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Saúde

Hipertensão: metade dos pacientes não sabe que tem a doença, diz OMS

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No primeiro relatório sobre o impacto da hipertensão arterial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que quase metade dos pacientes desconhece sofrer da condição potencialmente letal. Sem tratamento adequado, o problema pode, entre outras coisas, levar a acidente vascular cerebral (AVC), infarto, insuficiência cardíaca e doença renal crônica. O trabalho também revela que mais de três quartos dos adultos hipertensos vivem em países de renda média e baixa.

A OMS nota que o Brasil não tem uma meta nacional de controle da hipertensão, mas reconhece os esforços do país no combate ao consumo excessivo de sal e na produção de estatísticas sobre o problema. No país, o principal fator de risco é o sedentarismo, com 47% da população acima dos 18 anos inativa, seguido por obesidade, que afeta 22% na mesma faixa etária.

Segundo a OMS, o número de pessoas vivendo com hipertensão — pressão arterial igual/superior a 140/90 mmHg ou que tomam medicamentos para a condição — duplicou entre 1990 e 2019, passando de 650 milhões para 1,3 bilhão. “A idade avançada e a genética podem aumentar o risco de hipertensão, mas fatores de risco modificáveis, como uma dieta rica em sal, não ser fisicamente ativo e beber muito álcool, também podem aumentar o risco”, destaca o relatório.

Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), o médico Marcos Cortelazo afirma que a pressão alta também está associada à perda óssea, uma relação evidenciada por um estudo da Associação Norte-Americana do Coração. Na pesquisa, os cientistas descobriram que as inflamações provocadas pela hipertensão em animais levavam à osteoporose. “Quando comparados aos camundongos jovens sem hipertensão, aqueles com pressão alta induzida tiveram uma redução significativa de 24% na fração de volume ósseo e uma redução de 34% na força de falha estimada, que é a capacidade dos ossos de suportar diferentes tipos de força”, conta o médico. “Em humanos, isso pode significar que devemos rastrear a osteoporose em pessoas com pressão alta.”

Cuidados primários

O documento da OMS destaca que “a prevenção, a detecção precoce e a gestão eficaz da hipertensão estão entre as intervenções com melhor relação custo-eficácia nos cuidados de saúde e devem ser priorizadas ao nível dos cuidados primários”. De acordo com o organismo da ONU, os benefícios econômicos dos melhores programas nacionais de tratamento da condição superam os custos em cerca de 18 vezes.

Um aumento no número de pacientes efetivamente tratados, diz o relatório, poderia prevenir 76 milhões de mortes, 120 milhões de AVCs, 79 milhões de ataques cardíacos e 17 milhões de casos de insuficiência cardíaca entre agora e 2050. “A hipertensão pode ser controlada eficazmente com regimes de medicação simples e de baixo custo. No entanto, apenas uma em cada cinco pessoas com hipertensão a tem sob controle”, disse, em uma coletiva de imprensa on-line, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

A cardiologista Lilian Cavalheiro, do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, em São Paulo, afirma que, além dos hábitos saudáveis, medicamentos são imprescindíveis em alguns casos. “Para ter uma boa qualidade de vida com o diagnóstico de hipertensão arterial, é preciso cultivar hábitos saudáveis, realizar acompanhamento médico e utilizar corretamente a medicação. O tratamento medicamentoso é fundamental para o controle da doença, principalmente por ela ser uma das causas de outras comorbidades”, esclarece.

Palavra de especialista: Primeiro sinal pode ser grave

 “Como a hipertensão é silenciosa, nós temos a tendência de negligenciar o cuidado, adiando ou mesmo não dando importância por não acreditar que aquilo pode resultar em um problema. Infelizmente, muitas vezes, a primeira manifestação da hipertensão já pode ser uma manifestação crítica, como infarto, AVC, derrame cerebral ou dissecção de aorta. O relatório aponta que o número de pessoas que vivem com hipertensão dobrou entre os anos da década de 1990, ou seja, o fim do século passado, até agora, passando de aproximadamente 650 milhões de hipertensos para 1,3 bilhão. Estima-se como causa desse aumento brutal, principalmente, as mudanças de comportamento da humanidade nas últimas décadas. E aí, principalmente, chamamos atenção ao estresse da vida urbana; ao excesso de ingestão de sal, inclusive de sal presente em alimentos industrializados, em fast food e embutido, pizza, sanduíche etc.; ao consumo de álcool, de cigarro e, mais recentemente, do cigarro eletrônico; ao sedentarismo ou da falta de exercício físico; e, por fim, à outra pandemia que nos acomete, que é a pandemia da obesidade.”

Fonte:Correio Braziliense. 

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Saúde

Ministério da Saúde faz alerta para aumento de casos de febre oropouche

No total, foram registrados 5.102 casos desde o início do ano, destes, 2.947 estão no Amazonas, enquanto 1.528, em Rondônia.

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Em boletim emitido com dados de até quarta-feira (15), o Ministério da Saúde apontou aumento nos casos de febre oropouche pelo Brasil. No total, foram registrados 5.102 casos desde o início do ano, destes, 2.947 estão no Amazonas, enquanto 1.528, em Rondônia.

