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Comportamento Humano no Mundo Pós-pandêmico

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Guerras, revoluções e epidemias aceleram o processo de mudança da história da humanidade, apesar de nem todas as pessoas possuírem aptidões para encarar essas transformações, elas continuarão acontecendo sempre.

As mudanças lentas são difíceis de ser percebidas  e por isso sua aceitação social se faz de maneira mais simples, enquanto que as mudanças bruscas por se fazer de forma nítida possuam como reação natural a negação, junto a esse contínuo processo surge um problema mais complicado que é o irracionalismo e o anticientificismo, talvez a incapacidade de compreender as ciências crie em parte da sociedade soluções mágicas para a resolução do problema, quando na verdade levam anos pra se conseguir cientificamente um medicamento para cura ou controle de alguma doença.

Somos muito pendulares, costumávamos reclamar sempre que tínhamos pouco tempo para ficar em casa e dar atenção à nossa família, hoje uma das maiores reclamações ligadas ao contexto pandemia é justamente a dificuldade no convívio familiar.

Na tradição histórica depois de um período de recolhimento e morte há sempre uma grande explosão de vida, como exemplo podemos citar o caso do renascimento após a peste negra. A tendência histórica é que depois do isolamento toda epidemia passe, e virá uma explosão de sociabilidade trazendo alegrias e felicidades.

Quanto à questão de a escola perder o fetiche da presença, isso já estava marcado, mas continuaremos precisando de bons professores que preparem bons conteúdos e desenvolvam uma habilidade que até então nós professores não fomos treinados.

Com o avanço da tecnologia o mínimo que se espera de boa parte dos trabalhadores é o domínio do inglês e informática, temos um país onde o analfabetismo funcional é enorme, estudos revelam que 50% da nossa população possuem dificuldade para interpretar uma simples instrução, num mundo em que algorítmicos responderão por tudo que é automático, que cargo terá uma pessoa que qualquer programa de computador substitui sua função com maior eficácia? O que fazer com indivíduos que não terão perspectivas de emprego? Acredito que um dos principais problemas pós-pandemia será justamente o que fazer com a massa crescente de desempregados num país que já não estava bem no campo do emprego.

No Brasil o que a pandemia trouxe a tona com muita nitidez é que temos uma desigualdade social tão evidente que até para a morte nós somos muito distintos, na questão do isolamento a classe média e alta discute principalmente como lidar com o tédio e a indisciplina das crianças, enquanto que a classe baixa lida com sobrevivência e garantia de emprego.

Dentre os diversos aspectos negativos trazidos pela pandemia um dos que mais se destaca deixando relevante consequência negativa é o processo de desumanização. Esse processo se evidencia na forma como obrigatoriamente a família enlutada despede de seu ente querido. Para o sociólogo Caio Moraes, os ritos fúnebres têm uma importância simbólica. “A morte coloca em xeque o equilíbrio simbólico entre a vida e a morte. Os ritos nos ajudam a elaborar coletivamente esse rompimento de vínculos. É uma maneira de preservar a memória e restabelecer as relações que foram rompidas” psicologicamente o luto passa por diversas etapas e a principal dessas é o “ver” pela ultima vez, ver a pessoa morta é o fechamento simbólico do processo de vida e morte, como também poder oferecer um enterro digno de um adeus com olhar  humano.

Em contexto de guerra e pandemia a morte se banaliza, é preciso entender que os números tidos nas estatísticas representam vidas, é preciso defender a vida e essa pressupõe cuidados a todos os aspectos necessários para essa efetivação. O debate mais relevante de hoje deverá defender em toda sua extensão a vida humana, de forma integrada em toda sua amplitude, a vida é sem dúvidas o bem maior!

A pobreza, a dificuldade e as doenças submetem muitos sentimentos a prova, tempos de adversidades emergem canalhas e heróis, são as crises que derrubam as máscaras! É comum um pós-catástrofe acelerar processos, como também evidenciar problemas que já existiam, acredito que o tormento maior será o mesmo de sempre, a dificuldade humana em compreender, aceitar e buscar soluções viáveis e desmistificadas   a sua existência.

