Conecte-se Conosco

Política

A única região do Brasil onde Lula liderou a votação coleciona os piores resultados em índices de educação, emprego formal e riqueza per capita

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

No primeiro discurso depois de ser declarado eleito presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez agradecimentos especiais ao Nordeste. A Região foi a única em que o petista conseguiu mais votos que Jair Bolsonaro. A diferença que compensou o resultado no restante do país veio dos brasileiros que convivem com os piores indicadores sociais da nação.

“Obrigado, Nordeste maravilhoso, que nos deu mais uma vitória na vida”, disse Lula, no domingo 30, em um discurso para apoiadores na capital paulista. Comparando ao resultado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista conseguiu 12,5 milhões de eleitores nordestinos a mais — quase 70% dos votos válidos locais.

Os baixos desempenhos socioeconômicos ocorrem apesar das belezas naturais e de todo o potencial da região. Contrastando com algumas das mais belas praias do mundo, paisagens exuberantes no interior e um agronegócio pujante no cerrado local, o Nordeste tem a menor produção de riqueza por habitante em todo o território nacional. A comparação entre a quantidade de habitantes e a produção econômica da região mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita local bateu pouco mais de R$ 18 mil por ano.

Muito potencial na mão esquerda

O PT conseguiu liderar a corrida à Presidência em todos os Estados nordestinos. As únicas quatro disputas por governos estaduais que a sigla conseguiu vencer neste ano são dessa região do Brasil. Na lista, Bahia (Jerônimo Rodrigues), Ceará (Elmano de Freitas), Piauí (Rafael Fonteles) e Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra).

Esse pedaço do país também é o único em que a maior parte dos governos estaduais segue controlada por partidos de esquerda. Fora os quatro Estados petistas, Paraíba e Maranhão estão com o PSB. Nos outros, a escolha foi por MDB (Alagoas), PSDB (Pernambuco) e PSD (Sergipe). Nas urnas maranhenses, estado que registrou o pior índice de riqueza por habitante (pouco menos de R$ 14 mil por ano), Lula teve uma de suas melhores votações: 71% dos votos.

Paralelamente, o Centro-Oeste, com quase R$ 45 mil de PIB per capita, teve o melhor índice do Brasil em 2019. Famosa pelo agronegócio, a região despejou 60% dos votos em Bolsonaro.

Campeão no Auxílio Brasil

Na primeira posição do ranking de pobreza, o Nordeste lidera a quantidade de famílias que recebem o Auxílio Brasil. Apenas em outubro, foram enviados R$ 6 bilhões à população local por meio do benefício. O valor se aproximou da metade dos cerca de R$ 13 bilhões distribuídos em todo o território nacional em igual período.

Praticamente 10 milhões de famílias nordestinas precisaram do programa para sobreviver no mês passado. Pelas estimativas da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania, são quase 25 milhões de habitantes, ou seja, 45% da população local depende do governo.

Ao mesmo tempo, no Centro-Oeste, menos de 20% dos habitantes receberam o Auxílio Brasil. No Sul do país, que tem a menor dependência do programa, a proporção de beneficiários não chegou a 13%. O PIB per capita sulista ficou em cerca de R$ 42 mil por ano em 2019. Outra vez, mais que o dobro do nordestino.

Proporcionalmente, os eleitores sulistas deram o melhor desempenho a Bolsonaro: praticamente, 62% dos votos válidos locais. Tanto no Centro-Oeste quanto no Sul, o presidente em exercício ganhou em todos os Estados.

Para votar na eleição para a Presidência do Brasil, é preciso ter 16 anos ou mais de idade. No Nordeste, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada equivale a cerca de 16,5% do número de eleitores. Fazendo a mesma comparação no Sul, a proporção da mão de obra em empregos formais mais do que dobra, atingindo 35% — o melhor índice nacional. A segunda posição ficou para o Sudeste: praticamente 33%.

População analfabeta

De acordo com o IBGE, as Regiões Sul e Sudeste têm a menor taxa de analfabetismo do país: 3,3%. Na sequência, aparece o Centro-Oeste, com pouco menos de 5%. Mais uma vez, o pior resultado é do Nordeste, onde quase 14% dos moradores com mais de 15 anos não sabem ler nem escrever. É mais que o dobro da média nacional: 6,6%. Com esses números, a região conseguiu concentrar sozinha mais da metade dos analfabetos brasileiros.

O levantamento revelou que três em cada cinco adultos que moram nessa parte do país não completaram o ensino médio, o que corresponde a 60% do total

“A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais no Brasil ficou em 6,6% em 2019, o que corresponde a 11 milhões de pessoas”, informa o instituto. “Mais da metade (56,2%, ou 6,2 milhões) vive na Região Nordeste.”

