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Política

Dirigentes do PSDB pressionam Doria a desistir e dizem que candidatura prejudica partido

Cúpula tucana quer que ex-governador ouça membros do partido que o consideram inviável

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A executiva nacional do PSDB, reunida nesta terça-feira (17), elevou a pressão para que o presidenciável João Doria desista da sua candidatura. A maior parte dos integrantes da cúpula tucana defendeu que o ex-governador paulista não é viável eleitoralmente e prejudica o partido.

Ficou acertado que parlamentares e candidatos a governador nos estados devem levar essa avaliação ao tucano.
Para isso, Doria foi convidado a participar de uma reunião com parte da executiva na manhã desta quarta-feira (18), antes da divulgação da pesquisa contratada por PSDB e MDB para orientar a escolha da candidatura única da terceira via entre Doria e Simone Tebet (MDB).

A escolha de um nome, portanto, será adiada, segundo o presidente do PSDB, Bruno Araújo. Ele afirmou, porém, que a divulgação da pesquisa está mantida para esta quarta e que os resultados serão considerados para reflexão interna.

Qualquer decisão, de acordo com ele, passa antes pela conversa do partido com Doria. Ainda não há resposta se o ex-governador tucano aceitará participar da reunião e se topará fazê-la já nesta quarta.

Araújo afirmou à imprensa esperar que Doria aceite o diálogo. Já o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) falou em um gesto de grandeza do tucano, que seria a sua desistência.

As duas alternativas de Doria seriam, para o mineiro, “um gesto de grandeza política, espero, ou permanecer nesse enfrentamento”.

O presidente do PSDB disse ainda que o partido busca uma solução política e que a “judicialização é antipolítica”, em resposta à ameaça de Doria de levar a questão à Justiça Eleitoral para garantir sua candidatura.

Ele negou que esteja agindo com a missão de retirar a candidatura de Doria.

“Não há sentido de qualquer definição que não tenha a participação direta e a construção política do nosso pré-candidato. A política vai ajudar a construir um entendimento. […] Passa por um processo de construção de diálogo onde ele tenha também uma percepção das dificuldades políticas, mas também do poder político que ele tem”, disse a respeito de Doria.
Araújo afirmou ainda que a reunião foi madura e sincera. “É justo que todos os candidatos coloquem a dificuldade que têm”, completou.

Na avaliação de tucanos, costurar uma desistência de Doria seria uma saída política. Há o entendimento de que é preciso retirá-lo com seu aval. Mas há quem veja essa estratégia como tardia, feita após a renúncia de Doria ao Governo de São Paulo apenas para beneficiar seu sucessor, Rodrigo Garcia (PSDB).

“Doria está sendo convidado para vir aqui amanhã [quarta] para uma conversa com ele sobre tudo isso que se falou aqui”, disse o senador Tasso Jereissati (CE). “Qualquer decisão será feita em diálogo com o próprio Doria”, continuou o senador, que defendeu uma candidatura única da terceira via.

A proposta de ouvir Doria na tentativa de levá-lo a renunciar e abrir espaço para que o PSDB rediscuta os rumos da eleição presidencial foi feita por Aécio. Somente se opuseram à ideia o tesoureiro Cesar Gontijo e o ex-governador Antônio Imbassahy, aliados de Doria.

“Sugeri que possa ser feito o mais rapidamente possível uma reunião para que Doria ouça dos seus companheiros o que ouvimos aqui. Que ele ouça dos seus aliados que a candidatura dele atrapalha alguns estados”, disse Aécio.

“Não é demérito nenhum não conseguir consolidar uma candidatura. Quantos viveram esse processo? Acho que as palavras muito claras, sobretudo dos candidatos a governadores e parlamentares, que, dado esse tempo, a candidatura de Doria não se tornou viável, isso tem de ser dito a ele. E quem sabe ele possa fazer um gesto, muitos não acreditam, mas na política a esperança existe. Um gesto à la Franco Montoro”, completou.

Na reunião, portanto, apesar da carta de Doria contrária à pesquisa de opinião contratada por MDB e PSDB, a executiva optou por manter as conversas com os emedebistas -que tentem a levar o partido a apoiar Tebet em detrimento de Doria.

“O reconhecimento de que os entendimentos políticos feitos com MDB e Cidadania, com autorização do candidato e da executiva, foram devidamente ratificados hoje, para não deixar qualquer dúvida em relação à carta [de Doria]. Então amanhã seguimos o diálogo, com a apresentação da pesquisa”, disse Araújo.

