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Estudo mostra que brasileiro faz dívidas até para comprar comida

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As famílias brasileiras continuam altamente endividadas e o quadro de inadimplência segue o mesmo ritmo. É o que aponta a mais recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que traz novo recorde no número de endividados no mês de agosto, de 72,9%. O percentual corresponde a 11,89 milhões de famílias com alguma dívida em aberto.
A pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor (Peic) aponta que grande parte do endividamento das famílias, cerca de 83%, se concentra no cartão de crédito. Isso porque, nos lares de renda mais baixa, o crédito tem sido utilizado até para adquirir itens essenciais, como comida. “Com a alta inflação sobre itens essenciais na cesta de consumo das famílias de menor renda, (as famílias) acabam tirando espaço do orçamento e se endividando mais para consumir itens de primeira necessidade, como alimentos. O dinheiro não está chegando ao fim do mês e as pessoas estão usando o cartão de crédito para fazer essa cobertura”, explica Izis Ferreira, pesquisadora responsável pelo levantamento da CNC.
A secretária Maria Rosa Tavares Oliveira, de 39 anos, ilustra bem esse cenário. Ela conta que, devido à necessidade de uso de oito medicações por dia, precisa recorrer ao crédito para as outras despesas básicas. “Tem mês que não tem como, tem que apelar para o cartão de crédito. Aí as faturas comem boa parte do meu salário. Quase 30% da renda da minha casa está indo para o pagamento de faturas”, lamenta a moradora do Gama.
A cuidadora Rosilene de Souza, 46 anos, moradora do Paranoá, também desabafa. “Mesmo com a ajuda da família, muitas vezes acabo usando o cartão de crédito para fazer a compra do mês. O problema é que parece um caminho sem saída, parece que a fatura aumenta mais a cada mês que passa”.
Salvação dos informais
Na análise da Peic, a CNC aponta como principais fatores para alta manutenção do endividamento das famílias a expansão do acesso ao crédito, o alto índice de desemprego e a inflação elevada. Na avaliação do presidente da entidade classista, José Roberto Tadros, grande parte das dívidas é de trabalhadores informais que recorrem ao crédito para investir em pequenos negócios. “Mas há uma necessidade grande de planejamento do orçamento familiar para que esse alívio não vire um problema ainda maior do que o que se tinha inicialmente, uma bola de neve”, alerta.
Os dados da pesquisa apontam que o acesso ao crédito pelos consumidores atingiu 19,2% no primeiro semestre de 2021. A taxa é a maior desde o início de 2013. O crédito mais acessível, com taxas de juros mais baixas, contribuiu para o aumento gradual do endividamento, que foi acompanhado, também, pela alta na inflação. Os dados demonstram que, desde novembro, quando estava em 66%, o endividamento teve elevações consecutivas.
Mais dinheiro
As instituições financeiras têm disponibilizado cada vez mais crédito à população. O banco digital Nubank, por exemplo, anunciou recentemente a ampliação de limite de cartão de crédito a 35 milhões de clientes nos próximos 12 meses. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também anunciou, no fim de agosto, o lançamento de uma nova linha de crédito, que deverá atender 100 milhões de pessoas, “a maior operação de crédito da história do Brasil” e “revolução no mercado financeiro”, nas palavras de Guimarães.
Vale destacar que a maioria dos grandes supermercados, atualmente, operam seus próprios produtos de crédito para compra exclusiva nos estabelecimentos credenciados. É o caso do Grupo Pereira, que administra três grandes marcas de supermercado no país e que, há cerca de três anos, lançou o Vuon Card. De acordo com Rafael Souza, Diretor de Negócios do produto, o aumento no uso de crédito apontado pela CNC reflete a demanda pelo cartão.
“A gente tem tido um crescimento muito forte. O segmento de supermercados, por ser um serviço essencial, teve pouco impacto da pandemia, e o cartão teve maior procura no período”, informa o diretor. Souza explica que a burocracia é mínima para os consumidores que queiram fazer um cartão do grupo. “Basta apresentar RG e CPF e, em menos de uma hora, é feita a análise. A ideia era justamente que fosse um produto acessível a todos os consumidores.”
