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PM levou 8 anos para implantar câmeras na farda que Tarcísio ameaça retirar

A implantação da tecnologia teve resultados positivos na redução das mortes de suspeitos e de policiais.

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Na mira de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao Governo de São Paulo, as câmeras corporais nas fardas dos policiais militares paulistas são um projeto gestado na corporação há oito anos, e haverá entraves para a retirada dos equipamentos cogitada pelo bolsonarista caso seja eleito governador.

A implantação da tecnologia teve resultados positivos na redução das mortes de suspeitos e de policiais e se tornou um novo meio de coleta de provas. Ela envolveu investimentos por parte da corporação e treinamento de milhares de policiais, com a sua inclusão no plano plurianual do governo e do Plano de Comando da PM, com validade ao menos até o final de 2023.

Rever as câmeras é a principal proposta de Tarcísio, que tenta agradar a base do presidente Jair Bolsonaro (PL), sob a justificativa de que elas inibem os PMs.

O candidato, que lidera as pesquisas na disputa ao Governo de São Paulo contra Fernando Haddad (PT), chegou a ser enfático na promessa de retirá-las, mas depois recuou e afirmou que irá ouvir especialistas.

Os entraves de Tarcísio para retirar as câmeras das fardas caso seja eleito incluem a resistência de oficiais ligados à cúpula da PM e do Ministério Público, a necessidade de rever contratos em andamento e também de mudança no plano oficial da corporação, que, em tese, requer a apresentação de justificativas técnicas plausíveis.

Embora tenha sido implantado na gestão do ex-governador João Doria (PSDB) e com apoio dele, o projeto das câmeras nas fardas é de iniciativa da própria Polícia Militar.

O sistema começou a ser prospectado em 2014 e, dois anos depois, foram compradas as primeiras 120 câmeras. Em 2019, integrantes da corporação foram duas vezes a Nova York, nos Estados Unidos, visando a implantação do programa.

No fim daquele ano, aconteceu o episódio que acabou gerou uma reviravolta na política de segurança de Doria, até então com um discurso violento que agrada a base radical bolsonarista. Uma ação da PM durante um baile funk na favela de Paraisópolis acabou com a morte de nove jovens -a Promotoria denunciou 12 policiais sob acusação de homicídio.

Em 2020, começaria a implantação massiva das câmeras, com a compra de 500 equipamentos e, depois, a licitação para mais 2.500 em um sistema mais moderno. No ano seguinte, o programa, batizado como Olho Vivo, cresceria ainda mais.

Atualmente, há mais de 10 mil câmeras em 64 unidades da polícia no estado. O custo mensal dos equipamentos alugados é de R$ 7,1 milhões -os contratos são de 30 meses, mas são renovados anualmente, com diferentes fases.

Os resultados do programa mostram que as mortes em ações policiais desabaram. Em 2019, houve 723 vítimas, contra 423 no ano passado, uma redução de 41%. Se mensurados apenas os batalhões onde há o sistema, a queda chega a 87%.

As mortes de policiais em serviço também caíram no período, passando de 14 para 4, o menor índice em 30 anos.

Embora haja outros fatores que podem ter contribuído para as reduções de letalidade (como comissão interna para discutir casos com uso de armas de fogo e investimentos em armas não letais), as câmeras são a principal explicação para os resultados.

Tarcísio costuma dizer que as câmeras prejudicam a produtividade dos policiais. Estudo divulgado pela PM diz que ocorreu o contrário -nas unidades com os equipamentos, flagrantes aumentaram 41% e as apreensões de armas, 13%. As resistências às abordagens policiais caíram 32,7%.

Um argumento usado por críticos das câmeras é que elas afetam a privacidade dos policiais, como na hora de ir ao banheiro. Além de não terem som, essas imagens são classificadas como secretas e só podem ser vistas por um superior dos policiais com justificativa plausível.

Atualmente, os equipamentos também têm um sistema que permite reconhecimento do barulho de disparos de armas de fogo, levando ao acionamento imediato do Copom (centro de operações da PM).

As imagens das câmeras de PMs poderão ser usadas na investigação do tiroteio com uma morte em Paraisópolis que interrompeu uma visita de Tarcísio durante campanha no local na segunda-feira (17).

O candidato chegou a dizer que sua equipe foi atacada, porém mais tarde disse não acreditar em atentado, mas sim em intimidação do crime.

