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Saúde

Só 1/4 dos brasileiros faz o mínimo de exercícios físicos recomendado no tempo livre

Os dados foram compilados em um artigo publicado nesta sexta (11) na revista brasileira Epidemiologia e Serviços de Saúde.

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Uma pesquisa observou que só 26% dos brasileiros seguem a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de dedicar pelo menos 150 minutos por semana para atividades físicas durante o tempo livre. Por outro lado, a fatia daqueles que não praticam nenhum exercício por lazer é de quase 60%.

Os dados foram compilados em um artigo publicado nesta sexta (11) na revista brasileira Epidemiologia e Serviços de Saúde. O estudo se baseia em informações coletadas pela PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), levantamento representativo da população brasileira cuja última edição data de 2019.

No estudo, foram considerados dados de 88 mil participantes da pesquisa nacional -aqueles menores de 18 anos que participaram da PNS foram excluídos da análise do artigo. Os pesquisadores atentaram para dois fatores: a regularidade de atividades físicas no tempo livre e o período de sedentarismo dos respondentes.

“Tomamos como referência, a recomendação da OMS para atividades físicas, ou seja, pelo menos 150 minutos por semana de alguma atividade física”, explica Arão Oliveira, pós-doutorando no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP e um dos autores do artigo.

No fator de atividade física, os participantes foram divididos em três categorias a depender do ritmo praticado de atividade física aeróbica, como caminhada, corrida e futebol.

O primeiro grupo era de inativos: aqueles que não faziam nenhum exercício no tempo livre. A segunda estratificação, chamada insuficientemente ativo, era composta por aqueles que se exercitavam, mas sem alcançar o recomendado pela OMS. Por último, há os ativos, que seguem o mínimo preconizado pela organização.

Com as análises feitas com base na PNS, observou-se que cerca de 60% dos participantes da pesquisa se encaixavam na categoria de inativos. Enquanto isso, 26% eram ativos e 14% eram insuficientemente ativos.

Para Oliveira, o dado representa um alerta para a saúde da população brasileira. “Muitas doenças crônicas e mortalidade precoce poderiam ser evitadas se as pessoas cumprissem as recomendações da OMS.”

Estudos já mostraram que uma rotina fisicamente ativa reduz riscos de problemas cardiovasculares, evita o aparecimento de alguns tipos de câncer e barra o desenvolvimento de diabetes tipo 2, para citar somente alguns benefícios de uma rotina ativa fisicamente.

Outros exercícios que também são importantes para a saúde humana são de fortalecimento muscular. Alongamentos, pilates e musculação são alguns exemplos dessa modalidade. Segundo a OMS, esse grupo de práticas complementa as vantagens obtidas com os exercícios aeróbicos.

A pesquisa recém-publicada também observou a adesão dos brasileiros a essas atividades, e os dados foram ainda mais preocupantes. Somente 8% dos respondentes seguiram o recomendado de praticar pelo menos duas vezes por semana essas atividades de fortalecimento muscular. Entre idosos, o percentual era ainda menor: 4%. É como se somente 1 a 30 brasileiros mais velhos praticassem esses exercícios.

Oliveira explica que o fortalecimento dos músculos pode ser especialmente importante nessa faixa etária, porque previne quedas, fragilidades e perda de massa muscular, fatores que dificultam a locomoção desse público.

Já em relação ao tempo sedentário, os participantes foram estratificados em quatro categorias, considerando o tempo gasto com aparelhos eletrônicos. Cerca de 38% afirmaram que utilizavam esses equipamentos de 0 a 4 horas por dia, enquanto 30% citaram o uso entre 4 e 6 horas. Outros 19% dedicavam de 6 a 8 horas de seu tempo diário com esses aparelhos, e 10% acima de 8 horas.

Oliveira afirma que, de início, quanto mais tempo alguém emprega seu tempo livre para fins sedentários, maior a chance da pessoa não ser ativa fisicamente. Mas também pode acontecer de o indivíduo trabalhar com uma função que demanda esforço físico. Nesse caso, ela estaria fazendo atividade física, mas sem ser no tempo livre -algo que o estudo não mediu, já que o foco foi observar o que os participantes relataram fazer durante o lazer.
Outro ponto do levantamento é que ele se baseia em dados da PNS de 2019. O pesquisador afirma que essas são as informações mais recentes com caráter representativo da população brasileira, além de serem reiterados por outros bancos de dados.

