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“As próximas semanas não serão fáceis”, diz Margareth Dalcolmo sobre pandemia de Covid-19 no Brasil

Especialista pede mais rigor com medidas não farmacológicas para combater o Sars-CoV-2

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“As próximas semanas não serão fáceis”. O alerta é da especialista em coronavírus, a médica, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante do comitê de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Dalcolmo, em fala à Folha de Pernambuco.

Boletim recente da fundação indica um aumento no total de casos graves de síndromes respiratórias no Brasil causados pela Covid-19. Em Pernambuco, o balanço diário voltou a superar a barreira dos mil casos em 24 horas, o que não ocorria há 50 dias.

Para Dalcolmo, o momento atual da pandemia de Covid-19 pede a conscientização sobre mais rigor com as medidas não farmacológicas para combater o Sars-CoV-2, como o uso de máscaras de proteção, sobretudo em ambientes fechados, e a higienização das mãos.

“Não precisaria nem que nós fizéssemos os alertas que nós vamos continuar fazendo diariamente: é preciso usar máscaras em ambientes fechados”, diz a médica.

Em Pernambuco, a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes ao ar livre foi retirada em 29 de março. Pouco menos de um mês depois, em 20 de abril, a medida foi estendida a ambientes fechados. Atualmente, o uso do equipamento é obrigatório apenas em hospitais e farmácias, transporte público e escolas.

Margareth também cita que é preciso avançar com a vacinação para conter o vírus, especialmente de crianças. “É um apelo que eu, pessoalmente, fiz quando estive em Pernambuco três meses atrás e continuarei fazendo: é muito importante que as crianças acima de cinco anos sejam vacinadas com duas doses da vacina para a Covid-19”, afirmou.

Segundo os dados mais recentes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), apenas 28,35% das crianças de 5 a 11 anos receberam a segunda dose do imunizante em Pernambuco. O Estado liberou, nos últimos dias, a imunização com a quarta dose para adultos com 50 anos e mais e profissionais de saúde e todos com mais de 18 anos que estão em abrigos após as fortes chuvas.

Com mais de 100 artigos científicos publicados nacional e internacionalmente, Margareth Dalcolmo é um dos principais nomes da comunidade científica brasileira no combate à pandemia de Covid-19. Recentemente, lançou o livro “Um tempo para não esquecer – A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde”, com tarde de autógrafos no Recife.

Leia, a seguir, a íntegra da entrevista com Margareth Dalcolmo:

Aumento de casos no Brasil

Não há dúvidas de que há um aumento epidemiológico de casos da Covid-19 a partir do aparecimento das novas variantes e subvariantes da cepa ômicron no mundo e inclusive no Brasil. Não é surpreendente que isso esteja ocorrendo na medida em que nós sabemos que essas cepas têm o que nós chamamos de escape vacinal. Ou seja, elas contaminam pessoas vacinadas mesmo com três, quatro doses de vacina.

A característica clínica dos casos que nós temos observado é de menor gravidade, exatamente porque as vacinas protegem contra gravidade de doença e evitam hospitalizações e, evidentemente, os procedimentos de doença grave. Então, não há dúvida de que os casos são menos graves, porém, a taxa de transmissão é altíssima. Enquanto que a cepa original da Covid-19 tinha um R (que é aquela taxa de transmissibilidade) de aproximadamente 2,5, 3,0, essas cepas têm R de 10. Ou seja, 100 pessoas contaminam 1000 pessoas. Então, isso faz com que a transmissão da comunidade, considerando que muita gente, digamos, relaxou com as medidas não farmacológicas, sobretudo o uso de máscaras em ambiente fechado – o que eu sou particularmente contra. Eu sempre disse que era para manter o uso de máscara enquanto não houvesse um controle epidêmico mais efetivo e isso foi relaxado muito.

Eu moro no Rio de Janeiro, aqui tem lugares fechados onde está todo mundo sem máscara. Cada festa, cada recepção e cada manifestação que há gera muitos casos. Isto é, o que está acontecendo é o que nós temos visto já um relativo aumento de casos hospitalizados e esses casos estão relacionados a pessoas ou não vacinadas – infelizmente ainda existe gente que não está vacinada, o que é uma tristeza, uma coisa de uma negação absolutamente difícil de nós aceitarmos, considerando a eficácia muito já comprovada das vacinadas, sobretudo no Brasil.