Os equipamentos atingiram amplo apoio por parte da população. Em São Paulo, 91% são a favor e 7% são contra a utilização do equipamento, segundo pesquisa Datafolha.

Na atual cúpula da PM, sob gestão de Rodrigo Garcia (PSDB), que apoia Tarcísio no segundo turno, há preocupação não só em caso de esvaziamento ou boicote ao programa, mas também de mudança de regras, como uma posição intermediária para ele não sair enfraquecido.

Uma delas seria fazer com que as imagens fossem gravadas apenas no momento das ocorrências, como ocorria no início do programa. Hoje, as gravações ocorrem o tempo todo e, na hora da ação, policiais apertam um botão que possibilita a gravação de sons e melhora da qualidade das imagens.

A mudança abriria brecha para que os policiais esqueçam de ligar os aparelhos ou possam adotar a prática intencionalmente.
Durante a campanha, Tarcísio vinha criticando as câmeras com o argumento de que elas inibem o trabalho policial e chegou a afirmar que, se eleito, com certeza iria retirá-las.

No último dia 14, adaptou o discurso. “Eu considero que hoje a câmera inibe o policial, tem atrapalhado a produtividade, mas isso é uma percepção. O que a gente vai fazer se eleito? Chamar as forças de segurança e avaliar do ponto de vista técnico a efetividade ou não e o aperfeiçoamento da política pública”, disse.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público paulista respondeu com posicionamento do promotor Reynaldo Mapelli, que afirmou que não se deve abrir mão das câmeras e que há uma ação civil pública que envolve essa e outras medidas de combate à letalidade policial.

Adversário de Tarcísio no segundo turno, Haddad tem usado o assunto para criticar o bolsonarista. Uma peça da campanha petista relata os bons resultados e questiona o que rival quer esconder com a medida.

“É muito mais uma questão de populismo de segurança pública, porque a evidência científica é favorável à instalação das câmeras”, diz Rafael Alcadipani, professor da área de segurança da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Alcadipani elogia outras bandeiras de Tarcísio como a valorização dos policiais, mas avalia que ele poderia até ser responsabilizado judicialmente no caso da mudança da política sem base técnica.

Um artigo publicado por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública relata que as câmeras já eram usadas no Reino Unido em 2005 e foram implementadas em larga escala nos Estados Unidos durante a gestão de Barack Obama.

No Brasil, Santa Catarina adota câmeras desde julho de 2019 e Rondônia, desde agosto do mesmo ano. Neste ano, policiais do Rio de Janeiro também passaram a usar as câmeras.

LINHA DO TEMPO

2014 – PM inicia prospecção da tecnologia
2015 – Corporação cria especificações técnicas
2016 – Polícia compra primeiras 120 câmeras para testes
2017 – São apresentadas teses de doutorado no Centro de Altos Estudos da PM
2018 – PM cria grupo de trabalho para sistema, especificações, regras, material para treinamento, entre outros
2019 – Corporação inicia testes com sistemas oferecidos por diversas empresas e visita Departamento de Polícia de Nova York
2020 – PM recebe sistema da empresa Motorola Solutions, que inclui 500 câmeras em três batalhões da capital. Depois, abre licitação para 2.500 câmeras
2021 – Operação começa em 15 batalhões
2022 – Estão em uso mais de 10 mil câmeras em 64 unidades da PM.

Por Folhapress

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Câmara aprova projeto que obriga aéreas a rastrear transporte de pets

Câmara aprova projeto que obriga aéreas a rastrear transporte de pets.

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) um projeto de lei que obriga as companhias aéreas a ofertar serviço de transporte cães e gatos na cabine das aeronaves. Pelo projeto, os animais de estimação poderão viajar junto com os passageiros em voos domésticos.

Para entrar em vigor, a matéria ainda precisa ser aprovada pelo Senado e ser sancionada pela Presidência da República.

O projeto ainda prevê que as empresas deverão oferecer serviço de rastreamento dos animais transportados. Aeroportos com circulação superior a 600 mil passageiros por ano deverão contar com veterinários para acompanhar o procedimento de embarque, desembarque e acomodação dos pets.

Na semana passada, diversos aeroportos do país registram manifestações a favor da regulamentação do transporte aéreo de animais.

A mobilização ocorreu após a morte de Joca, um golden retriever de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol.