Um exemplo é o Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia). Antes da pandemia, a pesquisa concluiu que 38% dos entrevistados relataram praticar o mínimo de 150 minutos de atividade física por semana. Na edição mais recente, de 2023, esse percentual caiu para 31%.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

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Saúde

Saiba quais são as doenças provenientes do contato com a lama

Hepatite A, verme, leptospirose são algumas doenças.

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Lama ou água contaminada por microrganismos nocivos à saúde pode causar problemas como gastroenterite e casos de hepatite A, verme e até leptospirose, se ingerida ou se entrar em contato com lesões de pele, boca e outras mucosas. Por isso, a infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Marli Sasaki reforça a importância da higienização para evitar problemas.

“Espaços abertos com lama estão expostos a animais, como ratos, e materiais orgânicos que podem transmitir doenças. Por isso, o ideal é se limpar o mais rápido possível com água e sabão e evitar o contato da sujeira com a pele”, explica especialista.

Mesmo mediante a situação de calamidade pública como ocorre neste momento no Sul do Brasil, é importante reforçar até mesmo para voluntários e autoridades quais são os equipamentos necessários para transitar em contato com a água e a lama: botas, luvas, além de lavar as mãos com água e sabão após o contato com o material, principalmente antes de comer e após o uso do banheiro e trocar de roupas sujas.

É importante também estar atento ao surgimento de sintomas, como: dor de cabeça intensa e continua febre, vômitos e diarréia. Os sinais podem indicar infecções causadas pelo contato com lama contaminada.

Infecções que podem ser transmitidas pela lama:

Problemas gastrointestinais

Ao ingerir pequenas quantidades de lama contaminada, surgem os sintomas clássicos das infecções gastrointestinais: náuseas, diarréia, vômito e febre. Os incômodos aparecem poucas horas ou dias após o contato com microrganismos nocivos à saúde. O problema é tratado com boa hidratação, medicação para administrar os sintomas e, em casos mais graves, com antibióticos.

Hepatite A

A doença é causada pela ingestão de material fecal, que pode estar presente na lama. A infecção geralmente não apresenta sintomas, mas quando surgem são: febre, dores musculares e fadiga. Pode desencadear também problemas gastrointestinais, urina escura e pele amarelada.

A doença não tem tratamento específico, mas pode ser evitada pela vacinação

Verme

A lama pode conter também fezes de animais com ovos de ancilóstomo, que causa a doença larva migrans, também conhecida como bicho geográfico. A transmissão ocorre pelo contato de materiais com os ovos do parasita com a pele lesionada ou machucada. São sintomas coceira intensa em região com lesões sinuosas e semelhantes a um mapa.

O tratamento é feito com medicação específica para eliminação de verme.

Leptospirose

A doença é causada pela bactéria leptospira e transmitida pelo contato entre a pele e a urina de animais contaminados. Os principais transmissores são os ratos. São sintomas: febre, dor de cabeça e muscular, principalmente nas panturrilhas, falta de apetite e vômitos. Os sinais podem surgir em um dia ou em mês, porém, aparecem comumente entre um e duas semanas (7 a 14 dias).

A leptospirose é tratada com medicação para minimizar os sintomas e, em casos mais graves, com antibiótico. Por isso, nos primeiros sinais comuns da doença, procure por atendimento médico.

Foto Getty

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Internações por dengue e síndrome gripal aumentam em 96% dos hospitais no estado de SP

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Hospitais do estado de São Paulo registraram alta nas internações por dengue e casos respiratórios. O levantamento do SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) analisou 89 unidades de saúde privadas no estado.

O período compreendeu os dias 3 e 10 de maio. No total, 96% dos hospitais consultados reportaram alta de casos de dengue e Srag (síndrome respiratória aguda grave), levando a internações.

Dentre os hospitais pesquisados, 67% eram localizados na capital paulista e grande São Paulo, e o restante no interior do estado.

Em unidades de tratamento intensivo e leitos cínicos convencionais, as internações de adultos por dengue cresceram de 21 a 30% em 42% dos hospitais ouvidos, enquanto srag registrou uma alta de 5% em metade das unidades entrevistadas.

Pacientes pediátricos registraram alta de 21 a 30% em 60% dos hospitais analisados.

Em unidades de tratamento intensivo a pesquisa mostra que 70% dos hospitais registram alta de até 5% por dengue, enquanto 90% das unidades apontou crescimento de 5% para internações em UTIs por srag em adultos e crianças.

Nos pronto-atendimentos e demais serviços de emergência, a procura por ajuda aumentou em 69%, resultando num tempo de espera para atendimento de duas a quatro horas em 73% dos hospitais ouvidos, segundo o estudo.

