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Brasil

Crianças com maior risco de morte para Covid vão continuar sem vacina

Embora o número de mortes de crianças até cinco anos represente apenas 0,22% do total de óbitos por Covid até dezembro de 2021 (668.074) no Brasil, a quantidade está muito acima em relação a outros países.

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Crianças entre seis meses e dois anos, que ainda não têm indicação para a vacinação contra Covid-19 no Brasil, têm mais do que o dobro de risco de morte em relação à faixa etária entre três e cinco anos, para a qual a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta quarta (13) o uso da vacina Coronavac (Butantan).

Enquanto o primeiro grupo de crianças responde por 36,4% das mortes e 43,9% das internações na faixa etária do zero aos cinco anos, o segundo grupo foi responsável por 14% e 22,4%, respectivamente, entre 2020 e 2021.

Os dados são do Observa Infância, projeto ligado à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e que reúne informações do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Saúde. Em 2020 e 2021, os dois primeiros anos da pandemia, 1.508 crianças de zero a cinco anos anos morreram e outras 28.461 foram internadas por complicações da Covid.

Metade dos óbitos (50,5%) e 33,7% das internações ocorreram entre bebês até seis meses de idade, para os quais não há indicação da vacina contra a Covid em nenhum lugar do mundo.

Ao menos 13 países já vacinam crianças menores de cinco anos contra a Covid-19. Em locais como Chile e Venezuela, a imunização é oferecida desde o fim de 2021 e, nas últimas semanas, Estados Unidos e Israel aprovaram a aplicação de doses a partir dos seis meses de idade.

No Brasil, até o momento, nenhuma farmacêutica solicitou autorização à Anvisa para uso da vacina a partir dos seis meses. Em nota, a Pfizer disse que “busca fazer a submissão à Anvisa o mais prontamente possível”. A Zodiac, representante da Moderna no país, espera entregar a solicitação para usar seu imunizante em todas as faixas etárias, incluindo crianças de seis meses a cinco anos, no início de agosto.

Especialistas ouvidos pela Folha dizem que é muito importante a liberação da vacina para as crianças entre 3 e 5 anos, mas é preciso que o Brasil avance para a vacinação a partir dos seis meses, que faixa etária que concentra ainda mais mortes e internações.

“É um avanço importante [a liberação do uso para a faixa etária dos três aos cinco anos] para a proteção das nossas crianças, mas ainda é insuficiente. A Argentina, nossa vizinha, já deve começar no final de julho a imunizar crianças a partir de seis meses. Precisamos avançar nessa direção também”, diz Cristiano Boccolini, pesquisador do Observa Infância.

A Argentina já vacina crianças a partir de três anos e, segundo o Ministério da Saúde local, em 25 de julho o país receberá 1,4 milhão de doses para iniciar a imunização de crianças entre seis meses e três anos, e oferecer reforço para aquelas entre três e quatro anos. Para quem tem entre 3 e 17 anos, são aplicadas as vacinas Sinopharm e Moderna e os menores de três anos receberão doses da Moderna.

Renato Kfouri, presidente do departamento científico de imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), também defende a vacinação a partir dos seis meses. “O primeiro ano de vida é quando se concentra a maior gravidade dos casos das crianças. As vacinas da Pfizer e da Moderna têm registro nos Estados Unidos a partir dos seis meses e já começaram a ser utilizadas lá, a gente espera com muita ansiedade que sejam utilizadas aqui também”, afirmou.

Embora o número de mortes de crianças até cinco anos represente apenas 0,22% do total de óbitos por Covid até dezembro de 2021 (668.074) no Brasil, a quantidade está muito acima em relação a outros países.

Os Estados Unidos, por exemplo, registraram 442 mortes entre crianças abaixo dos cinco anos por Covid até dezembro de 2021, ou seja, quase um terço do total de óbitos brasileiros. Os EUA têm 3,6 milhões de nascimentos por ano, enquanto o Brasil cerca de 2,6 milhões.