Além disso, o levantamento revelou que três em cada cinco adultos que moram nessa parte do país não completaram o ensino médio, o que corresponde a 60% do total. No restante do Brasil, mais da metade da população nessa faixa etária concluiu esse ciclo educacional.

A pesquisa mostrou ainda que os nordestinos com mais de 25 anos tinham pouco menos de nove anos de estudo formal — o mais baixo nível entre as regiões do país. O Sudeste teve o melhor resultado: pouco mais de 10 anos.

Um vizinho menos pobre

Apenas o Norte tem números próximos aos do Nordeste em temas como educação, PIB per capita e empregos. Ainda assim, com indicadores levemente melhores. E apesar de Bolsonaro também ter conseguido melhores resultados que Lula entre na região, a diferença ficou em apenas 2 pontos porcentuais.

No Norte, a média de anos de estudos formais de um adulto também não chega a nove, parando em 8,9. Nas demais regiões, o número fica mais próximo de dez.

O PIB per capita do Norte em 2019 ficou em cerca de R$ 22 mil. Desse modo, ele foi capaz de superar apenas o resultado nordestino e está bem distante dos valores encontrados no restante do país. E a relação entre eleitorado e empregos formais é praticamente a mesma da Região Nordeste.

Apesar de atuais, esses números não ilustram uma realidade que nasceu recentemente. Quando Dilma Rousseff (PT) encerrou o primeiro mandato, o Nordeste também tinha a maior população analfabeta do país e já concentrava mais da metade dos brasileiros que não sabiam ler nem escrever. A pergunta que fica é se Lula fará na região em quatro anos o que ele próprio e sua sucessora não fizeram em 14.

 

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

 

Política

STF põe Zambelli e hacker no banco dos réus por invasão ao sistema do CNJ

Publicado

em

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta terça-feira, 21, por unanimidade, a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti, o “Vermelho”, pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eles vão responder por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

“Há indícios de autoria e comprovação de materialidade”, defendeu o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Em nota, o advogado Daniel Bialski, que representa a deputada, informou que vai recorrer ao plenário do STF. “A deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados.”

A denúncia da PGR afirma que ela “comandou” e ajudou no “planejamento” do ataque cibernético. Walter Delgatti confessou os crimes.

O que os ministros decidiram nesta terça-feira, 21, foi se havia elementos mínimos para abrir uma ação penal. O julgamento do mérito das acusações só ocorrerá após a chamada “instrução processual” – quando são ouvidas testemunhas e provas complementares são apresentadas.

Relatório

A Polícia Federal (PF) apontou, no relatório final da investigação, que documentos apreendidos com a deputada correspondem, integral ou parcialmente, aos arquivos inseridos pelo hacker no sistema do CNJ, o que para os investigadores comprova que ela participou do ataque. A PF concluiu que o ataque foi planejado para colocar em dúvida a credibilidade do Poder Judiciário.

Entre os documentos mencionados pela Polícia Federal, está o mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes e um recibo de bloqueio de R$ 22,9 milhões em bens do ministro. O valor corresponde à multa imposta por Moraes ao PL por questionar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022. Havia ainda uma ordem, também falsa, para quebrar o sigilo bancário do ministro.

Nesta terça, durante o julgamento, a ministra Cármen Lúcia ironizou o mandado de prisão falso: “Eu começo a não me preocupar só com a Inteligência Artificial, mas com a desinteligência natural de alguns que atuam criminosamente, além de tudo sem qualquer tracinho de inteligência. Vossa Excelência se auto-prender por uma falsificação em um órgão que é presidido por um colega de Vossa Excelência é um salto triplo, carpado, criminoso impressionante.”

Alexandre de Moraes complementou: “Vossa Excelência sempre muito educada disse ‘desinteligência natural’. Eu chamaria a ‘burrice natural’. E achando que isso não fosse ser descoberto.”

As únicas mensagens encontradas entre Carla Zambelli e Walter Delgatti são sobre Moraes. A deputada enviou dois áudios pedindo o endereço do ministro. Ela alega que sua mãe queria enviar uma carta ao magistrado.

Walter Delgatti narrou à Polícia Federal que recebeu cerca de R$ 40 mil para tentar invadir os sistemas do Judiciário. Ele entregou comprovantes de transferências, que somaram R$ 10,5 mil, feitas por um ex-assessor da deputada. O restante, segundo o relato, teria sido entregue em espécie, em São Paulo. Os investigadores desmontaram parte do depoimento. A PF concluiu que os pagamentos foram para comprar garrafas de uísque. Ele está preso preventivamente.

