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Assassinato de Martin Luther King completa 50 anos

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Líder e ativista pelos direitos civis, norte-americano foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis

“A última campanha de Martin Luther King Jr foi a Campanha dos Pobres. Isso é muito importante, eliminar a pobreza. Isso ainda não foi alcançado”. A afirmação é Tom Houck, ativista que trabalhou na juventude como assistente pessoal de Martin Luther King Jr. e motorista da família dele. Cinquenta anos após a morte de Martin Luther King Jr, completados nesta quarta-feira (4), Houck conversou com nossa reportagem sobre como conheceu um dos principais líderes dos direitos civis nos Estados Unidos e detalhes sobre a vida dele.

Filho e neto de pastores protestantes batistas, Martin Luther King Jr. formou-se em teologia e foi como pastor em Montgomery, capital do Alabama, que iniciou sua luta pela igualdade de direitos para negros e brancos nos Estados Unidos.

Liderou, em 1955, o boicote aos serviços de transportes na cidade após a costureira negra Rosa Parks ter se recusado a ceder o lugar no ônibus para um branco e foi presa. O boicote durou quase um ano e King foi preso.

Na década de 60, durante os boicotes aos transporte públicos, Tom Houck, ainda estudante do ensino médio, decidiu seguir o reverendo Martin Luther King em Montgomery, e, desde então, nunca mais abandonou a luta pela igualdade racial.

Houck conta que conheceu o líder norte-americano quando aguardava uma carona, sentado na entrada do Southern Christian Leadership Conference (SCLC), conferência de liderança cristã, que foi presidida por Martin Luther King Jr., organização que defende os direitos civis dos afro-americanos.

“Eu era um rapaz branco, de cabelos longos e castanhos, sentado na calçada esperando uma carona. Foi quando Dr. King me viu e perguntou se eu queria almoçar na casa dele”. Houck diz que ainda hoje recorda o cardápio: frango frito, pão de milho, couve, chá doce e pudim de creme de banana.

Mais tarde naquele dia, Coretta, esposa de King, comentou sobre a necessidade da família de ter um motorista. E nos nove meses seguintes, Houck levou as crianças de King para a escola e algumas vezes o casal.

Nascido em Massachusetts, Tom Houck relembra a histórica marcha de Selma a Montgomery, em 1965, quando 600 manifestantes saíram às ruas para cobrar o direito a voto para os negros no estado. Aquele 7 de março ficou conhecido como Domingo Sangrento, pois os manifestantes foram violentamente reprimidos pela polícia. A transmissão ao vivo pela TV das imagens de violência chamou a atenção da população. Após duas semanas, King liderou uma nova marcha a partir de Selma. Meses depois, o presidente Lyndon Johnson assinou a lei que permitia o direito de voto para negros.

Houck conta que a participação na marcha de Selma lhe rendeu a expulsão da escola de ensino médio que frequentava. “Fui considerado um subversivo. Um rapaz branco marchando em defesa do movimento negro”, diz, lembrando que desde criança ficava inquieto com a segregação racial. “Quando eu tinha seis anos de idade, eu ia pra escola e ficava perguntando por que motivo os banheiros de negros e brancos eram separados”.

Após a marcha de Selma, Houck participou de várias manifestações de desobediência civil não violenta na luta por direitos civis e voto para todos os norte-americanos. Em 1966, chegou a Atlanta para participar do registro de eleitores e passou a trabalhar como assistente e motorista de Martin Luther King.

Passeio

Hoje, aos 70 anos, Houck criou um passeio turístico especializado em direitos civis em Atlanta, na Geórgia, onde conta histórias e experiências vividas com “Dr. King”, cidade em que o líder nasceu e viveu.

A Agência Brasil acompanhou o passeio de ônibus no último sábado, dia 31. De pé, na parte da frente do ônibus, Tom Houck conta detalhes da história, alguns pouco conhecidos, de Martin Luther King Jr., como que era bastante galanteador e fumava muitos cigarros por dia – hábito que irritava a mulher.

“Algumas vezes Dr. King me dava os cigarros e eu escondia, porque Dona Coretta saia procurando nos bolsos dele”.

Tom Houck ao lado da estátua de Martin Luther King Jr. em Atlanta Leandra Felipe/Agência Brasil

Uma das paradas do passeio, por exemplo, é a casa onde o ativista viveu com a família os últimos anos de vida, no sudoeste de Atlanta, um dos bairros mais pobres e violentos da cidade, com maioria dos residentes negros.

No tour, Houck tenta mostrar que Martin Luther King Jr. era uma pessoa real. “Ele não era perfeito. Mas tinha o sonho e teve a visão que conhecemos e que seguimos”.

Durante o passeio, de três horas, ele mostra contrastes da cidade de Atlanta, como por exemplo uma estátua do General Gordon próxima a um monumento de Martin Luther King.

