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Brasil

Tragédia da boate Kiss completa 10 anos e luta contra esquecimento

A possível esticada até a boate Kiss, conta Cida, era incerta até minutos antes. Decidiram bancar os anfitriões para as duas jovens, forasteiras em Santa Maria (RS).

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Um dos porta-retratos que Maria Aparecida Neves, a Cida, 64, exibe do filho em uma escrivaninha é da noite da tragédia. Augusto Cesar Neves, 19, veste uma camisa listrada em azul, preto e branco. Sorri ao lado de duas adolescentes e do amigo Luiz Eduardo Viegas Flores, 24, na saída de um churrasco.

A possível esticada até a boate Kiss, conta Cida, era incerta até minutos antes. Decidiram bancar os anfitriões para as duas jovens, forasteiras em Santa Maria (RS).

“Quando eram umas 22h30 da noite, ele entrou em casa. Pensei: ‘Ai, graças a Deus. Ele não vai.’ Mas ele passou em casa só para trocar de camisa e se despediu”, diz Cida.

O incêndio da boate Kiss, que completa dez anos na próxima sexta-feira (27), comoveu o Brasil e o mundo por materializar o maior temor de Cida e de muitos pais: de os filhos saírem para se divertir e jamais voltarem.
Naquela noite, a lotação da boate fez a dupla de amigas sair mais cedo. Após o incêndio, Luiz Eduardo e Augusto estiveram entre os 242 jovens que não voltaram para casa.

A idade média das vítimas do incêndio foi de apenas 23 anos. A maioria sofreu asfixia devido a gases tóxicos liberados pela queima do revestimento de espuma instalado irregularmente no local e que foi atingido pelas chamas de um artefato pirotécnico acendido no show da banda Gurizada Fandangueira. Houve ainda 636 feridos.
Todavia, ao longo da última década, familiares, sobreviventes e amigos das vítimas reclamam de que a imensa e imediata empatia na cidade universitária se transformou.

Hoje, eles lutam para preservar a memória da tragédia, dentro e fora dos lares, e enfrentam conterrâneos cada vez mais agressivos, que defendem que se encerre o capítulo Kiss na história do município gaúcho de 285 mil habitantes -mesmo não havendo nem sequer uma pessoa responsabilizada pela Justiça pelo incidente.

O júri popular que condenou dois empresários, um músico e um assistente de palco a penas entre 18 e 22 anos de prisão foi anulado sete meses depois por dois desembargadores por erros processuais. O Ministério Público recorre da anulação no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, mas não há prazo para uma decisão ou para novo julgamento.

Medo do esquecimento Até a morte de Augusto, logo após a aprovação no vestibular em ciência da computação, Cida exibia em porta-retratos apenas uma foto do filho, ainda bebê, do aniversário de um ano. Hoje, são 15 espalhadas pela casa de madeira na Vila São João Batista, um banner que ela leva para as manifestações por Justiça e uma no pingente do colar. Outras tantas estão impressas para serem folheadas longamente, vez por outra, no quarto vazio.

“Com a minha idade, tenho medo de ir esquecendo de como ele era. Tem quem diga que esse monte de foto é pior. Para mim, não é. Gosto de imaginar como ele estaria hoje. De assistir a uma reportagem na TV sobre tecnologia e saber que ele estaria trabalhando com isso hoje”, diz Cida.
Sentimentos como o dela tornam compreensíveis iniciativas como a exposição “Tempo Perdido”, mobilizada por um coletivo de amigos das vítimas -chamado Kiss: Que não se repita- que arrecadou recursos e contratou um designer gráfico para simular em fotografia como estariam hoje oito vítimas.

Em 27 de janeiro, às 19h, as fotografias serão exibidas na praça Saldanha Marinho, como parte da programação de eventos dos dez anos da tragédia. Entre 25 e 28 de janeiro, a cidade terá ainda ações como vigília, missa, palestras e a exibição pública do primeiro capítulo do documentário “Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria”, que estreia no mesmo dia 26 na Globoplay.