Um desses consumidores é Manoel Gilmar Mendonça, 46 anos. Ele conta que costuma comprar no crédito na maioria das vezes e que o cartão para compra exclusiva no supermercado já o salvou em diversas situações de aperto. “O cartão ajuda porque, às vezes, falta alguma coisa em casa, um leite, e você não tem dinheiro, mas tem o cartão que te permite comprar”, conta o vigilante, morador da Ceilândia.
Com mais acesso ao crédito e aumento no percentual de endividados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, reforça que o governo federal tem investido em ações para auxiliar o consumidor brasileiro a evitar o superendividamento. “O governo tem investido no fortalecimento da educação financeira por meio de cursos oferecidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além disso, trabalhamos na regulamentação da Lei do Superendividamento, que traz ao brasileiro de boa-fé um espaço para renegociar suas dívidas”, disse ao Correio Braziliense, em menção à Lei 14.181/2021, que aumenta a proteção de consumidores com muitas dívidas e cria mecanismos para conter assédio por parte das instituições financeiras.
No direito comparado, é considerada superendividada a pessoa que comprometeu mais de 50% de sua renda mensal com dívidas. E embora não exista um número oficial de superendividados no país, é provável que grande parte dessas pessoas esteja no Mapa da Inadimplência da Serasa, que registra 62,5 milhões de brasileiros com o CPF restrito. A última Peic aponta que 25,6% do total das famílias endividadas em agosto estão inadimplentes. O número se manteve estável com relação a julho, mas apresentou uma leve queda de 1,1% em relação a agosto do ano passado.
Educação financeira
A secretária de Defesa do Consumidor, Juliana Domingues, defende o acesso ao crédito. Na avaliação dela, além de movimentar a economia, o crédito concede poder de compra para parte dos consumidores que não teriam essa condição. “O problema não é o acesso ao crédito, mas o acesso ao crédito de uma forma não responsável.” Para Domingues, é preciso ter cuidado com a falsa impressão que o cartão pode gerar, fazendo o consumidor esquecer que se trata de um empréstimo. “Tem que ter educação financeira. Muitas vezes, a pessoa usa o cartão de forma indevida, sem realmente observar os efeitos, os juros bancários e que, com o cartão, ele pode não fazer melhor controle da sua conta”, alerta.
Para Roberto de Góes Ellery Júnior, professor da Universidade de Brasília (UNB), o principal problema do superendividamento está, sim, na concessão de crédito, muitas vezes bem acima da renda do consumidor. “O crédito é fundamental para o bom desempenho de uma economia, mas pode ser perigoso quando é concedido além da capacidade de pagamento do consumidor”, diz o professor. Para ele, o endividamento para pagar despesas correntes, como alimentação, acende um sinal amarelo que alerta para uma crise futura. “Se for visto como uma forma das famílias protegerem o consumo de uma queda temporária de renda por conta da pandemia, não é um problema, mas, com o passar do tempo, essa leitura fica menos provável. Estimular endividamento para além da capacidade de pagamento pode adiar uma crise, mas, quando acontecer, será pior do que seria se não tivesse sido adiada”, reforça o professor.
Juliana Domingues relembra que os consumidores que buscam educação financeira têm à disposição cursos gratuitos por meio da Escola Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria de Defesa do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça. “O consumidor que tem problemas de educação financeira pode acessar dicas para sair do vermelho, mudar hábitos de consumo, dominar emoções de consumo, aprender sobre orçamento doméstico e planejamento financeiro”, explica. Os cursos são permanentes, podem ser feitos a distância, tem certificação da Universidade de Brasília e estão com inscrições abertas até o dia 27 de setembro.
Por:Diario de Pernambuco