Por Suelene Leal

Psicopedagoga Clínica e Institucional, especialista em Avaliação Psicopedagógica e Autismo, Professora Efetiva da Autarquia Educacional de Serra Talhada- AESET, Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – FAFOPST, Coordenadora de Integração Escola Empresa na Escola Técnica Estadual Pedro Leão Leal.

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Brasil

Governo aciona MPF contra decisões do Conselho Federal de Medicina

Desde a gestão de Jair Bolsonaro, o Conselho Federal de Medicina vinha sendo criticado por decisões.

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O Ministério da Previdência Social protocolou, nesta quinta-feira, 25, uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra decisões do Conselho Federal de Medicina (CFM) que dificultam a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoas com deficiência. Em julho, a pasta publicou uma portaria em que autorizou o acesso ao programa mediante atestado médico, sem a necessidade de perícia, desde que atendidos requisitos técnicos. O novo modelo foi batizado de ATESTMED.

A medida, no entanto, foi desautorizada pelo CFM em parecer emitido em abril deste ano. O documento diz que a medida é ilegal, compromete a “integridade profissional dos peritos médicos federais” e causa “prejuízo ao erário”. Já o Ministério afirma que houve redução das filas de requerentes, o aumento da celeridade na concessão do benefício e economia de mais de R$ 1 bilhão ao evitar o pagamento retroativo do BPC. Isso porque, quando um cidadão é autorizado a recebê-lo, tem o direito aos valores que seriam pagos desde a data do requerimento. Procurado, o CFM não se manifestou até a publicação desta reportagem.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou a política, “não há evidências de que, até o momento, a ampliação das possibilidades de requerimento no âmbito do ATESTMED tenha implicado aumento de irregularidades na concessão dos benefícios”.

Para o ministério, o CFM tomou a decisão por razões políticas, com o objetivo de atender aos interesses da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), que tentou, sem sucesso, embargar a dispensa de perícia na Justiça e tem feito denúncias nos conselhos regionais da categoria contra profissionais que seguem a orientação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “De maneira indevida, o CFM está praticando atos que protegem interesses corporativos da ANMP, às custas da população que enfrenta maior dificuldade para acessar benefícios previdenciários e assistenciais regularmente instituídos”. A ANMP também foi procurada, mas não se pronunciou.

A médica que assina o parecer, Rosylane Rocha, tem apoio de representantes da associação, cujo presidente, Francisco Cardoso, já publicou vídeos nas redes sociais em que pede voto nela para a eleição do CFM. Segundo a pasta, a entidade de peritos tem ligação com o governo de Jair Bolsonaro. No mandato do ex-presidente, a Subsecretaria de Perícia Médica Federal – hoje transformada em departamento – foi comandada por Karina Braido de Teive e Argolo, mulher do então presidente da ANMP, Luiz Carlos de Teive e Argolo.

Ela acabou deixando o cargo após a Comissão de Ética da Presidência da República abrir um processo por conflito de interesses a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU).

O ATESTMED não é a única política estabelecida na gestão de Lula contra a qual o CFM se insurgiu. Uma resolução publicada pela entidade de classe em julho proibiu o atendimento de menores de 16 anos sem documento oficial com foto. Tal decisão vai na contramão de uma portaria do Ministério da Previdência Social que autorizou o atendimento desta parcela da população apenas mediante apresentação da certidão de nascimento.

Segundo a pasta, a medida visa facilitar o acesso do benefício à população vulnerável. “A medida se fez necessária porque, em muitos lugares do país, as crianças e adolescentes não possuem documento de identidade com foto, portando apenas a certidão de nascimento. Esse fato é ainda mais frequente em grupos hipossuficientes, justamente o público alvo do benefício assistencial de prestação continuada”, alega a pasta na representação entregue ao Ministério Público Federal.

Assim como no caso do ASTESTMED, a ANMP tem denunciado aos conselhos regionais de medicina os médicos que aceitam apenas a certidão de nascimento para realizar consultas. A prática, na visão do governo, é persecutória.

Foto Global Imagens

Por Estadão

           

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Apesar da alta dos preços, acesso a dieta saudável cresce no Brasil

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Manter uma dieta saudável no Brasil ficou 32% mais caro entre 2017 e 2022. Apesar disso, o número de pessoas sem condições de pagar por alimentos que atendam às diretrizes nutricionais mínimas diminuiu – mesmo com a alta global dos preços dos alimentos pós-pandemia da covid-19.