No mês passado, Joca foi despachado pelo tutor em São Paulo com destino a Sinop (MT). No entanto, a caixa de transporte foi colocada em um voo para Fortaleza. Em seguida, o cão foi mandado de volta para São Paulo. No trajeto de volta, Joca não suportou o total de oito horas de viagem e morreu.

Após o episódio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Civil de São Paulo passaram a investigar o caso.

Em nota divulgada após o episódio, a Gol se solidarizou e lamentou a perda do animal. A empresa também anunciou a suspensão, por 30 dias, do transporte aéreo de animais. 

Foto  Shutterstock

Por Agência Brasil

           

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Sobe para 100 o número de mortos em tragédia no RS

O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 128 desaparecidos.

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 No início da tarde desta quarta-feira (8), a Defesa Civil informa que o número de mortos no Rio Grande do Sul subiu para 100.

O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 128 desaparecidos, além de 372 feridos. Também há 4 óbitos em investigação.

Ao menos 400 mil pontos sem energia e 500 mil sem água no Rio Grande do Sul em decorrências das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana.

De acordo com a Defesa Civil, há 66.761 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 163.720 desalojados.

Do total de 497 municípios do estado gaúcho, 417 foram afetados pelas fortes chuvas da região. O número representa mais de 83% de todo o estado gaúcho.
As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 327 mil alunos foram impactados. Até o momento, 941 escolas foram afetadas, 421 danificadas e 71 escolas servem de abrigo.

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS

  • 100 mortes;
  • 128 desaparecidos;
  • 372 feridos;
  • 66.761 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público);
  • 163.720 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público -pode ter ido para casa de parentes, por exemplo);
  • 1.456.820 de pessoas afetadas no estado.

Na noite desta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos.

A água que inundou Porto Alegre e causa transtornos na região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.

O risco é agravado devido à frente fria que chega à região sul do estado e provoca chuva e queda de temperatura nesta semana, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

A previsão é que, nesta semana, a temperatura caia no Rio Grande do Sul. A partir de quarta-feira, a expectativa é da chegada de uma frente fria na região.
Em algumas regiões do estado os termômetro podem marcar mínimas de 10°C, o que pode causar ou agravar a hipotermia das pessoas que ainda não conseguiram ser resgatadas e estão em locais sem acesso a abrigo e alimentos.

A Defesa Civil gaúcha esclarece que está recebendo doações na Central Logística, localizada na avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre. Entre os itens necessários, estão colchões (novos ou em bom estado), roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal, cestas básicas fechadas e fraldas infantis e geriátricas.

Em nota, o órgão orientou, na manhã desta quarta-feira, que as pessoas resgatadas na região metropolitana de Porto Alegre, que não retornem às áreas alagadas, inundadas, ou sob risco de movimentos de massa. De acordo com a Defesa Civil, os locais estão sob alto risco, seja relacionado à condição física, bem como ao risco à saúde humana pela transmissão de doenças.

Por Folhapress

           

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De FGTS liberado a cobrança de dívidas suspensa, veja o que já foi feito para vítimas no RS

Diversas medidas foram anunciadas por governo federal, Congresso Nacional e outros órgãos, demonstrando união e solidariedade em meio à dor e ao sofrimento.

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Os moradores que estão nas cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul receberam uma série de medidas para tentar enfrentar as consequências da tragédia climática que atingiu o estado desde a semana passada. Entre elas estão a liberação do saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e pagamentos antecipados do Bolsa Família e de benefícios como aposentadoria e pensão por morte.

Também foi anunciado o adiamento do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda e a suspensão de pagamentos de tributos para a Receita e a Fazenda, além do adiamento de prazos de renegociação de dívidas com os cinco principais bancos do país e de financiamento de crédito habitacional.

Até o momento, 90 pessoas morreram em decorrência das chuvas que atingiram o estado desde a semana passada. Ainda há 131 desaparecidos e quatro mortes em investigação. De acordo com a Defesa Civil, o estado tem 48.297 desabrigados e 156.056 desalojados.

Veja abaixo algumas das medidas já divulgadas.

PROJETO PARA FACILITAR LIBERAÇÃO DE VERBAS

Na segunda-feira (6), o presidente Lula enviou um projeto de decreto legislativo para reconhecer estado de calamidade pública em parte do país. A medida visa facilitar a liberação de verbas para o Rio Grande do Sul. O texto, que prevê uma duração até 31 de dezembro deste ano, foi aprovado pelo plenário da Câmara e segue para o Senado.