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Brasil

Itaú alerta para fraudes em vendas de ‘ingressos VIP’ para show da Madonna

Apresentação será gratuita para os fãs que assistirem na areia da praia de Copacabana.

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Pessoas estão vendendo falsos ingressos para uma área “VIP” do show da Madonna, que acontecerá no sábado (4), no Rio de Janeiro, por até R$ 2 mil nas redes sociais. O Itaú, patrocinador do evento, alerta para a fraude e diz que o acesso ao evento é totalmente gratuito.

Apresentação será gratuita para os fãs que assistirem na areia da praia de Copacabana. Porém, a reportagem viu anúncios de vendas nas redes sociais por R$ 200, R$ 800 e até R$ 2 mil para assistir ao show de um ponto privilegiado, mais próximo do palco. O espaço, na verdade, é chamado pelo banco de “Espaço Itaú”. Um dos vendedores chega a dizer que tem um casamento na data e, por isso, precisará vender os ingressos.

“Espaço Itaú” é gratuito, mas o acesso é exclusivo para “convidados” do banco. O espaço, chamado de “Área VIP” por golpistas nas redes sociais, é voltado apenas para clientes ganhadores de promoções feitas pelo Itaú e convidados -incluindo fãs.

Os convites para o Espaço Itaú são intransferíveis, o que não permitirá a venda. A empresa informou à reportagem que a área contará com tecnologia de segurança e controle digital de acesso ao espaço -com liberação apenas com apresentação do documento original com foto, que comprove que a identidade titular do ingresso.

Banco diz que realiza comunicações de forma ativa sobre a não comercialização de acesso ao espaço e alerta os consumidores sobre a possibilidade de golpes. No site oficial do evento, o Itaú também avisa sobre a ação: “Golpistas estão se passando por ganhadores da promoção e tentando vender ingressos falsos para o Espaço Itaú. Se receber uma oferta, não realize a compra e denuncie para a nossa equipe técnica. Nossos ingressos não estão à venda”.

MEGASHOW

O show acontece no dia 4 de maio, a partir das 21h45.O palco foi montado em frente ao hotel Copacabana Palace, como acontece no réveillon, em direção ao bairro do Leme. No total, serão 16 torres para equipamentos de iluminação, vídeo e áudio. TV Globo, Multishow e Globoplay transmitirão o evento.

Expectativa de público é de 1,5 milhão de pessoas, dizem prefeitura e governo. Será o maior show da carreira da cantora. O palco principal começa às 19h, com DJs -incluindo o Diplo. Show de Madonna começa às 21h45, com 2h de duração.

Investimento da prefeitura em infraestrutura é de R$ 10 milhões. “Nós somos o anfitrião desse grande evento. A gente tem a alegria de receber a diva pop na cidade. É o nosso dever deixar a cidade com a melhor qualidade possível, haja vista que o mundo está falando desse encerramento da turnê de 40 anos da Madonna no Rio de Janeiro”, diz Patrick Corrêa, presidente da Riotur, ao UOL.

Os órgãos públicos do Rio se uniram na “operação Madonna”. O esforço conjunto começa nesta terça-feira (30) e vai até o dia 6. Serão acionados 3.200 policiais militares, com 64 viaturas e 65 torres de observação, para garantir a segurança do público. Além disso, o local contará com três postos médicos com 30 ambulâncias de UTIs e 80 maqueiros, e 550 cabines sanitárias. A “operação” também conta com uma linha especial de ônibus que sairá do Terminal Gentileza até Copacabana, via Aterro do Flamengo. O desembarque será feito na avenida Princesa Isabel. Horários: a partir das 13h até 4h.

THE CELEBRATION TOUR – MADONNA NA PRAIA DE COPACABANA

Data: 4 de maio, sábado, às 21h45
Local: Praia de Copacabana

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Brasil

Brasil registra mais de 244 mil empregos formais em março

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O Brasil fechou o mês de março com saldo positivo de 244.315 empregos com carteira assinada. No acumulado do ano (janeiro/2024 a março/2024), o saldo foi positivo em 719.033 empregos, o que representa um aumento de 34% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, este foi o melhor resultado do Caged para o mês de março desde 2020. “Ou seja, é um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições”, disse Marinho à Agência Brasil.

Números

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 46.236.308 em março deste ano, o que representa alta de 0,53% em relação ao mês anterior.

O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com a criação de 148.722 postos. No comércio, foram criados 37.493 postos; na indústria, 35.886, concentrados na indústria da transformação; e na construção 28.666. O único grande grupamento com saldo negativo foi a agropecuária, com 6.457 postos a menos, em razão das sazonalidades do setor.

O salário médio de admissão foi R$ 2.081,50. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 5,25, uma variação negativa de 0,25%.

A maioria das vagas criadas no mês de março foram preenchidas por mulheres (124.483). Homens ocuparam 119.832 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 138.901 postos.

Regiões

Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal em 25 das 27 unidades da federação. Alagoas e Sergipe registraram mais desligamentos que admissões, com saldo negativo de 9.589 postos (-2,2%) e 1.875 postos (-0,6%), respectivamente.

Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Acre, com a abertura de 1.183 postos, aumento de 1,13%; Goiás, que criou 15.742 vagas (1,02%); e Piauí, com saldo positivo de 3.015 postos (0,86%).

Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 76.941 postos (0,6%); Minas Gerais, com 40.796 vagas criadas (0,9%); e Rio de Janeiro, com a geração de 22.466 postos (0,7%).

As estatísticas completas do Novo Caged estão disponíveis na página do Ministério do Trabalho e Emprego.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

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O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença foram notificados em todo o país nos quatro primeiros meses.

Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos de dengue no país podem chegar a 4.225.885.

Combate à dengue

O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.

Por Agência Brasil

           

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