Conecte-se Conosco

Mundo

Usina em Mariupol sofre novos ataques; papa diz desejar ver Putin

A invasão russa chegou ao 69º dia com o exército russo mantendo a ofensiva.

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

O Exército russo e as forças pró-Moscou lançaram uma ofensiva contra o complexo de Azovstal, último reduto de resistência ucraniana na cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país. Nos últimos dias, civis foram retirados do local em razão de um cessar-fogo.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque. De acordo com a agência russa RIA, o porta-voz do ministério, Vadim Astafyev, indicou que as tropas ucranianas usaram o regime de silêncio em Azovstal para chegar a posições de tiro.

“Eles saíram dos porões, tomaram posições de tiro no território e nos prédios da usina”, disse, complementando que o exército russo e as forças pró-Rússia “estão começando a destruir essas posições de tiro”.

Citado pela imprensa ucraniana, o chefe do departamento de polícia de patrulha em Mariupol, Mykhailo Vershinin, disse que as forças russas “invadiram a usina em vários lugares”. “Estamos defendendo, estamos contra-atacando.”

O Regimento Azov, que também está em Azovstal com civis refugiados, disse que ao menos duas mulheres morreram em ataques durante a noite. “Apelamos à introdução urgente de um cessar-fogo e à evacuação contínua de cidadãos para áreas seguras controladas pela Ucrânia”, disse o grupo em comunicado.

“Os russos estão tentando entrar no complexo, que foi bombardeado por aviões antes do assalto”, disse o vice-comandante do Regimento Azov, Svyatoslav Palamar, citado pelo jornal online Ukrayinska Pravda.

Mais cedo, o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko disse que ao menos 200 civis estão refugiadas na usina.”Ainda há civis em Azovstal, em nossa fortaleza, que também está sendo destruída… e eles também estão esperando para serem evacuados.” Segundo o prefeito, Azvostal está “sob ataque todos os dias”.

Por sua localização, a cidade é considerada um ponto importante para o desejo russo de avançar pelo território ucraniano, permitindo uma ligação entre a Crimeia e as áreas separatistas pró-Rússia.

Hoje, a invasão russa chegou ao 69º dia com o exército russo mantendo a ofensiva. A Rússia disse ter atacado um depósito com armas enviadas pelos Estados Unidos e por países europeus em Odessa, sul da Ucrânia. Também nesta terça, sem dar detalhes, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou mais sanções retaliatórias contra o Ocidente.

Papa e Putin

O papa Francisco disse que tem disposição para ir a Moscou e conversar com Putin sobre a guerra promovida pela Rússia em território ucraniano, e descarta uma ida à Ucrânia neste momento. “Não vou agora a Kiev”, disse, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, publicada hoje, lembrando ter enviado representantes à Ucrânia -no mês passado, o governo ucraniano pediu que Francisco fosse a Kiev. “Mas sinto que não preciso ir. Primeiro tenho que ir a Moscou, primeiro tenho que encontrar Putin.”

Na entrevista, Francisco disse querer “fazer um gesto claro para o mundo inteiro ver”. “E, por isso, fui ao embaixador russo. Pedi que explicassem. Eu disse: ‘por favor, parem’. Então pedi ao Cardeal Parolin [secretário de Estado do Vaticano], depois de vinte dias de guerra, que enviasse a Putin a mensagem de que eu estava disposto a ir a Moscou”, completou.

“Claro, era necessário que o líder do Kremlin permitisse algumas janelas. Ainda não recebemos uma resposta e continuamos insistindo, mesmo que eu tema que Putin não possa e não queira ter este encontro agora. Mas, tanta brutalidade, como não parar?”

Francisco lembrou que, em março, conversou com o Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, por videochamada. “Falei com Kirill durante 40 minutos. Os vinte primeiros, com um cartão na mão, ele me leu todas as justificativas para a guerra”, lembrou.

“Eu escutei e disse a ele: eu não entendo nada disso. Irmão, não somos clérigos de Estado, não podemos usar a linguagem da política, mas a de Jesus. Somos pastores do mesmo povo santo de Deus. Para isso devemos buscar caminhos de paz, para acabar com o fogo de armas”. Na opinião do papa, Kirill “não pode se transformar no coroinha de Putin”.

“Não se pode pensar que um Estado livre possa fazer guerra a outro Estado livre. Na Ucrânia, foram os outros que criaram o conflito”, comentou o papa. Francisco ainda observou que “não há vontade suficiente para a paz”. “A guerra é terrível e devemos gritar”, disse. “Estou pessimista, mas devemos fazer todos os gestos possíveis para parar a guerra.”

Armas dos EUA e de europeus

O Ministério da Defesa da Rússia, em relatório nesta terça, disse que, na região de Odessa, “com mísseis de alta precisão”, atingiu um centro de logística com armas estrangeiras. “Armas de mísseis e munições dos Estados Unidos e de países europeus foram destruídos.” O ataque foi feito com mísseis Onyx a partir da costa do Mar Negro. Na semana, a Defesa russa já havia anunciado ataque contra depósito com armas enviadas por americanos e europeus para reforçar o exército ucraniano.