“Eu percebo caras feias quando vou trabalhar com camisetas como essa [alusiva aos sete anos do incêndio]. Muitas pessoas simplesmente não querem ser lembradas da Kiss, mesmo que não haja nada impedindo que algo assim aconteça novamente”, diz Sindi Caroline Chaves, 28, integrante do coletivo.

Cida também cita a prevenção de novas tragédias como um ponto fundamental da memória da Kiss. Menciona dois incêndios recentes semelhantes ao de Santa Maria, coincidentemente ocorrido com dois dias de diferença. Em 21 de janeiro de 2022, a falha em um equipamento pirotécnico, ainda em investigação, deixou 20 feridos em um resort em Cesário Lange (SP). Já no dia 23, em Camarões, a chama de um fogo de artifício atingiu o teto de uma boate da capital Yaoundé, matando 16 pessoas.

Há quatro meses, passada a fase crítica da pandemia de Covid, a AVTSM (Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria) retomou as vigílias no centro de Santa Maria, em uma tenda que exibe um banner com as fotos das 242 vítimas. Os familiares realizam um ato mensalmente, sempre no dia 27.

Relatam uma maior hostilidade, com olhares pouco amistosos de transeuntes e críticas nas redes sociais. “‘Vocês não deixam eles descansarem’, eles nos dizem. Agora saiu o trailer da Netflix e eu tive de parar de ler os comentários” diz Marilene Santos, vice-presidente da AVTSM, em referência à minissérie “Todo Dia a Mesma Noite”, baseada no livro homônimo da jornalista Daniela Arbex.

Marlene, que perdeu a filha caçula Nathiele dos Santos Soares, 21, e o genro, Alan Raí de Oliveira, 26, não vê possibilidade de descanso sem que haja culpados na prisão pelas centenas de mortes.
“Nos mandam tirar a barraca da praça, dizem que queremos dinheiro, que queremos vingança. Não queremos vingança, queremos Justiça. Para ter descanso, temos primeiro de encerrar isso [o processo]”, diz a mãe de Nathiele.

Ao longo desses dez anos, Marilene tem cada vez mais dificuldade de encontrar solidariedade até de familiares próximos, que insistem que “nada vai fazer eles voltarem”.

Mas o peito afundado de saudade ainda é uma constante para ela. O sentimento piora aos domingos, dias em que a filha a visitava, e às vezes a toma de assalto. A última vez foi quando encontrou um bilhete antigo com a letra da filha perdido em uma gaveta, escrito atrás de uma receita de bolo. Virou relíquia.

Superar o trauma além do tribunal Outra unanimidade entre os familiares é o cansaço, acentuado com o avanço da idade dos pais – seis deles já faleceram desde 2013 -e pela frustração com a anulação do julgamento, em agosto passado. Algo que o sobrevivente e testemunha no júri popular Maike Adriel dos Santos, 30, classifica como “tortura psicológica”.

“Os únicos punidos até aqui pela tragédia somos nós. Somos e continuamos a ser punidos. Mas vou procurar forças para testemunhar outras dez vezes se for preciso”, diz o jovem que perdeu sete amigos na primeira e única vez que entrou na Kiss.

Além de Maike, hoje formado em desenho industrial e que dedicou seu TCC a estudar o ambiente da boate no quesito segurança, ganham destaque nos eventos e ações jovens como Kelen Ferreira, terapeuta ocupacional que teve uma perna amputada em razão dos ferimentos no incêndio e que se tornou uma influenciadora PCD, e o psicólogo Gabriel Rovadoschi Barros, 28, que, após oito anos praticamente sem falar sobre a tragédia, assumiu a presidência da AVTSM.

