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Rússia diz que há chance de acordo sobre Ucrânia com o Ocidente

Desde novembro, Putin concentrou cerca de 130 mil soldados em torno da Ucrânia.

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Com a crise entre Rússia e Ucrânia entrando em uma semana decisiva, o governo de Vladimir Putin emitiu sinais de abertura diplomática ao Ocidente.

É um padrão repetitivo, que reforça as suspeitas daqueles que acreditam que Putin quer dizer que está pronto para a guerra, mas que de fato não pretende iniciar uma.

No raciocínio inverso, vocalizado por críticos do russo principalmente nos EUA e no Reino Unido, há o temor de que ele só esteja ganhando tempo para preparar uma ação militar contra o vizinho.

Seja qual for a verdade, a sinalização foi dupla, dada por ministros de seu governo em encontros televisionados no Kremlin -ou seja, havia a intenção de passar um recado público.
No primeiro, o chanceler Serguei Lavrov disse que a Rússia deve continuar negociando com o Ocidente, e que “há possibilidade de um acordo”.

Ele disse ao chefe que os EUA apresentaram “propostas concretas” para reduzir as tensões, mas que a Otan (clube militar liderado por Washington) e a União Europeia ainda não seguiram tal caminho.

Depois de falar que a Rússia não deveria ser enrolada pelo Ocidente em suas demandas, que basicamente são manter a Ucrânia fora da Otan e limitar a posição militar de membros ex-comunistas que aderiram ao bloco após 1999, ele foi ao ponto.

“Eu acho que há sempre chance [de um acordo]. E me parece que nossas possibilidades estão longe de terem sido exauridas. Neste ponto, eu sugiro que continuemos a trabalhar nelas”, disse Lavrov.

Na sequência, recebeu Serguei Choigu (Defesa), que jogou em dois campos. No da diplomacia, informou que “parte de nossos exercícios militares já está acabando”, uma senha que pode significar alguma desescalada.

Desde novembro, Putin concentrou cerca de 130 mil soldados em torno da Ucrânia, incluindo aí 30 mil em manobras agora na Belarus e um exercício naval que começou sua fase ativa nesta segunda (14) no mar Negro.

Se as tropas efetivamente voltarem a seus quartéis de origem, Putin poderá dizer que apenas fez o prometido e o Ocidente, cantar alguma vitória.

Por outro lado, Choigu alertou para um incidente do fim de semana, quando forças russas baseadas em Vladivostok localizaram um submarino americano rondando águas territoriais de Moscou no Pacífico.

O Pentágono negou que sua embarcação tenha sido afastada por um destróier russo, conforme circulou na imprensa moscovita, mas o caso mostra que a tensão está em todo canto.

Com isso, a Rússia se mantém em aquecimento, por assim dizer, mas diz ao Ocidente que a “invasão iminente” cantada pelos EUA ao longo da última semana não seria assim tão iminente.

A Ucrânia segue denunciando o alarmismo, ciente do dano econômico que sofre. Seu embaixador em Londres, contudo, teve de voltar atrás após ter dito à BBC que a questão da entrada na Otan poderia ser rediscutida -uma concessão para acabar com a crise agora, se real.

O temor do alarmismo em Washington é palpável: o governo britânico convocou uma reunião de emergência e mais embaixadas estão reduzindo seu contingente em Kiev.

“A posição russa é o clássico caso em que se bate com uma mão e se afaga com a outra”, disse o cientista político Konstantin Frolov em seu escritório em Moscou.

Ele não acredita na invasão da Ucrânia nos termos ocidentais, mas não descarta alguma ação militar pontual envolvendo as áreas dominadas por rebeldes separatistas pró-Rússia no Donbass (leste ucraniano).

Um sinal neste sentido foi dado pela Duma (Câmara Baixa do Parlamento), que iniciou oficialmente o debate para sugerir o reconhecimento das duas “repúblicas” rebeldes, de Lugansk e Donetsk.

Isso teria grandes implicações, até porque Moscou já distribuiu 700 mil passaportes a cidadãos desses locais, que são majoritariamente russos étnicos.

Aí, seria esperar a reação ucraniana. Se fosse pela via militar, as repúblicas podem pedir ajuda militar a Putin -como seus líderes já sugeriram, já que apenas 10 mil dos 35 mil soldados por lá estariam em condições de batalha.

