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Durante o tempo em que esteve na ativa dentro de campo, Diego Maradona encantou o mundo com seus dribles, arrancadas e gols geniais tanto pela seleção argentina quanto pelos clubes que defendeu. Sempre rodeado de “amigos”. No entanto, passados quatro meses exatos da sua morte, o que norteia o noticiário sobre o craque argentino são polêmicas e intrigas dignas de um enigmático filme de suspense com direito a briga familiar, disputa por herança, acusação de uso de drogas, de consumo de bebidas e descaso médico. Tudo isso foi detonado a partir de vazamentos de áudios dos últimos dias de vida do camisa 10.
A descoberta expôs várias suspeitas que acabaram por iniciar uma investigação em torno da morte do jogador aos 60 anos. Maradona ainda não está em paz. Entre essas suspeitas, há a de negligência médica. Ele teria sido “abandonado” em seus cuidados antes da morte. Assim, a equipe de profissionais liderada pelo médico Leopoldo Luque, que operou Maradona semanas antes de sua morte, entrou na mira da Justiça.
Luque é investigado por homicídio culposo. Mensagens vazadas entre ele e a psiquiatra Agustina Cosachov revelaram neste período zombarias do médico em torno do estado de saúde do camisa 10. “Sim, o boludo (gordo) parece que teve uma parada cardiorespiratória e vai morrer cagando. Não tenho ideia do que ele fez. Estou indo para lá”, afirmou o neurocirurgião, em um dos trechos do áudio, de acordo com o site Infobae, da Argentina, e que está nas mãos da Justiça.
No dia 3 de novembro, Maradona havia sido internado para ser submetido a uma intervenção cirúrgica por causa de um coágulo no cérebro. Desde então, ele ficou sob os cuidados da equipe médica de Leopoldo Luque. Diante das circunstâncias, a Justiça argentina passou a investigar o caso com o objetivo de determinar se o astro recebeu os cuidados necessários e quais foram as circunstâncias de suas últimas horas até a morte. Tudo ainda é envolto a um grande mistério.
Alejandro Cipolla, advogado do médico, disse em entrevista ao jornal Clarín que seu cliente estava sendo vítima de um julgamento social. “O que importa é o que acontece na Justiça e não no que a imprensa diz. Parece que a morte de Maradona precisa ter um culpado e que o Luque já recebeu a sentença”, disparou. Entre os indiciados no caso da morte de El Diez, além de Leopoldo Luque, estão a psiquiatra Agustina Cosachov, a médica que coordenava o internamento domiciliário Nancy Forlini, o psicólogo Carlos Díaz e os enfermeiros Ricardo Almirón e Dahiana G. Madrid. Todos estiveram com Maradona nos seus últimos dias de vida. Ele morreu no dia 25 de novembro de 2020.
ÁLCOOL, MACONHA E CHARUTOS – Além da suspeita de negligência médica, outros componentes ajudam a apimentar o período pós-morte do argentino. Em outras conversas vazadas de Luque, apareceu o comentário de um outro médico sobre o consumo de álcool e maconha de Maradona após a cirurgia no cérebro, semanas antes de morrer em casa. “Tenho Monona (cozinheira de Maradona), que me conta as coisas. Exceto Monona e um segurança, estavam todos fumando. Hoje ele (Maradona) se levantou todo dolorido, com toda ressaca em cima. Ontem à noite, fumou e bebeu vinho com os comprimidos”, disse um médico ainda não identificado no áudio durante conversa com Luque, de acordo com o mesmo Infobae.
Por:Esporte ao Minuto