“Tive diferentes fases nesses dez anos. Era a primeira vez que eu entrava em uma boate, e muito da minha juventude eu perdi ali. Coisas que eu deveria viver nos meus 20 e poucos anos acabaram se deslocando. Eu vinha amadurecendo esse assunto dentro de mim para enfim conseguir olhar nos olhos dele”, conta Gabriel.

Gabriel se diz atento e inconformado com o andamento do processo na Justiça gaúcha, mas pretende priorizar dois outros pontos à frente da associação: cuidar uns dos outros e batalhar por espaços seguros para se falar sobre o trauma na cidade. Um deles pode vir a ser a própria Kiss.
Desapropriada em 2017 pela Prefeitura de Santa Maria, a boate teve o interior conservado para servir de prova no processo. A fachada do prédio foi grafitada com cobranças à 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS, onde atuam os desembargadores responsáveis pela anulação.
A fachada também recebeu inúmeros cartazes e mensagens de crianças, todos desbotados por anos de sol a pino. Um projeto de memorial já foi aprovado para ser construído após a demolição da boate, mas a hipótese de um novo julgamento trouxe mais essa incerteza.

Há familiares que defendem que a Kiss fique como está até que a Justiça seja feita, como um emblema. Já Gabriel está entre os que preferem que o memorial seja construído logo e sirva para reflexão e denúncia. Para que a história da Kiss deixe de ser ignorada e passe a ser contada às novas gerações o quanto antes, ainda que sem um ponto final.

Por Folhapress

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Brasil

Brasil recebe primeiro lote de vacinas atualizadas contra a Covid-19

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O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas atualizadas contra a variante da Covid-19 nesta quinta-feira (2). As 12,5 milhões de doses, da Moderna e da Pfizer, foram adquiridas pelo Ministério da Saúde após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em dezembro de 2023.

O lote dos imunizantes chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, por volta das 7h20.

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) deve fazer a inspeção dos produtos e disponibilizar para todas as regiões do país seguindo o Plano Nacional de Imunização.

“A vacinação contra a Covid-19 ainda é importante, mesmo com a diminuição do número de casos graves. Pessoas com 60 anos ou mais, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas imunocomprometidas, indígenas e ribeirinhos são os grupos prioritários para receber a vacina atualizada”, afirmou Nísia Trindade, ministra da Saúde.

O Ministério reforçou a importância da vacinação, principalmente em crianças de seis meses a menores de cinco anos, que devem ser vacinadas contra a Covid-19. O esquema vacinal para esse grupo é de três doses, com intervalos de quatro e oito semanas entre a primeira e a segunda, e entre a segunda e a terceira doses, respectivamente.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde também oferece o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da Covid-19 em pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

Fonte: CNN

           

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Brasil

Empresários vão pedir a Haddad que evite alta da folha já no próximo dia 20

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Representantes dos 17 setores que tiveram a desoneração da folha de pagamentos suspensa por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) devem propor ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não haja o pagamento do tributo majorado no próximo dia 20 de maio e um prazo de 90 dias para os dois lados buscarem um entendimento.

Entidades patronais tiveram reunião, nesta quinta-feira (2), com dirigentes de algumas centrais de trabalhadores. Não está descartada uma manifestação conjunta na próxima quinta (9), em São Paulo.

“Qualquer movimento demanda a suspensão do pagamento do tributo mais alto e noventena para o acordo. Sem esse gesto do Haddad, não conseguimos pagar”, disse à Folha de S.Paulo Vivien Suruagy, presidente da Feninfra, entidade que representa as empresas do setor de infraestrutura de telecomunicações. No caso do seu setor, disse ela, o valor da contribuição previdenciária triplica.

Desde o início do ano passado, a empresária é uma das mais atuantes negociadoras da extensão da desoneração até 2027 para os 17 setores.

Segundo Suruagy, a suspensão do pagamento do tributo onerado no dia 20 de maior poderia ser feita pela Receita Federal ou por meio de um acordo com o STF.