Segundo a Rússia, entre ontem e hoje, foram atingidos “69 redutos, áreas de concentração de mão de obra e equipamentos militares das Forças Armadas da Ucrânia”. O ministério também aponta ter matado 230 militares ucranianos.

Além de Odessa, a Rússia também disse ter atacado as regiões de Kharkiv, Kherson e Donetsk. A Defesa russa também acusou a Ucrânia de “usar infraestrutura civil para fins militares, escondendo-se atrás de civis como um ‘escudo humano'”. Em Kharkiv, a Rússia disse que “nacionalistas mantêm civis à força no porão” de um hospital. As informações não puderam ser verificadas com fontes independentes.

As Forças Armadas da Ucrânia disseram acreditar que a Rússia “está tomando medidas para repor perdas significativas de equipamentos” em seu exército. Segundo os ucranianos, entre 27 de abril e 2 de maio, ao menos 17 tanques russos foram enviados para o território ucraniano, além de 60 veículos blindados para transporte de tropas.

Segundo a Ucrânia, além continuar “bombardeando a cidade de Kharkiv” e áreas próximas, “o inimigo russo exerceu fogo ativo sobre unidades de tropas ucranianas” na direção de Izium. Já a administração militar de Sumy, que fica perto da fronteira com a Rússia, relatou que houve ataques com morteiros na região nesta terça. Na região de Donetsk, ataques deixaram ao menos nove mortos, segundo autoridades locais. Em Zaporizhzhia, a administração local apontou duas mortes após bombardeio.

O exército ucraniano também apontou a resistência que tem feito, com 12 ataques repelidos nas regiões de Donetsk e Lugansk. “Nas últimas 24 horas [entre a manhã de ontem e o início de hoje, no horário local], seis tanques, cinco sistemas de artilharia, 22 unidades de veículos blindados de combate e oito unidades de veículos inimigos foram destruídos.”

Conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mykhailo Podolyak divulgou hoje imagens de corpos encontrados em Kalynivka, cidade a cerca de 35 quilômetros de Kiev. Eles estavam com as mãos amarradas.

“A Rússia escolheu o caminho do terror da população civil e deve ser reconhecida como patrocinadora do terrorismo”, disse.
A inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido, aliado dos ucranianos, disse acreditar que as forças russas “estão agora significativamente mais fracas, tanto material quanto conceitualmente, como resultado de sua invasão da Ucrânia”. “A recuperação disso será exacerbada por sanções. Isso terá um impacto duradouro na capacidade da Rússia de implantar força militar convencional.”

Para os britânicos, apesar de ter aumentado os investimentos na área militar nos últimos anos, a Rússia não conseguiu se aproveitar da modernização de seu equipamento para dominar a Ucrânia. “Falhas tanto no planejamento estratégico quanto na execução operacional deixaram-na incapaz de traduzir força numérica em vantagem decisiva.”

Em discurso, por vídeo, ao Parlamento ucraniano hoje, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson prometeu mais ajuda militar e financeira. A fala de Johnson foi acompanhada no local pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

“É a democracia contra a tirania. É a liberdade contra a opressão. É a lei contra a ilegalidade. É o bem contra o mal. E é por isso que a Ucrânia deve vencer. E vai vencer”, disse Johnson.

Por Uol/Folhapress

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

Mundo

EUA devem reclassificar maconha como droga menos perigosa, diz agência

A mudança reconheceria que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas.

Publicado

em

7A DEA (a agência de combate às drogas dos Estados Unidos) tomará medidas para reclassificar a maconha como uma droga menos perigosa do que ela é considerada atualmente, segundo informações da agência de notícias Associated Press.

A proposta da DEA, que deve ser revista pelo órgão de gestão e orçamento da Casa Branca, poderá marcar a maior mudança na política federal sobre a cânabis em 40 anos, com amplo efeito sobre a forma como o país regulamenta a droga.

A mudança não legalizaria totalmente a maconha para uso recreativo, mas reconheceria que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas.

Com a medida, espera-se que a DEA recomende a reclassificação da cânabis , retirando-a do nível de drogas com maior risco potencial para abusos, como heroína e LSD, e passando para o nível 3 (schedule III, em inglês), junto a substâncias como esteróides anabolizantes e testosterona.

De acordo com o governo americano, as substâncias da classificação 3 têm “potencial moderado a baixo de dependência física e psicológica”. Ainda assim, são substâncias controladas e sujeitas a regras e regulamentos, e as pessoas que as vendem sem permissão podem enfrentar processos criminais federais.