Ao ver a estátua, diz ao grupo: “Esta estátua ainda está aqui?”. A reportagem pergunta: “Mas é parte da história, não?”. Ele responde: “Sim, mas este general era muito racista”.

Outra parada é o cemitério onde inicialmente foi levado o corpo de Martin Luther King Jr.

Em 1984, o corpo foi transferido para o parque nacional, que fica no centro de Atlanta. Segundo Houck, o motivo foram as tentativas sucessivas de saque ao jazigo da família.

Sobre a lição mais importante aprendida com o ícone da luta contra o racismo, Houck afirma que sem dúvida foi a resistência, a não violência e o amor.

“Eu tenho um sonho”

Em 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr. fez seu discurso mais emblemático para mais de 200 mil que marcharam, em Washington, pelo fim da segregação racial. “Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele. No ano seguinte, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Em 4 abril de 1968, foi assassinado a tiros em um hotel na cidade de Memphis.

A luta de King levou a implantação da lei dos Direitos Civis e dos Direitos de Voto, em 1964 e 1965, que colocaram fim às normas estaduais de segregação racial nos Estados Unidos.

King era casado com Coretta e teve quatro filhos.

*Por Agência Brasil.

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Justiça condena Vivara por exigir funcionárias magras e de cabelo liso

A sentença foi dada pelo Tribunal do Trabalho de São Paulo e ainda cabe recurso.

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A rede de joias Vivara foi condenada a pagar indenização de R$ 10.000 por impor padrões de gênero e de aparência durante os processos de contratação. A sentença foi dada pelo Tribunal do Trabalho de São Paulo e ainda cabe recurso.

O fundador da empresa exigia mulheres de cabelos longos e lisos, magras, sem tatuagem e sem piercing, segundo os autos. Uma analista de recrutamento e seleção, autora da ação trabalhista, afirmou que era obrigada a adotar critérios relacionados a padrões de beleza para escolher as contratadas.

A analista contou que as vagas deveriam ser preenchidas exclusivamente por mulheres. O motivo seria evitar que as funcionárias tivessem relacionamentos amorosos no trabalho e engravidassem.

A exclusividade feminina se aplicava somente a vagas de atendimento ao público. Para vagas administrativas, tanto homens quanto mulheres poderiam ser admitidos. Uma testemunha confirmou as orientações e disse que os critérios de contratação eram passados para a equipe apenas verbalmente.

A empresa objetificou o corpo feminino e exigiu padrões de beleza, segundo a juíza Yara Campos Souto. A magistrada considerou que “a atitude de só contratar mulheres pode parecer benéfica para o gênero em um primeiro olhar, mas no caso concreto revela comportamento machista e discriminatório”.

A empresa deve pagar R$ 10.000 à analista de recrutamento e seleção por danos morais. Para a juíza, ficou provado que a empresa impôs critérios discriminatórios e ilícitos à funcionária, o que caracteriza atentado a sua dignidade e integridade.

Ainda cabe recurso da decisão. A reportagem tenta contato com a Vivara para um posicionamento.

O espaço segue aberto para manifestação.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Deputado Joãozinho Tenório e pré-candidato a prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro, se reúnem com a governadora Raquel Lyra

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Na manhã de hoje (30), o deputado Joãozinho Tenório esteve acompanhado do pré-candidato a prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro, no Palácio do Campo das Princesas, onde foram recebidos pela governadora Raquel Lyra para uma reunião.

Na oportunidade, Joãozinho e Fabinho conversaram com a governadora sobre o andamento e agilizações da construção do Complexo de Polícia Científica no município, assim como a implantação de um Polo Industrial.

Ainda na ocasião, frisaram a importância da estrada que liga ao Pau Ferro, além da articulação do Governo do Estado na retomada das obras do ramal da Transnordestina que liga Salgueiro a Suape.

De acordo com Joãozinho, foi uma conversa bastante produtiva, onde mais uma vez Raquel Lyra atendeu com muita atenção, afirmando que está atenta as demandas discutidas.

“Agradeço mais uma vez a atenção da governadora Raquel Lyra para com os pleitos solicitados, na certeza que em breve teremos boas notícias para todos os salgueirenses”, afirmou o parlamentar.

           

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Comunicado da Câmara de Vereadores de Cabrobó sobre Sessões Ordinárias

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A Câmara de Vereadores de Cabrobó informa à população cabroboense que as Sessões Ordinárias estão sendo realizadas às terças-feiras, mantendo o horário tradicional às 18:30h. Este é um espaço democrático e aberto para que os cidadãos acompanhem de perto as discussões e decisões que impactam diretamente a vida do município.

Para aqueles que não podem comparecer presencialmente, a Câmara disponibiliza a transmissão ao vivo das sessões por meio do Perfil Oficial da Câmara no Facebook. Dessa forma, os moradores de Cabrobó têm a oportunidade de acompanhar os debates, as votações e as proposições dos vereadores sem sair de casa, garantindo assim maior transparência e participação popular nas atividades legislativas.

 

           

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