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Após 20 dias na UTI, dentista cria projeto para atender sequelados da Covid

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 Com um número cada vez maior de brasileiros sequelados pela Covid-19 e sem recursos para a reabilitação no país, um grupo de voluntários de diversas áreas da saúde está fornecendo, gratuitamente, atendimento aos pacientes que estiveram internados com a forma grave da doença.

Sem um nome ainda definitivo, esse conjunto de sintomas que incluem cansaço, fraqueza e dificuldades neuromotoras, tem sido chamado de “síndrome pós-Covid”, “Covid longa”, “Covid prolongada” e “Covid persistente” e pode persistir meses após a alta hospitalar.

O projeto Com.Vida, que reúne médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, entre outros, surgiu a partir de uma experiência pessoal da dentista Raquel Trevisi, 39, de Presidente Prudente (SP), que teve Covid-19 no ano passado e ficou 30 dias internada, 20 dos quais na UTI.

Nesse período, Raquel passou por duas intubações, teve 85% de comprometimento dos pulmões, sofreu trombose no braço e na perna e infecção. Ao sair do hospital, pesava 25 kg a menos e só mexia a cabeça.

“Eu fiquei com uma espécie de tetraplegia temporária. Foi quando pensei em criar o projeto. Sou privilegiada, tenho condições financeiras para poder bancar um tratamento digno de recuperação. Mas pensava: e quem não tem esse suporte todo, meu Deus?”

Filha do dentista Hugo Trevisi, que desenvolveu uma técnica de aparelho ortodôntico e que morreu em janeiro vítima da Covid, Raquel conta que, no início da recuperação, fazia fisioterapia duas vezes por dia, pagando R$ 150 por cada sessão.

Tinha apoio também de nutricionista, psicóloga e de dois médicos, um cardiologista e um vascular. Contando os profissionais, os medicamentos e a suplementação alimentar, no primeiro mês após a alta, ela teve um custo de mais de R$ 10 mil com o tratamento.

Segundo a dentista, as famílias não estão preparadas para receber o paciente que sai do hospital com sequelas da Covid. “O hospital liga e diz: ‘tá de alta, vem buscar’. Muitos não têm nem carro para buscar, nem uma cadeira de rodas para transportar.”

Com ajuda da enfermeira Renata Cazuza, Raquel colocou de pé o projeto, divulgando-o no seu perfil do Instagram. Em um vídeo, relatou a ideia, ofereceu ajuda às famílias e pediu que profissionais da saúde abraçassem a causa, sendo voluntários no atendimento. Hoje, 80 deles estão cadastrados.

A fisioterapeuta Ceres Elena Melchiori Miyasaki foi uma das que atendeu ao chamado. Ela conta que uma das principais sequelas no pós-Covid tem sido as grandes perdas de massa muscular, que acarretam limitações na vida diária do paciente, como andar, vestir-se e ir ao banheiro.

“Outra dificuldade bastante comum é a falta de ar e o cansaço que eles sentem para realizar atividades básicas, como levantar da cama e, em alguns casos, até mesmo para conversar”, relata.

O aposentado Wanderley de Oliveira Matos saiu do hospital com quadros de ansiedade, angústia e inflamação nas pernas e braços. A nutricionista Candice Ballalai é uma das voluntárias que o atendem. Passa orientações sobre a dieta e aplica auriculoterapia (estimulação dos pontos como na acupuntura, só que na superfície da orelha).

“Estou me sentindo mais animado”, diz Matos.

Após 68 dias internada, dos quais nove intubada, a técnica de enfermagem Dyellen Nogueira, 26, começou a ser acompanhada por uma fisioterapeuta e uma psicóloga.

Ela tinha dificuldade para andar, problemas renais e muita falta de ar. “Eles foram um anjo. Não sei o que teria sido de mim sem eles”, diz ela, ainda puxando o ar após quatro meses da internação.

Para Dyellen, a psicoterapia tem sido fundamental para voltar a ter planos para o futuro. “Eu só tinha medo. Medo de voltar a sair de casa, medo de voltar a trabalhar no hospital, medo de não me recuperar mais. Ganhei confiança para seguir em frente.”

