Candidatos que fizeram as provas do concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) no último domingo (15) realizaram um protesto em frente à sede do órgão, na Praça da República, área central do Recife, no fim da manhã desta sexta-feira (20). O grupo fez um abaixo-assinado com 12 mil assinaturas pedindo a anulação do certame.
Uma comissão, formada por cinco candidatos, entregou a ata para o secretário de Gestão de Pessoas do TJPE, Marcel Lima, e para o diretor-geral do órgão, Ricardo Lins. A intenção é que o documento chegue ao presidente do TJPE, desembargador Leopoldo Raposo.
Usando nariz de palhaço, os concurseiros seguravam cartazes com mensagens como “Respeito aos concurseiros!”, “Fora IBFC” e “Anulação já”. Cerca de 30 pessoas se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça. Entre os candidatos estavam a advogada e organizadora do protesto, Andresa Barroso, de 41 anos.
Falando em nome do grupo, ela afirmou que todos os candidatos relataram que presenciaram descumprimento de itens do edital durante o concurso, insatisfação que foi propagada em publicações nas redes sociais. “Não temos certeza se tivemos uma avaliação justa, com um princípio igual para todos. E queremos que o TJ se manifeste e apure os fatos”, relatou a advogada, enfatizando que os problemas não foram relatos de casos isolados, mas de todos os candidatos.
Resposta
O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Leopoldo Raposo; o diretor-geral da instituição, Ricardo Lins; o secretário de Gestão de Pessoas, Marcel Lima; e o chefe da Assistência Policial Militar e Civil, tenente-coronel Valfrido Curvêlo, participaram de reunião com quatro candidatos do concurso público para servidor do Judiciário estadual, que teve provas realizadas no último dia 15.
O encontro aconteceu no Palácio da Justiça, no Recife, no fim da manhã desta sexta-feira (20). Durante a conversa, os representantes do Tribunal receberam um abaixo-assinado, ouviram as manifestações e reivindicações dos candidatos e prestaram orientações a respeito de como agir para que as demandas possam ser apreciadas dentro do trâmite legal.
O TJPE reconhece a manifestação dos candidatos como legítima no sentido de ratificar a lisura do certame. O Tribunal de Justiça de Pernambuco reitera que não tolerará irregularidades de qualquer ordem no concurso, e, caso seja comprovada alguma, o TJPE tomará as medidas adequadas à situação.?
Entenda o caso:
Mais de 129 mil candidatos fizeram as provas do concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) no último domingo (15). Os exames, que foram realizados nos turnos da manhã e da tarde pela banca organizadora do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), foram alvo de críticas pelos candidatos e até pelos professores de cursinhos.
Entre as irregularidades citadas pelos concurseiros está a de que a folha da redação estava no verso do gabarito, que possuía todas as informações do candidato. A ausência de detectores de metal, salas super lotadas e troca de informações entre candidatos durante a prova também aparecem na lista de reclamações.
(Com Informações do SG10)
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