A tragédia no Brasil teria sido muito maior do que já foi se não tivesse tido uma cobertura vacinal tão alta quanto a despeito de todas as nossas adversidades, nós conseguimos alcançar: de 80% da população vacinada pelo menos com duas doses.

Neste momento, eu considero absolutamente crucial que as pessoas retomem as medidas não farmacológicas, isto é, lavagem das mãos, considerando que essa cepa contamina também pelo toque, pelos objetos contaminados com aerossol, perdigotos, esse tipo de contaminação e em ambientes fechados usar máscara o tempo todo, máscara de boa qualidade.

Uso de máscaras

Não precisaria nem que nós fizéssemos os alertas que nós vamos continuar fazendo diariamente: é preciso usar máscaras em ambientes fechados. A população está vendo pelo aumento do número de casos dentro de suas próprias famílias. Toda família hoje tem alguém doente. Não é uma pessoa só, em geral é marido e mulher, filho, criança, funcionários da casa e muitas pessoas ao mesmo tempo. Eu tenho vários aqui que eu estou acompanhando que são famílias inteiras. Um passa para o outro de maneira muito rápida, inclusive crianças pequenas, que ainda estão fora da faixa etária de vacinação. Uma coisa que é muito importante e que eu sei que em Pernambuco a taxa não está satisfatória é a cobertura vacinal da população pediátrica. Tem muita vacina, tem vacina disponível na rede e as famílias não estão levando no percentual adequado as suas crianças para receberem proteção vacinal. E é um apelo que eu pessoalmente fiz quando estive em Pernambuco três meses atrás e continuarei fazendo: é muito importante que as crianças acima de cinco anos sejam vacinadas com duas doses da vacina para a Covid-19.

Variantes e subvariantes

A subvariante que predomina no Brasil é a BA.2 e já tem detectado pela vigilância genômica feita por nós na Fiocruz de circulação em pequena quantidade, mas já presente e certamente vai aumentar, da BA.4 e BA.5, que são aquelas mais predominantes hoje, por exemplo, no Hemisfério Norte – nos Estados Unidos é a que mais circula. Não há dúvidas, são subvariantes da ômicron 2 com alta capacidade de transmissão.

Doses de reforço
É demonstrado que doses de reforços para Covid-19 são muito importantes. A terceira dose é mais importante do ponto de vista de proteção do que a própria quarta, ela oferece uma taxa de proteção sobre as duas doses anteriores enorme, comprovadamente demonstrado por estudos. A quarta dose ainda corresponde a uma maior taxa de proteção. É muito importante essa medida, estou de acordo que toda a população acima de 50 receba sim as duas doses de reforço. Considero como uma medida de saúde pública correta.

Fim da pandemia?

Eu particularmente tenho uma visão muito clara sobre isso: acho que essa angústia é uma angústia desnecessária. Ninguém está querendo fim de pandemia no sentido assim de o que nós estamos acompanhando da realidade. Não adianta nós querermos algo que é, nesse momento, inalcançável. Esse é o momento em que medidas pessoais e coletivas, solidárias entre as famílias, entre colegas de trabalho, entre grupos de pessoas, como proteger-se a si mesmo e, portanto, aos demais, como receber as vacinas nas doses necessárias, vacinar as crianças, aí nós saberemos que, como a Covid-19 é uma virose aguda de transmissão respiratória, como todas as demais que já houve na história da humanidade, a tendência dela é ir-se aplainando e ir diminuindo ao longo do tempo. Porém, neste momento, ainda não é o momento que nós podemos falar que esteja em desaparecimento, absolutamente. Ela ainda depende de medidas sanitárias muito coletivas e muito precisas. É preciso que as pessoas não gastem a sua angústia com isso. Estão cansadas? Nós não temos sequer o direito de estar cansados, nós temos que continuar nos protegendo e protegendo todas as pessoas que conosco convivem.

Casos graves e mortes

Boletins da Fiocruz já detectaram que a grande maioria dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que ocorrem neste momento, são devido à Covid-19. Então, ao dizer que a maior parte dos casos são leves, sem gravidade, também não estamos dizendo que não haja casos mais graves. Quem são as pessoas que podem evoluir para casos mais graves? São, em primeiro lugar, as não vacinadas, as muito idosas e/ou aquelas que, mesmo não sendo idosas, são portadoras de uma condição imunológica de fragilidade, isto é, transplantados de órgãos, pessoas que usam medicação imunossupressora por longo tempo e que deixam o seu sistema imune mais fragilizado. Essas pessoas e, além disso, as crianças são aquelas que estão contribuindo para o aumento de casos de Srag cuja causa, da maior parte delas, é a Covid-19.