“Estamos com número de mortalidade por complicações da Covid muito maior do que dados americanos e europeus e pior do que o México e a Argentina, países que têm níveis socioeconômicos semelhantes aos nossos”, diz o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, gerente de qualidade do Hospital Infantil Sabará.

Segundo ele, a expectativa é que, com a ampliação da vacinação para as crianças abaixo de cinco anos, haja diminuição de mortes e de internações por Covid como ocorreu em outras faixas etárias. “Principalmente entre as crianças abaixo de um ano de idade, mesmo as saudáveis, há maior risco de complicações, elas fazem pneumonias virais mais graves e precisam de internação em UTI.”

No Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR), 186 dos 288 casos de internações de crianças e adolescentes por Covid neste ano se concentraram na faixa etária abaixo de cinco anos, a maioria (111) entre os lactentes (de 30 dias a dois anos incompletos)

Oliveira Junior explica que dificilmente haverá vacina contra Covid para as crianças abaixo de seis meses. O mesmo ocorre, por exemplo, com a imunização contra a gripe influenza. “Para essa faixa etária, a melhor estratégia é a vacinação da gestante porque tem passagem dos anticorpos [pela via placentária].”

Para o infectologista, porém, é importante não só avançar na vacinação para as faixas etárias menores como também reforçar a imunização das crianças entre 5 e 11 anos, que ainda não foram vacinadas por resistência dos pais.

Nessa faixa etária, o percentual de vacinados com a primeira dose está em torno de 60%, e a segunda dose está estagnada em menos de 40%. “Precisamos entender o motivo dessa resistência e reforçar a importância do esquema completo para garantir uma proteção mais efetiva contra as formas mais graves. Os dados publicados não mostram mortes ou complicações relacionadas à vacina.”

Ele lamenta o fato de que alguns pediatras, a despeito das evidências científicas sobre a segurança e eficácia da vacina, continuem não recomendando a vacinação, o que contribui para a hesitação dos pais.

A vacinação de crianças e adolescentes é um tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), que chegou a distorcer dados e desestimular a imunização infantil. O presidente até mesmo ameaçou expor nomes dos servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer nos mais jovens.

Por Folhapress

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Brasil

Itaú alerta para fraudes em vendas de ‘ingressos VIP’ para show da Madonna

Apresentação será gratuita para os fãs que assistirem na areia da praia de Copacabana.

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Pessoas estão vendendo falsos ingressos para uma área “VIP” do show da Madonna, que acontecerá no sábado (4), no Rio de Janeiro, por até R$ 2 mil nas redes sociais. O Itaú, patrocinador do evento, alerta para a fraude e diz que o acesso ao evento é totalmente gratuito.

Apresentação será gratuita para os fãs que assistirem na areia da praia de Copacabana. Porém, a reportagem viu anúncios de vendas nas redes sociais por R$ 200, R$ 800 e até R$ 2 mil para assistir ao show de um ponto privilegiado, mais próximo do palco. O espaço, na verdade, é chamado pelo banco de “Espaço Itaú”. Um dos vendedores chega a dizer que tem um casamento na data e, por isso, precisará vender os ingressos.

“Espaço Itaú” é gratuito, mas o acesso é exclusivo para “convidados” do banco. O espaço, chamado de “Área VIP” por golpistas nas redes sociais, é voltado apenas para clientes ganhadores de promoções feitas pelo Itaú e convidados -incluindo fãs.

Os convites para o Espaço Itaú são intransferíveis, o que não permitirá a venda. A empresa informou à reportagem que a área contará com tecnologia de segurança e controle digital de acesso ao espaço -com liberação apenas com apresentação do documento original com foto, que comprove que a identidade titular do ingresso.

Banco diz que realiza comunicações de forma ativa sobre a não comercialização de acesso ao espaço e alerta os consumidores sobre a possibilidade de golpes. No site oficial do evento, o Itaú também avisa sobre a ação: “Golpistas estão se passando por ganhadores da promoção e tentando vender ingressos falsos para o Espaço Itaú. Se receber uma oferta, não realize a compra e denuncie para a nossa equipe técnica. Nossos ingressos não estão à venda”.

