers italianos. Hoje a empresa tem cerca de 70 lojas no Brasil, entre unidades próprias e multimarcas, além de unidades em pontos de venda no Chile, Argentina, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana. De acordo com a empresa, a madeira maciça usada na produção dos seus móveis, portas e janelas é extraída de forma renovável, a partir de reflorestamento.

Procurada pela Folha de S.Paulo, a empresa afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai se pronunciar sobre o assunto, assim como Tissot.

MEYER NIGRI (TECNISA)

Neto de judeus libaneses, formado em engenharia pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), o empresário Meyer Joseph Nigri fundou a Tecnisa em 1977. Hoje, aos 66 anos, está à frente do conselho de administração da empresa, uma das maiores construtoras do país, mas esteve no comando executivo do grupo até 2017.

A Tecnisa já viu melhores momentos. Há pelo menos cinco anos não apresenta um lucro anual. Recentemente, cerca de um terço dos funcionários foram cortados.

Em 2020, Meyer Nigri pegou Covid e passou 160 dias internado. Perdeu 38 quilos. Em entrevista à agência de notícias Broadcast, disse que “houve momentos em que preferia estar indo embora”.

O próprio executivo afirmou na ocasião ter sido contaminado em um jantar com amigos do presidente Jair Bolsonaro na Embaixada de Israel, em Brasília.

Meyer Nigri conheceu Bolsonaro por intermédio do filho Renato, que se tornou amigo de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. O empresário diz admirar Bolsonaro, que considera “um cara muito correto, do bem, patriota e bem-intencionado”, de acordo com a entrevista à Broadcast.

Tem papel atuante na comunidade judaica. É membro do Conselho Deliberativo da Chevra Kadisha (associação que administra cemitérios israelitas de São Paulo), do Hospital Israelita Albert Einstein e preside o conselho de administração do Espaço K (organização do terceiro setor com foco na comunidade jovem judaica).

Procurada, a Tecnisa informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que “cuida apenas de assuntos relacionados à Tecnisa” e “não faz assessoria privada a Meyer Nigri”.

MARCO AURÉLIO RAYMUNDO (MORMAII)

O empresário Marco Aurélio Raymundo, presidente da Mormaii, é um médico gaúcho, de Guaíba. Conhecido como Morongo, o empresário de 73 anos fundou a Mormaii em 1976, oferecendo roupas de neoprene a surfistas que encaravam mares gelados, começando pela praia de Garopaba (SC), onde a Mormaii nasceu.
Em entrevista à revista Forbes, afirmou ter um estilo zen, equilibrando o trabalho com surf, pilates e música.

Questionada pela Folha de S.Paulo, a defesa de Morongo afirmou o empresário foi contatado hoje pela Polícia Federal, mas ainda desconhece o inteiro teor do inquérito. De acordo com a defesa, Morongo “se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos”.

AFRÂNIO BARREIRA (GRUPO COCO BAMBU)

O fundador da rede de restaurantes Coco Bambu ficou conhecido no começo da pandemia pela defesa da cloroquina e da posição de Bolsonaro em relação ao isolamento social.

Segundo a Veja São Paulo, ele disse em maio de 2020, por mensagem por WhatsApp, que para parte da população “fica muito fácil defender o lockdown ou isolamento social horizontal”. “Afinal, ter um lar confortável, comida na geladeira, e até entretenimento dentro de casa, torna mais fácil”, afirmou.
Na época, ainda se defendia a possibilidade de um “isolamento vertical”, apenas dos grupos de risco.

Após ter feito demissões em massa durante a pandemia, o restaurante planeja novos restaurantes em Brasília, Sorocaba (SP), São José do Rio Preto (SP), Rio de Janeiro, Jundiaí (SP), Campo Grande e no bairro dos Jardins, em São Paulo, segundo entrevista do empresário à Folha de S.Paulo.

Ele teria respondido a mensagens golpistas com figurinhas de aplausos.

“Estou absolutamente tranquilo, pois minha única manifestação sobre o assunto foi um ‘emoji’ sinalizando a leitura da mensagem, sem estar endossando ou concordando com seu teor”, afirmou o empresário em nota. “Confio na justiça e vamos provar que sempre fui totalmente favorável à democracia. Nunca defendi, verbalizei, pensei ou escrevi a favor de qualquer movimento antidemocrático ou de golpe. Assim, sou a favor da liberdade, democracia e de um processo eleitoral justo.”

Por Folhapress

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Política

Moraes manda soltar Mauro Cid e mantém sua delação de pé

A decisão atendeu a um pedido da defesa, que aguarda a soltura ainda nesta sexta-feira, 3.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o tenente-coronel Mauro Cid e manteve a validade de sua delação premiada. A decisão atendeu a um pedido da defesa, que aguarda a soltura ainda nesta sexta-feira, 3.