Próximas semana

Os órgãos de imprensa, que têm se comportado de maneira tão aliada à ciência no Brasil, mantenham esse alerta ainda neste momento permanentemente. As próximas semanas não serão fáceis e todo mundo deve manter o uso de máscaras nas próximas duas a três, quatro semanas no Brasil inteiro, em todas as áreas onde haja contato com pessoas e celebrações, ambientes de trabalho, etc.

Por Folha de Pernambuco

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Brasil

Azul e Gol anunciam acordo para compartilhar voos domésticos; entenda como vai funcionar

As rotas em que ambas as empresas concorrem diretamente estão fora do codeshare.

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A partir do fim de junho, os clientes da Azul e da Gol podem comprar passagens de uma companhia nos canais de venda de outra. As duas empresas anunciaram, nesta quinta-feira (23), um acordo de cooperação comercial por meio de codeshare, compartilhamento de códigos em inglês.

O acordo só valerá para rotas domésticas exclusivamente operadas por uma das duas companhias. As rotas em que ambas as empresas concorrem diretamente estão fora do codeshare.

Por meio do codeshare, o passageiro utiliza os canais de pesquisa, de venda e os padrões de serviço de uma companhia para embarcar em outra. No entanto, o check-in deverá ser feito nos guichês ou nos canais digitais da companhia que opera o voo. Nos voos com conexão, o cliente fará o check in na empresa que opera o primeiro trecho e automaticamente receberá os cartões de embarque de todos os voos.

O despacho de bagagens seguirá o mesmo procedimento, com o cliente despachando as malas na companhia que opera o voo ou o primeiro trecho, recebendo-as no destino final. Para remarcar ou cancelar a viagem, o passageiro deve procurar a companhia onde comprou a passagem.

Em comunicado, as duas companhias esclareceram que o acordo também abrange os programas de fidelidade. Membros do Smiles (da Gol) e do Azul Fidelidade acumularão pontos ou milhas no programa de sua escolha.

A data exata para o início das vendas com codeshare não foi informada. As duas empresas informaram apenas que os canais começarão a oferecer as rotas compartilhadas no fim do próximo mês.

Monitoramento

Nas redes sociais, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que esse tipo de parceria é comum no setor aéreo em diversos países. Destacou que o ministério e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) buscarão preservar as melhores condições para o consumidor brasileiro.

“Esse tipo de acordo comercial já ocorre entre outras companhias aéreas nacionais e internacionais ao redor do mundo. Nós esperamos que possa ampliar a conectividade entre os diversos destinos brasileiros, gerando maior complementaridade na malha nacional, oferecendo mais opções de voos para os brasileiros”, destacou Costa Filho.

No fim de janeiro, a Gol entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, para levantar capital e reestruturar as finanças após a pandemia de covid-19. A companhia informou que o pedido não afeta as operações no Brasil. Na época, o governo informou que monitora os desdobramentos da recuperação judicial.

foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Agência Brasil

           

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Aborto: CFM diz que vai enviar ao STF estudos científicos contra decisão de Moraes

Norma, que proíbe a prática em fetos com mais de 22 semanas, foi suspensa na última sexta-feira (17).

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou nesta quinta-feira, 23, que vai enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) estudos científicos para pedir a manutenção da resolução que dificulta o aborto em casos de estupro. A norma, que proíbe a prática em fetos com mais de 22 semanas, foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira, 17.

O documento será enviado à Suprema Corte até a próxima segunda-feira, 27, quando termina o prazo determinado por Moraes para um posicionamento do CFM. Segundo o Conselho, o texto ainda está em produção e vai reunir argumentos científicos que atestam a viabilidade de vida fora do útero após 22 semanas.

A resolução suspensa por Moraes é a nº 2.378/2024, que proíbe a prática da assistolia fetal. O procedimento consiste injeção de uma substância que provoca a morte do feto para que depois ele seja retirado do útero da mulher. Uma das justificativas usadas pelo Conselho é de que o método é “profundamente antiético e perigoso em termos profissionais”.

A decisão de Moraes foi tomada sem ouvir o CFM, pois o magistrado entendeu que o caso era urgente e que havia risco de “perigo de lesão irreparável”.

A norma do CFM foi publicada no dia 3 de abril e cita o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que prevê o direito inviolável à vida. “É vedado ao médico a realização do procedimento de assistolia fetal, ato médico que ocasiona o feticídio, previamente aos procedimentos de interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei, ou seja, feto oriundo de estupro, quando houver probabilidade de sobrevida do feto em idade gestacional acima de 22 semanas”, diz o texto da resolução.