Na reunião da executiva que durou mais de três horas, foram expostas as três principais vertentes no partido. Uma, considerada majoritária, de que seja chancelada uma aliança com o MDB em torno de um candidato.

Outra, liderada por Aécio, que defende uma candidatura própria tucana, mas que não seja Doria. E uma terceira, minoritária na direção partidária, de seguir com o nome do ex-governador paulista, independentemente da conversa com os emedebistas.

Mesmo aliados de Doria nas prévias falaram sobre as dificuldades de sua candidatura. As falas na reunião incluíram críticas ao ex-governador e à sua ameaça de judicializar a questão.

Logo no início do encontro, segundo relatos, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou que Doria errou ao ameaçar a judicialização e rebateu os argumentos do ex-governador. Doria considera que, por ter vencido as prévias, o estatuto do PSDB garante que ele será o presidenciável do partido.

Segundo Sampaio, o erro político de Doria foi não debater internamente a situação e dizer que poderia levar um assunto afeito ao partido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Aliado de Doria, Gontijo, defendeu que o PSDB espere mais 45 dias para aferir quem pontua melhor nas pesquisas. Imbassahy também defendeu Doria.

Após a reunião, Gontijo afirmou à reportagem ter considerado positivo “o reconhecimento unânime de que Doria foi eleito democraticamente numa prévia e é o candidato do PSDB”. “Qualquer alteração disso passa pela vontade do próprio candidato”, disse ele.

Gontijo criticou que o encontro seja marcado já para esta quarta, sem prévia consulta à agenda do ex-governador. Ele afirmou que nenhuma decisão será feita sob pressão.

“Doria vai ouvir pessoa pedindo que ele desista, mas vai ouvir quem peça para ele continuar também. Continuar as conversas com o MDB não exclui a possibilidade de que Doria seja candidato”, completou.

Entre os argumentos de Doria estão o de que ele pontua à frente de Tebet (3% contra 1% na pesquisa Quaest da semana passada) e o de que a candidatura da emedebista pode acabar derrubada pelo MDB, que tem alas divididas entre apoiar Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, depois da carta em que Doria ameaça ir à Justiça com base nas prévias para que o PSDB lance seu nome, Araújo convocou a reunião desta terça-feira.

A ideia era aferir se a executiva do partido seguia dando aval à negociação por uma candidatura única da terceira via ou se a cúpula tucana concordava com Doria e se opunha ao acordo em nome de uma candidatura própria.

O assunto não chegou a ser votado, mas aliados de Doria na reunião não chegaram a levantar uma contestação à continuidade do trato com MDB e Cidadania.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a escolha entre Tebet e Doria por meio de uma pesquisa foi pensada de forma a sacramentar a candidatura da emedebista e enterrar a de Doria.

Na carta, divulgada no sábado (14), Doria pede que Araújo respeite o resultado das prévias e diz haver tentativas de golpe.

O entendimento do ex-governador é o de que uma decisão da executiva nacional não pode se sobrepor às prévias. Para ele, a convenção do PSDB é homologatória, ou seja, só pode oficializar o resultado das prévias -não cabe deliberar sobre apoio a outro partido ou a outro nome tucano.

Já parte do PSDB, como mostrou a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, entende que essa regra só é válida se o partido tem um presidenciável próprio e que a convenção pode, sim, determinar o apoio da sigla à Tebet.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Aécio defendeu que outros nomes do partido sejam levados à convenção como possíveis presidenciáveis. Parte do PSDB ainda aposta em Tasso ou no ex-governador Eduardo Leite (RS).

A ala mais pragmática que não quer a candidatura própria visa evitar um candidato que dificulte as campanhas de parlamentares. Esse cenário é visto ainda como uma forma de direcionar mais verba do fundo eleitoral para as bancadas.

Por Folhapress

 

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Política

Pastores do MEC e as ‘escolas fake’: TCU vê irregularidades e manda mudar FNDE

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O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que houve irregularidades na atuação de pastores no Ministério da Educação e no envio de verbas para construção de “escolas fake” durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os esquemas foram revelados pelo Estadão e levaram à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

Em março de 2022, o Estadão revelou que um gabinete paralelo de pastores controlava a agenda e a liberação de verbas do MEC. O esquema envolveu pedido de propina em ouro e escondida num pneu. Além disso, o ministério autorizou a construção de 2 mil escolas sem orçamento suficiente por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo então ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

O TCU concluiu que o FNDE não utilizou um ranqueamento para a escolha dos municípios atendidos com as verbas liberadas pela autarquia. O relatório do tribunal afirma que não foram apontados critérios técnicos objetivos para o pagamento dos recursos.