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente após virem a público áudios em que ele insinua ter sido pressionado a confirmar uma “narrativa pronta” na colaboração.

Em sua decisão, Moraes argumenta que o tenente-coronel reafirmou em depoimento a “total higidez” do acordo e negou ter sido coagido.

“Consideradas as informações prestadas em audiência nesta Suprema Corte, bem como os elementos de prova obtidos a partir da realização de busca e apreensão, não se verifica a existência de qualquer óbice à manutenção do acordo de colaboração premiada nestes autos, reafirmadas, mais uma vez, nos termos do art. 4o, § 7o, da Lei 12.850/13, a regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade”, escreveu o ministro.

Para Moraes, “apesar da gravidade das condutas”, não há mais necessidade de manter a prisão preventiva. Mauro Cid voltará a cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados no STF.

Foto Getty Images

Por Estadão

           

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Política

Boulos agora é proprietário de casa e deve perder apelo explorado em eleição

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O pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) tem agora registrada em seu nome a casa onde mora, que fica no Campo Limpo (zona sul) e pertencia oficialmente ao pai dele.

Com a transferência, feita depois da eleição de 2022, o deputado federal deve perder neste ano o título de candidato à Prefeitura de São Paulo com menor patrimônio, como aconteceu em 2020, quando ele também concorreu ao cargo e explorou a simplicidade como mote.

As questões envolvendo moradia e fonte de renda de Boulos são um ponto de atenção da pré-campanha, que, em abril, fez duas publicações em suas redes sociais para rebater fake news: uma, na segunda-feira (29), contra o boato de que moraria em uma mansão e outra, no dia 4, para reiterar ser morador do Campo Limpo, não do Morumbi, bairro nobre da zona sul.

A assessoria do parlamentar disse à Folha de S.Paulo que a casa foi doada por decisão dos pais dele, que ela foi declarada em seu Imposto de Renda em 2023 e constará no patrimônio informado à Justiça Eleitoral em 2024.

Boulos, que tem trajetória ligada a movimentos que reivindicam habitação, lidera tecnicamente empatado com o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), as intenções de voto para o pleito, segundo pesquisa Datafolha de março. O deputado tem 30% das preferências, enquanto o aspirante à reeleição marca 29%.

A casa onde Boulos mora com a família tem 153,95 m² e, em documento obtido pela Folha de S.Paulo no 11º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo, há menção a um “valor estimado de R$ 343 mil”. A doação foi efetuada em dezembro de 2022 e validada em fevereiro de 2023, quando ele já tinha mandato no Congresso.

O valor venal de referência usado pela prefeitura para cálculo do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) da casa de Boulos é de R$ 232 mil. Esse critério, porém, costuma ser inferior ao preço de mercado.

Estimativas de plataformas imobiliárias para imóveis no Campo Limpo variam de R$ 4.000 a R$ 5.000 por m² –patamar que pode levar a uma projeção de até R$ 770 mil para uma residência do tamanho da do deputado do PSOL. Há uma casa com características semelhantes à venda na mesma rua, no entanto, por metade desse preço por m².

O registro da transferência da propriedade afirma que o pai do deputado, o médico Marcos Boulos, e sua mulher, a também médica Maria Ivete Castro Boulos, doaram o imóvel ao filho e à companheira dele, a advogada Natalia Szermeta, com quem tem duas filhas.

Como não estava no nome do político, o imóvel não foi citado na declaração de bens do candidato em nenhuma das três campanhas anteriores dele –a presidente da República, em 2018, a prefeito, em 2020 (quando foi derrotado pelo tucano Bruno Covas no segundo turno), e a deputado, em 2022.

Ele, que nasceu em uma família de classe média da zona oeste e se mudou há cerca de dez anos para a zona sul, sempre destacou a informação de onde reside para justificar sua ligação com a periferia. A propriedade é um sobrado com três andares, atualmente em reforma.

Em 2020, a assessoria do hoje deputado respondeu à Folha de S.Paulo que a casa “foi adquirida em nome do seu pai, já que Boulos não possuía renda suficiente à época da aquisição para ter o financiamento aceito pelo banco”.
Quando concorreu à Presidência, Boulos afirmou em uma transmissão online que a casa não foi declarada por não estar em seu nome.

“A compra dela foi produto de um enorme esforço familiar, como, aliás, é em várias famílias brasileiras, onde eu entrei com o que tinha, minha companheira entrou com o que tinha, meus pais, meus sogros… E fizemos ali um bem bolado que deu condições de adquirir a casa onde eu moro”, disse em 2018.

No vídeo do último dia 4, o deputado expôs a situação atualizada do imóvel, após a transferência. “O meu patrimônio é a casa que eu moro, no Campo Limpo, que é dividida, compartilhada, minha e da Natália, no papel. [E] o meu Celtinha. Esse é só meu, Celtinha 2010, está redondo, bonitinho”, afirmou.