“A norma foi elaborada com base em estudos técnicos e científicos que comprovam que, com 22 semanas, há viabilidade de vida fora do útero. Ou seja, diante dessa possibilidade, a interrupção da gestação implica num ato ilegal e antiético, pois sob a fachada de aborto que seria realizado é um assassinato”, disse o CFM em nota.

A decisão de Moraes será julgada pelo plenário virtual do STF a partir do próximo dia 31. Os ministros terão até o dia 10 de junho para decidirem se vão manter a suspensão da norma ou determinar o retorno da legalidade da proibição.

Sete dias após a publicação da resolução, o PSOL protocolou uma ação no STF pedindo a inconstitucionalidade do texto. Moraes suspendeu os efeitos da normativa e disse que ela ultrapassa os limites do poder regulamentar do órgão: “(…) impondo tanto ao profissional de medicina, quanto à gestante vítima de um estupro, uma restrição de direitos não prevista em lei, capaz de criar embaraços concretos e significativamente preocupantes para a saúde das mulheres”, escreveu o magistrado.

Moraes também afirmou que a proibição imposta pelo CFM vai de encontro às discussões científicas atuais. “Ao limitar a realização de procedimento médico reconhecido e recomendado pela Organização Mundial de Saúde, o Conselho Federal de Medicina aparentemente se distancia de standards científicos compartilhados pela comunidade internacional”, disse.

No dia 18 de abril, a resolução do Conselho foi suspensa pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul, sob o argumento de que, por ser uma autarquia, o órgão não tem a competência para criar restrição ao aborto em caso de estupro. O CFM recorreu e a norma voltou a valer após uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região protocolada no último dia 27.

Assim que o CFM enviar os argumentos defendendo a manutenção da resolução, Moraes vai determinar que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviem manifestações sobre a legalidade da norma em um prazo de cinco dias.

Foto  iStock

Por Folhapress

           

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Lula discute cooperação com presidente do Benim, o primeiro líder africano a visitá-lo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu, nesta quinta-feira (23), a cooperação em âmbitos como cultura e turismo com seu par do Benim, Patrice Talon, na primeira visita ao Brasil de um líder africano desde o retorno do ex-sindicalista ao poder.

“Nossos laços se forjaram a partir do sofrimento, mas hoje serve para encurtar a distância entre os dois lados do rio chamado Atlântico”, disse Lula ao oferecer um almoço ao líder beninês no Palácio do Itamaraty em Brasília.

“Meu país está agora pronto para assumir o desafio com você e o Brasil em toda a sua grandeza, diversidade e poderio, de uma cooperação […] efetiva e duradoura a serviço do desenvolvimento compartilhado”, afirmou, por sua vez, Talon.

VISITA AO BRASIL

Em uma visita que se encerra no domingo, o chefe de Estado beninês se reunirá nesta sexta-feira com autoridades locais em Salvador, na Bahia, um importante destino do comércio transcontinental de escravizados no passado e hoje centro da cultura afro-brasileira.

No sábado, Talon visitará o centro cultural Casa do Benin na capital baiana, antes de ir para São Luís do Maranhão, onde comparecerá à Casa das Minas.

Segundo a tradição, nesse templo de ritos voduns viveu a mãe do rei de um território no sul do Benim atual, que foi levada como escrava ao Brasil no século XIX.

ACORDOS DE COOPERAÇÃO

Os governos de ambos os países assinaram acordos de cooperação em turismo, cultura, diplomacia e transporte aéreo.

Lula manifestou interesse de cooperar com o Benim no “turismo de memória” relacionado ao legado da escravidão compartilhado entre as duas nações.

Também ofereceu “apoio logístico” a uma missão policial internacional apoiada pela ONU e integrada pelo Benim, que em breve será enviada ao Haiti.

Talon defendeu uma lei em discussão em seu país que concederia a nacionalidade beninesa a todos os afrodescendentes. “Todos os brasileiros afrodescendentes são benineses”, exclamou.

Ao tomar posse de seu terceiro mandato em 2023, Lula relançou as relações do Brasil com o continente africano, uma prioridade de seus primeiros mandatos e desestimada pelo governo anterior de Jair Bolsonaro.

Desde então, Lula viajou a Egito, Etiópia, África do Sul, Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.

Fonte:  JC

 

           

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