Defesa

O advogado Daniel Bialski, que representa Carla Zambelli, se manifestou.

“A defesa da deputada Carla Zambelli esclarece que nada obstante a designação do julgamento quanto à admissibilidade da acusação apresentada a seu desfavor, apresentou defesa oral e memorial escrito invocando matéria prejudicial que impede este exame neste momento. Neste sentido, esclareça-se que antes mesmo do oferecimento da denúncia pela douta Procuradoria, fez-se requerimento visando a obtenção de cópia das mídias para conhecimento e perícia privada, o que, até o presente momento, não foi disponibilizada. Ademais e em razão disso, a defesa suscitou reabertura de prazo e diferimento da apresentação da defesa escrita o que se aguarda agora seja examinado e admitido. Ainda, a análise do processo deve ser deslocada para o Plenário do C. Supremo Tribunal Federal – competente para processar e julgar originariamente procedimentos criminais que envolvam deputados federais. Novamente, insista-se que a deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado”.

Fonte: Estadão Conteúdo

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Toffoli derruba todos os processos sobre Marcelo Odebrecht na Lava Jato

Publicado

em

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta terça-feira, 21, todos os processos e investigações contra o empresário Marcelo Odebrecht na Operação Lava Jato. A decisão afirma que houve “conluio processual” entre o ex-juiz Sérgio Moro e a força-tarefa de Curitiba e que os direitos do empresário foram violados nas investigações e ações penais.

“O que poderia e deveria ter sido feito na forma da lei para combater a corrupção foi realizado de maneira clandestina e ilegal”, justificou Toffoli.

“Nota-se, portanto, um padrão de conduta de determinados procuradores integrantes da força-tarefa da Lava Jato, bem como de certos magistrados que ignoraram o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e a própria institucionalidade para garantir seus objetivos – pessoais e políticos -, o que não se pode admitir em um Estado Democrático de Direito”, diz um trecho da decisão.

Réu confesso, Marcelo Odebrecht fechou acordo de colaboração com a força-tarefa de Curitiba e admitiu propinas a centenas de agentes públicos e políticos de diferentes partidos. Ele era presidente da construtora que leva o sobrenome da família quando a Lava Jato estourou em 2014 e prendeu os principais executivos do grupo. A defesa agora alega que o empresário foi forçado a assinar a delação.

Seus advogados usaram mensagens hackeadas da força-tarefa, obtidas na Operação Spoofing, que prendeu os responsáveis pela invasão ao Telegram dos procuradores, para recorrer ao STF.

A defesa pediu a extensão da decisão que beneficiou o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em sua decisão, Toffoli afirma que as conversas revelam que Sergio Moro e os procuradores combinaram estratégias contra Marcelo Odebrecht.

“A prisão do requerente, a ameaça dirigida a seus familiares, a necessidade de desistência do direito de defesa como condição para obter a liberdade, a pressão retratada pelo advogado que assistiu o requerente naquela época e que o assiste atualmente estão fartamente demonstradas”, escreveu o ministro. “Fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático.”

A decisão de Toffoli não afeta o acordo de delação, que continua válido, segundo o próprio ministro. Marcelo Odebrecht terminou de cumprir a pena da colaboração com a Lava Jato, por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro, em 2023.

Fonte: Estadão Conteúdo

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Lira oferece poder de veto a Lula na sucessão da Câmara em troca de apoio

Lira quer, segundo aliados dele, resolver o nome de seu candidato antes das eleições municipais -tradicionalmente, a Casa fica esvaziada durante o processo eleitoral, uma vez que parlamentares voltam às suas bases eleitorais para trabalhar por seus candidatos.

Publicado

em

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aumentou os esforços para conseguir apoio do governo federal ao nome que ele deseja emplacar como seu substituto no cargo. A eleição para o comando da Casa ocorre em fevereiro de 2025, e a disputa pela sucessão está indefinida.

Em reunião com o presidente Lula (PT) no fim de abril, no Palácio da Alvorada, Lira disse que quer conduzir sua sucessão. Ofereceu ao petista, no entanto, o poder de veto a candidatos.
Há ao menos quatro deputados que se apresentam como pré-candidatos atualmente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).

Nenhum deles, porém, tem apoio da ampla maioria da Casa. Lira sabe disso e afirmou a aliados não querer correr o risco de o governo apoiar um parlamentar que seja seu adversário na disputa.

Entre esses nomes, Elmar Nascimento é considerado o mais próximo de Lira. Mas, segundo relatos, o próprio presidente da Câmara tem dúvidas sobre a viabilidade dessa candidatura.

