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Política

Menções a presidenciáveis disparam nas redes sociais com campanha e TV

O crescimento na popularidade dos candidatos, de 620%, está relacionado ao início da campanha, no dia 16

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Não exagera quem questiona hoje se política é o único assunto nas redes sociais. Em agosto, o número de menções aos candidatos à Presidência aumentou mais de sete vezes. Com isso, passou de 2,9 milhões, de julho, para 20,9 milhões de postagens, no mês passado. Os dados constam de relatório da Torabit, empresa parceira do Estadão no Monitor de Redes Sociais.

O crescimento na popularidade dos candidatos, de 620%, está relacionado ao início da campanha, no dia 16, e a eventos que atraíram o interesse dos eleitores. Os destaques são as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo, e o debate organizado por Band, Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.

O nome mais citado entre os concorrentes ao Palácio do Planalto é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 44,4% dos posts monitorados no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. A métrica engloba tanto menções positivas quanto negativas. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o segundo, com 40,5%, e reduziu a distância em comparação com julho. Os demais candidatos são bem menos comentados, mas cresceram com aparições na mídia tradicional.

“O que se passa na TV e no rádio interfere nas redes sociais”, diz Maria Paula Almada, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). “O material de debates, horário eleitoral e entrevistas ao Jornal Nacional reverbera tanto entre apoiadores quanto adversários, que vão tirar o que houve de negativo para circular nas redes.”

‘TCHUTCHUCA’. Bolsonaro protagonizou um episódio de engajamento na internet ao se envolver em confusão com o youtuber Wilker Leão, no Palácio da Alvorada. O youtuber gritou ofensas contra o presidente e o chamou de “tchutchuca do Centrão” enquanto filmava a cena, até que Bolsonaro parte em sua direção, puxa-o pelo braço e tenta tomar o celular.

O termo chegou ao primeiro lugar dos trending topics mundial do Twitter, alavancado por opositores. Das 386 mil menções, 90,8% foram negativas, o que inclui piadas e memes. Perfis chamaram o presidente de “ladrão de celular” e criaram uma letra de funk com nomes de aliados e referências ao “orçamento secreto”.

A militância bolsonarista, por outro lado, conseguiu mobilizar apoiadores para a convocação dos atos do dia 7 de Setembro, quando se comemora o Bicentenário da Independência. Aliados e o próprio presidente também exploraram entrevistas concedidas aos podcasts Flow, Ironberg e Cara a Tapa.

Lula ganhou o reforço do deputado federal André Janones (Avante-MG), que era responsável por cerca de 1,2 mil menções diárias. O apoio do parlamentar, por exemplo, proporcionou uma das lives mais comentadas no Facebook.

Assim como quando recebeu a adesão à sua candidatura da cantora Anitta, Lula virou assunto com a declaração de voto de celebridades como o ator Bruno Gagliasso e a cantora e ex-BBB Juliette.

DESAFIO. O principal desafio do petista é se sobrepor ao fluxo de menções negativas em referência à corrupção. Assim como em julho, o assunto foi o mais citado em posts sobre Lula, com incidência de 21%. Foi também o tema escolhido por Bolsonaro para confrontar o adversário no debate.

No YouTube, o vídeo do apoio de Lula à tolerância religiosa e à manutenção das igrejas em seu governo foi o destaque de visualizações. Foram mais de 5,5 milhões de pessoas alcançadas graças ao impulsionamento. A campanha gastou pouco mais de R$ 2 milhões em anúncios no Google – dos quais R$ 1,61 milhão apenas na plataforma de vídeos online.

Para Maria Paula, o investimento em ataques mútuos por Bolsonaro e Lula pode ter efeito contrário. “A campanha negativa é ruim para ambos os candidatos porque os dois têm uma taxa de rejeição altíssima. Essa estratégia fará com que a rejeição aumente ainda mais.”

Corrupção, diz Stephanie Jorge, cofundadora da Torabit, ainda que não seja uma agenda prioritária para as campanhas, mobiliza os internautas. “É um assunto sempre em alta nas buscas das eleições.”

PELOTÃO. Para ela, é importante que as campanhas, em especial as que estão no pelotão da retaguarda, como a de Ciro Gomes (PDT) e a de Simone Tebet (MDB), invistam em “conteúdo, constância e interação” como os principais elementos para manter o crescimento. Ciro e Simone aumentaram a popularidade nas redes ao participarem das sabatinas do Jornal Nacional e com o início do horário eleitoral em rádio e televisão, além do debate da Band – que também beneficiou Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila (Novo).