“Eu moro na minha casa, no Campo Limpo, que eu gosto muito, que é uma boa casa, mas que está longe de ser uma mansão”, disse no post desta segunda, após exibir mensagens com a insinuação. “Esse papo de mansão não existe nem nunca existiu, a não ser na fake news do gabinete do ódio.”

Os materiais fazem parte de uma série de conteúdos que têm sido produzidos desde o ano passado para combater o que estrategistas da pré-campanha chamam de caricaturas associadas ao deputado, como os rótulos de invasor (por sua ligação com o movimento sem-teto MTST) e radical e as suposições sobre um estilo de vida incompatível com seu discurso.

Boulos tem a maior rejeição entre os pré-candidatos à prefeitura –34% dos eleitores dizem que jamais votariam nele, segundo o Datafolha. Nunes é renegado por 26%.

Na atual disputa, Nunes e aliados tentam colar no adversário a pecha de “perifake”, questionando as raízes do psolista e sugerindo haver oportunismo. O prefeito, por sua vez, exalta o fato de ter sido criado no Parque Santo Antônio, bairro periférico da zona sul. A terceira colocada na corrida, a deputada federal Tabata Amaral (PSB), também tem origem na região –cresceu na Vila Missionária.

O fato de morar no Campo Limpo foi usado por Boulos como trunfo em 2020. Em um debate na TV, ele disse ser o único candidato que vivia na periferia e provocou Celso Russomanno (Republicanos), perguntando onde o rival morava e se só ia à periferia “a cada quatro anos, em época de eleição”.

O carro Celta sempre mencionado pelo político também foi incorporado à estratégia de comunicação para transmitir as mensagens de hábitos singelos e patrimônio modesto. Sua equipe emitiu posicionamento à época em que o descreveu como “candidato que vive sem luxos na periferia”.

Boulos deixou recentemente de se locomover no Celta, que tinha usado, por exemplo, ao ser recebido em janeiro na casa de Marta Suplicy (PT) para selar a entrada da ex-prefeita como vice na chapa. Ele passou a usar carro blindado em fevereiro, após ter denunciado à Polícia Federal que sofria ameaças.

Boulos tinha o menor patrimônio entre os candidatos a prefeito de São Paulo quatro anos atrás. Ele disse possuir apenas o Celta, à época com valor estimado em R$ 15.416. Após ser questionado pela Folha de S.Paulo sobre a não declaração de conta bancária, informou que tinha também R$ 579 em uma conta-corrente.

Dois anos depois, na disputa para deputado, ele comunicou que seus bens totalizavam R$ 21.055, sendo R$ 20.004 relativos ao carro e R$ 1.051 depositados em conta-corrente.

As informações são autodeclaradas pelos candidatos à Justiça Eleitoral e ficam disponíveis para acesso público.

Neste ano, Boulos deve perder o posto de candidato com menor patrimônio para outro nome da esquerda, o metroviário Altino Prazeres (PSTU), que tem em seu nome apenas metade de um apartamento financiado, com valor de R$ 192 mil. À Folha de S.Paulo ele confirmou que não deve mudar sua declaração de bens.

Nunes tem patrimônio que, em 2020, era de R$ 4,8 milhões. Tabata possuía, em 2022, R$ 557 mil entre saldo bancário e aplicações, um valor que superaria o valor estimado da casa e do carro de Boulos.

A pré-campanha do PSOL afirmou em nota à reportagem que, na prestação de contas de candidato neste ano, Boulos “irá declarar a casa, o Celta e o saldo em conta bancária” e que, “como já era de domínio público desde a eleição de 2020, Boulos, Natalia e as duas filhas moram na casa há mais de dez anos”.

A assessoria disse ainda que “a família seguirá vivendo na região do Campo Limpo”.

 

           

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STF derruba condenação de delegado por crítica

Em 1º Grau, a Justiça negou o pedido da associação, mas o TJ-MT acabou condenando o delegado.;

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou indenização por danos morais que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) havia imposto ao delegado de Polícia Civil Flávio Stringueta por afirmar que o Ministério Público do Estado era uma “vergonha nacional”.

A decisão de Fachin foi assinada no bojo de uma reclamação feita por Stringueta contra a condenação imposta a ele em ação movida pela Associação Mato-Grossense do Ministério Público.

Em 1º Grau, a Justiça negou o pedido da associação, mas o TJ-MT acabou condenando o delegado.

A avaliação do TJ-MT foi a de que houve “abuso da liberdade de expressão”.

Já Fachin, em sua decisão, afirmou que a condenação seria “atentatória à ampla liberdade de expressão”. Se houver recurso da decisão, o caso passará a ser analisado pela 2.ª Turma do STF.

Foto Getty

Por Estadão

           

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