Lira quer, segundo aliados dele, resolver o nome de seu candidato antes das eleições municipais -tradicionalmente, a Casa fica esvaziada durante o processo eleitoral, uma vez que parlamentares voltam às suas bases eleitorais para trabalhar por seus candidatos.

De um lado, aliados do alagoano afirmam que Lula se comprometeu a apoiar o nome de Lira. De outro, auxiliares do petista dizem não haver esse compromisso, e que o Executivo irá tratar disso no final do ano.

A avaliação de pessoas próximas de Lula é de que o presidente só vai apoiar o candidato de Lira se for um nome que aglutine apoios tanto da ampla maioria do centrão como da esquerda.

Um aliado de Lula diz que o presidente só respaldaria alguém com o potencial de repetir o desempenho de Lira na última eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro de 2023, que obteve votação recorde.

Naquela ocasião, para evitar uma derrota, Lula não interferiu na eleição da Casa. Lira quer que o mesmo ocorra desta vez.
Nos cálculos preliminares de aliados do alagoano, um candidato “anti-Lira” já largaria na disputa com cerca de 150 votos, correspondentes a críticos do presidente da Câmara dos Deputados.

Lira não pode concorrer à sucessão e tenta transferir seu capital político a um nome de sua escolha. Apesar de a eleição da Mesa Diretora ocorrer só em fevereiro de 2025, os potenciais candidatos já se movimentam desde o fim do ano passado.

Há duas semanas, Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, se reuniu pela segunda vez com um grupo pequeno de parlamentares do PT. Segundo relatos, o parlamentar se colocou como opção e disse que não irá abrir mão de sua candidatura.

O presidente do Republicanos é considerado um parlamentar com trânsito entre deputados de outras legendas e boas relações com membros do governo. Ele organizou uma festa de aniversário em abril que reuniu cerca de 500 convidados, entre parlamentares, autoridades e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do petista.

Segundo um interlocutor, Pereira trabalha para se consolidar como o candidato do bloco do qual o Republicanos faz parte, com 146 deputados -que reúne também MDB, PSD e Podemos.

Deputados do PT se reuniram com Elmar Nascimento na semana passada. Eles foram convidados para um almoço na casa do deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB) -esse encontros são semanais, mas dessa vez foi visto como uma oportunidade de Nascimento fazer um gesto aos petistas.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também compareceu, o que foi considerado um aceno à candidatura de Nascimento por aliados.

Isso porque os dois estão em campos políticos diferentes na Bahia. O nome do deputado foi vetado por petistas baianos para ser ministro de Lula durante a transição do governo.

Auxiliares de Wagner, por sua vez, minimizaram a presença do senador, dizendo que ele apenas passou no almoço e ficou pouco tempo.

Deputados do PT afirmam que querem construir com demais forças da base aliada de Lula um nome consensual para que o governo tenha condições de aprovar projetos prioritários na Casa. Um deles diz que é importante o partido conversar desde já com potenciais candidatos para não ficar alijado das decisões que serão tomadas mais adiante.

Além do PT, os deputados que buscam se viabilizar na eleição cortejam apoio do PL, já que o partido tem a maior bancada da Câmara (com 95 deputados). Líder do PL na Casa, Altineu Côrtes (RJ), tem afirmado a interlocutores que o partido só vai tratar da sucessão de Lira após as eleições municipais.

Líder do PSD, Brito é apontado como o pré-candidato mais alinhado ao governo Lula até agora. Ele também tem bom trânsito com parlamentares e lideranças da direita.

Isnaldo Bulhões Jr., líder do MDB, tem agido mais nos bastidores da Casa, sem se colocar de forma contundente como candidato. Parlamentares do centro avaliam que ele pode se cacifar como o candidato “anti-Lira” -os dois são de grupos políticos diferentes em Alagoas.

Com a falta de um nome que unifique todos os setores da Câmara entre os que já apresentaram as pré-candidaturas, outros passaram a ser cotados.

São citados os líderes Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem a simpatia de Lira e cardeais do PP, e o Doutor Luizinho (PP-RJ).

Motta é tido como capaz de aglutinar forças. O problema é que ele só toparia se candidatar caso Pereira, que preside o seu partido, abrisse mão de entrar na disputa. Essa possibilidade é descartada por aliados de Pereira.

Além disso, o deputado ofereceu entregar a presidência nacional do Republicanos a Mota caso seja eleito presidente da Câmara. Com isso, Motta ganharia projeção nas eleições de 2026.

Já Luizinho tem a simpatia do presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), mas deputados do centrão consideram que ele não tem o apoio necessário de outras legendas.

Foto Getty

Por Folhapress

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!