Em um dos casos, revelados pela reportagem, o prefeito e o secretário municipal de Educação de Guatapará (SP) participaram de reunião no MEC com a presença dos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura no dia 23 de dezembro de 2020. No dia seguinte, houve o empenho de R$ 3 milhões para o município.

“Toda essa situação revela a existência de ambiente institucional favorável à prática de favorecimento, durante a pandemia, de entes federados cujos representantes, institucionais ou não, tivessem acesso aos dirigentes do FNDE, que poderiam direcionar esses recursos segundo critérios que considerassem mais convenientes”, diz o acórdão do TCU aprovado no último dia 22.

O Estadão também revelou que um consultor do FNDE faturou ao menos R$ 2,4 milhões para facilitar o recebimento de verbas por prefeituras do Maranhão. Darwin Einstein de Arruda Nogueira Lima acessou sistemas eletrônicos do FNDE e deu andamento a processos de municípios que contrataram os serviços prestados por sua empresa

O TCU aponta conflito de interesses na atuação do consultor, que, de acordo com o órgão de fiscalização, “deveria ser considerado impedido para atuar no FNDE ou, pelo menos, em determinados processos nessa autarquia, em vez de ser remunerado, pelo Erário, para defender interesses privados.”

TCU determina anulação de liberação de recursos para ‘escolas fake’

No caso das escolas fake, na avaliação do TCU, a liberação de recursos sem orçamento suficiente em detrimento de obras abandonadas é incompatível com a capacidade orçamentária e financeira do FNDE.

O tribunal determinou que o FNDE anule a celebração de termos de compromisso para a construção, ampliação e reforma escolas que não tenham sido aprovadas com projeto definitivo e que não tenham perspectiva de conclusão efetiva, suspendendo a liberação de dinheiro público para as “escolas fake”.

Além disso, a autarquia deverá adotar critérios técnicos e objetivos na definição de quais Estados e municípios serão beneficiados com as verbas, “propiciando, assim, maior lisura no processo decisório da alocação dos recursos e transparência no direcionamento desses recursos”.

Fonte: ESTADAO CONTEUDO

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Política

Deputado Van Hattem protocola CPI do Abuso de Autoridade na Câmara

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O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) protocolou o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso de Autoridade, que visa a coibir medidas autoritárias do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento, encaminhado à Câmara nesta quarta-feira, 29, recebeu o apoio de 171 parlamentares.

De acordo com Van Hattem, a instalação da CPI será fundamental para conter eventuais abusos de autoridade das Cortes Superiores.

“Infelizmente, tem sido comum vermos ministros do TSE e do STF extrapolando suas competências e tomando para si decisões que são do Legislativo e do Executivo”, disse o deputado. “Esse abuso de autoridade precisa de um basta e é para isso que estamos propondo a CPI.”

O Novo, partido de Van Hattem, chegou a criar um abaixo-assinado para acelerar a instauração da CPI. Foram mais de 550 mil signatários a favor da comissão, proposta ainda na legislatura anterior. Em virtude da renovação dos mandatos, o documento precisou ser novamente protocolado.

Por Revista Oeste

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Política

‘São duas pessoas altamente qualificadas’, diz Lula sobre indicações de Dino e Gonet

“Espero que o Senado estude, analise o nome deles, faça o debate que quiser fazer”, disse o presidente da República.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (29) que se não indicasse Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e Paulo Gonet para a Procuradoria Geral da República (PGR) agora, não daria tempo de o Senado discutir os nomes antes do recesso – que começa no fim de dezembro.

“Espero que o Senado estude, analise o nome deles, faça o debate que quiser fazer”, disse o presidente da República. “Se eu não fizesse agora, não teria tempo de colocar em debate […] antes do encerramento das atividades do Congresso Nacional”, declarou ele.

“Acho que são duas pessoas qualificadas, altamente qualificadas, para assumir tanto a Suprema Corte quanto na Procuradoria Geral da República”, disse o petista.

Lula deu as declarações a jornalistas em Riad, capital da Arábia Saudita, depois de uma série de compromissos no local. Ele está a caminho de Doha, no Catar. O Planalto anunciou os nomes de Dino e Gonet na segunda-feira, 27, horas antes de o presidente deixar o país.

A viagem também incluirá Dubai, nos Emirados Árabes, onde o petista participará da Conferência do Clima. Depois, ele irá para a Alemanha. Na volta ao Brasil, Lula participará da reunião do Mercosul no Rio de Janeiro. O presidente só deve estar de volta a Brasília no dia 8 ou 9 de dezembro.

Foto Getty

Por Estadão

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