A psicóloga Luciana Deutscher, uma das voluntárias do Com.Saúde, diz que tem recebido pacientes no pós-Covid com sequelas psicológicas, especialmente um alto grau de ansiedade, e neurológicas, como alucinações e perda de memória recente. “Temos pacientes com um medo tão grande que já atinge características da síndrome do pânico”, conta.

A boa notícia, segundo ela, é que com apenas uma semana de atendimento da equipe do projeto, os pacientes já relatam melhora, especialmente dos quadros de ansiedade.

“Esse trabalho de acolhimento, de escuta especializada, já faz uma grande diferença. Isso independe do sexo, do tempo de internação, se precisou de intubação ou não.”

Luciana montou um protocolo exclusivo para esse tipo de atendimento, direcionado para as angústias e medos relacionados à Covid-19. Ela já trabalhava com um modelo de orientação psicológica com começo, meio e fim. Por exemplo, voltado a pacientes que vão enfrentar grandes cirurgias.

“Na Covid, o paciente passa a ter uma mudança radical na vida, alguns ficam meses no hospital, outros intubados, e quando retornam às suas casas, a realidade é outra. A vida não é mais a mesma que ele tinha antes.”

Para muitos pacientes, além de enfrentar as sequelas físicas e emocionais da Covid, também será preciso lidar com luto de ter perdido uma pessoa próxima. Por isso, o projeto atende também familiares próximos.

A psicóloga atende um pai, que é o paciente que teve Covid, e uma das suas filhas. “Eles perderam a mãe [mulher do paciente], a avó e a tia para o Covid. Um passou para o outro em um café em família.”

“A Covid é algo inimaginável. Além de todo respaldo para recuperação, é preciso acolhimento, amor e esperança de que um dia tudo ficará bem”, diz Raquel Parisi.

Mais informações sobre o projeto Com.Vida estão na página do Instagram de Raquel Trevisi (@raqueltrevisi).

Por:Brasil ao Minuto

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Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar ‘inabitável’ em 50 anos; entenda

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As alterações climáticas são situações que afetam a população global. Nesse sentido, as diferentes nações, especialmente em algumas partes do mundo, não estão isentas da consequência que a aceleração desse fenômeno pode ter. É o que aponta relatório recente da Nasa (agência espacial americana) que desatou alarde ao alertar que em 50 anos, ou seja, aproximadamente no ano 2070, haveria algumas áreas do mundo que poderiam se tornar inabitáveis devido ao aquecimento global.

A Nasa indica que esse relatório foi feito com dados de satélite que alertam sobre o aumento das temperaturas e da umidade, que podem inviabilizar a vida humana em determinadas regiões. O estudo ressalta também que, entre as próximas três e cinco décadas, algumas áreas da Terra já não terão as condições adequadas para o desenvolvimento da vida humana. Esse importante dado foi obtido através de um indicador térmico específico: bulbo úmido.

A temperatura de bulbo úmido, também conhecida como temperatura úmida, é uma medida da temperatura do ar que leva em consideração a temperatura ambiente e a umidade relativa. Ou seja, é a temperatura sentida na pele quando ela está molhada e exposta ao ar em movimento, segundo o portal Sencrop.

A Nasa menciona que o bolbo húmido permite identificar as zonas do planeta que estão em risco e destaca os cinco locais que poderão ficar “inabitáveis” ​​num período máximo de cinco décadas:

– Sul da Ásia: esta região, onde vivem milhares de milhões de pessoas, poderá registar temperaturas de bulbo húmido superiores a 35 graus Celsius até 2070. Isto significa que a combinação de calor e humidade poderá atingir níveis perigosos para a saúde humana, mesmo para pessoas saudáveis.

– Golfo Pérsico e Mar Vermelho: as temperaturas nessas regiões também já são extremamente elevadas e a previsão é a de que aumentem ainda mais nas próximas décadas. A combinação de calor e umidade poderá tornar a região inabitável até 2070.