O pedetista foi o terceiro em melhor desempenho na amostra de posts com a hashtag #JornalNacional. Ele também explorou a entrevista para o programa Roda Viva, da TV Cultura, em suas páginas oficiais. Por outro lado, precisou lidar com críticas na internet por apresentar uma peça de propaganda que mostrava uma barragem se rompendo como forma de defender uma alternativa para a polarização política.

Simone, que teve audiência menos expressiva na sabatina, recuperou-se com o debate da Band. Ela e Soraya tiveram cerca de 10% das menções cada nas redes, mais do que o triplo do desempenho esperado. Parte dessa popularidade é explicada por ataques bolsonaristas – no caso de Soraya, uma das estratégias foi chamá-la de “traíra” pelo fato de ter apoiado Bolsonaro em 2018.

Do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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Política

Quem é Jorge Seif, senador aliado de Bolsonaro que pode ter o mandato cassado pelo TSE

O senador é alvo de uma ação que o acusa de abuso de poder econômico e prática de caixa dois na campanha de 2022.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira, 30, o julgamento que pode levar à cassação do senador Jorge Seif (PL-SC), ex-integrante do governo de Jair Bolsonaro (PL) e aliado próximo do ex-presidente. O senador é alvo de uma ação que o acusa de abuso de poder econômico e prática de caixa dois na campanha de 2022. Seif nega irregularidades.

A autora do pedido é a coligação composta por União Brasil, Patriota (extinto, fundido ao PRD) e PSD. Os partidos sustentam que Seif teria usado a estrutura de mídia da rede de lojas Havan e cinco aeronaves do empresário Luciano Hang. Em dezembro do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) rejeitou a acusação contra o parlamentar, mas houve recurso. O Ministério Público é favorável à cassação, que deixaria o senador inelegível por oito anos.

Seif fez carreira no setor de pesca industrial e foi o secretário especial da Aquicultura e da Pesca do governo passado, após se aproximar de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. De 2019 a 2022, ganhou exposição com as lives promovidas pelo então presidente e passou a ser chamado por ele de “06”. Hoje, Seif integra o “núcleo duro” do bolsonarismo no Congresso Nacional.

Jorge Seif Júnior é formado em Administração de Empresas pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina. Foi diretor-presidente da JSeif, empresa de pescados que pertence ao pai dele, de 1999 a 2005 e de 2011 a 2018. Entre 2014 e 2017, foi executivo da filial uruguaia da companhia.

‘Peixe é um bicho inteligente’

Seif foi nomeado em janeiro de 2019 para chefiar a Secretaria Especial da Aquicultura e da Pesca. Em agosto daquele ano, diversas manchas de petróleo cru começaram a aparecer em praias brasileiras, sobretudo de Estados da região Nordeste. Em março de 2020, um relatório produzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estimou que cinco mil toneladas de resíduos foram recolhidas, em mais de mil localidades e 11 Estados do País.

O custo para a remoção da substância foi calculado em mais de R$ 180 milhões. Entretanto, também há prejuízos incalculáveis, pois o Ibama afirmou que o derramamento do óleo afetou 27 espécies ameaçadas de extinção e mais de 800 mil pessoas de comunidades que vivem de pesca artesanal.

Diante da crise, Jair Bolsonaro convocou o seu secretário da Pesca a esclarecer o episódio. Seif minimizou a crise ambiental e disse que os peixes eram “bichos inteligentes” e desviariam da mancha de petróleo.

“O peixe é um bicho inteligente. Quando ele vê uma manta de óleo ali, capitão (referindo-se a Jair Bolsonaro), ele foge, ele tem medo”, disse o então secretário, que argumentava que peixes e frutos do mar do varejo não estavam contaminados pela substância. “Então, obviamente que você pode consumir seu peixinho sem problema nenhum. Lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano”, afirmou Seif.

’06’ de Bolsonaro

A declaração sobre peixes “inteligentes” repercutiu nas redes sociais. Bolsonaro, por outro lado, se aproximou ainda mais do secretário e passou a chamá-lo nos bastidores de “06”, em referência ao modo como o ex-presidente costuma chamar seus cinco filhos.

Seif se filiou trocou o PSL pelo PL em abril de 2021. Em 2022, no primeiro pleito que disputou, foi eleito senador com 1.484.110 votos, 39,79% do eleitorado catarinense. Desde março de 2023, o ex-secretário emprega Jair Renan, o “04” do ex-presidente, em seu escritório de apoio em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

‘Tropa de choque’ na CPMI

No Congresso, Seif integra a “tropa de choque” da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, ele foi um dos aliados do ex-presidente mais ativos do colegiado.

O ex-secretário chorou no depoimento do general Gustavo Henrique Dutra, que chefiava o Comando Militar do Planalto quando houve o ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Seif disse que o general era um “covarde” por ter permitido a prisão dos vândalos.