Outros casos confirmados e em investigação foram contabilizados em estados como Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel informou que essa difusão da febre oropouche para outros estados brasileiros acontece há algumas semanas. “Não temos só aquele concentração na região norte, como aconteceu no primeiro momento. Acreditamos que ficaria concentrado, mas houve um espalhamento”, diz.

A febre oropouche acomete, geralmente, pessoas com idades entre 20 e 29 anos, seguida por faixas etárias de 30 a 39, 40 a 49 e 10 e 19 anos.

Para controle, a secretária afirma que foi feita uma construção das orientações para observação clínica da doença. “Não tínhamos um manual ou protocolo para febre oropouche”, diz.

O Ministério da Saúde afirmou ainda ter distribuído testes para diagnóstico para os Lacens (Laboratórios Centrais de Saúde Pública). O único teste capaz de diagnosticar a doença é o RT-PCR, desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta acontece por sangue.

A febre oropouche é transmitida pela picada do Culicoides paraensisI, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que tem um ciclo silvestre e urbano, e é detectada no Brasil desde a década de 60.

Os sintomas da doença são semelhantes ao da dengue. Os pacientes contaminados frequentemente relatam temperatura acima dos 38ºC, dor de cabeça, muscular e articular, podendo apresentar também quadros de náuseas, vômitos e tontura por um período de dois a sete dias.

Tais sinais, no entanto, se diferem do contágio da dengue porque, no caso da febre oropouche, o paciente não evolui para um quadro grave de dores abdominais e hemorragias após alguns dias desde o início dos sintomas -como pode acontecer em casos de dengue grave.

Os sintomas da febre oropouche também podem ser bifásicos para 60% dos contaminados, ou seja, podem ter febre e dores por alguns dias e, após uma semana e o desaparecimento, retornarem os mesmos sinais, até sumirem completamente.

Não há registros de mortes por febre oropouche até o momento, porém, em alguns casos, pode haver comprometimento do sistema nervoso central em pacientes imunocomprometidos, podendo resultar em meningite asséptica e meningoencefalite.

É mais comum apresentarem sintomas da doença se o paciente tiver viajado para a região amazônica. Nestes casos, o recomendado é procurar uma unidade de saúde para a avaliação clínico-laboratorial.

Foto iStock

Por Folhapress

           

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Saúde

Quarta morte por dengue é confirmada no Estado, mas governo já identifica queda da incidência da doença

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Secretaria de Saúde de Pernambuco identificou uma redução de 89,9% na entrada de novos casos de dengue nas últimas cinco semanas no mais recente boletim epidemiológico, que aponta 278,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes – a condição de alta incidência é quando a taxa supera 300 casos prováveis a cada 100 mil habitantes.

O período sazonal de Arboviroses ocorre, normalmente, entre março e julho, mas os especialistas da pasta já vislumbram a sustentabilidade da queda da dengue em Pernambuco neste mês de maio.

No Estado, já foram divulgados 19 boletins epidemiológicos que apresentam o mapeamento e as investigações dos casos no Estado e a última semana epidemiológica Nº 19, entre 31/12/23 e 11/05/2024, já se identificou sustentabilidade da queda dos números de dengue sem atingir uma condição de alta incidência.

Até a semana epidemiológica 19, foram registradas quatro mortes por dengue no estado. A última, foi registrada no boletim Nº 19, de um homem, 79 anos, residente de Moreno. O óbito ocorreu em 05/04 e o paciente tinha outras comorbidades.

Projeção de sustentabilidade

Os dados recentes consolidam a projeção de uma linha sustentável de redução da entrada de novos casos das arboviroses no Estado e apontam para o fim do período de sazonalidade nas próximas semanas.

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Saúde

“Dificuldades para engravidar, quais exames devo fazer?”

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Quando o desejo de ser mãe se torna uma jornada repleta de desafios, cada passo é uma busca por respostas e esperança. Como ginecologista, sei o quão complexo pode ser esse caminho e estou aqui para oferecer meu apoio e orientação. Nos casos de dificuldades para engravidar, é crucial realizar uma série de exames para investigar as possíveis causas subjacentes. Entre esses exames, destacam-se análises hormonais para avaliar o equilíbrio hormonal da mulher, ultrassonografia pélvica para verificar a saúde dos órgãos reprodutivos, avaliação da reserva ovariana para entender a quantidade e qualidade dos óvulos e histerossalpingografia para examinar as trompas e a cavidade uterina.

Esses testes não apenas ajudam a identificar fatores que possam estar interferindo na fertilidade, mas também orientam o desenvolvimento de um plano de tratamento personalizado. Cada resultado é peça importante do quebra-cabeça, nos aproximando cada vez mais do sonho da maternidade. Conte comigo para guiar você nessa jornada e oferecer todo o suporte necessário. Juntas, vamos superar desafios e tornar realidade o seu desejo de ser mãe.

Por Noyla Denise-Ginecologista

           

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