Neste caso, o Kremlin diria que não invadiu, mas ajudou aliados, causando dano às Forças Armadas ucranianas e talvez criando clima para a instalação de um governo menos resistente a Moscou -ou o contrário, este é o risco.

Pelos Acordos de Minsk, que estabeleceram um frágil cessar-fogo em 2015, os separatistas teriam direito a certa autonomia, o que na prática pode significar o fim das chances de entrada na Otan e na UE, seja por conflito territorial, seja por direito a veto em decisões do tipo.

Por isso Kiev nunca os implementou, apesar de ter assinado, alegando coação à época. Hoje, potências europeias como a França querem a adoção dos termos, que são deliberadamente vagos e favorecem a leitura russa.

Outro país envolvido neles, a Alemanha, resolveu entrar no jogo após Emmanuel Macron ter passado certa vergonha ao levar recados de Putin para Volodimir Zelenski na Ucrânia, na semana passada.

Nesta segunda, o novo primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, visita Kiev. Na terça, irá a Moscou encontrar-se com Putin.

Os alemães são dos mais comedidos atores neste drama, dado que têm grande interesse no gás natural russo que consomem -o duto Nord Stream 2 está pronto, esperando a crise passar para começar a operar.

Por Folhapress

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EUA prometem consequências severas a ataque do Irã

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O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que o ataque do Irã a Israel terá “consequências severas”. Questionado sobre como se dará essa retaliação, porém, ele se negou a dar mais detalhes.

Sullivan afirmou que a situação está em evolução e que Washington e Tel Aviv estão discutindo em conjunto os próximos passos. Disse ainda que prioridade é assegurar os interesses americanos e a estabilidade da região.

Segundo ele, o presidente Joe Biden e a vice, Kamala Harris, acompanharam o ataque da Sala de Crise da Casa Branca.
Questionado por jornalistas se os EUA planejam retirar seus cidadãos do Líbano, ele disse que isso não está nos planos no momento, mas que a orientação do país vem sendo há tempos para que civis deixem o país por seus próprios meios.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Exército de Israel anuncia incursões terrestres contra o Hezbollah no Líbano

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O Exército israelense anunciou nesta terça-feira (noite de segunda, 30, no Brasil) que suas forças iniciaram “incursões terrestres seletivas” em cidades do sul do Líbano. Antes, declarou três cidades na fronteira norte “zonas militares fechadas”.

Apoiadas por ataques aéreos e de artilharia, as incursões têm como alvo combatentes do grupo islamista Hezbollah “em povoados próximos à fronteira” com Israel, informou o Exército.

Já o Exército libanês reposicionou suas tropas no sul do país, na fronteira com Israel, disse um oficial militar à AFP.

O balanço dos bombardeios israelenses nesta segunda no Líbano é de 95 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.

Apesar do golpe devastador desferido contra o Hezbollah com o assassinato do seu líder, Hassan Nasrallah, na sexta-feira, em um bombardeio no subúrbio de Beirute, líderes israelenses alertaram que a batalha contra o movimento pró-Irã, arqui-inimigo de Israel, ainda não acabou.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, havia adiantado mais cedo que Israel realizava “operações limitadas contra a infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira”.

O Exército israelense anunciou que estabeleceu uma “zona militar fechada” em torno dos municípios de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi e proibiu a entrada na região. Também ordenou a retirada dos moradores de três bairros do subúrbio sul de Beirute.

Do lado libanês, uma fonte da segurança disse à AFP que Israel lançou na noite desta segunda ao menos seis bombardeios contra o subúrbio do sul de Beirute, considerado um reduto do Hezbollah.

‘Todas as nossas capacidades’

Antes, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, havia declarado que a morte de Nasrallah havia sido “um passo importante”, mas que não era “o fim”.

“Para garantir o regresso das comunidades no norte de Israel, usaremos todas as nossas capacidades”, declarou Gallant durante uma visita aos soldados destacados na fronteira israelense-libanesa.

Por sua vez, o número dois do movimento islamista libanês, Naim Qassem, assegurou que “estaremos prontos se os israelenses decidirem entrar no nosso território, as nossas forças de resistência estão prontas para um confronto terrestre”.