A conclusão está no Relatório sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou nesta quarta-feira (24).

Segundo os autores da publicação, em 2017, os brasileiros pagavam US$ 3,22 por dia para consumir uma dieta considerada saudável. O gasto se manteve praticamente estável nos dois anos seguintes: US$ 3,21, em 2018, e em US$ 3,30, em 2019. A partir de 2020, quando a pandemia já impactava todo o globo, a quantia necessária (US$ 3,53) começou a subir e não parou mais. Em 2021, foi preciso gastar US$ 3,84/dia e, em 2022, US$ 4,25/dia.

Considerando a cotação do dólar no início da tarde desta quarta-feira, o valor necessário, em reais, saltou de R$ 18, em 2017, para R$ 23,94, em 2022.

Acesso

Apesar da alta dos preços, a quantidade de brasileiros sem condições de gastar a média diária necessária para manter uma dieta saudável diminuiu no mesmo período. Em 2017, eles eram 57,2 milhões, ou 27,4% da população do país. Em 2022, 54,4 milhões, ou 25,3%.

O resultado é positivo, mas poderia ser melhor não fosse pela pandemia, que interrompeu o progresso brasileiro confirmado anteriormente pela FAO. Em 2018, o total de brasileiros incapazes de pagar por uma dieta saudável já tinha diminuído para 56 milhões. Em 2019, chegou a 55,7 milhões. E, em 2020, alcançou o melhor resultado dos cinco anos analisados no presente relatório: 42,1 milhões de pessoas, ou 19,8% da população nacional.

Assessora técnica do Conselho Federal de Nutrição (CFN), a nutricionista Natalia Oliveira, comemorou o anúncio da redução da insegurança alimentar grave no Brasil, em 2023, mas destacou que, em termos de acesso a alimentos de qualidade, o país ainda está aquém do desejado.

“O relatório da FAO aponta que houve uma melhora do acesso e do consumo dos alimentos em geral. Isso se deve a vários aspectos, como aumento da renda, disponibilidade de alimentos e melhoria das políticas públicas, que possibilitaram alguns avanços em programas de alimentação escolar e no estímulo à agricultura familiar. Ao mesmo tempo, ainda estamos muito aquém do que preconizamos em termos de uma alimentação adequada e saudável Temos que melhorar bastante neste sentido. Porque o acesso [aos alimentos em geral], por si só, pode significar um acesso a alimentos ultraprocessados. E não é isso que desejamos.”

Recomendações

De acordo com o Ministério da Saúde, uma alimentação saudável está baseada em “práticas que assumam a significação social e cultural dos alimentos”, estimulando a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais, como legumes, verduras e frutas. Entre outras características, para ser considerada saudável, a dieta deve ser quantitativa e qualitativamente “harmoniosa” e segura do ponto de vista de contaminação físico-química e biológica.

Neste sentido, é recomendável que, se possível, as pessoas façam ao menos três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e procure consumir ao menos seis porções diárias de cereais (arroz, milho, trigo pães e massas), três porções de legumes e verduras frescas, além de frutas, tubérculos e raízes (batatas, mandioca, macaxeira, aipim), dando preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.

Também é recomendável consumir diariamente ao menos três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos, retirando a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes de prepará-las. Também é bom evitar refrigerantes, sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas, e é recomendado reduzir a quantidade de sal na comida e ingerir ao menos dois litros de água por dia. Mais recomendações podem ser consultadas na página da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.

           

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Brasil

Fome no Brasil cai, mas ainda atinge 8,4 milhões de pessoas

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Cerca de 8,4 milhões de brasileiros foram atingidos pela fome entre 2021 e 2023, aponta o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial divulgado na última quarta-feira (24/7). O mesmo estudo destaca que, no mesmo período, 39,7 milhões de pessoas viveram em insegurança alimentar, sendo mais de 14 milhões em estado severo.

O levantamento indicou que 10,1 milhões de pessoas estavam em estado de desnutrição, ou seja, com dieta abaixo de níveis mínimos de consumo de energia. A falta de acesso adequado à alimentação afetava de forma moderada ou grave 70,3 milhões de brasileiros entre os anos de 2020 e 2022.

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