A decisão da DEA deve ser tornada oficial pouco mais de um ano depois de o presidente Joe Biden pedir uma revisão da lei federal sobre a maconha, em outubro de 2022, quando decidiu perdoar milhares de americanos condenados por porte da droga.

O movimento pode ser visto como associado à corrida contra Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano. O presidente, que no passado apoiou a guerra às drogas, vê o afrouxamento da regulação federal da cânabis como uma oportunidade de recuperar a simpatia dos jovens. O grupo foi essencial para a vitória em 2020, mas que vem se distanciando de Biden por seu apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Pesquisas indicam que 70% dos americanos afirmam que o uso de maconha deve ser legalizado. O percentual é praticamente o dobro do registrado em 2003 (34%) e sobe para 79% na faixa etária de 18 a 34 anos.

O uso recreativo da maconha já é legal em 24 estados, e o medicinal, em outros 12. Embora os estados tenham autonomia para regular a droga, ela ainda é banida a nível federal -mudar isso exige aprovação do Congresso, algo ainda considerado improvável.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Menino de 13 anos morre após ataque com espada em Londres

Outras quatro pessoas ficaram feridas, sendo dois civis com ferimentos leves e dois policiais que precisarão de cirurgia devido aos golpes de arma branca.

Publicado

em

A Polícia Metropolitana revelou, no início da tarde desta terça-feira (horário local), que um adolescente de 13 anos morreu após um ataque com uma espada que deixou cinco pessoas feridas em Hainault, Londres, no Reino Unido.

“É com grande tristeza que confirmo que um dos feridos no incidente, um adolescente de 13 anos, faleceu devido aos ferimentos”, declarou o inspetor Stuart Bell em uma coletiva de imprensa, conforme relatado pela mídia britânica.

“Ele foi levado para o hospital após ser esfaqueado e, infelizmente, faleceu pouco tempo depois”, acrescentou.

A família da jovem vítima está recebendo apoio especializado.

Outras quatro pessoas ficaram feridas, sendo dois civis com ferimentos leves e dois policiais que precisarão de cirurgia devido aos golpes de arma branca. “Os ferimentos são significativos, mas neste momento acreditamos que não correm risco de vida”, disse o mesmo oficial. A Polícia Metropolitana de Londres destacou que está investigando “todos os fatos como prioridade” deste terrível incidente.

“Sei que as famílias das pessoas envolvidas, a comunidade local e a comunidade em geral, bem como muitas pessoas em toda a cidade de Londres, vão querer saber por que esse terrível incidente aconteceu. Cabe a nós descobrir – e faremos isso. É nosso dever”, garantiu o inspetor.

A polícia também confirmou a prisão de um homem de 36 anos – que está sob custódia policial – que foi imobilizado com um taser.

“Quero confirmar que não acreditamos que haja mais perigo para a população em geral e não estamos procurando mais ninguém” relacionado ao incidente, enfatizou.

O suspeito foi “submetido a uma descarga elétrica no local e detido 22 minutos após o primeiro chamado à polícia, pouco antes das 7h00 da manhã (3h da manhã no horário de Brasília)”, ainda destacou o oficial, confirmando que o incidente não está sendo considerado “um ataque com alvo específico” e “não parece estar relacionado ao terrorismo”.

Bell qualificou os acontecimentos da manhã como “verdadeiramente terríveis” e indicou que a investigação para apurar as circunstâncias completas ainda está no início, e que só fornecerá mais informações quando for possível.

A Polícia Metropolitana recebeu um alerta pouco antes das 7h00 de que um veículo tinha sido conduzido contra uma casa na área de Thurlow Gardens e que pessoas tinham sido atacadas por um homem armado com uma espada.

Foto  ADRIAN DENNIS/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Expectativa de trégua entre Hamas e Israel cresce em meio a negociações

Publicado

em

A expectativa de uma trégua na Faixa de Gaza e da libertação dos reféns aumentou nesta segunda-feira, com uma reunião no Cairo entre uma delegação do Hamas e mediadores, após quase sete meses de conflito entre o movimento palestino e Israel.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, mostrou-se otimista sobre uma aceitação pelo movimento islamita palestino da proposta israelense, que considerou “extraordinariamente generosa”.

Uma delegação do Hamas se reuniu no Cairo com negociadores do Egito e Catar – dois países mediadores, juntamente com os Estados Unidos -, para dar uma resposta à trégua negociada entre Israel e o Egito.

Uma delegação do Hamas deixou o Cairo e “vai retornar com uma resposta por escrito” sobre a proposta de trégua na Faixa de Gaza relacionada com a libertação de reféns, informou na noite de hoje o site Al-Qahera News, ligado ao serviço de inteligência do Egito, citando fontes daquele país.

Blinken, que está na Arábia Saudita e visitará em seguida Israel e Jordânia, participou em Riade do Fórum Econômico Mundial (WEF), onde chanceleres de países ocidentais e árabes discutiram como unir forças para obter uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos que leve à criação de dois Estados.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!