A pesquisa também apontou que 83% dos hospitais informaram que os pacientes com dengue têm, em média, idades entre 30 e 50 anos, mesma faixa etária daqueles que procuraram assistência por srag em 69% das unidades entrevistadas.

Dentre os hospitais ouvidos, 61% apontou que os pacientes com dengue têm um tempo de permanência nos leitos clínicos de 4 dias. Já para srag, 91% das unidades afirma que esse prazo é de 5 a 10 dias.

Já pacientes de dengue internados em UTIs, segundo 70% dos hospitais, ocupam as unidades por até 4 dias. Para srag, adulto ou pediátrico, maioria dos ouvidos no estudo relatou um tempo de permanência igual aos de leitos convencionais, de 5 a 10 dias.

Devido a sazonalidade com temperaturas mais amenas, é comum o aparecimento de quadros gripais e doenças relacionadas à síndrome respiratória aguda grave. Na última semana, a reportagem da Folha de S.Paulo visitou cinco hospitais particulares nas diferentes regiões da capital paulista e constatou espera de até três horas para atendimento de sintomáticos para dengue e gripes.

De acordo com o painel de monitoramento de São Paulo, até esta quarta-feira (15), são contabilizados 1.063.519 casos de dengue em todo o estado com 722 óbitos confirmados e outros 859 em investigação.

As cidades com mais mortes pela doença são, respectivamente: São Paulo (136), Guarulhos (58), Jacareí (54), São José dos Campos (51), Taubaté (26), Campinas (22), Pindamonhangaba (13), Bebedouro (11), Marília (11), Rio Claro (11) e Franca (10).

Fonte: FOLHAPRESS

 

           

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Saúde

Ministério da Saúde faz alerta para aumento de casos de febre oropouche

No total, foram registrados 5.102 casos desde o início do ano, destes, 2.947 estão no Amazonas, enquanto 1.528, em Rondônia.

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Em boletim emitido com dados de até quarta-feira (15), o Ministério da Saúde apontou aumento nos casos de febre oropouche pelo Brasil. No total, foram registrados 5.102 casos desde o início do ano, destes, 2.947 estão no Amazonas, enquanto 1.528, em Rondônia.

Outros casos confirmados e em investigação foram contabilizados em estados como Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel informou que essa difusão da febre oropouche para outros estados brasileiros acontece há algumas semanas. “Não temos só aquele concentração na região norte, como aconteceu no primeiro momento. Acreditamos que ficaria concentrado, mas houve um espalhamento”, diz.

A febre oropouche acomete, geralmente, pessoas com idades entre 20 e 29 anos, seguida por faixas etárias de 30 a 39, 40 a 49 e 10 e 19 anos.

Para controle, a secretária afirma que foi feita uma construção das orientações para observação clínica da doença. “Não tínhamos um manual ou protocolo para febre oropouche”, diz.

O Ministério da Saúde afirmou ainda ter distribuído testes para diagnóstico para os Lacens (Laboratórios Centrais de Saúde Pública). O único teste capaz de diagnosticar a doença é o RT-PCR, desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta acontece por sangue.

A febre oropouche é transmitida pela picada do Culicoides paraensisI, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que tem um ciclo silvestre e urbano, e é detectada no Brasil desde a década de 60.

Os sintomas da doença são semelhantes ao da dengue. Os pacientes contaminados frequentemente relatam temperatura acima dos 38ºC, dor de cabeça, muscular e articular, podendo apresentar também quadros de náuseas, vômitos e tontura por um período de dois a sete dias.

Tais sinais, no entanto, se diferem do contágio da dengue porque, no caso da febre oropouche, o paciente não evolui para um quadro grave de dores abdominais e hemorragias após alguns dias desde o início dos sintomas -como pode acontecer em casos de dengue grave.

Os sintomas da febre oropouche também podem ser bifásicos para 60% dos contaminados, ou seja, podem ter febre e dores por alguns dias e, após uma semana e o desaparecimento, retornarem os mesmos sinais, até sumirem completamente.

Não há registros de mortes por febre oropouche até o momento, porém, em alguns casos, pode haver comprometimento do sistema nervoso central em pacientes imunocomprometidos, podendo resultar em meningite asséptica e meningoencefalite.

É mais comum apresentarem sintomas da doença se o paciente tiver viajado para a região amazônica. Nestes casos, o recomendado é procurar uma unidade de saúde para a avaliação clínico-laboratorial.

Foto iStock

Por Folhapress

           

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