Em nota divulgada nesta quarta (1º), a Receita fez questão de afirmar que a reoneração começa a valer já para o mês de abril, considerando que a decisão foi publicada em 26 do mês passado e que o fato gerador das contribuições é mensal.

Segundo o comunicado, a decisão judicial deve ser aplicada inclusive às contribuições devidas relativas à competência abril de 2024, cujo prazo de recolhimento é até o dia 20 de maio.

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, afirmou à Folha de S.Paulo que participou de conversa sobre o tema nesta quinta e que representantes de centrais tentam uma agenda com Haddad, possivelmente na segunda (6). “Antes de qualquer ato, queremos dialogar”, afirmou.

A extensão da desoneração até 2027 foi aprovada, no ano passado, pelo Congresso, na contramão da posição do ministro Haddad de acabar com o benefício. A equipe econômica argumenta que a desoneração da folha exige medidas de compensação para bancá-la.

Essa disputa tem sido marcada por vários movimentos do governo e Congresso e reviravoltas, que incluem veto presidencial e sua derrubada pelo Congresso, a edição de uma MP (medida provisória) pelo governo com uma reoneração gradual e o envio de um novo projeto de lei, que não foi aceito pelos setores.

O último lance foi a judicialização da matéria pelo governo e a liminar do ministro do STF Cristiano Zanin suspendendo a medida. A decisão monocrática do ministro indicado por Lula está por um voto para formar maioria no STF e ser referendada pelo plenário do tribunal.

O ministro da Fazenda já acenou com conversas com representantes do setores para buscar uma acordo. Uma primeira reunião pode ocorrer já nesta sexta (3).

Os empresários argumentam que com a desoneração aprovada pelo Congresso fizeram investimentos e contrataram novos empregados. Eles vão se reunir também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“As entidades laborais estão em reunião com as entidades patronais. O receio de demissão por parte dos trabalhadores está muito grande”, disse a presidente da Feninfra.

A desoneração da folha foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

A desoneração vale para 17 setores da economia. São contemplados os segmentos de comunicação, calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

 

           

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Brasil

Chuvas no Rio Grade do Sul deixam 31 mortos e 74 desaparecidos

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O boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul atualizado na manhã desta sexta-feira (3) confirmou 31 pessoas mortas, 56 feridas e 74 desaparecidas em todo o estado, por causa das fortes chuvas que atingem a região desde a última terça-feira 30. Há ainda 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 desalojadas, em 235 municípios atingidos.

A Polícia Rodoviária Federal também informou que até o momento, há 53 trechos de rodovias federais no estado com bloqueios, sendo 39 totais e 14 parciais. Alguns foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Forças Armadas

O Ministério da Defesa determinou, nesta sexta-feira (3), o estabelecimento de um comando operacional das Forças Armadas para atuar em apoio logístico às ações de proteção e Defesa Civil nos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelos eventos climáticos de chuvas intensas. Foram estabelecidas diretrizes semelhantes a atuação da última situação de calamidade pública estabelecida na região em setembro de 2023.

De acordo com portaria publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm-md-n-2.309-de-1-de-maio-de-2024-557684890), os militares deverão ativar Comando Operacional Conjunto Taquari 2 que deverá ser instruído pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o general Richard Nunes. Desde a última quarta-feira, 626 militares já haviam sido deslocados à região para atuarem no apoio às vítimas.

Também foram mobilizadas 45 viaturas, 12 embarcações e oito aeronaves, além de equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal. Um hospital de campanha está sendo montado no município de Lajeado com estrutura de enfermaria, 40 leitos, dois consultórios de atendimento médico e um de triagem.

As diretrizes para o comando operacional foram estabelecidas após o reconhecimento do estado de calamidade pública em todo o estado Rio Grande do Sul pela Defesa Civil Nacional, em edição extra do Diário Oficial da União dessa quinta-feira (2) (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-1.354-de-2-de-maio-de-2024-557380919).

Fonte: Agência Brasil

 

           

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