Durante a CPMI, o ex-secretário também se envolveu em um bate-boca com o deputado Rogério Correia (PT-MG). O colegiado estava interrogando George Washington de Oliveira Sousa, condenado por planejar um atentado a bomba no final de dezembro de 2022. Correia afirmou que George Washington foi abandonado “por todos os bolsonaristas” e foi interrompido por Seif, dando início a uma discussão. “Ele está falando por todo mundo. Ele não ouviu isso de mim”, disse Seif. “Eu não dou a palavra para esse sujeito aí, cale a boca”, retrucou Correia. Seif rebateu: “Cala a boca é o c…”.

Atividade legislativa

Seif é membro titular de cinco comissões permanentes do Senado. Ele é autor de 45 propostas de emendas à Constituição (PECs) e 16 projetos de lei. Nenhuma proposição do parlamentar foi transformada em lei até o momento.

O texto de Seif mais próximo de se tornar norma jurídica é um projeto que instituí a Rota Turística do Enxaimel, um estilo de arquitetura típico da imigração alemã. A rota do enxaimel é um percurso de 16 quilômetros com 50 casas construídas nesse estilo arquitetônico. O projeto foi aprovado pelos senadores e aguarda apreciação da Câmara.

Como será o julgamento no TSE

O julgamento de Seif foi suspenso no dia 4 de abril. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que não haveria tempo hábil para a apresentação do posicionamento de Floriano Marques, relator da ação e primeiro a emitir o voto. Moraes chegou a agendar uma nova sessão para 16 de abril, mas o julgamento foi novamente adiado pela ausência do relator. Acusação, defesa e Ministério Público já se manifestaram.

Votam os ministros do TSE, na seguinte ordem:

Floriano de Azevedo Marques (relator);

André Ramos Tavares;

Maria Isabel Diniz;

Raul Araújo;

Kássio Nunes Marques;

Cármen Lúcia;

Alexandre de Moraes (presidente).

           

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Política

Lula é multado em R$ 250 mil pelo TSE por impulsionar vídeo contra Bolsonaro

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O presidente Lula (PT) foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a pagar uma multa de R$ 250 mil por impulsionar propaganda eleitoral negativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022.

A Coligação Brasil da Esperança, formada por dez siglas que apoiavam a candidatura de Lula, também foi condenada. A ação foi ajuizada por Bolsonaro e pela Coligação Pelo Bem do Brasil, com PL, Republicanos e PP.

O vídeo postado pela coligação de Lula chamava Bolsonaro de “incompetente”, “mentiroso” e “desumano”. Segundo o TSE, o impulsionamento de propaganda eleitoral negativa na internet é vedado.

A decisão foi proferida por unanimidade na sexta-feira (26). Todos os ministros acompanharam o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia.

Ela ressaltou que a publicação não promovia o petista. “Diferente disso, o vídeo publicado no YouTube, por meio de impulsionamento, veicula conteúdo negativo, divulgando mensagem que, independente de sua veracidade ou não, certamente não é benéfica ao candidato à reeleição”.

O UOL tenta contato com a assessoria de comunicação do presidente.

Fonte: FOLHAPRESS

 

           

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TSE multa Lula em R$ 250 mil por impulsionar propaganda eleitoral negativa contra Bolsonaro

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o presidente Lula (PT) a pagar uma multa de R$ 250 mil após uma ação movida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Divulgada nesta segunda-feira (29), a decisão refere-se ao impulsionamento de uma propaganda eleitoral negativa contra o ex-mandatário durante as eleições de 2022. À época, o vídeo foi publicado pela Coligação Brasil da Esperança, que apoiava a candidatura de Lula, e chamava Bolsonaro de “desumano”, “incompetente” e “mentiroso”. Além do atual presidente, a coligação também foi condenada.

De acordo com a ação movida por Bolsonaro, a chapa opositora fez “graves ofensas à honra e à imagem” dele, que era candidato à reeleição. O julgamento, que teve votação unânime a favor da condenação, foi realizado no plenário virtual do TSE e contou com a ministra Cármen Lúcia como relatora do processo. Ainda em 2022, durante as eleições, ela havia determinado que o material fosse retirado do ar, já que o TSE proíbe o impulsionamento de propagandas eleitorais negativas na internet.

“O vídeo publicado no Youtube, por meio de impulsionamento, veicula conteúdo negativo, divulgando mensagem que, independentemente de sua veracidade ou não, certamente não é benéfica ao candidato à reeleição”, afirmou ela na decisão. 

Foto Alan Santos/PR
Ricardo Stuckert/PR

Por Terra Brasil

           

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