– Partes da China, Sudeste Asiático e Brasil: essas regiões também poderão enfrentar condições inabitáveis ​​nas próximas décadas, embora o prazo exato seja mais incerto; porém, a derrubada de árvores e o consumo irresponsável de recursos naturais podem provocar uma aceleração no aumento da temperatura ambiental.

Fonte: Exame

           

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Brasil

Congelamento de R$ 15 bi no Orçamento será oficializado hoje

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A equipe econômica oficializará, nesta segunda-feira (22), o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. A suspensão dos valores constará do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser enviado na tarde de segunda ao Congresso Nacional.

Na última quinta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou o anúncio do congelamento, em meio à disparada do dólar às vésperas do envio do relatório. Dos R$ 15 bilhões a serem suspensos, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados; e R$ 3,8 bilhões, contingenciados.

Tanto o contingenciamento como o bloqueio representam cortes temporários de gastos. O novo arcabouço fiscal, no entanto, estabeleceu motivações diferentes. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo crescem mais que o limite de 70% do crescimento da receita acima da inflação. O contingenciamento ocorre quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública).

A distribuição dos cortes pelos ministérios só será divulgada no fim do mês, quando for publicado um decreto presidencial com os limites de gastos por ministérios. Pela legislação, o detalhamento do congelamento deverá ser publicado até dez dias após o envio do relatório ao Congresso.

Em março, o governo tinha bloqueado R$ 2,9 bilhões em gastos discricionários (não obrigatórios) do Orçamento. O bloqueio foi necessário para garantir o cumprimento do limite de gastos do arcabouço fiscal.

Com a aprovação da lei que retomou a cobrança do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (Dpvat), o governo havia liberado os R$ 2,9 bilhões em maio. Isso ocorreu porque a lei continha um “jabuti” que liberou R$ 15,8 bilhões do teto de gastos. A liberação do dinheiro estava prevista no arcabouço fiscal, caso a arrecadação tivesse crescimento acima do previsto. Em política, o termo jabuti significa a inserção, em uma proposta legislativa, de um assunto sem relação com o texto original.

Fonte: Agência Brasil

           

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Recém-nascido é encontrado em banheiro de hospital em SP

O bebê foi localizado por uma auxiliar de limpeza ao trocar o lixo do banheiro feminino destinado para pessoas com deficiência na UPA Baeta Neves, no bairro de mesmo nome. A criança estava ao lado do vaso sanitário, no chão, enrolada em três fronhas de travesseiro e um moletom vermelho.

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Uma mulher é suspeita de abandonar um bebê recém-nascido no banheiro de uma Unidade de Pronto Atendimento em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, na tarde deste domingo (21).

O bebê foi localizado por uma auxiliar de limpeza ao trocar o lixo do banheiro feminino destinado para pessoas com deficiência na UPA Baeta Neves, no bairro de mesmo nome. A criança estava ao lado do vaso sanitário, no chão, enrolada em três fronhas de travesseiro e um moletom vermelho.

Médicos que foram chamados encontraram um bilhete junto ao recém-nascido, com a frase: “Boa tarde. Por favor, cuidem bem dele e o leve ao médico”. A criança passou por atendimento e foi encaminhada para o Hospital Municipal de Urgência por uma equipe do Samu.

O menino ficará aos cuidados da equipe responsável no Hospital da Mulher.

O caso foi atendido por guardas-municipais. Conforme o boletim de ocorrência, câmeras de segurança registraram quando uma mulher saiu de um carro por volta das 15h30. Ela segurava algo enrolado nas fronhas e na blusa vermelha.

Segundo o documento, ela permaneceu na frente da UPA até às 15h49, entrando em seguida no hospital. Ela deixou o local às 15h56 sem o bebê. O menino foi localizado às 16h15. A parte interna da UPA também possui câmeras. As imagens serão solicitadas pelos investigadores.

O caso foi registrado como abandono de incapaz.

Foto Istock

Por Folhapress

           

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