Caso seja aprovado, o decreto abre caminho para descontar da meta fiscal do governo federal os gastos com assistência emergencial e recuperação do Rio Grande do Sul, além de eventuais renúncias de receitas. Ao mesmo tempo, o governo debate no Congresso um projeto para agilizar a liberação de R$ 1,06 bilhão em emendas parlamentares para o estado.

LINHA DE CRÉDITO EM ESTUDO

Na segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal prepara linhas de crédito para a reconstrução de casas atingidas pelas enchentes, para financiar a aquisição de artigos de linha branca e material de construção e para pequenas, médias e grandes empresas.

DISCUSSÃO SOBRE SUSPENSÃO DE PAGAMENTOS DE DÍVIDAS COM UNIÃO

O governo vai propor a suspensão do pagamento das parcelas das dívidas do Rio Grande do Sul com a União, atendendo solicitação do governador Eduardo Leite, que pode liberar cerca de R$ 3,5 bilhões no caixa do estado.

“Nós temos que isolar o maior problema para enfrentar de maneira adequada. É um caso totalmente atípico, precisa de um tratamento específico”, disse Haddad. O governo federal ainda avalia a liberação de verbas através de créditos extraordinários, que acelera a destinação de recursos em situações urgentes.

SAQUE DO FGTS LIBERADO

A retirada do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) está liberada desde a semana passada para quem mora em cidades em situação de calamidade pública. Até o momento, são 336 municípios. Veja neste link a relação: 

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-rfb-n-415-de-6-de-maio-de-2024-557992616.

SUSPENSÃO DE CONTRATOS DE FINANCIAMENTO HABITACIONAL

A Caixa anunciou que os clientes com contratos de financiamento habitacional podem solicitar uma pausa de até três meses no pagamento.

PAGAMENTO DO BOLSA FAMÍLIA SEM CUMPRIR CALENDÁRIO

O governo também permitiu que as pessoas que moram nos municípios atingidos e recebam a Bolsa Família possam sacar o benefício no primeiro dia do pagamento, não precisando seguir o escalonamento previsto. A parcela de maio está prevista para começar no dia 17. O saque foi liberado sem precisar do cartão ou documentos, caso os beneficiários tenham perdido nas enchentes.

APOSENTADORIA ANTECIPADA

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) realizará o pagamento antecipado de benefícios previdenciários de junho junto com a parcela de maio. Portanto, quem recebe aposentadoria, pensão por morte e BPC (Benefício de Prestação Continuada) receberá em maio o acréscimo do valor de junho.

POSSÍVEL LIBERAÇÃO DE SEGURO-DESEMPREGO E PIS/PASEP

O Ministério do Trabalho prepara uma portaria para agilizar a liberação do seguro-desemprego e do abono salarial do PIS/Pasep para os moradores das cidades atingidas.

BANCOS SUSPENDEM COBRANÇA DE DÍVIDAS

Os cinco maiores bancos do Brasil (Itaú, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil e Santander) anunciaram no domingo a pausa no pagamento e renegociação de dívidas.

BANCO CENTRAL SUSPENDE COBRANÇAS CONTRA DEVEDORES

O Banco Central informou que decidiu suspender por 90 dias medidas de cobrança administrativa e judicial contra devedores da instituição que moram no Rio Grande do Sul e de pessoas jurídicas que possuem sede no estado.

“Com a decisão, ficam suspensas as ações de inscrição de devedores do estado em dívida ativa, o envio de certidões de dívida ativa para protesto e o ajuizamento de execuções fiscais”, disse em nota o BC.

Segundo o BC, o atendimento aos devedores e a seus representantes deve ser mantido e realizado, preferencialmente, de forma não presencial, por email, telefone e aplicativos de mensagem instantânea de texto ou de videoconferência.

DECLARAÇÃO DO IR ADIADA

A Receita Federal divulgou, na segunda-feira, que adiou o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda para 31 de agosto para os moradores das 336 cidades em situação de calamidade pública. No restante do país, o prazo continua com 31 de maio como o dia final. Após esta data, haverá cobrança de multa.

EMPRESAS E MEIS COM MAIS PRAZO PARA PAGAR IMPOSTOS

O pagamento de tributos para a Receita também foi adiado. As empresas de médio e grande porte com matriz em algum dos 336 municípios terão os tributos com vencimentos em abril, maio e junho postergados para o último dia útil de julho, agosto e setembro, respectivamente.