MEGASHOW

O show acontece no dia 4 de maio, a partir das 21h45.O palco foi montado em frente ao hotel Copacabana Palace, como acontece no réveillon, em direção ao bairro do Leme. No total, serão 16 torres para equipamentos de iluminação, vídeo e áudio. TV Globo, Multishow e Globoplay transmitirão o evento.

Expectativa de público é de 1,5 milhão de pessoas, dizem prefeitura e governo. Será o maior show da carreira da cantora. O palco principal começa às 19h, com DJs -incluindo o Diplo. Show de Madonna começa às 21h45, com 2h de duração.

Investimento da prefeitura em infraestrutura é de R$ 10 milhões. “Nós somos o anfitrião desse grande evento. A gente tem a alegria de receber a diva pop na cidade. É o nosso dever deixar a cidade com a melhor qualidade possível, haja vista que o mundo está falando desse encerramento da turnê de 40 anos da Madonna no Rio de Janeiro”, diz Patrick Corrêa, presidente da Riotur, ao UOL.

Os órgãos públicos do Rio se uniram na “operação Madonna”. O esforço conjunto começa nesta terça-feira (30) e vai até o dia 6. Serão acionados 3.200 policiais militares, com 64 viaturas e 65 torres de observação, para garantir a segurança do público. Além disso, o local contará com três postos médicos com 30 ambulâncias de UTIs e 80 maqueiros, e 550 cabines sanitárias. A “operação” também conta com uma linha especial de ônibus que sairá do Terminal Gentileza até Copacabana, via Aterro do Flamengo. O desembarque será feito na avenida Princesa Isabel. Horários: a partir das 13h até 4h.

THE CELEBRATION TOUR – MADONNA NA PRAIA DE COPACABANA

Data: 4 de maio, sábado, às 21h45
Local: Praia de Copacabana

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Brasil

Brasil registra mais de 244 mil empregos formais em março

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O Brasil fechou o mês de março com saldo positivo de 244.315 empregos com carteira assinada. No acumulado do ano (janeiro/2024 a março/2024), o saldo foi positivo em 719.033 empregos, o que representa um aumento de 34% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, este foi o melhor resultado do Caged para o mês de março desde 2020. “Ou seja, é um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições”, disse Marinho à Agência Brasil.

Números

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 46.236.308 em março deste ano, o que representa alta de 0,53% em relação ao mês anterior.

O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com a criação de 148.722 postos. No comércio, foram criados 37.493 postos; na indústria, 35.886, concentrados na indústria da transformação; e na construção 28.666. O único grande grupamento com saldo negativo foi a agropecuária, com 6.457 postos a menos, em razão das sazonalidades do setor.

O salário médio de admissão foi R$ 2.081,50. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 5,25, uma variação negativa de 0,25%.

A maioria das vagas criadas no mês de março foram preenchidas por mulheres (124.483). Homens ocuparam 119.832 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 138.901 postos.

Regiões

Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal em 25 das 27 unidades da federação. Alagoas e Sergipe registraram mais desligamentos que admissões, com saldo negativo de 9.589 postos (-2,2%) e 1.875 postos (-0,6%), respectivamente.

Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Acre, com a abertura de 1.183 postos, aumento de 1,13%; Goiás, que criou 15.742 vagas (1,02%); e Piauí, com saldo positivo de 3.015 postos (0,86%).

Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 76.941 postos (0,6%); Minas Gerais, com 40.796 vagas criadas (0,9%); e Rio de Janeiro, com a geração de 22.466 postos (0,7%).

As estatísticas completas do Novo Caged estão disponíveis na página do Ministério do Trabalho e Emprego.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

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O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença foram notificados em todo o país nos quatro primeiros meses.

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885.

Combate à dengue

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.

Por Agência Brasil

           

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