Também prometeu continuar a lutar “em apoio de Gaza”, onde Israel promove uma ofensiva há quase um ano, em resposta ao ataque letal do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou nesta segunda-feira que “não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar” para eliminar seus inimigos.

Operação terrestre

Antes do anúncio israelenses sobre suas operações “terrestres seletivas”, vários atores haviam expressado sua oposição a esse tipo de ação.

A ONU anunciou que os mais de 10 mil capacetes azuis destacados no sul do Líbano não podem mais patrulhar devido à intensidade dos combates, enquanto o secretário-geral da organização, António Guterres, reiterou ser contra qualquer “invasão terrestre” de Israel.

Em Washington, o presidente Joe Biden sinalizou que se opõe às operações terrestres israelenses no Líbano e apelou a um cessar-fogo “agora”.

Presente em Beirute, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, também pediu a Israel para “se abster de qualquer incursão terrestre” no Líbano e por um “cessar-fogo”. Ele também solicitou ao Hezbollah que pare de atirar contra o norte de Israel.

Qualquer nova intervenção militar israelense no Líbano “deve ser evitada”, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Diante dessa possibilidade, a França mobilizou um navio de sua Marinha para evacuar cidadãos franceses do Líbano caso seja necessário.

O Hezbollah abriu uma frente na fronteira com Israel há quase um ano, após o início da guerra na Faixa de Gaza, em apoio ao seu aliado Hamas, movimento islamista que governa o território palestino.

Desde meados de setembro, Israel transferiu a maior parte de suas operações militares para o norte, com o objetivo de interromper o lançamento de foguetes do Hezbollah e permitir que milhares de moradores da região que tiveram que fugir pudessem retornar.

Primeiro bombardeio contra Beirute

Por sua vez, o Irã, aliado do Hezbollah e do Hamas, descartou a possibilidade de enviar combatentes ao Líbano e à Faixa de Gaza para enfrentar Israel, seu arqui-inimigo.

“Não é necessário enviar forças auxiliares ou voluntárias” do Irã, declarou o porta-voz diplomático Naser Kanani, acrescentando que o Líbano e os combatentes nos territórios palestinos “têm a capacidade e o poder necessários para enfrentar a agressão do regime sionista”.

Desde a onda de explosões de pagers e walkie-talkies do Hezbollah no Líbano, ocorrida em meados de setembro e atribuída a Israel, e a intensificação dos bombardeios israelenses que se seguiram, mais de 1.000 pessoas foram mortas no Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.

O primeiro ataque contra Beirute desde 8 de outubro destruiu um andar de um edifício do centro. Segundo a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), três dos seus membros foram mortos nesse ataque. Israel afirma ter matado dois comandantes deste grupo, considerado “terrorista” tanto pelos israelenses como pela UE.

Na Faixa de Gaza, bombardeada incessantemente durante quase um ano, o número de ataques aéreos israelenses diminuiu consideravelmente nos últimos dias.

Fonte:AFP

           

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Jornalista morre em ataque aéreo israelense durante ofensiva em Damasco

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A jornalista Safaa Ahmad, apresentadora da TV estatal síria, foi uma das três vítimas fatais de um ataque aéreo em Damasco, na Síria, na madrugada desta terça-feira, segundo informações da imprensa local. O ataque, atribuído a forças israelenses, também deixou outros nove feridos. Safaa Ahmad, assim como os demais civis, foi atingida enquanto trabalhava, tornando-se um símbolo das crescentes tensões na região.

De acordo com a agência de notícias oficial Sana, os ataques foram realizados por aviões de guerra e drones israelenses, que visaram diversos pontos estratégicos em Damasco. A ação faz parte de uma ofensiva contínua de Israel contra alvos do Hezbollah no Líbano e na Síria, considerada uma ameaça para a segurança das comunidades israelenses no norte do país.

Embora o Exército de Israel não tenha se pronunciado oficialmente sobre os ataques, a imprensa internacional aponta que a ofensiva ocorreu em resposta ao papel da Síria como elo estratégico no fornecimento de armamentos iranianos ao Hezbollah. A Síria, sob o regime de Bashar al-Assad, é parte de uma aliança informal liderada pelo Irã, que se opõe à influência ocidental no Oriente Médio e ao Estado de Israel.

Foto reprodução redes sociais

Por Notícias ao Minuto

           

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