Já os MEIs (microempreendedores individuais) e as empresas que estão no Simples Nacional tiveram os prazos estendidos por dois meses. Portanto, os pagamentos que venceriam em maio e junho poderão ser quitados até 20 de junho e 22 de julho, respectivamente.

FAZENDA SUSPENDE COBRANÇA DE DÍVIDAS RENEGOCIADAS

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional suspendeu por 90 dias a cobrança de parcelas de financiamentos firmados para renegociação de dívidas com a União. A medida é válida para pessoas físicas, empresas e municípios.

Os tributos com vencimento em abril, maio e junho tiveram o prazo prorrogado para julho, agosto e setembro, respectivamente.

PRIORIDADE NO MINHA CASA, MINHA VIDA

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) um projeto de lei que dá prioridade na aquisição de novas moradias às pessoas atingidas por desastres naturais no âmbito do Minha Casa, Minha Vida.

PRAZOS SUSPENSOS EM PROCESSOS JUDICIAIS

Na esfera judicial, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) suspendeu os prazos de processos que estão nas varas do Rio Grande do Sul ou do TRT-4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que julga os casos do estado). A contagem foi interrompida para os casos entre 2 e 10 de maio. O TRT-4 adotou a mesma medida para prazos processuais, audiências e sessões de julgamento, inclusive telepresenciais, perícias e cumprimentos de mandados e atendimentos presenciais.

O Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) também anunciou a suspensão da contagem no prazo para moradores do Rio Grande do Sul. A medida é válida até o fim do mês.

MULTAS JUDICIAIS DESTINADAS PARA DEFESA CIVIL

Na semana passada, o presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Luis Roberto Barroso, determinou que as multas recolhidas pela Justiça serão enviadas para a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

DIESEL E GASOLINA TÊM MISTURA ALTERADA NO RS

O combustível também teve uma permissão temporária para ser alterado. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) permitirá que o diesel no Rio Grande do Sul poderá ter 2% da mistura de biodiesel, contra 14% do restante do país, e que a gasolina poderá receber o mínimo de 21% de etanol anidro, ante 27% da regra vigente. A mudança é válida por 30 dias.

AEROPORTO FECHADO E VOOS SUSPENSOS

As aéreas Latam, Gol e Azul suspenderam os voos para Porto Alegre ao menos até 30 de maio. O aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, está fechado desde 3 de maio e não há previsão de retorno.

PARALISAÇÃO DA INDÚSTRIA EM VÁRIOS SETORES

Indústrias em todo o estado paralisaram a produção, atingindo siderurgia, transporte, vinícolas, produtoras de carnes, laticínios e outros ramos. Na soja, a expectativa é que a colheita tenha uma queda de 10% a 15%.

CORREIOS E DEFESA CIVIL RECEBEM DOAÇÕES

Ao mesmo tempo que suspenderam os voos, as companhias aéreas divulgaram que transportarão doações de itens como roupas, alimentos e produtos de higiene e limpeza. Os Correios também estão recebendo doações e anunciaram que 200 toneladas de mantimentos foram arrecadados nessa segunda-feira, primeiro dia da campanha.

A Defesa Civil do estado também está com um centro de recolhimento, assim como igrejas. Foi intensificada a campanha por doação de sangue no Hemocentro de Porto Alegre e também foram disponibilizados canais de doações pelo governo estadual, pela prefeitura da capital e pelo Ministério Público estadual.

Para ajudar no resgate de pessoas ilhadas, a FAB (Força Aérea Brasileira) está usando desde domingo (5) um avião não tripulado para localizar quem está em situação de risco. 

A cidade de Porto Alegre está sem água e luz desde sexta-feira (3), quando o rio Guaíba atingiu 4,58 metros e alagou as principais ruas do centro histórico.

E DEPOIS, O QUANTO SERÁ GASTO NA RECONSTRUÇÃO?

Entre as estimativas já feitas para a recuperação do estado, o ministro do Transporte, Renan Filho, avalia que será necessário R$ 1 bilhão para recuperar as estradas federais. O governador do estado, Eduardo Leite, já afirmou que será necessário um “Plano Marshall” para a reconstrução, citando um cenário de pós-guerra.

O ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome prevê destinar pelo menos R$ 1,3 bilhão para ações assistenciais.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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